1INTRODUÇÃO

Este artigo visa demonstrar uma visão filosófica, das metodologias usadas no ensino de filosofia e sociologia na contemporaneidade, será abordada neste artigo a argumentação a respeito do ensino no que tange a crença em Deus.

Quando se fala em Deus, neste artigo, remete-se a uma interpretação pessoal do autor de um Criador único ao qual deu origem a toda existência. No atual cenário acadêmico, ao tratar desta temática, não só no campo da pesquisa, bem como no ensino das ciências humanas, em especial a filosofia e a sociologia, o tema “Deus”, é avaliado como tabu, mito ou puramente crença irracional, no entanto a maior elegância da filosofia não é justamente o questionamento e o debate e não o menosprezo em certas temáticas?

Portanto, neste artigo justamente será debatido de forma filosófica, e sintetizado em aspecto sociológico, qual tem sido de fato o ensino da filosofia e da sociologia em sua essência, tem se ensinado factualmente a filosofar ou apenas se transmite um conhecimento teórico e cego a respeito de “algumas” crenças surgidas ao longo da história? E quando se diz “algumas crenças”, de fato, o conceito de filosofar é abranger e questionar absolutamente tudo, sem exceção, logo, no ensino da filosofia ou da sociologia, a premissa básica do educador, deve ser o de tornar o aluno superior ao próprio professor, ora, Aristóteles não era seguidor de Platão e mesmo assim o discordava em quase tudo? Esta é grande evidência de que, o grande professor Platão ensinou seu aluno a pensar, ou, noutras palavras, “filosofar”.

Como abordar o tema “Deus”, no ensino médio? O maior de todos os “cuidados” em que um educador de ciências humanas deve obter, é o de “não doutrinar alunos”, talvez muitos alunos reclamem não ser este o maior cuidado em relação aos educadores contemporâneos, no entanto esta é a regra número um para se tornar um educador. Ao estabelecer-se um problema no ensino destas duas disciplinas (filosofia/sociologia) no atual contexto, haveria de se pensar na metodologia para se questionar ou filosofar o conceito “Deus”, sem que ele seja abordado como um mito a ser superado, pois justamente o descarte de conteúdo, é algo não filosófico.

Inicialmente, o filósofo deve levantar conceitos indagatórios falseáveis, deve abster-se de preconceitos ou “achismos”, porém deve questionar de forma real a interpretação que se tem do mundo e do universo filosoficamente. Seria impossível demonstrar em dados quantitativos o que não é empírico diante todas as descobertas humanas científicas, pelo contrário, em uma escala não humilde, há a necessidade em se introduzir conceitos filosóficos em questões científicas, o próprio cientista, precisa “crer” que seu método se realizará conforme testes prévios, nem todos os métodos são observáveis, o próprio conceito da Teoria da Evolução, segundo Darwin, em Origem das Espécies, 1859, atua desta maneira. Ao analisar sua teoria, observamos que o processo evolutivo necessita de milhões de anos para “provar-se”, alguns biólogos ainda insistem demonstrando que os dados genéticos apontam as variações que o AND prevê em sua estrutura, “ok”, existem dados genéticos obviamente que, variam conforme seu desenvolver, entretanto afirmar que, a vida inteira que está sobre o planeta Terra surgiu e se desenvolveu desta forma, e que este processo pode levar até mesmo alguns bilhões de anos, não seria crer nos próprios métodos? Logo, o cientista deve admitir que sim, está incluindo conceitos filosóficos em suas conclusões acadêmicas, independente da área em que fora trabalhado. Deve-se concluir diante esta afirmativa que, se é permitida a entrada dos “tais” conceitos filosóficos no ensino até mesmo de teorias evolutivas, por que não se pode então abordar a temática teísta no ensino?

Através da pesquisa bibliográfica este artigo demonstrará o quão grande pode ser o crescimento filosófico/sociológico em que o educando poderá cercar-se no ensino, abstendo-se de preconceitos e assumindo suas limitações, aproveitando-se das diversas ferramentas axiomáticas em que a metafísica se dispõe a oferecer.

Tendo como objetivo a introdução do tema “Deus”, nos âmbitos de ensino acadêmico, justifica-se esta abordagem através do possível crescimento intelectual no quesito “questionador e filósofo” em que todo o educando obterá ao formar-se em seu grau após estas análises, acredita-se por parte do autor, que há certa necessidade em conhecer novas argumentações, novas indagações e usar do “mesmo peso e medida” para os sincréticos campos em debate, do contrário, não seria ensino e sim doutrinação.

 

 

2DESENVOLVIMENTO

A maior prova da inexistência de Deus, sim, seria provar Sua existência. Primeiramente para falarmos de Deus precisamos compreender algumas compleições que permeiam esta tônica, para isso faremos algumas arguições ao iniciarmos a reflexão. A primeira delas é; qual a possibilidade da existência de um deus criador? É relevante ressaltar que, no momento em que aplica-se a citação “existência” de Deus, é mencionado o item “existência” apenas como ilustração simplista ao entendimento acerca da problemática pois, tudo o que existe, fora criado, logo, Deus é criador e não criado por ninguém, bem como é transcendente e eterno, está para além das limitações temporais, neste ato seria correto interpretar que, Ele “não existe”.

Porém, como mencionar Deus em nossa realidade? Há autores que tratam deste óbice em uma não tão vasta bibliografia, estes autores de forma iniludível afirmam filosoficamente apenas que “Deus é”, porem arrisco-me a ainda assim a lobrigar que a abordagem anteriormente citada, é ainda, simplista e limitada. Logo o leitor deste artigo deve-se indagar como apresentar Deus de forma lídima? A partir da metafísica, conceito do qual as possibilidades de lógica são intocáveis, infinitas, mas atingíveis racionalmente ao homem, a conclusão é de que não há na linguagem humana expressão cem por cento correta ao afirmar, o ser Deus. Esta é a premissa inicial para uma intangível conceituação de Deus, no entanto, o artigo aplicará o termo “existência” para facilitar a compreensão da leitura desta abordagem.

Fora assentido no início deste artigo de que a maior prova da inexistência de Deus, seria provar sua existência, todavia queda-se a pergunta, por quê? Preliminarmente carecemos entender brevemente a essência da natureza pois, se há um instituidor do universo, bem como, a inclusão da natureza nesta afirmativa, necessitamos acolitar os passos desta obra cujo chamamos de Universo. Substancialmente o universo é constituído por matéria e o espaço-tempo. A seguir, a consentaneidade é de que se há um criador do universo, ele obrigatoriamente precisa ser extrínseco a estas particularidades. Racionalmente, filosoficamente e logicamente é inverossímil que tal criador seja constituído da particularidade da qual ele mesmo é criador, ele necessita ser anterior a isto, o que afirma-se é que Deus não pode estar limitado a realidade que Ele mesmo criou, se assim fosse, seria impossível que fosse Deus. Num compêndio, a ciência utiliza de limitadas ferramentas para obter resultados acerca de suas teses, dentre elas, da qual em tudo se resume, a matéria e o espaço-tempo. No entanto, anteriormente fora citado que, caso haja algum deus, ele deve obrigatoriamente ser extrínseco a estes elementos, ora então conclui-se que Deus não é empírico? Obviamente. Para muitos cientistas, apenas esta conclusão seria suficiente para descartá-lo dos ensinos acadêmicos. Quando cognomino a matéria e o espaço-tempo por “elementos”, ou “conceitos”, uso do sentido figurado, neste mesmo sentido chame como julgar melhor, por conseguinte, filosoficamente, a de se admitir que um deus não transcendente a estes elementos não pode ser deus, logo prová-lo desta guisa, seria inexato. Mas então como explicar a sintonia fina do Universo, a complexidade irredutível de diversas formas de vida, ou até mesmo, o enigma da informação, sem que a resposta seja, “acaso”? Pois matematicamente, calcular o surgimento até mesmo de uma proteína, a resposta é hipotética, mais que dubitável, se é que se pode mencionar assim, logo o conceito de existência não pode estar vinculado unicamente aos elementos matéria, espeço-tempo. Conforme SILVA (2018, p.259)

 

Muitos insistem numa exposição de certos elementos de teorização existencial que, a meu ver, são contraditórios em si. Por isso, dão pouco valor argumentativo à existência ou não de um ser. Alguns materialistas radicais, por exemplo, disseram certa vez que o critério da existência é estar localizado num tempo e num espaço específico. Sendo assim, Deus – que para os cristãos seria onisciente a supratemporal – não poderia existir, pois estaria ontologicamente fora do tempo e do espaço. Mas espere um pouco. Se a existência se resume a uma localização espaço temporal, então o próprio tempo e o espaço seriam uma incoerência, pois eles não podem existir em si mesmos. O espaço não pode conter o próprio espaço nem o tempo o próprio tempo. Logo, tudo é uma ilusão. Por outro lado, se tudo é uma ilusão é preciso haver uma mente que produza a ilusão e seja iludida por ela. E essa mente, estaria onde e quando? Vê-se novamente a noção de ser, tempo e espaço. A discussão, portanto, volta à estaca zero e caímos num círculo vicioso. Prefiro ser mais simples e admitir que a existência não pode ser medida por apenas um critério porque as coisas se encontram no ser, mas se diferenciam na existência.

 

 

O Dr. William Lane Craig, em seu livro “Em Guarda”, trabalha e desenvolve com ampla habilidade o argumento cosmológico Kalam, em sua obra ele demonstra por inúmeras evidências corroboradas pela física, o seguinte raciocínio. O Universo está expandindo, isto é um fato, por conseguinte, se o Universo está expandindo, ele teve uma causa. Se analisarmos os objetos, ou quaisquer que sejam os entes observados, nunca se percebeu algo surgindo do nada, logo, se o universo está expandindo, ele foi menor um dia, o que obviamente demonstra que o mesmo teve um começo, a conclusão lógica é de que tudo o que possui um começo, possui uma causa, essa é a Lei da causa e efeito. Porém como já mencionado anteriormente neste artigo, a causa do universo deve ser externa a ele mesmo, necessita que seja, atemporal, não espacial, imaterial e infinitamente poderosa para o causar, bem como também, necessita que seja uma causa não causada. Esta hipótese filosófica, com dados científicos empíricos, cai como uma luva para o ser que muitos chamam de Deus. Conforme CRAIG, (2010, p. 70)

 

[...] dada a verdade dessas três premissas, não há como escarparmos da seguinte conclusão lógica: Deus é a explicação da existência do universo. Além disso, o argumento implica que Deus é não causado, uma mente não encarnada em um corpo, que transcende o universo físico e até mesmo o tempo e o espaço, e que existe necessariamente. Tal conclusão é assombrosa! Leibniz expandiu nossas mentes muito além das questões mundanas da vida cotidiana [...]

 

Neste princípio admitido, de que não se pode definir existência apenas por uma localização espaço temporal, bem como, empiricamente, Deus é transcendental a experiência acadêmica, a sociedade opta por anular-se ao conteúdo, do qual, muito é rico, ou aprofunda-se levando-o apenas para a esfera religiosa, porém raramente o vemos no âmbito acadêmico filosófico. Ao longo da história, podemos observar uma insana busca por entender quem é Deus e como Ele se relaciona com o homem, qual sua natureza, qual sua linguagem, enfim, o que é Deus? Essa busca milenar parte das mais variadas classes étnicas da historicidade humana, é demasiadamente grande o número de culturas que se entendem submetidas a um deus, ou vários. No decorrer da história através de pesquisas arqueológicas, podemos observar que a religiosidade no mundo antigo já era consideravelmente acentuada a quatro mil anos AEC. Povos em todas as regiões da Mesopotâmia já cultuavam seus deuses na Antiguidade. Hoje não é diferente, nossas culturas religiosas, em muito descendem dos aspectos antigos destes povos. Não iremos longe, segundo o IBGE, os dados do Censo do ano de 2010, demonstram que Cristãos somam um percentual de 86,8% da população brasileira, ora, sabemos que geograficamente o Brasil não fica nem um pouco perto de Israel, berço do cristianismo. Mas como já citado, muito de nossas crenças e tradições, herdamos do mundo antigo. A Instituição Católica serviu como uma ampla “ponte” entre os cristãos primitivos e o cristianismo pós-moderno, aliás, foi nesta instituição onde Lutero despontou ao que conhecemos hoje por Reforma Protestante, passo este, que serviu como estopim para uma série de reformulações filosóficas cristãs em todo o mundo, resultando nas mais diversas ramificações do cristianismo avistadas hoje em nossa sociedade.

Um importante argumento matemático em favor da existência de Deus, do qual não se é demonstrado de forma tão massiva quanto os argumentos ateístas, é a explicação perante teoremas e axiomas, ora, mas algo tão simples assim pode responder porque não temos acesso a Deus materialmente? Sim. Conforme o Dr. Rodrigo Silva em sua obra “O Ceticismo da Fé” demonstra, ele menciona conceitos básicos da matemática e geometria euclidiana, por exemplo, um teorema, trata-se de um cálculo do qual o autor dele obtém os dados e pode testá-lo, até mesmo prová-lo por se tratar de um cálculo. Porém para que o autor do cálculo possa fazer o mesmo, ele necessita admitir certos axiomas, um exemplo de axioma seria, duas retas paralelas infinitas nunca se cruzam, certo? Certo, porém não se pode “provar” este axioma, pois não há uma régua do tamanho do infinito para testá-lo, outro axioma mais simples, entre dois pontos sempre há uma reta, obviamente, é necessário que se admita esta afirmação para calcular teoremas, no entanto, também não se pode “provar” a fala anterior. Filosoficamente é correto afirmar que Deus não é teorema, Deus é axioma, pois tem características de axioma, um axioma não é comprovado empiricamente pois o ser humano não obtém ferramentas para alcança-lo, no entanto não se pode negar um axioma, pois ele se evidencia de tal maneira que não se pode contrariá-lo, conforme SILVA (2018, p. 287)

 

Agora raciocine comigo: se uma pessoa pode completar um doutorado em Harvard defendendo uma tese sobre os “incomprováveis” axiomas, por que não se pode fazer o mesmo em relação a Deus? Devemos entender que a dificuldade da prova neste caso não está com o objeto a ser provado, e sim com a limitação do instrumento que possuímos para medi-lo. Se o todo-poderoso pudesse ser “provado”, no sentido empírico da palavra, ele estaria mais para teorema que pressuposto, logo, caberia dentro do escopo mental humano e não seria grande o bastante para ser Deus. Portanto, do mesmo modo que o axioma matemático, a existência de Deus é uma verdade não demonstrável, mas que se estabelece pela lógica, intuição e fé.

3 CONCLUSÃO

Após um número extremamente mínimo de páginas, e poucos argumentos, pôde-se observar a infinitude de conceitos e o longo caminho em que se pode trilhar neste âmbito quando se admite postulados filosóficos no ensino de todas as áreas, até mesmo para a temática “Deus”, por dois séculos, este tema tem sido rechaçado e colocado para “escanteio” na comunidade acadêmica e no ensino básico, todavia, quando não existe “mind set” para altercar, seja qual for o tema, também não existe ciência, pois ciência é justamente conhecer, estudar, e levantar dados, ao passo que a filosofia nos condiciona um campo metafísico extremamente amplo e expansivo ao debate.

O ensino do questionamento e argumentação teísta, proporciona ao educando a habilidade em julgar o que mais parece viável a si, não se trata de ensinar Deus em sala de aula, mas de abrir todos os campos para o questionamento, e se por ventura a hipótese for factível a compreensão do aluno, por que não? Neste caso cabe a ele a busca para entender melhor aquilo que lhe parece bem, seja estabelecer sua tese ou buscar aprofundar-se então na teologia. Infelizmente, parece que nas grandes universidades, existe um terrível medo por parte dos professores de que seus alunos acreditem em Deus, haveria uma razão para tal medo? Os alunos não devem ser iguais aos seus professores, porém melhores. Afinal de contas, a filosofia, bem como a sociologia são as ciências que libertam a “mente” do indivíduo, não? Existe um paradoxo moral acampando nos meios acadêmicos, conforme é ilustrado a seguir por, SILVA (2018, p. 550)

 

O hilário de tudo isso é que se eu propuser uma conferência acadêmica sobre “As evidências naturais de um Criador do universo”, terei de me limitar ao interior de uma igreja, pois, dependendo da universidade aonde eu for, nem na faculdade de teologia esse tema será bem-vindo. A não ser por protesto ou deboche, jamais encherei um auditório com homens e mulheres de ciência para ouvir evidências de um Deus-Criador. “Não há evidência para os pressupostos bíblicos da criação. Isso é tolice, e não ciência.” Simulemos uma situação: Eu diante de um grupo hostil de estudantes céticos e ateus tentando contar para eles a história bíblica de Deus. Os olhares quase me fuzilam à espera da primeira oportunidade para atacar com força meu “conto da carochinha”. Então começo dizendo: – Olá, pessoal, gostaria de falar com vocês sobre a doutrina da Criação. No princípio, Deus criou o céu e a Terra. Pois a lógica natural aponta para um universo criado, planejado e fruto de uma mente inteligente. Ele criou anjos e outros seres que vivem em mundos diferentes do nosso. Eles têm poderes incríveis, como, por exemplo, voar a velocidade tal que bastam poucos minutos para um anjo cruzar o espaço desde a presença de Deus até chegar aonde estava o profeta Daniel. Uma viagem que a luz gastaria bem mais tempo para percorrer. Assim como os anjos, existem outros mundos criados por Deus, porém, devido à nossa condição pecadora, eles não podem se comunicar diretamente conosco. Um dia, porém, alcançaremos, pela graça divina, um estado de perfeição gloriosa em que poderemos não somente falar com essas outras criaturas de Deus, mas também conviver com elas numa condição de vida muito superior à que temos hoje. – Ridículo! – grita um do fundão, iniciando uma enxurrada de protestos e vaias, que rapidamente conta com o apoio de quase todos. – Isso não é ciência, é religião! – gesticula uma menina freneticamente sentada à frente. – Não há evidências para o que você diz – vocifera um aluno de Física. – Nem venha com esse negócio de Design Inteligente. Se quer pregar, fique na sua igreja, aqui é um lugar para ciência, não para credos religiosos. Esse episódio não aconteceu. Contudo, há muitas situações similares. Deixe-me, portanto, imaginar a mesma cena, apenas pressionando a tecla SAP e mudando a linguagem, porém, não o conteúdo: Galera, antes de a gente sair para uma balada depois da aula, quero falar sobre o paradoxo de Huster e a teoria da condicionalidade de Wilbur [expressões que acabei de inventar como paródia dos enunciados rebuscados que chamam a atenção dos estudantes]. Não sabemos como exatamente tudo começou, pois só podemos analisar do nanossegundo posterior ao Big Bang para cá. Porém, considerando que não temos uma explicação plausível para o surgimento de algo do nada, é possível teorizar que existe uma quantidade infinita de universos possíveis e que o nosso seja fruto de um desses universos paralelos. Do mesmo modo, podemos afirmar que o universo é mui provavelmente povoado por civilizações mais avançadas que a nossa e, considerando os tipos elencados na Escala de Kardashev, presumimos que as civilizações de Tipo IV seriam capazes de controlar a energia gerada por todo o universo. Eles podem atravessar a expansão acelerada do espaço e permanecer dentro de buracos negros supermassivos. São, enfim, seres com incríveis poderes capazes de moldar a estrutura do tempo e espaço.

 

 

Acima, o autor menciona dois casos em que as evidências para tal hipótese, estão em mesma quantidade, são dois casos em que as temáticas abordadas, são metafísicas e estão transcendendo a natureza humana. Assim como o caso demonstrado, existem diversas hipóteses acadêmicas, que, carecem por “prova” científica, e não passam de pura especulação, no entanto nunca houve e arrisco-me a dizer, nunca haverá manifestações contra estas abordagens em sala de aula, o maior desafio para o educador, é o de libertar o aluno e torná-lo um independente intelectual, mas parece-me que o cenário acadêmico demonstra uma jaula de ferro onde os estudantes não podem de forma alguma, sair daquela grade de conhecimentos, e que todos externos a isso estão errados taxativamente, e pior ainda de quem tente combater a ditatura da ciência, a qual cada vez mais cria raízes políticas, desde o ensino básico.

Que o ensino de filosofia e sociologia, cresça sem precedentes, que o debate aconteça, que não haja censura intelectual nas universidades, que as mentes possam desfrutar de suas habilidades e voem o mais alto que puderem. Acima de tudo, que o conhecimento não seja, em hipótese alguma, velado, é para isso que as ciências humanas existem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    REFERÊNCIAS

 

SILVA, Rodrigo Pereira. O ceticismo da Fé. Barueri: São Paulo, 2018.

CRAIG, William Lane. Em Guarda. Tradução de Marisa K. de Siqueira Lopes

São Paulo: Vida Nova, 2011.