Quisera eu saber d'alma que sou

É por demais inquieta e misteriosa.

Olho e não me vejo, sou o outro

Enquanto alma for, assim serei..?

Sossega minh'alma inquieta

Se alma sou, como aquietá-la..?

O que amo e sinto é distante,

Quem arrebatou-me?

 

Sou atento a tudo que não vejo,

Por vezes, ausento-me de mim

Ora sou eu, ora sou o outro eu

Se adormeço a alma é peregrina

Assim, o céu de estrelas se expõe

São pedaços que voaram de mim

Irei ajuntá-las, mas, elas se apagam

Então, perco-me dentro de mim.

 

Desapropriado da alma que sou, sigo!

Sou como a palha que o vento soprou.

Como semente que caiu em terra seca

Sou fruto de lembranças esquecidas

Mas, as quero todas comigo, todas!

Pensei amá-las mas, apaixonei-me.

Peguei bolhas de sabão e as

Guardei debaixo de chaves..!

 

Por: Lourival Jose Costa - 12/09/2017 às 23:10hss