INICIAÇÃO À MODALIDADE ATLETISMO DE FORMA RECREATIVA 

HAUCK, Ana Paula Sloboda 

RESUMO 

O artigo buscou analisar uma proposta de trabalho para o ensino da modalidade atletismo, voltado para a iniciação do esporte em questão, aplicando-se jogos, brincadeiras em situações educativas dando significado a aprendizagem da modalidade, respeitando assim as fases de desenvolvimento motor que cada criança apresenta assim como vemos em GOMES, GARAVELO (1985). O objetivo principal foi de enfatizar o processo de iniciação da criança no atletismo numa visão recreativa. Os procedimentos metodológicos aplicados nesta pesquisa foram baseados na pesquisa qualitativa enfatizados na recreação, pois possibilita que a criança aprenda o esporte pela compreensão, sem que este seja imposto de forma técnica, mas sim através de descobertas de criação individual e conjunta. Os resultados obtidos nos permitiram concluir  que: Considerando que a proposta de se iniciar um trabalho voltado para a modalidade atletismo não visa somente o rendimento esportivo, mas sim de ampliar o conhecimento desta modalidade em várias partes do mundo, através da aplicação dentro das escolas, clubes etc.

Palavra - chave: Atletismo. Recreação. Educação. Educandos.

1 INTRODUÇÃO  

O trabalho buscou analisar a pedagogia e as diferentes metodologias que podem ser utilizadas e aplicadas com as crianças para a iniciação e o ensino da modalidade atletismo, respeitando assim as fases de desenvolvimento motor que cada criança apresenta assim como vemos em GOMES, GARAVELO (1985)

 Os métodos aplicados para a iniciação e o ensino deste esporte foram enfatizados na recreação, pois possibilita que a criança aprenda o esporte pela compreensão, sem que este seja imposto de forma técnica, mas sim através de descobertas de criação individual e conjunta.

 Sabe-se que o atletismo é pouco difundido no âmbito das escolas e clubes brasileiros no qual este é, paradoxalmente, considerado como um dos conteúdos clássicos da Educação Física. Contudo, quando voltamos às aulas propriamente ditas que onde ocorrem diferentes ciclos de ensino, nos deparamos com uma triste realidade, isto é, esta modalidade esportiva não faz parte do dia a dia escolar, ainda que as crianças corram, saltem e explore o tempo todo, a gama básica de movimentos que compõem o Atletismo.

Ainda que esse seja o retrato mais comum do Atletismo no Brasil, em época de Jogos Olímpicos este certamente sofre modificações. De mero desconhecido da população brasileira, o Atletismo passa a divulgar nomes, provas, esforços físicos, conquistas e recordes, no que conta com o apoio dos meios de comunicação de massa, sobretudo da televisão, até mesmo em horários de grande audiência (MATTHIESEN, 2005).

 É neste curto espaço de tempo olímpico que grande parte da população entra em contato com as provas, os movimentos e as glórias do atletismo, que comove todo aquele que acompanha o desempenho dos atletas, transformados pela mídia em verdadeiros heróis.

 Mas, se esse é o contato mais comum da população com este esporte negligenciado nas aulas de Educação Física do ensino fundamental e médio, que adquire, na posição de expectadora, um conhecimento (televisivo) restrito acerca dessa modalidade esportiva envolta por índices, marcas e recordes, existem outras possibilidades de conhecimento dessa modalidade, além dessa perspectiva competitiva e restrita a grandes eventos mundiais, no qual deve ser explorado no seu lado educacional (MATTHIESEN, 2005).

E é visto que nos dias atuais, tem-se observado um aumento considerável nas discussões sobre as metodologias de ensino-aprendizagem dos desportos; nos jogos desportivos coletivos, inúmeros são os assuntos a serem debatidos. A intenção refere-se ao diálogo relacionado ao desenvolvimento esportivo, entendido como processo de ensino, que ocorre desde que a criança inicia-se na atividade esportiva, até sua dedicação exclusiva em uma modalidade. Os assuntos pertinentes ao ensino de habilidades e competências tático-cognitivas e também considerações sobre o desenvolvimento das capacidades físicas e dos jogos desportivos coletivos por intermédio dos estudos em pedagogia do esporte. 

  A pedagogia do esporte buscou-se a estudar esse processo, e as ciências do esporte, em suas diferentes dimensões, identificaram vários problemas, os quais serão balizadores deste estudo: busca de resultados em curto prazo; especialização precoce; carência de planejamento; fragmentação do ensino dos conteúdos; e aspectos relevantes, que tratam da compreensão do fenômeno na sua função social. Assim sendo, o ensino dos jogos desportivos coletivos deve ser concebido como um processo na busca da aprendizagem. Esse pensamento faz-nos refletir acerca da procura por pedagogias que possam transcender as metodologias já existentes, a fim de inserir, no processo de iniciação esportiva, métodos científicos pouco experimentados. Dessa forma, é de fundamental importância discutir a pedagogia da iniciação esportiva, com o respaldo teórico de estudiosos do assunto.

Vários autores apresentam propostas, visando discutir o ensino dos esportes. No caso dos jogos desportivos coletivos, verificamos aumento crescente no diálogo, almejando a busca de novos procedimentos pedagógicos, com vistas a facilitar o aprendizado.

 Nos dias atuais, para atingir resultados desportivos superiores, os atletas dedicam-se à atividade esportiva durante muitos anos de suas vidas. Por isso, tornou-se necessária uma subdivisão metodológica rigorosa em longo prazo, relacionada à preparação dos atletas, na qual as etapas e fases não têm prazos definidos de início e finalização, pois dependem não só da idade, mas também do potencial genético do esportista e do ambiente no qual ele está inserido, das particularidades de seu crescimento, maturação, desenvolvimento, da qualidade dos técnicos, entre outros, e também das características de cada modalidade escolhida.

O objetivo principal deste artigo foi de enfatizar o processo de iniciação da criança no atletismo numa visão recreativa.

 

 

 

  1. EVOLUÇÃO E CONCEITOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

 

Nos dias atuais Educação Física passa por grandes transformações nas suas áreas de atuação e na maneira de se trabalhar, assim surgem novos conceitos e novas ideias de uma Educação Física mais voltada para o lado social e deixando de enfatizar o esportismo. Com essas novas necessidades sociais que a Educação Física sofre dá-se uma grande ênfase na recreação ou nas atividades lúdicas que tem como meio norteador de seus conceitos a inclusão social e a formação de cidadãos para uma vida critica dentro da sociedade.

            Este conceito de inclusão social e igualdade nas aulas de Educação Física devem estar sempre em foco, pois durante aulas sempre vamos encontrar divergências sociais, diferenças de crédulos, raças e cor, e estas situações necessitam de uma observação e cuidados específicos para que possa ser superada através das aulas de Educação Física dentro de cada escola presente em nosso país. Assim o professor deve proporcionar atividades que possibilitem desenvolvimento da inteligência critica do seu aluno, trabalho assim atividades que ofereçam um alicerce tanto motor quanto intelectual para o desenvolvimento integral da criança (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Para TAFFAREL (1989);

Na abordagem critico-superada, a essência do ato educativo estaria no confronto de educador e educando com os meios da Educação Física, e nas consequências decorrentes de situações onde as ideias de todos são bem vindas, onde a divergência é admitida, onde o respeito à opinião dos outros e a liberdade, com responsabilidade é incentivado”. Com essa colocação a autora define o diálogo entre educador educando, o incentivo a criatividade e autonomia dos educandos, expondo suas ideias e sendo ativos no processo de construção das atividades.

Devem-se criar estratégias de ensino para que criança possa gostar de atividades recreativas e não almejar apenas atividades voltadas ao esporte, assim o professor deve elaborar atividades que atendam as expectativas esportivas dos alunos de uma forma recreativa e que envolva todos os alunos e possibilite uma inclusão de todos dentro da aula de Educação Física (KUNZ, 2005)

           Para KUNZ (2005),

A Educação Física pode contribuir para o desenvolvimento de determinadas competências que não se resumem na competência objetiva de “saber fazer”, mas incluem a competência social, linguística e criativa, sempre de forma critica. Essa abordagem é uma abordagem que está mais inclinada com o desenvolvimento integral do aluno. Não se trata apenas dos aspectos físicos, mas principalmente de suas compreensões de mundo e de contexto relacionadas com a educação física.

Somente através desta construção da cultura corporal adequada desta criança que a mesma poderá desenvolver-se por completo e atingir seu desenvolvimento motor integral, dando-lhe autonomia de seus movimentos e controle de suas ações nas diferentes modalidades esportivas, mas para que isto aconteça é necessário que o professor tenha informações das necessidades e expectativas de seus alunos e transforme suas aulas deixando-as mais dinâmicas e divertidas, com intenção de obter um nível maior de participação por parte dos alunos durante as aulas de Educação Física dentro do âmbito escolar (DARIDO, 1999).

            Em relação aos jogos desportivos coletivos, as atividades lúdicas em forma de brincadeiras e pequenos jogos podem contribuir para desenvolver, nas crianças, as capacidades físicas, tais como a coordenação, a velocidade e a flexibilidade - propícias nessa fase - e também habilidades básicas para futuras especializações, como agilidade, mobilidade, equilíbrio e ritmo.

Deve-se evitar a apreensão com a execução errônea do gesto técnico, pois cada forma diferente de movimento em relação ao modelo técnico pode ser aceita, deixando para a fase posterior as cobranças em relação à perfeição dos gestos motores.

A Educação Física escolar tem função primordial nessa fase, aumentando a quantidade e a qualidade das atividades, visando a ampliar a capacidade motora das crianças, a qual poderá facilitar o processo de ensino-aprendizagem nas demais fases. De qualquer modo, seja na escola ou no clube, a efetividade da preparação e da formação geral que constituirão a educação geral dos atletas no futuro só poderá ser maximizada na interação professor/técnico, escola, aluno/atleta e demais indivíduos que têm influência no desenvolvimento dos jovens.

            Sendo assim, o sucesso da educação das crianças e adolescentes depende muito da capacidade do professor/treinador e de cada cenário onde o trabalho é desenvolvido. A literatura especializada do treinamento infantil demonstra que, nessa fase, devem-se observar as condições favoráveis para o desenvolvimento de todas as capacidades e qualidades na aplicação dos conteúdos do ensino, por meio de uma ação pedagógica sistematizada.

Abordou-se, nesse momento, a importância da diversificação, ou seja, a prática de várias modalidades esportivas que contribui para futuras especializações. Defende-se, também, a diversificação dos conteúdos de ensino em uma modalidade, evitando, todavia, a repetição dos mesmos, repetição essa que leva à estabilização da aprendizagem, empobrecendo o repertório motor dos praticantes.

             Em relação à diversificação e à aprendizagem de várias modalidades esportivas, Bayer (1994) entende que, em nível de aprendizagem, o "transfer" é admitido, ou seja, a transferência encontra-se facilitada logo que um jogador a perceba na estrutura dos jogos desportivos coletivos. Assim, os praticantes transferem a aprendizagem de um gesto como o arremessar ao gol no handebol, a cortada do voleibol ou o arremesso da cesta no basquetebol.

Trata-se, então, de isolar estruturas semelhantes que existem em todos os jogos coletivos desportivos para que o aprendiz reproduza, compreenda e delas aproprie-se. Entretanto, o autor adverte: "ter a experiência duma estrutura não é recebê-la passivamente, é vivê-la, retomá-la e assumi-la, reencontrando seu sentido constantemente" (BAYER, 1994, p. 629).

De acordo com a literatura, os iniciantes devem participar de jogos e exercícios, advindos dos esportes específicos e de outros, que auxiliem a melhorar sua base multilateral e no preparo com a base diversificada para o esporte escolhido. As competições devem ter caráter participativo e podem ser estruturadas para reforçar o desenvolvimento das capacidades coordenativas e das destrezas, melhorando a técnica do movimento competitivo, vivenciando formações táticas simples. No entanto, ainda não se deve objetivar o produto final (resultado) nesse momento.

            Deve-se buscar, na iniciação esportiva, a aprendizagem diversificada e motivacional, visando ao desenvolvimento geral. Essa fase caracteriza a passagem da fase da iniciação esportiva I para a fase de iniciação desportiva II, na qual se conferem muita importância à auto-imagem, socialização e valorização, por intermédio dos princípios educativos na aprendizagem dos jogos coletivos (KREB'S, 1992; GRECO, 1998; OLIVEIRA 1988; e PAES, 2001).

             Nesse período, consolida-se o sistema de preparação em longo prazo, pois é importante não se perder tempo para evitar a estabilidade da aprendizagem. Para WEINECK (1991), além da ótima fase para aprender, na qual as diferenças em relação à fase anterior são graduais e as transições são contínuas, as capacidades coordenativas dão base para futuros desempenhos.

Por outro lado, deve se evitar a especialização precoce, como afirma VIEIRA (1999), haja vista que esta pode levar ao abandono do esporte, sem contar que o resultado precoce nas fases inferiores pode, além de promover o abandono, influenciar na formação da personalidade das pessoas, levando-as a atividades inseguras, tornando-as até inconscientes de seu papel perante a sociedade.

 Em se tratando de evitar a especialização precoce, concordamos com PAES (1989), o qual assinala essa fase como generalizada, na qual pretende-se a aquisição das condições básicas de jogo ao lado de um desenvolvimento psicomotor integral, possibilitando a execução de tarefas mais complexas. Essa fase, porém, não deverá ser utilizada para a firmação obrigatória da especialização desportiva dos atletas.

Neste sentido, GALLAHUE (1995) pondera que esse momento é importante para os aprendizes passarem do estágio de transição para o de aplicação, ou seja, aprender com relativa instrução do professor a liberdade dos gestos técnicos. VIEIRA (1999) corrobora com essa idéia, afirmando que, nessa fase, a atenção está direcionada para a prática bem como para as condições de promover o refinamento da destreza, planejando situações práticas progressivamente mais complexas, ressaltando que o sistema de ensino é parcialmente aberto, no qual as atividades são também parcialmente definidas pelo professor/ técnico.

 

2.2. METODOLOGIA UTILIZADA NO ATLETISMO

            O desenvolvimento deste artigo caracterizou-se, mediante revisão bibliográfica, onde foi abordada a pedagogia e as metodologias utilizadas no ensino da modalidade atletismo.

          Sendo assim enfatizando a sistematização dessas pratica esportiva, segundo abordagem de diferentes autores que visam à proposta de um trabalho pedagogicamente coerente, com possibilidades de execução por crianças de diferentes estágios maturacionais, nesse sentido utilizando-se de uma metodologia que envolve atividades simples que podem ser realizadas e adaptadas em relação ao ambiente e materiais disponíveis.

           Entretanto as propostas de ensino para iniciação da seguinte modalidade para com as crianças nortearam à recreação, possibilitando as mesmas a vivência e experimentação de diversos movimentos básicos presente neste esporte.

 

3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

              Nota-se que a proposta de ensino voltada para a iniciação da modalidade atletismo, utilizando-se de atividades recreativas possibilita aos alunos, como mais uma opção de repertório cultural e motor, possibilitando com que os alunos transfiram experiências e usem em outras situações no decorrer de sua vida. As crianças devem ter liberdade para encontrar as melhores soluções para a execução dos movimentos, dando oportunidades de conhecer o atletismo levando a criança a adquirir maiores habilidades e conceitos que irão aumentar a sua capacidade de dominar seus movimentos.

              A prática do atletismo nas escolas, clube, escolinhas, faz com que os alunos consolidem as formas básicas das atividades motoras do ser humano, desenvolvendo assim movimentos valiosos que lhe auxiliaram em suas tarefas diárias, além de apreciável contribuição ao desenvolvimento mental e higiênico de cada aluno, preparando e auxiliando para sua formação como cidadão.

             Considerando que a proposta de se iniciar um trabalho voltado para a modalidade atletismo não visa somente o rendimento esportivo, mas sim de ampliar o conhecimento desta modalidade em várias partes do mundo, através da aplicação dentro das escolas, clubes etc.

             Ainda afirma-se que é melhor poder democratizar o acesso a diferentes modalidades para uma grande maioria, do que excluirmos esta possibilidade de experiência motora (pré-desportiva) no melhor contexto de formação da cultura esportiva, que é a escola.

              Não há por que desenvolver habilidades de correr, saltar, lançar e arremessar se não forem significativos para a criança. Importante compreender que qualquer aprendizagem deva ser significativa e a inclusão de novas situações pedagógicas da Educação Física pode ajudar a desmistificar a mera exercitação de movimentos corporais isolados. (OLIVEIRA, 2006, pág. 45).

              O mesmo autor destaca que o atletismo jogado e brincado aproxima-se da atividade cultural da criança, o que torna a aprendizagem mais significativa, relacionando o movimento com a realidade concreta vivida, tornando o esporte mais atraente e motivador, sendo o jogo uma forma rica de aprendizagem. (OLIVEIRA, 2006, pág. 45 e 46).

              Considerando que esta modalidade deve ser vivenciada de forma lúdica e prazerosa, com toda sua variabilidade de provas, aplicada de forma que todos possam atuar independente de ter mais ou menos habilidade, resistência, velocidade ou força.

              Este domínio envolve a organização do corpo e do movimento do indivíduo no tempo e no espaço.

              Neste aspecto FARINATTI (1995 pag. 35) cita que: “O repertório de movimentos de uma criança reflete mudanças universais, sistemáticas e sucessivas, fruto do amadurecimento das estruturas do sistema nervoso central e de sua integração com o sistema motor”.

              Este domínio está relacionado com os fundamentos técnicos, bem como com as capacidades físicas e coordenativas.

              Sendo que a capacidade motora é um dos eixos fundamentais para o rendimento esportivo, fazendo com que o iniciante possa estar apto a organizar da melhor forma possível uma composição complexa de qualquer movimento, a fim de permitir as partes de o corpo trabalhar coordenadamente (KOCH, 1984).

               Os jogos recreativos na iniciação do atletismo são importantes na medida em que propiciam o desenvolvimento das capacidades físicas e coordenativas, além da aprendizagem e do aperfeiçoamento dos fundamentos técnicos específicos da modalidade esportiva, contribuindo também para a melhoria do domínio psicomotor (KIRSCH ET AL, 1984).

              Esse material poderá ser a alavanca fundamental que o atletismo precisa ser mais aproveitado nas aulas e mostrar como é simples seu desenvolvimento por contar com várias maneiras de se adaptar ao contexto e a faixa etária dos alunos. É essencial que os professores de Educação Física, busquem alternativas para trabalharem com o desporto atletismo em suas aulas sempre focado em torná-las mais diversificadas respeitando a faixa etária e o nível motor de cada uma, para com que os alunos possam-se desenvolver atingindo assim os objetivos propostos.

Acredita-se que a iniciação nos jogos desportivos coletivos deva ser entendida pelos agentes esportivos: técnicos, dirigentes, etc, como um processo que se inicia logo que a criança tem suas primeiras vivencias com os jogos até o final dos quatorzes anos, período este que se torna necessário a especialização em uma modalidade quando as vistas é a formação do atleta.

Constata-se que na infância e a adolescência são marcadas por uma fase de grandes mudanças e transformações, bem como o desenvolvimento motor, cognitivas e afetivas. Para tanto, a pratica de atividade física frequente favorece a prevenção de doenças crônicas, alterações de humor, atenuação da depressão, ansiedade e agressividade, levando ao bem-estar total.

Outra constatação é o de que a atividade física vem como um indicador favorável para amenizar os problemas causados pela pobreza, pois se associa a idéia de que praticando atividade física, as crianças têm a oportunidade de aumentar a autoestima e melhorar o humor e por meio das disputas aprenderem sobre padrões de valores e assim tomar decisões em sua vida cotidiana, e durante o treinamento desportivo há uma redução dos riscos de frequentarem as ruas, praticando a violência, criminalidade, drogas e prostituição.

Portanto, as atividades desportivas, nesse caso o atletismo, trazem benefícios para a vida da criança, e com a aquisição de prêmios e destaque pelos bons resultados há a possibilidade de se ampliar seu vínculo social, e consequentemente melhorar sua qualidade de vida, bem como sua condição financeira a partir do momento que os atletas de destaques recebem uma bolsa como apoio ao desporto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino de Educação Física. 9ª ed. São Paulo: Cortez, 1992 (Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor).

DARIDO, S. C. Educação física na escola: questões e reflexões. Araras-Topázio, 1999. Desenvolvimentista. São Paulo: EPU, 1988.

FARINATTI, P. T. V. Criança e atividade física. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.

GALLAHUE, D.L., OSMUN, J.C. Understanding Motor development: Infants, Children, Adolescents, Adults, Dubuque: BROWM & BENCHMARK PUBLISHERS, 1995, pág. 570.

GOMES, Antônio Carlos; GARAVELO, João Júlio. Inicie Brincando no Atletismo: Saltos. Arapongas - Pr: Grafmark, 1985.

GRECO, P.J.Iniciação esportiva universal: metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube. v.2. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

KIRSCH, August; KOCH, Karl; ORO, Ubirajara. Antologia do atletismo: metodologia para iniciação em escolas e clubes. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.


KOCH, Karl. Desenvolvimento da motricidade e da aptidão física infantil através do correr, do saltar e do lançar. In: Antologia do atletismo: metodologia para iniciação em escolas e clubes. 1ª ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A, 1984.

KUNZ, E. Didática da Educação Física. Ijuí: Unijuí, 1998.

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OLIVEIRA, Maria Cecília Mariano de.  Atletismo Escolar. Rio de Janeiro, Editora Sprint, 2006.

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PAE,S,R.R. Aprendizagem e Competição Precoce.  O Caso do Basquetebol.Campinas: Unicamp, 1992.

PAES, R.R. Aprendizagem e competição precoce: "O caso do Basquetebol", Universidade Metodista de Piracicaba: Dissertação de Mestrado, 1989.

VIEIRA L. F. O processo de desenvolvimento de talentos paranaenses do atletismo: um estudo orientado pela teoria dos sistemas ecológicos. 1999. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1999.

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