Sempre gostei de ler, de me informar, de trocar ideias e tentar de alguma forma evoluir como pessoa, como cidadão. E com o avanço da TI (Tecnologia da Informação) o acesso a Informação se tornou mais ainda mais fácil, permitindo não só a mim, mas a muitas pessoas que essa imensidão de informação modificasse quem nós éramos, trouxesse uma nova perspectiva sobre “verdades irrefutáveis”, abalasse o que eram convicções e nos trouxesse a dúvida. Como já dizia Aristóteles:

“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete”

                E acredito que a forma mais fácil para eu conseguir refletir é tentar sintetizar essas reflexões em textos para que eu possa, primeiramente a mim mesmo, evoluir na pirâmide do conhecimento. (Ver imagem abaixo)

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                Como sempre fui um cara vaidoso, que gosta de ser o centro das atenções, de “aparecer”, de ser notado, resolvi sem modéstia alguma começar a compartilhar na Internet aquilo que me vem na cabeça. Isso vai permitir que algumas pessoas também cheguem a reflexões parecidas, mas também vai me permitir daqui a alguns anos detectar claramente como eu pensava e o que modificou durante esses anos. Espero que não seja igual, pois o mundo evolui, a quantidade de informação disponibiliza só aumenta (veja: https://tecnologia.terra.com.br/internet/trafego-de-dados-na-internet-ultrapassara-o-zettabyte-em-2016,024bfe32cdbda310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html ) e por isso eu me permito questionar tudo e evoluir sempre. A metamorfose ambulante do Raul Seixas nunca me foi tão clara.

                Claro que não é fácil mudar (veja a imagem abaixo) pois se exige tempo e energia. Porém atualmente, negar a mudança é negar a Era da Informação, é se negar a evoluir e crescer.

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A Era da Informação exige menos esforço físico e mais criatividade, exige visão global, capacidade de interpretar fatos e tendências, exige prever acontecimentos e exige conhecimento e muitas vezes sabedoria.

“Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida.”  Sandra Carey.

Repare na pirâmide do conhecimento já citada neste texto, e veja que conhecimento é uma evolução da informação. A facilidade do acesso à informação foi apenas um dos pilares que conseguimos, mas agora temos que transformar esse excesso de informação em algo útil, algo que gere valor, algo que nos transforme e transforme nossa sociedade, em prol de um bem-estar comum, de um mundo mais justo, de um mundo mais fácil de viver.

O que me preocupa, em especial dentro do meu país, o Brasil é que isso exige um nível de educação formal mais alta, e infelizmente, nosso sistema educacional é falho, permitindo que muitos brasileiros terminem o ensino médio com pouca capacidade de interpretação de texto (Veja: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,no-ensino-superior-38-dos-alunos-nao-sabem-ler-e-escrever-plenamente-imp-,901250), além disso a evasão escolar também cresce em nosso país (http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-02/13-milhao-de-jovens-entre-15-e-17-anos-abandonam-escola-diz-estudo), o que me leva a crer que o acesso facilitado a informação, que deveria ser benéfico a sociedade brasileira, acaba se tornando algo negativo. A interpretação errônea de fatos gera brigas, discussões sem fundamentos, que pouco agrega a nossa vida em sociedade. Eu muitas vezes caio na armadilha de defender posições sobre textos no qual me falta uma base de conhecimento para interpreta-los corretamente. (Textos jurídicos, médicos, e de outras áreas que não domino). Por isso é preciso se despir do orgulho, assumir sua ignorância e buscar a informação de várias fontes, opiniões diversas de especialistas naqueles assuntos para que você forme sua opinião e chegue a uma conclusão com o mínimo de base. Discutir por discutir, baseado em nada é perda de tempo, é não evoluir como cidadão, é não contribuir para o bem comum, é enfim agir como um idiota. Já dizia Sócrates: “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”.

Para finalizar e não alongar o texto, uma última indagação/reflexão: será que não devemos refletir mais sobre o que postamos diariamente em redes sociais, o que publicamos como verdade, o que defendemos avidamente e muitas vezes desafazemos amizades por conta desses ideais. Até que ponto isso vale a pena? Até que ponto isso contribui? Até que ponto não temos que nos questionar mais, questionar nossas convicções antes de ‘brigar’ por algo? Cresci aprendendo que devemos ouvir mais do que falar pois temos dois ouvidos e uma boca. Mas as vezes me esqueço disso e falo mais do que ouço. Muitas vezes quando faço isso, acabo falando demais, falando o que não devia ou o que não tinha propriedade para fazê-lo. Também que esqueço muitas vezes de não falar ou escrever quando estiver tomado de emoção, pois a emoção nos tira a capacidade de raciocinar em cima de um fato.

Enfim, este primeiro artigo neste site é uma apresentação de quem sou, de como penso e uma introdução do que está por vir. Sempre que eu estiver com algo martelando em minha cabeça vou tentar traduzir em palavras e compartilhar com quem queira se dispor a ler. Mas sei que no fundo, escrevo primeiro para mim mesmo, pois esta foi a forma que encontrei de refletir sobre o que penso, sobre como interpreto o que ocorre nesse mundo louco que vivemos.

Obrigado e até a próximo.

João Cláudio