INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA

CURSO DE BACHARELADO PSICOLOGIA

 

 

ALEC MORONE GONÇALVES SOUZA FELIPE

CAROLAYNE CRISTINA SOUZA SANTOS

DHIULY AMANDA PAULA ROSA

ELVIS BALBINO NAVES

THIAGO AUGUSTO NASCIMENTO PEREIRA

 

 

 

 

 

 

 

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E SAÚDE MENTAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Itumbiara

2019

 

ALEC MORONE GONÇALVES SOUZA FELIPE

CAROLAYNE CRISTINA SOUZA SANTOS

DHIULY AMANDA PAULA ROSA

ELVIS BALBINO NAVES

THIAGO AUGUSTO NASCIMENTO PEREIRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E SAÚDE MENTAL

 

 

Relatório de atividades apresentado ao curso de Graduação em Psicologia como requisito parcial para aprovação na disciplina Psicologia das Emoções, ministrada pela professora Marseilly Carvalho Oliveira Rocha.

 

 

 

 

Itumbiara

2019

SUMÁRIO

 

 

  1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................

3

  1. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................
  2. ANÁLISE E DISCUSSÃO....................................................................................
  3. METODOLOGIA..................................................................................................

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................
  2. REFERÊNCIAS....................................................................................................

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. INTRODUÇÃO 

 

Sabe-se que a inteligência emocional pode contribuir para a saúde mental de um indivíduo. Sendo assim, pessoas que não possuem as características de uma inteligência emocional podem não estar psicologicamente saudáveis. Nestes termos, colocasse o questionamento: Qual a relação entre Inteligência Emocional e Saúde Mental?

A inteligência emocional envolve quatro grupos de habilidades, são elas: habilidade para perceber e avaliar com precisão a emoção; a habilidade para acessar e ou criar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a habilidade para compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a habilidade para regular as emoções que estimulem o crescimento emocional e intelectual. (Mayer &Salovey, 2007 apud Neta, García & Gargalho, 2008).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”. Essa definição dada a saúde mental foi inovadora, pois ofereceu um conceito inapropriado de saúde, aumentando assim a noção a partir da inclusão de aspectos físicos, mentais e socais. (Gaino& Souza &Cirineu&Tulimosky, 2018).

Sendo assim este estudo está direcionado objetivamente a analisar como a inteligência emocional favorece a saúde mental. Propondo como objetivos específicos: estudar o que é inteligência emocional; assim como compreender o que é ser psicologicamente saudável; além de identificar os benefícios que a inteligência emocional pode trazer para a saúde mental; e com isso identificar possíveis transtornos que possam sugir a partir de uma inteligência emocional comprometida.

Esse trabalho apresenta como hipóteses: a inteligência emocional se relaciona com a saúde mental; um comprometimento da inteligência emocional pode se relacionar com a ocorrência de um transtorno mental; e indivíduos que tem um alto nível de inteligência emocional tendem a serem mais saudáveis.

Justifica-se socialmente ao fato de que na sociedade, são vistos vários casos de indivíduos que por não conseguirem ter em determinadas situações uma inteligência emocional, apresentam comprometimento na sua saúde mental. Relativo à justificativa científica pode-se dizer que essas informações são importantes principalmente para profissionais e estudantes da área de psicologia, visto que as informações aqui contidas auxiliarão no entendimento mais aprofundado do assunto.

 

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

 

2.1 O que é Inteligência Emocional

 

A Inteligência Emocional apresenta um conceito que foi mostrado à comunidade cientifica pelos psicólogos Salovey e Mayer em 1990, eles definiram inteligência emocional como “a capacidade do individuo monitorar os sentimentos e as emoções dos outros e os seus, de descriminá-los e de utilizar essa informação para guiar o próprio pensamento e as ações”; Após isto um número crescente de publicações científicas veio abordando esse conceito de Inteligência Emocional, modificar alguns pressupostos existentes, contextualizar a IE (Inteligência Emocional) em várias outras faces psicológicas (Gonzaga & Monteiro, 2011).

     O conceito inicial de IE proposto por Salovey e Meyer envolvia a auto percepção e empatia, usando as informações adquiridas para guiar a cognição e comportamento. Sendo da opinião do autor que o conceito de IE teve origem nas concepções de Gardner (1994), que teorizavam sobre a capacidade de acesso a vida emocional internalizada, realizada pelo próprio indivíduo e concebiam que a classificação e diferenciação dos sentimentos em “códigos simbólicos” forneciam maneiras de dar ao indivíduo capacidade de guiar seu comportamento através da IE (Gonzaga & Monteiro, 2011, apud Bar-on, 2002).

     Observando as capacidades da IE pode-se perceber que ela contribui para a capacidade de motivar-se, de perseverar no próprio empenho apesar das frustrações, de adiar gratificações, controlar os próprios impulsos, impedir que a angústia atrapalhe as faculdades mentais, conseguir controlar o próprio estado de ânimo, confiar em outras pessoas livremente e se permitir ser alguém mais empático. Devido a expansão do termo IE, muitas críticas surgiram para com este termo, porém Meyer, Salovey e Caruso criticaram o uso do termo IE para fazer uma referência a áreas da personalidade que seguem além da emocional e cognitiva (Neta & García & Gargalho, 2008).

     Revisando os conceitos da IE, foram identificadas quatro habilidades centrais; facilitação ao pensamento, percepção das emoções, administração emocional para promover o crescimento pessoal, e entendimento dos conteúdos emocionais próprios. As propostas de Salovery e Meyer, de que o ser humano é capaz de com o aprendizado e análise de seus conteúdos emocionais crescerem mentalmente e subjetivamente, esta teoria é bem alinhada à psicologia humanista de Rogers; logo considerando a IE capaz de interagir com o crescimento e melhoramento da personalidade, se entende que as emoções abrangem uma das quatro bases da personalidade, enquanto as outras três são a: Motivação, cognição e consciência, todas estas separadas de suas bases emocionais logo tendo noção deste neste modelo de personalidade se compreenderam que a inteligência emocional [...] (Gonzaga & Monteiro, 2011).

[...] Emprega mecanismos cognitivos e emocionais para processar aspectos emocionais do Eu, do mundo e do Eu no mundo, assim como para processar qualquer conhecimento puramente especializado da emoção. (Gonzaga & Monteiro, p. 226, 2011).

 

Para melhor entender a IE, é importante explorar dois termos “inteligência e emoção”; os psicólogos há muito tempo já reconheceram três partes influentes na mente, a cognição, o afeto e motivação. A esfera cognitiva inclui as funções humanas de memória, razão, julgamento, e pensamentos abstratos. Inteligência é tipicamente usada por psicólogos para caracterizar como a esfera cognitiva funciona, isso é, pertencem a inteligências, habilidades como “o poder de combinar e separar” conceitos, julgar racionalmente e se engajar em pensamentos abstratos (Meyer &Salovey, 1997).

A emoção pertence à segunda esfera, chamada de esfera afetiva das funções mentais, o que inclui as emoções em si, humores, avaliações, entre outros estados de sentimentos, como fadiga ou energia. As definições de Inteligência Emocional (IE) deveriam conectar ambos, emoções e inteligência, devendo se manter preservados. Já a terceira esfera da personalidade, chamada motivação, se refere a urgências biológicas ou comportamentos aprendidos de busca de objetivos (Meyer &Salovey, 1997).

 

Como uma maneira de brevemente definir Inteligência emocional, “É a habilidade de perceber emoções, de acessar e gerar emoções de modo a auxiliar os pensamentos, de entender as emoções e o conhecimento emocional, e para regular reflexivamente emoções, para então se promover crescimento emocional e intelectual. ” Essa definição combina com as ideias de que a emoção nos faz pensar mais inteligente e assim pensamos em inteligência sobre emoções. Conectando os dois, emoção e inteligência. (Meyer &Salovey, p.7, 1997).

 

Diferente da maioria das pesquisas, Inteligência Emocional deveria se referir a habilidades emocionais ou mentais elevadas. Apesar de este critério ser muito direto, algumas definições de IE não aderem a este critério propriamente dito. Um exemplo seria uma definição popular de Inteligência Emocional que envolve, “auto-controle, persistência, zelo, e a habilidade de auto motivar”, porém, estas definições só focam nas características motivacionais como persistência e zelo, ao contrário de se focar nas emoções (Meyer &Salovey, 1997).

 

2.2 O que é Saúde Mental 

 

O termo “bem-estar” é entendido como um construto de natureza subjetiva, onde esse aspecto é fortemente influenciado pela cultura. Portanto, a saúde mental é definida como um estado de bem-estar no qual a pessoa percebe todas as suas habilidades assim, podendo lidar com todas as suas dificuldades como: o estresse cotidiano, entre outros que prejudica a sua saúde mental. O fato de se ter um boa saúde mental favorece para que o indivíduo possa trabalhar produtivamente e seja capaz de contribuir para a sua comunidade. (Gaino& Souza &Cirineu&Tulimosky, 2018).

 

Saúde mental têm conceitos complexos e historicamente influenciados por contextos sóciopolíticos e pela evolução de práticas em saúde. Os dois últimos séculos têm visto a ascensão de um discurso hegemônico que define esses termos como específicos do campo da medicina. Entretanto, com a consolidação de um cuidado em saúde multidisciplinar, diferentes áreas de conhecimento têm, gradualmente, incorporado tais conceitos. (Gaino; et al. p.110, 2018)

 

A saúde mental é definida como objeto de diversos saberes que prevalecendo um discurso psiquiátrico que entende a saúde mental como o oposto da loucura, e assim, manifestando que pessoas com diagnóstico de transtornos mentais não podem ser considerado as pessoa que tenha nenhum grau de saúde mental, ou bem-estar ou qualidade de vida, como se seus sintomas fossem contínuos. (Gaino & Souza &Cirineu&Tulimosky, 2018).

A construção de “Saúde Mental” vem sendo um ponto de grande atenção na área da psicologia. A definição adquirida de saúde mental é a de que a mesma é um estado de bem-estar onde a pessoa utiliza da suas capacidades e assim, consegue lidar com o estresse sem dificuldades, leva uma vida normal com produtividade e construir obtendo grandes sucessos. Esse processo de bem-estar diz respeito a forma em que a pessoa se encontra apta e ativa para o deslancho com sucesso de uma saúde mental. (Carvalho, 2016).

A Saúde Mental se refere a um paradigma patogênico que se interessa pela etiologia e tratamento de doença, que busca descobertas que prejudicam a mente e por resultados que favorecem por uma saúde mental. Segundo alguns estudos, a saúde e doença estão fortemente relacionados, por isso, é importante ter atenção nos dois aspectos para prevenir o acontecimento que desfavoreça o bem-estar. (Carvalho, 2016).

É significativo argumentar que a Saúde Mental é compreendida de várias formas, não sendo observada apenas por ausências de perturbações mentais, mas também por estar relacionada a uma série de fatores positivos onde se encontra o bem-estar subjetivo que inseri a parte cognitiva e a afetiva do indivíduo, a autonomia, a competência, a auto atualização do potencial intelectual e emocional. A Saúde Mental nos remete a um estado de bem-estar de vivências emocionais positivas em que se utiliza como recurso para uma boa qualidade de vida todos os dias. (Carvalho, 2016).

 

2.3 Relação entre Inteligência Emocional e Saúde Mental

 

Entende-se que para existir Saúde Mental é necessário que o indivíduo tenha capacidades e recursos para enfrentar as dificuldades da vida, vivendo assim em bem estar psíquico. Os estudos mostram a relação entre a Inteligência Emocional e a Saúde Mental, em que as pessoas que entendem o que estão sentindo, e que consegue regular as suas emoções, são mais hábeis para lidar com problemas emocionais, experimentando maiores níveis de bem-estar psicológico e consequentemente menores níveis de ansiedade e depressão. (Queiroz, 2014 apud Mendes, 2016).

Como exemplo dessa relação da IE e a Saúde Mental, Navarro & Martinez, 2016, dizem que:

 

O trabalho do profissional de enfermagem é rodeado por sentimentos e emoções, às vezes difíceis de classificar e identificar, que têm suas origens tanto no paciente como no próprio profissional. O conjunto de cargas psíquicas presente no cotidiano da enfermagem afeta a qualidade de vida e do trabalho desses profissionais. Identificar essas emoções e aprender a gerenciá-las supõe a aquisição de novas ferramentas para realizar o trabalho de enfermagem com sucesso. (Navarro & Martinez, p.3, 2016).

 

Com isso, fica entendido que tanto na vida cotidiana quanto em nível profissional, a inteligência emocional traz vários benefícios. Ou seja, pessoas inteligentes emocionalmente apresentam qualidade maior tanto na saúde física quanto na mental, assim como bem-estar elevado e satisfação de vida. Consequentemente, esses indivíduos tendem a ter menores condutas de risco, como consumos de drogas. (Navarro & Martinez, 2016).

2.4 Transtornos Mentais

 

A Inteligência Emocional pode ser explicada como uma parte da satisfação com a vida. Com a utilização de medidores de inteligência pode-se encontrar uma correlação positiva entre a IE e a Satisfação com a Vida, assim como uma correlação negativa entre a IE e a Depressão. A partir disso, observa-se que pessoas com maior Inteligência Emocional demonstram ter menos propensão para a depressão e são mais satisfeitas com a vida. (Martinez-Pons, 1997 apud Mendes, 2016).

A inteligência emocional frente ao uso de substâncias com atividades sobre o psiquismo, sem objetivos terapêuticos, surge como um atalho para a obtenção de uma felicidade artificial e imediata, baseada apenas nas diferentes formas de consumo que oferece e nos efeitos que tem sobre o psíquico. Sobressaindo assim a percepção do uso de psicoativos como uma tentativa, bem ou mal sucedida, de encontrar alívio para o sofrimento cotidiano. Assim, a inteligência emocional representa um traço que descreve diferenças interindividuais quanto ao processamento e ao modo de lidar com as emoções do próprio ser, do que com as dos outros, então é possível relatar que está relacionada com a regulação de suas emoções. Qualquer ser humano possui a estrutura emocional necessária, para lidar com qualquer situação, porém, alguns se depara com alguns transtornos como ansiedade, estresse, transtorno de pânico, transtorno bipolar, demência, déficit de atenção, hiperatividade, esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, autismos e entre vários outros aspectos que possa ser desencadeado.   Com o passar do tempo existe uma grande variedade de fatores que contribuem para que esses transtornos possam prejudicar a inteligência emocional. (SILVA, 2012)

 Inteligência emocional, refere-se à sua capacidade de compreender e lidar com seus sentimentos de uma forma adaptativa e madura, quando deixamos as nossas emoções dominarem o nosso comportamento sem nenhuma consciência, pode-se tornar um problema. Quando se trata desse caso, é importante ressaltar que cuidar da saúde mental significa a evolução da inteligência emocional (SILVA, 2012).

 

Um estudo realizado por Ciarrochi, Deane e Anderson (2002) buscou identificar se as pessoas que tinham maior habilidade em lidar com suas emoções seriam capazes de se proteger dos efeitos prejudiciais do estresse. Os resultados encontrados foram exatamente opostos, ou seja, as pessoas com maior inteligência emocional mostraram-se mais suscetíveis ao estresse e reportaram maiores níveis de depressão, desesperança e ideação suicida. Uma explicação aventada para esse resultado foi que os participantes da pesquisas apresentaram, de maneira geral, baixo nível de percepção emocional. Nesse sentido, pessoas com pouca habilidade em perceber as emoções seriam menos suscetíveis aos efeitos do estresse, uma vez que reprimem ou ignoram aquilo que sentem. (MIGUEL; NORONHA, p. 219-228, 2009)

 

 O estresse é um fator negativo quando se trata da inteligência emocional porém uma análise de regressão mostrou que a personalidade influía nessa relação. Pessoas com pouca confiança em seu conhecimento emocional tendiam a subestimar sua inteligência emocional e, portanto, não faziam uso dela. Outras pessoas, com pouca intensidade emocional, mas elevado conhecimento, já possuíam um senso de autocontrole refletido nos níveis baixos de estresse e, portanto, a inteligência emocional não se fazia necessária como estratégia de enfrentamento. Quando a intensidade e o conhecimento emocional eram balanceados, encontrou-se que a inteligência emocional seria capaz de predizer o nível menor de estresse. (MIGUEL; NORONHA, 2009).

Levando em consideração, os transtornos mentais podem ser um grande desencadeador de problemas na inteligência emocional. Dessa maneira, seriam observável a utilização de estratégias de enfrentamento dos transtornos e estresse de maneira mais adequada. A dificuldade em processar e regular a própria experiência emocional seria um dos fatores que causam o enfrentamento mal-adaptativo. Portanto, em ambientes muito exigentes ou desafiadores, a influência da inteligência emocional deveria se dar por meio da seleção e controle de estratégias e competências. (MIGUEL; NORONHA, 2009)

 

  1. ANÁLISE E DISCUSSÃO 

 

Este estudo nos levou a analisar como a inteligência emocional favorece a saúde mental de cada indivíduo e compreender o que é ser psicologicamente saudável, mostrando como identificar os benefícios que a inteligência emocional pode trazer para a saúde mental. Além de mostrar os possíveis transtornos que possam aparecer a partir da inteligência emocional comprometida.

Nesse sentido vale ressaltar que inteligência emocional, conforme foi apresentado vem crescendo bastante na atualidade, no entanto na maioria das vezes ainda não se tem estudos relacionados à área que mostre o quão é poderoso para contribuir com a saúde mental de quem põe em prática.

Sendo que conforme a definição da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (2019), isso nada mais é do que a capacidade de entender e gerir bem as próprias emoções para usá-las da melhor forma em sua vida e compreender as emoções dos outros para construir relações mais saudáveis.

Por outro lado, se a rotulamos como “emocional”, é porque há outros tipos de inteligência. Isto não quer dizer que uma seja melhor do que a outra, mas que se complementam e que devemos levá-las em conta para conseguir o desenvolvimento ideal. (A MENTE É MARAVILHOSA, 2017)

Compreendeu-se que na maioria das situações negativas dos indivíduos, como compulsões, depressão, ansiedade, dentre outras estão diretamente ligadas diretamente à falta de controle emocional afetando sua saúde mental e consequentemente sua saúde física.

Em suma a diversos fatores devem ser levados em consideração, pois desencadeiam o estresse, sendo que o grande fator atualmente são as atribuições que temos em nosso dia a dia, pois as pessoas são severamente cobradas, gerando assim grande tensão emocional.

Diante do fato a Inteligência Emocional pode ser uma ferramenta de suma importância no dia a dia de cada indivíduo, possibilitando encontrar um equilíbrio emocional para lidar com as situações difíceis.

Nesse sentido vale ressaltar que a inteligência emocional geralmente contribui para o controle do estresse, no entanto fica a necessidade de realizar tratamentos que buscam minimizar ou até neutralizar as emoções negativas que acabam provocando comportamentos destrutivos e condições prejudiciais para a saúde, potencializando apenas o que é bom para superar os obstáculos e encontrar mais satisfação pessoal e felicidade. (RAMALHO, 2019)

Diante dos fatos nota-se que a inteligência emocional contribui para controlar o estresse causado no dia a dia, sendo que há diversos tratamentos que buscam minimizar ou até solucionar as emoções negativas que provocam comportamentos destrutivos.

Entendeu-se, porém, que o processo para controle do emocional leva-se tempo e que na maioria das vezes é necessário de acompanhamento de um profissional qualificado.

Na maioria dos casos buscam-se terapias complementares, juntamente com a medicina para que o indivíduo tenha uma boa saúde emocional, sendo os profissionais de Psicologia são de suma importância no tratamento para dar apoio e incentivar pensamentos positivos que levam a uma boa saúde e fazendo com que o ser humano expresse o seu melhor.

Conforme Machado (2019) as terapias complementares podem trabalhar junto com a Medicina, trazendo para o paciente uma associação perfeita para o seu bem-estar. Terapia floral e reiki são terapias complementares, sem contraindicação. Estão à nossa disposição para dar apoio e incentivar o caminho. O objetivo das terapias complementares, também chamadas de holísticas, é fazer com que o ser humano expresse sua verdadeira e natural essência. Em sua origem, toda essência é harmonizada. As terapias resgatam essa energia de harmonia, fazendo com que o ser humano expresse o seu melhor.

Sendo que como todo processo de controle emocional pode ser longo e exaustivo, o acompanhamento com profissional de psicologia pode fazer bastante diferença.

Para tanto, notou-se que pequenas atitudes no dia a dia também podem ajudar a começar e manter a saúde mental de cada indivíduo. Sendo:

 

  • Se conhecer: busque entender seus valores e ideais e quais podem ser o motivo para sentimentos negativos.
  • Busque enfrentar seus medos, muitas das vezes as frustações e medo fazem com que as pessoas tenham medo de tomar decisões e fazer mudanças.
  • Pare e escute o feedback das pessoas, amigos, busque entender como os outros te enxergam pode também te ajudar a se conhecer melhor.
  • Busque respirar fundo e pense antes de explodir. Não aja sob a pressão do momento, espere um tempo para pensar calmamente e evitar maiores problemas e
  • E procure aceitar que os problemas existem e que é preciso trabalhar a ideia de que conflitos vão surgir.

 

      Diante dos fatos, nota-se que a saúde emocional envolve muito mais do que manter um corpo saudável, ela necessita que a mente também esteja sã e que na maioria das vezes simples atitudes podem ajudar no equilíbrio entre a inteligência emocional e a saúde mental.

 

 

 

 

  1. METODOLOGIA 

 

Esta pesquisa será feita de forma qualitativa, com revisão bibliográfica e documental, por meio de pesquisas teóricas, através de consulta em livros, jornais e artigos específicos da área da Psicologia.

Gil (2002) afirma que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, como livros e artigos científicos, sendo que a principal vantagem da pesquisa bibliográfica está no fato de permitir ao investigador a cobertura muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Lakatos (1990) lembra que a mesma abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, cuja finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito.

Além de também ser documental, que de acordo com Santos (1999), é restrita a documentos escritos ou não, podendo ser feitas no momento em que o fato ocorre ou posteriormente. Essa pesquisa vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico e tem como limitações à não representatividade e à subjetividade dos documentos, mas por outro lado é vantajosa por não exigir contato com os sujeitos da pesquisa, baixo custo por exigir apenas disponibilidade de tempo, além de ser uma fonte rica e estável de dados segundo Gil (2002).

A análise documental pode se constituir numa técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos, seja complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema.

A realização da pesquisa qualitativa teve como finalidade compreender os fenômenos sociais, a partir de uma visão que prioriza o aspecto subjetivo. A subjetividade, aqui referida, é uma postura que percebe o dado em seu aspecto mais amplo, levando-se em conta não apenas o dado em si, mas também outros aspectos que o circundam. (OLIVEIRA 1999).

A pesquisa qualitativa, frequentemente, não tem a pretensão de medir os resultados encontrados, mas sim, entendê-los. (SAMPIERI, 2006)

Ainda de acordo com Sampieri (2006), uma pesquisa qualitativa tem como objetivo entender um determinado fenômeno, a partir de um processo indutivo no qual, considerando a observação dos dados e sua interpretação em meio ao contexto em que estão inseridos para a extração de um significado para eles. Segundo González Rey: “não se orienta para a produção de resultados finais que possam ser tomados como referências universais ou invariáveis, mas à produção de novos momentos teóricos que se integrem organicamente ao processo geral de construção de conhecimento. ” (GONZÁLEZ REY, 2005, p. 125).

O trabalho se enquadra em tais segmentos, devido à pesquisa ser desenvolvida com base em livros de leitura corrente, relacionados às obras de divulgação que proporcionam conhecimentos científicos ou técnicos, contando ainda com possíveis publicações periódicas, além de impressos diversos.

 

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A partir dos dados obtidos e apresentados, é possível perceber uma carência de pesquisas em relação ao tema proposto pela pesquisa científica. Encontrando dificuldades em localizar pesquisas brasileiras relacionadas ao tema proposto, Saúde Mental ligada a Inteligência Emocional, as pesquisas relacionadas eram direcionadas a outras áreas, sendo possível adquirir dados que complementassem o conteúdo, porém não abrangendo a inteligência emocional como seu foco principal, pouco se pesquisa sobre a ligação entre estes dois aspectos, mas separados há muito sobre o que permitiu fazer uma ligação entre os autores e relacionar suas pesquisas com o tema.

Utilizando as pesquisas encontradas que recorrem à inteligência emocional, foi observado que a saúde mental é afetada pelo modo como se lida com as emoções. Assim como a possibilidade do surgimento de psicopatologias e surgimento de sintomas agravantes. Novas pesquisas precisam ser feitas sobre como utilizar a inteligência emocional como um meio de criar um indivíduo saudável mentalmente com uma autossuficiência ao saber lidar com suas próprias emoções.

Houve uma discordância entre os autores, onde Martinez-Ponz diz que pessoas com maior Inteligência Emocional são mais propensos a terem uma vida satisfeita e com menos riscos de terem depressão. Contrariado por Ciarrochi, Deane e Anderson que em sua pesquisa sobre a Inteligência Emocional encontraram resultados de que pessoas com maior Inteligência Emocional estavam mais suscetíveis ao estresse e tinham níveis mais altos de depressão.

Para melhorar a pesquisa e sanar a dificuldade de encontrar conteúdo, se faz necessário abranger pesquisas para além do território científico brasileiro, buscando conhecimento internacional para compreender melhor como a Saúde Mental se relaciona com a Inteligência Emocional.

Buscando melhorar o a pesquisa e incrementar seu conteúdo, é necessário então expandir o núcleo de pesquisas, não ignorando pesquisas que abrangem os temas de forma separada, investindo na pesquisa para além do tema em específico, buscando semelhantes nesta área da psicologia que possam discutir de forma saudável e de forma eficiente com o objetivo proposto, com finalidade de responder o problema da maneira mais clara e completa possível, assim como encontrar uma solução para a discordância de alguns autores.  

 

 

  1. REFERENCIAS

 

 

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa, 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

 

GONZÁLEZ REY, Fernando Luis. Pesquisa qualitativa em psicologia: caminhos e desafios. São Paulo: Pioneira, 2005.

 

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1990.

 

OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo, Ed. Pioneira, 2ªEd., 1999.

 

SAMPIERI, Roberto H.; COLLADO, Carlos F.; LUCIO, Pilar B. Metodologia de  Pesquisa. 3. Ed, São Paulo: McGraw Hill, 2006.

 

SANTOS, A.R. Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 1999.

 

SILVA, Ana Sofia Fernandes. Regulação afetiva na toxicodependência: impacto da inteligência emocional e alexitimia no grau de dependência de substancias. Portugal, Setembro, 2012.

 

Gonzaga, A. R., Monteiro, J. K., Inteligência Emocional no Brasil: Um Panorama da Pesquisa Científica. Psicologia: Teoria e pesquisa. Vale do Rio dos Sinos, 2011, Vol. 27 n. 2, pp. 225-232. Disponível em: < https://www.researchgate.net/profile/J_MONTEIRO/publication/262547828_Emotional_intelligence_in_Brazil_An_overview_from_scientific_research/links/547331810cf24bc8ea19c93e.pdf >

 

Neta, N. F. A., García, E. G., Gargalho, I. S., A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO ÂMBITO ACADÊMICO: Uma aproximação teórica e empírica. Psicol. Argum., 2008, pp. 11-22. Disponível em: < https://www.researchgate.net/profile/Isabel_Gargallo/publication/37686652_A_INTELIGENCIA_EMOCIONAL_NO_AMBITO_ACADEMICO_Uma_aproximacao_teorica_e_empirica/links/5551c69708ae956a5d260b13.pdf >

 

Mayer, J. D., Salovey, P., WhatIs Emocional Intelligence? Em Salovey, P. &Sluyter, D. J. (Orgs.), Emotionaldevelopmentandemotionalintelligence: Implications for Educators (pp. 3-34). New York: Basic Books, 1997.

 

MIGUEL, Fabiano Koich; NORONHA, Ana Paula Porto. Estudo da relação entre inteligência emocional e estresse em ambientes de trabalho. Aval. psicol.,  Porto Alegre ,  v. 8, n. 2, p. 219-228, ago.  2009 .   Disponível em . acessos em  14  nov.  2019.

 

Gaino, V. L., Souza, J., Cirineu, T. C., Tulimosky, D. T. (2018). O conceito de saúde mental para profissionais de saúde: um estudo transversal e qualitativo. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog.  v. 14, n. 2, p. 108-116, 2018.

 

Navarro, C. C., Martinez, C. P. (2012). Atitudes do profissional de enfermagem em relação ao comportamento suicida: influência da inteligência emocional. Rev. Latino-Am. Enfermagem 20(6). Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010411692012000600019&script=sci_arttext&tlng=pt.

 

Mendes, T. C. N. F. (2016). De Adulto Emergente a Adulto de Meia-Idade: Estudo das relações entre Inteligência Emocional, Bem-Estar Subjetivo, Confiança Interpessoal e Saúde Mental. Tese de mestrado, Universidade de Coimbra Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Coimbra, Portugual.

 

Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, (2019). Afinal, o que é inteligência emocional?  Disponível em http://www.sbie.com.br/blog/afinal-o-que-e-inteligencia-emocional/, acesso em 13 nov 2019.

 

Ramalho, Lourdes (2019). Como a Inteligência Emocional contribui para a sua saúde mental. Disponível em https://blog.drconsulta.com/como-a-inteligencia-emocional-contribui-para-a-sua-saude-mental/, acesso em 13 nov 2019.

 

Machado, I. Rubia (2019). A importância do equilíbrio emocional para sua saúde. Disponível em https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina-alternativa/a-importancia-do-equilibrio-emocional-para-sua-saude/54548, acesso em 13 nov 2019.

 

A mente é maravilhosa (2017). A inteligência emocional e os seus benefícios para a saúde mental. Disponível em https://amenteemaravilhosa.com.br/inteligencia-emocional-saude-mental/, acesso em 13 nov 2019.