Inteligência Competitiva

Por Lauro Jorge Prado | 21/09/2007 | Adm

"Hoje o nosso maior problema na gestão dos negócios não é falta de informação, é a nossa incapacidade de gerenciá-la."

Lauro Jorge Prado
Série Gestão Empresarial
Setembro 2007


Na antiguidade os fenícios, persas, egípcios utilizavam os princípios de inteligência quando cruzavam informações obtidas na natureza para benefício de sua etnia ou coletividade. Por exemplo, estudavam o comportamento das marés, períodos de secas e de chuvas, posição dos astros, etc. Eram informações guardadas e usadas para tomada de decisões que ajudavam no dia-a-dia de suas comunidades, seja pela sobrevivência ou para se proteger de inimigos.

De lá para cá muita coisa mudou. Porém a necessidade de cruzar informações e usa-las como diferencial competitivo de forma inteligente continua sendo forte e tão importante quanto daquela época.

Inteligência competitiva é um produto resultante da coleta, avaliação, análise e interpretação de todas as informações disponíveis, e que se relacionem com um ou mais aspectos de uma determinada organização ou áreas que representem interesses imediatos ou potenciais para tomada de decisão. Podemos então dizer que inteligência competitiva é a informação avaliada e analisada com o objetivo de subsidiar decisores.

Nas empresas encontramos vários tipos de informações; aquelas que podem ser divulgadas, por exemplo às informações técnicas dos produtos da empresa; aquelas que devem ser protegidas tampouco divulgadas ? marcas dos equipamentos em uso na empresa; aquelas informações que devem ser protegidas de terceiros, principalmente dos nossos competidores, sob risco de perdemos a vantagem competitiva.

Para criar um ambiente onde haja inteligência competitiva as organizações devem definir primeiramente como abordará a criação deste ambiente, deve passar por avaliação da estrutura e a cultura geral da empresa. Segundo, deve definir quem será responsável pelos dados, pois quem coleta não deve ser o mesmo que interpreta, analisa e toma decisões.

Ao criar um programa de inteligência competitiva a empresa passará a monitorar o ambiente de negócios de seu setor, e esse conhecimento dará aos decisores condições de tomar atitudes que forneçam à empresa uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes.

Hoje muitos dados estão à disposição na internet, nos jornais, em toda parte. O verdadeiro desafio está em saber filtrá-los e transformá-los em resultado. É mais simples reunir informações sobre a concorrência, porém são poucos os que sabem transformar estes dados em inteligência - o desafio é colocar em um mesmo ambiente quem detém a informação e quem precisa dela.

Num mundo de hipercompetição é necessário que empresas se cerquem de procedimentos que lhes auxiliem na tomada de decisões, portanto é crucial investir num bom modelo de inteligência.