INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO: PROCESSO MEDIADOR E FAVORÁVEL A UMA EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA

Texto Produzido em fevereiro de 2021 e postado e março de 2021 em Santa Maria do Uruará - Pará

 

Por: Sydney Pinto dos Santos[1]

Quando nos deparamos com situações onde o aluno ou discente que por si só desenvolve vários olhares em seu campo de vivência e convivência, passamos a perceber que ele não é único em seu modo de agir e elaborar suas ações, sejam elas quais forem. E, desta forma, entendemos que um só indivíduo é por si só multicultural, e desta forma, sua essência como cidadão, como elemento participativo social e como ser vivente deve ser respeitado nos seus pormenores expectativas e perspectivas, visto que no âmago de sua vivência existe muito além daquele corpo, mas um conjunto comporto por manifestações e variáveis diversas de ver e olhar o mundo, embora este viva uma realidade a qual foi “condicionado” e moldado deste o seu nascimento.

Assim, entendo que, não se precisa unicamente que haja uma mistura de comportamentos de seres humanos, de culturas, de hábitos e costumes para que o processo de: primeiro desencadeie o multiculturalismo e em seguida, junto com os participantes e integrantes, perceba-se as relações pertinentes à interculturalidade; pois e embora, sejam manifestações diferentes, no meu entendimento são processo que se convergem e se complementam por suas características e pelos seres que juntos se manifestam.

Porém, de todas as maneiras e levando em consideração uma análise mais aprofundada a qual permita uma crítica mais analítica do que construtiva, percebemos que, os hábitos que se interagem entre os seres humanos de diversas nacionalidades, sociedades ou de costumes regionais diferentes, acabam por se somar, e assim, permitindo que desenvolva-se comportamentos e hábitos que proporcione uma vivência e convivência sadia, duradoura e democrática, o que as vezes, o melhor meio ou campo para se viver isto, chama-se escola ou campo da educação, os pequenos, em sua inocência, passam a conviver sem grandes problemas, dividindo nos seus dia a dia todo aquilo que se ver de proveitoso, agradável e chamativo existe ou num grupo ou em outro; o que pode, paulatinamente e gradualmente sustentar mais que uma vivência e interação agradável, mas possibilitar ao mesmo tempo o respeito às diversas manifestações culturais, ou ainda permitir que ao longo do tempo com esta inter-relação, surjam outras, as quais darão uma fomentação e fortificação dos laços entre humanos.

Mas para que tudo isto deva acontecer, precisa que algumas instituições, como a família, a escola, a igreja e outros campos sociais, possam também co-existirem respeitosamente, e, assim, dando condições viáveis, visíveis e sustentáveis para a construção de futuras sociedades mais bem dialógicas e construção de um mundo acessível e compartilhado por todas “as nações”, com suas culturas e hábitos e processos construtivos.

 

[1] Professor da rede pública de ensino de Prainha – Pará.

Mestrando em Educação com Especialização em Educação Superior pela UNINI/FUNIBER.