1 Tema

Dificuldade de Aprendizagem

2 Título

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA:  ESTUDO DE CASO EM UM PROJETO EDUCACIONAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO DISTRITO DE ALEXANDRITA/MG

3 Problema                  

Como identificar o aluno que necessita participar de um projeto de intervenção? E quais estratégias/ações a escola favorece a esse aluno com defasagens/dificuldades na aprendizagem.                                                                                                                                                                  

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Verificar e analisar como desenvolve o processo de ensino aprendizagem para as crianças que necessitam de participar de um projeto de intervenção.

4.2 Objetivos Específicos

  • Verificar como é implantado projeto de intervenção em uma escola do interior de Minas Gerais
  • Levantar as fragilidade e potencialidades na execução do projeto Intervenção;
  • Analisar as intervenções/ações ocorridas no projeto de intervenções.

5 JUSTIFICATIVA

Como aluna do curso de pedagogia observei no estágio o quanto é importante o projeto de intervenção pedagógica na escola, portanto, a pesquisa apresenta a finalidade de analisar o projeto de intervenção pedagógica, quais e comosas ações são desenvolvidas na busca de sanar os problemas que dificultam o percurso de aprendizagem dos alunos de uma escola estadual do interior de Minas Gerais.

6 REFERENCIAL TEÓRICO

Aprendizagem: o que é e como se processa na visão psicopedagógica

Para falar sobre o problema de aprendizagem, necessita-se primeiramente compreender o que é aprendizagem e como ela se processa no olhar psicopedagógico.Há na literatura vários modos de conceituar aprendizagem, muitos autores preocupam em definir o tema na visão psicopedagógica. Para Fernández (2001), todo sujeito tem sua modalidade de aprendizagem e os seus meios para construir o próprio conhecimento, e isso significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir o saber.

Já Piaget (1976) busca subsídios na linha cognitivista para desenvolver uma caracterização do processo de aprendizagem. Ele afirma que a aprendizagem é um processo necessariamente equilibrante, pois faz com que o sistema cognitivo busque novas formas de interpretar e compreender a realidade enquanto o aluno aprende.

“A aprendizagem é um fruto da história de cada sujeito e das relações que ele consegue estabelecer com o conhecimento ao longo da vida, afirma Bossa” (2000).

Porém, quando se fala em aprendizagem, não pode relacionar o problema simplesmente com o aluno, pois, a aprendizagem não é um processo individual, ou seja, não depende só do esforço de quem aprende, mas sim de um processo coletivo.

É o que ainda nos mostra Fernández (2001) a importância da família, que por sua vez, também é responsável pela aprendizagem da criança, já que os pais são os primeiros ensinantes e os mesmos determinam algumas modalidades de aprendizagem dos filhos. Esta consideração também nos remete a relação professor-aluno, para essa mesma autora, “quando aprendemos, aprendemos com alguém, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar.”.

Almeida (1993), também considera que a aprendizagem ocorre no vínculo com outra pessoa, a que ensina, “aprender, pois, é aprender com alguém”. É no campo das relações que se estabelecem entre professor e o aluno que se criam às condições para o aprendizado, seja quais forem os objetos de conhecimentos trabalhados. Após verificar as considerações de alguns autores sobre o processo de aprendizagem, na visão, pretende-se agora abordar o problema de aprendizagem, analisando as contribuições da Intervenção Pedagógica no desvio do processo de aprendizagem, ou seja, na dificuldade de aprendizagem no Projeto de Intervenção Pedagógica (PIP)

O que Leva uma criança a ter que participar de um projeto de Intervenção Pedagógica?

Para Weiss (2000), deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico. Vamos entender a participação de cada aspecto na compreensão da dificuldade de aprendizagem. O aspecto orgânico diz respeito à construção biológica do sujeito, portanto, a dificuldade de aprender de causa orgânica estaria relacionada ao corpo. O aspecto cognitivo está relacionado ao funcionamento das estruturas cognitivas. Nesse caso, o problema de aprendizagem residiria nas estruturas do pensamento do sujeito. Por exemplo, uma criança estar no estágio pré-operatório e as atividades escolares exigirem que ela esteja no estágio operatório-concreto.

 O aspecto afetivo diz respeito à afetividade do sujeito e de sua relação com o aprender, com o desejo de aprender, pois o indivíduo pode não conseguir estabelecer um vínculo positivo com a aprendizagem.

 O aspecto social refere-se à relação do sujeito com a família, com a sociedade, seu contexto social e cultural. E, portanto, um aluno pode não aprender porque apresenta privação cultural em relação ao contexto escolar.

 Por último, o aspecto pedagógico, que está relacionado à forma como a escola organiza o seu trabalho, ou seja, o método, a avaliação, os conteúdos, a forma de ministrar a aula, entre outros. Para a autora a aprendizagem é a constante interação do sujeito com o meio. Podemos dizer também que é constante interação de todos os aspectos apresentados. Em contrapartida, a dificuldade de aprendizagem é o não-funcionamento ou o funcionamento insatisfatório de um dos aspectos apresentados, ou ainda, de uma relação inadequada entre eles.

Para Scoz (1998, p. 45) também agrupa os problemas de aprendizagem para quem as dificuldades de aprendizagem referentes à escrita e à leitura, apresentam-se como nível de sintomas. Assim, esses problemas devem ser entendidos como produtos emergentes de uma pluricausalidade e não como decorrente de uma única causa.

Ainda Scoz (1994), vê os problemas de aprendizagem não se restringindo em causas físicas ou psicológicas. É preciso compreendê-los a partir de um enfoque multidimensional enfocando fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais e pedagógicos. Ou seja, para aprender é necessário que exista uma relação de condições entre fatores externos e internos.

Há necessidade de estabelecer uma mediação entre o educador e o educando.

O que é PIP?

 

            O Programa de Intervenção Pedagógica (PIP) foi concebido como uma das políticas públicas mais importantes a ser implementada na área educacional, tendo em vista a introdução do ensino fundamental de 9 anos no estado de Minas Gerais. Essa política está diretamente relacionada com a alfabetização das crianças e a qualidade do ensino ofertada nessa etapa de escolaridade, representando um grande desafio para a educação mineira.

 De acordo com Secchi: [...] uma política pública é uma diretriz elaborada para enfrentar um problema público, possui dois elementos fundamentais: intencionalidade pública e resposta a um problema público, ou seja; a razão para o estabelecimento de uma política pública é a tratamento ou a resolução de um problema entendido como coletivamente relevante (SECCHI, 2010, p. 2).

 Em 2004, Minas Gerais foi pioneiro, no Brasil, na implantação da política de ampliação do ensino fundamental de 9 anos e a universalização das crianças de 6 anos nas escolas como meta estabelecida no Plano Nacional de Educação. O grande desafio seria permitir o acesso, a permanência, a progressão e o sucesso dos estudantes, bem como garantir a qualidade da oferta educacional. Seria necessário modificar o ensino fundamental de forma estrutural, assim como os processos de gestão e, consequentemente, ter as crianças alfabetizadas.

O PIP foi concebido como um programa de grande importância para a gestão educacional, uma vez que, bem direcionado e articulado com os diversos atores educacionais, pudesse desenvolver e aperfeiçoar práticas da gestão pedagógica com foco na alfabetização e letramento.

 Essas práticas visam melhorar o desempenho dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, de forma que estejam alfabetizados até a idade de 8 anos. As ações desenvolvidas pelo programa buscam, também, uma maior aproximação entre a Secretaria de Estado da Educação (SEE/MG), com as escolas, no sentido de apoiar, capacitar e monitorar a equipe pedagógica, bem como cobrar resultados para uma melhor eficiência do sistema de ensino. É importante que essas ações sejam disseminadas e cheguem até a sala de aula para que assim possam transformar a realidade detectada pelos indicadores educacionais do Proalfa.

Desta maneira, o PIP é um importante instrumento de intervenção pedagógica para as escolas, sendo subsidiado pelas avaliações quanto ao monitoramento dos resultados alcançados que são apropriados pelas escolas para desenvolver práticas pedagógicas mais efetivas do ensino aprendizagem. O programa tem possibilitado um avanço na qualidade do ensino ofertado no estado de Minas Gerais.

 

7 METODOLOGIA

Contudo, para que sejam alcançadas as respostas desejadas sobre o tema proposto, “INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: Caminhos de uma pesquisa/Intervenção em um projeto educacional”, far-se-á necessária a busca através da pesquisa bibliográfica que para Gil (2008, p.71), “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômeno muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diariamente”.

Haverá também um estudo de caso de uma escola intitulada Escola Estadual Dom Alexandre, com o objetivo de observar quais estratégias e ações são utilizadas pela escola para atender os alunos que apresentam dificuldade na aprendizagem O aprofundamento ao tema nos proporcionará a possibilidade de identificar a importância do lúdico na educação infantil.

Nesse sentido, a pesquisa bibliográfica permitiu conhecer os conceitos acerca das abordagens qualitativas, os diversos tipos de métodos, a centralidade da linguagem, importância da pragmática e a criação de um novo olhar sobre os estudos qualitativos, o da pragmática da linguagem. Ou seja, de livros, revistas, periódicos, artigos científicos, legislações pertinentes, etc, capazes de colaborar com o bom desenvolvimento deste trabalho, com abordagem qualitativa expressão “pesquisa qualitativa" assume diferentes significados no campo das ciências sociais.  

Lakatos e Marconi (1999, p. 73) afirmam que a pesquisa bibliográfica “abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que já foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, querem publicadas quer gravadas”

Porém, antes de analisarmos e tratarmos a forma em que a Intervenção pedagógica contribui para o desenvolvimento da aprendizagem é de bom senso tecer algumas considerações a respeito do conceito citado, suas importâncias, de forma que alcancemos o objetivo proposto, de identificar como ele pode ser explorado no sentido de servir como aspecto colaborador para o desenvolvimento cognitivo das crianças e como pode ser aliada da aprendizagem.

8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

 

Fe.

Ma.

Abr.

Maio

Jun.

Jul.

Ago.

Set.

Out.

Nov.

Dez.

Elaboração Projeto de Pesquisa

 

 

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Levantamento Bibliográfico

 

 

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Levantamento da Pesquisa

 

 

 

 

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Análise

 

 

 

 

 

 

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Redação e Revisão

 

 

 

 

 

 

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Conclusão

 

 

 

 

 

 

 

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Apresentação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Conclusão do Curso

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ALMEIDA, S. F. C. O lugar da afetividade e o desejo na relação ensinar-aprender; In: Revista Temas em Psicologia. Ribeira Preto – SP: Sociedade Brasileira de psicologia, 1993, n.1.BOSSA, N. A Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2000. Disponível em:  http://www.profala.com/arteducesp108.htm. Acesso em 12 maio de 2015.

FERNÁNDEZ, A. O Saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre: Artmed,2001.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas: problema central ao desenvolvimento. Rio de Janeiro: Zahar.1976.

 

SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes. 1994.


SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. 4ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes. 1998.

SECCHI, L. Políticas Públicas: Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

 

WEISS, M. L. Reflexões sobre o diagnóstico psicopedagógico. In: BOSSA, N.A. Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2000.