INTRODUÇÃO

  Este trabalho objetiva estudar a questão da indisciplina em sala de aula, cuja razão ultrapassa o senso comum no que se refere aos fatores psicoemocionais que envolvem cada eminente e respectivos aprendentes.

         Nessa perspectiva, a indisciplina em sala de aula constitui um dos desafios com as quais as instituições escolares se defrontam, abrangendo-se de diversas formas e mecanismos de expressão, refletindo-se em grande grupo de causas de várias naturezas indisciplinares.

        É importante ressaltar que variados fatores podem provocar manifestações contrárias ao bom senso e as regras necessárias a um trabalho realizadoem grupo. Questionamosas razões que motivam tais atitudes bem como a necessidade diagnostica dos problemas indisciplinares e das possíveis soluções a respeito. Diante disso, o referido trabalho teve como campo de estudo, uma escola pública localizada na cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba – Brasil.

        Tomamos como referencial teórico, estudos que pensam à educação em uma perspectiva ampla, que abre discussões sobre cidadania, autonomia e liberdade. Não apenas discutindo a indisciplina como um fenômeno atrelado a determinados comportamentos de alguns indivíduos particulares, mas também sendo pensada como institucional.                                    Portanto, as contribuições teóricas de Dermeval Saviani, Moacir Gadotti, Bárbara Freitag, Paulo Freire e Claudino Piletti, servirão de reflexão na busca de alternativas para tentarmos entender o problema da indisciplina em sala de aula, e sobretudo à analise de causas e motivos que geram situações comportamentais dentro de nossas escolas.

        A solução do problema exige ampla participação e envolvimento de todos os segmentos na implementação e criação de novas metas educativas para melhorar a atuação pedagógica.

        O primeiro enfoque teórico trata da inexistência da análise crítica dos discentes e docentes quanto a questão da indisciplina, como também a ausência da família no acompanhamento do educando.

        O segundo enfoque, seria o professor quando ele não constrói uma aula significativa para o aluno, não percebendo as razões que levam o ser humano a aprender, ou o mesmo não critica seu aluno através de conceitos que foram estabelecidos sobre os limites impostos, e que a partir daí acaba gerando uma situação de comportamento indesejada.

        O  terceiro enfoque, seria o próprio aluno, quando ele não dar atenção necessária ao professor, buscando conhecer os seus limites, atuando com responsabilidade e respeito.

        Esperamos que o presente estudo venha a ser um instrumento didático às discussões em sala de aula, para aqueles que buscam novas fontes de conhecimento com o objetivo de melhorar o processo ensino-aprendizagem e em conseqüência minimizar o problema da indisciplina no âmbito escolar.

        Nesse contexto, o trabalho foi dividido em quatro capítulos: O primeiro aborda a Retrospectiva Histórica da Educação Brasileira, que enfoca o processo educativo dos Jesuítas até os dias atuais.

        O segundo capítulo, enfatiza a questão da Indisciplina no Âmbito Escolar, com suas causas e conseqüências envolvendo a família, a comunidade escolar e o próprio aluno.

        O terceiro, é composto da Metodologia do Estudo Investigatório, no qual registramos os diferentes momentos da pesquisa bem como a análise metodológica do referido estudo.                   No quarto capítulo, tratamos dos Resultados e Discussões da pesquisa, sintetizados em tabelas e gráficos e por fim, as considerações finais, referências, bibliografias e anexo.

        Estamos certas de que este instrumento será útil no apoio ás discussões legais nas instituições escolares e em salas de aula, sendo uma busca constate de novas fontes de conhecimento no processo ensino-aprendizagem. “O conhecimento é, como a riqueza, destinada ao uso.  A posse do conhecimento sem ser acompanhada de uma manifestação ou expressão em ação é como um amontoado de metais preciosos, uma coisa vã e tola” (SHURÁH, 1986: 83).

        Enfim, juntas tentaremos expor de forma mais clara o entendimento de situações que levam a esses conflitos e contradições em relação ao comportamento de indisciplina existente em salas de aula, que suscita a presença da comunidade escolar (professor, pais, alunos e equipe técnica – pedagógica), trabalhando através de observações e entrevistas com os mesmos, ao definir intenções, identificar, observar e analisar as dificuldades que irão aparecer no decorrer da pesquisa.

        No entanto, pretendemos captar e analisar, essa questão que palpita em muitos debates da atualidade, abrindo espaços para criticidade e divulgação de idéias, ajudando à preparação de pessoas para o exercício da cidadania.

                                                       CAPÍTULO I

 

RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA  EDUCAÇÃO   BRASILEIRA

             Faz-se necessário conhecer e compreender um pouco da História da Educação Brasileira, para possibilitar nossa reflexão sobre a mesma, servindo de pano de fundo para identificar as propostas pedagógicas do período colonial até os dias atuais.

        Diante disso, abordaremos neste contexto alguns marcos  importantes da História da Educação Brasileira, marcada por períodos históricos.

        De1549 a1759 os Jesuítas foram os principais educadores, atuando aqui no Brasil em quase todo período colonial. No contexto de uma sociedade de economia agrário – exportadora – dependente explorada pela metrópole, a educação não era considerada um valor social importante. A tarefa educativa estava voltada para a catequese e instrução dos indígenas. Já para a elite colonial um outro tipo de educação era oferecida.

        O plano de instrução era consubstanciado no Ratio Studiorum, cujo ideal era a formação do homem universal, humanista e cristão.

        Os pressupostos didático diluídos no Ratio enfocavam instrumentos e regras metodológicas compreendendo o estudo privado. Os exames eram orais e escritos, visando avaliar o aproveitamento do aluno.

        A educação se preocupava com o ensino humanista de cultura geral enciclopédico e alheio à realidade da vida  de colônia. Esses eram os alicerces da pedagogia tradicional na vertente religiosa, ou seja, a ação pedagógica Jesuíta foi marcada pelas formas dogmáticas de pensamentos contra o pensamento crítico, privilegiando o exercício da memória e do raciocínio.

        Após os Jesuítas não ocorreram no país grandes movimentos pedagógicos, já que foram poucas as mudanças sofrida pela sociedade colonial, durante o Império e a República. A nova organização instruída por Marquês de Pombal pedagogicamente representou um retrocesso, professores leigos começaram a ser admitidos para as “aulas régias” introduzidas pela Reforma Pombalina.

        Por volta de 1870, época da expansão cafeeira e da passagem de um modelo agrário – exportador para um urbano – comercial – exportador, o Brasil vive seu período de “iluminismo”. Segundo SAVIANI (1984: 275): “ Tomam corpo movimentos cada vez mais independentes da influência religiosa”.

        No campo educacional, suprime-se o ensino religioso nas escolas públicas, passando o Estado a assumir a laicidade. É aprovada a Reforma de Benjamim Constant (1890) sob a influência do positivismo. A escola busca disseminar uma visão burguesa de mundo e sociedade, a fim de garantir a consolidação da burguesia industrial como classe dominante.

        Ao final do Império, o país tinha cerca de 14 milhões de habitantes, dos quais 85% eram analfabetos segundo o parecer de Rui Barbosa.

        Foi durante 1889 à 1930 que a primeira República se colocou em questão marcada por números, nesse período eram as Reformas Educacionais que procuravam estabelecer a estrutura e funcionamento do ensino básico e superior, produzindo assim transformações importantes com a Revolução de 1930, quando a sociedade brasileira sofreu profundas transformações no campo educacional, destacando-se a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública  e a elaboração do capítulo da educação na Constituição  de 1934.

        De 1930 à 1964 dar-se ênfase ao modelo político baseado nos princípios da Democracia Liberal, com a crescente participação das massas. É o Estado Populista  representando uma aliança entre empresariado e setores populares. Foi uma fase de confronto entre o ensino privado e o ensino público, predominando as idéias liberais na educação, surgindo assim a criação das universidades brasileiras  com a introdução do ensino profissionalizante, período em que esteve marcado pelo equilíbrio entre as influências da concepção humanista tradicional e humanista moderna. “A concepção humanista  moderna se baseia em uma visão de homem centrada na existência, na vida e na atividade” (SAVIANI, 1988: 276).

        Ou seja, há predomínio do aspecto psicológico sobre o lógico. Houve a evolução do ensino particular no que se refere a instrução primária, conciliando o ensino público do privado. Em 1948 o Ministro da Educação, Clemente Mariani, encaminhou o primeiro projeto da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que só seria sancionado em 1961, depois de longa duração em que predominaram os debates entre duas tendências: a dos defensores do ensino público e a dos defensores do ensino privado.

        No final da década de 50, o debate educacional intensificou-se alcançando a atenção de João Goulart pelos métodos de Paulo Freire, sendo interrompido pelo Golpe  Militar de 1964, quando se instalou no país alterando as ideologias da política e consequentemente  à educação. “Estamos convencidos que o diálogo com as massas   populares é uma exigência radical de toda a revolução autêntica. Ela é revolução por isto, distingui-se do Golpe Militar, pois seria ingenuidade esperar que estabelecesse diálogo com as massas oprimidas” ( FREIRE, 1982: 149 ).

         Contudo, o período de1964 a1985 foi uma fase longa de educação autoritária dos governos militares e o tecnicismo educacional, surgindo então estudos empenhados em fazer a crítica da educação dominante evidenciando as funções reais da política educacional acobertada pelo discurso político pedagógico oficial.

        Tais estudos foram agrupados e denominados por SAVIANI (1983:19), como:  “Teorias Crítico Reprodutivista “, que apesar de considerar a educação a partir dos seus aspectos sociais, concluem que sua função primordial é de reproduzir as condições sociais vigentes. Em conseqüência a educação passou também a fazer o discurso  Reprodutivista, ou seja, apontar o seu conteúdo ideológico, buscando a sua desmistificação de certa forma relevante, porém relegando a segundo plano a sua especificidade. “(...) Junto com esta postura de denúncia e de explicitação do compromisso com o status quo do técnico aparentemente neutro, alguns autores chegaram á negação da própria dimensão técnica da prática docente” (CANDAU, 1982: 28).      

        Sob esta ótica, os cursos de formação de professores passou a assumir o discurso sociológico, filosófico e histórico, secularizando a sua dimensão técnica.

Foi nesse período que surgiu a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para

escolas públicas e privadas, Lei n º 5.692/1971, que tinha como objetivo a qualificação para

o trabalho e formação necessária ao desenvolvimento da cidadania. Introduz-se nessa Lei uma inovação na educação exigindo-se o direito do ensino superior sem o envolvimento da educação profissional.

        Logo em seguida surge a Lei n.º 5.692/82. Introduzindo o conceito de preparação para o trabalho, ao invés de qualificação para o trabalho. A  partir daí novas mudanças surgiram em busca de inovações na educação brasileira.

        Com tantas mudanças da Emenda 14, que em de 20 dezembro é aprovada pelo Congresso Nacional, surge a nova LDB n.º  9.394/96 de 20 de dezembro de 1996. Com esta nova Lei aconteceram regulamentações subsequentes como: decretos e resoluções do Conselho Nacional de Educação existentes até os dias atuais.

        Enfim, para grande parte dos educadores brasileiros de hoje, a década de 80 é considerada uma década perdida, os índices de evasão e repetência  tornaram-se alarmante.

        Nesse sentido GADOTTI (1983:140) afirma: “ No bojo de uma pedagogia crítica a educação se identifica com o processo de hominização. A educação é o que se pode fazer do homem de amanhã ”. Nesse contexto, agir no interior da escola é contribuir para transformar a própria sociedade.

“As novas formas têm que ser pensadas em um contexto de luta, de correlações de força às vezes favoráveis às vezes desfavoráveis. Terão que nascer no próprio “chão da escola”, com apoio dos professores e pesquisadores. Não poderão ser inventadas por alguém, longe da escola e da luta da escola”  (FREITAS, 1991: 23 ).                                              

         Pois durante todo esse período esperava-se na democratização do país, maior avanço na solução do atraso educacional. Sendo que setores da sociedade pública e privada debateram sobre os problemas educacionais, encaminhando um novo plano de educação para o país.

         Promulgada a Constituição em 5 de outubro de 1988,  com o objetivo que a educação é um direito de todos e dever do Estado e da Família, visando o pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Instala-se a Nova República, iniciando-se desta forma uma nova fase no país. A ascensão do governo civil e da Aliança Democrática assina-la o fim da Ditadura Militar. Porém, conserva-se inúmeros aspectos dela, sob formas e meios diferentes. Foi nessa década que os professores se empenharam para a reconquista do direito e dever de participarem na definição da política educacional e na luta pela recuperação da escola pública. Com isto, a educação não estava centrada no professor ou no aluno, mas na questão central da formação do homem, direcionada para o ser humano e sua realização em sociedade.

         Finalmente, se o século 20 foi o século da produção de massa, o século 21 será o século da sociedade do conhecimento e da tecnologia. A exigência da escolarização tende a firmar-se como tendência do capitalismo, em que os meios de comunicação tomam vez abrindo espaço para novas descobertas. A velocidade das transformações tecnológicas tem demandado não só uma ampliação de conhecimentos mas, sobretudo, capacidade de aprender continuamente.

        A luta pelo acesso aos  espaços do conhecimento vincula-se ainda mais profundamente com o resgate da cidadania, em particular para a maioria pobre da população, como parte integrante das condições de vida e de trabalho.                                                                  

        Assim, o processo de globalização tem trazido consigo a emergência do paradigma tecnológico que afirma como tendência a construção de um novo trabalhador qualificado e escolarizado.

 

 

 

 

 

 

                                                                  CAPÍTULO II

A QUESTÃO DA INDISCIPLINA NO ÂMBITO ESCOLAR

             O que vem a ser Indisciplina?

 Indisciplina é a falta de comportamento, de respeito ao próximo, como também a falta de limites que levam determinados indivíduos a adotarem posturas inadequadas ao convívio social.

        A indisciplina se apresenta de várias formas, começando em muitos casos pela própria família, pois na ânsia de acertar, sempre acabam cometendo erros, deixando a criança fazer o que quer só pelo simples fato de satisfaze-lo, gerando desta forma a falta de limites.

        Quando chegam a escola o problema aumenta, pois torna-se difícil para o professor corrigir sozinho certas posturas que a criança já traz de casa, se a criança vem de um lar de pais com alguma cultura, que incentive, que mostre o caminho do certo e do errado, que de certa forma eduque para o seu bem social e pessoal, é provável que esta criança seja capaz de na escola crescer cultural e intelectualmente.

        Agora, se a criança não tem uma base familiar que a sustente, que o eduque para o crescimento intelectual, certamente será difícil para a escola desenvolver nessa criança boas maneiras, pode-se começar, mas é um processo muito lento.

        Atualmente a indisciplina vem sendo palco de muitos debates, pois o que mais se ver nas escolas são alunos com mau comportamento de indisciplina e professores que não  sabem o que fazer diante de tal comportamento. Para isso, o professor precisa estar preparado para desenvolver aulas dinâmicas que chame a atenção do seu aluno, que envolva-o dando oportunidades para o desenvolvimento da criatividade, elaborando junto  com eles  determinadas regras que auxiliem o desenrolar de suas aulas, para que saibam o que é certo e o que é errado, o que deve e o que não deve perante posturas tomadas com base nessas regras.

        Diante de tantas transformações na educação, o avanço na tecnologia, o amplo acesso à cultura, a escola e em especial o professor, devem estar imbuídos nesse processo de transformação, fazendo um trabalho coletivo entre escola, comunidade e família, na tentativa de mudar  maus comportamentos que geram indisciplina. Portanto, o diálogo, o respeito, o companheirismo e a comunicação verdadeira são essenciais para o desenvolvimento,  do limite e da disciplina.

        As regras justas são de uma ajuda indispensáveis. Regras justas e não regras inflexíveis, já que a agressividade e o autoritarismo podem gerar rancores, hostilidade, sentimento de rejeição e de rebeldia. Estes elementos nos remetem a importância da família como formadora da primeira identidade social, agindo como mediadora entre o indivíduo e a sociedade. É nessa instituição que se constitui os primeiros contatos com o mundo das regras e dos valores vigentes na sociedade.

        A escola não substitui a família e nem supre a sua falta. Nesse sentido, o esclarecimento mútuo dos direitos e deveres entre educadores, educando e família pode-se construir um facilitador no processo educativo. “Pertencer e se sentir incluído num grupo é uma necessidade básica do ser humano. A família é o contexto natural para crescer, para promover a individualização” ( LA ROSA, 2003: 225 ).

        Diante disso, percebe-se que a família é o núcleo fundamental na formação dos seres para o convívio social, interagindo com princípios que só a ela cabe. Introduzindo as primeiras lições de cidadania e de respeito ao próximo, além de demostrar exemplos de condutas adequadas tanto no convívio individual comoem grupo. São estes valores morais e éticos anteriores às etapas da escolarização da criança, que permitirão que ela se torne capaz de conviver harmoniosamente com outras pessoas obedecendo aos  princípios de responsabilidade e solidariedade.

        A violência é uma das conseqüências que surge freqüentemente nas escolas  como causa de  indisciplina que está entranhada em nosso dia-a-dia,  que pensar e agir em função dela deixou de ser um ato circunstancial para se transformar no modo de ver e de viver a vidaem sociedade. Suaface mais imediata e sensível é a que se exprime pela agressão física ao corpo, a família, aos amigos e também no convívio  escolar.

        A violência impede não apenas de ser o que se gostaria de ser, mas fundamentalmente de  realizar-se desejando uma vida melhor, por não saber como viver em grupo.

        Diante disso, a falta de disciplina tem invadido as salas de aula do mundo inteiro levando educadores a rever sua prática docente, buscando através de debates e palestras meios metodológicos de melhorar sua atuação.

        Contudo, é preciso analisar com coerência os empecilhos que surgem, para que se possa compreender as causas da indisciplina e  fatores que se evidenciam no cotidiano escolar provocando tais comportamentos. Partindo deste pressuposto, se atentarmos para as

reuniões pedagógicas de nossas escolas, o que se discute mais na atualidade são os

distúrbios de comportamento que  vem aumentando a cada dia, dificultando a relação docente – docentes e aluno – alunos, de maneira tal que, a agressão física, palavrões e em alguns casos o uso de armas e drogas  tornam-se uma constante dentro das escolas.

        Freqüentemente destaca-se em jornais, alunos que atiram em professores ou nos próprios colegas da escola, simplesmente por motivos irrelevantes que não se justificam perante a sociedade. Sabe-se que o problema da violência existe e os índices tendem a aumentar.

        Portanto, a escola deve reconhecer que o problema existe. E como ponto de partida deve tratar do assunto propiciando debates na busca de entender a questão da violência, comparando com outras sociedades, no sentido de verificar o que existe de estrutural neste contexto onde se insere a violência.

       O papel da escola é fundamental, até porque um dos grandes equívocos de nossas escolas hoje, foi o momento em que as mesmas passaram  a designar os seus alunos como clientes. Elas não verificaram o risco que estavam correndo, porque não se estabelece relações de solidariedade com clientes, é uma relação de negócios. Nessa perspectiva, a  escola  tem um compromisso,  que o aluno não é um cliente, é um ser humano que busca formar-se na vida. Sendo assim, é importante criar um processo de diálogo com  consciência crítica no sentido de que eles possam vir a cobrar das demais instituições  que promovem o debate público, inclusive os  próprios meios de comunicação.

        A partir disto poderão ser oportunizadas condições para a modificação de idéias, hábitos e atitudes para que desenvolvam a capacidade de construir e defender pontos de vista, por meio de novas aprendizagens e de novas formas de aprender (reaprender a aprender).

        Observa-se também que a indisciplina pode ter início no ensino fundamental e se acentua na adolescência dos doze anos em diante quando os conflitos de relacionamentos com os adultos ocorrem naturalmente, na busca de sua própria identidade.

        Portanto, na prática pedagógica é necessário conhecer o aluno, a família e um pouco da sua história de vida, para diagnosticar os possíveis distúrbios de comportamento. Vale ressaltar, que o aluno não vive isoladamente, cada um pertence a uma família que na maioria das vezes estão desestruturadas pela separação entre os pais, o desemprego, a falta de moradia ou a fome, que atinge o aluno no mais intimo do seu ser, levando-o a frustrações, insatisfações e o desamor, transformando-se em grandes conflitos interiores que na maioria das vezes passam desapercebidos pela família.

        Levando em consideração que a célula geradora do ser humano é a família, por conta da luta da sobrevivência, tem jogado para escola um dever que é exclusivo dela, que é educar, atribuir regras, valores e o respeito, que devem ser construídos  no âmbito familiar.

       Cabe a escola repensar sobre a questão das causas de indisciplina, buscando meios para a elaboração de procedimentos e estratégias que possibilitem um trabalho conjunto entre escola e família, para tratar de forma amável e paciente um bom relacionamento disciplinar no âmbito escolar.

       Certo dia, no cotidiano da sala de aula, observou-se um fato interessante. Um aluno de dez anos que aparentemente tinha “tudo” dinheiro, moradia, carro, escola particular, mas era totalmente rebelde dentro da sala de aula, desobediente, agressivo, cheio de vontades, não respeitava ninguém dentro da escola. Vários recursos foram usados para tentar mudar o comportamento do mesmo, nada surtia efeito para sua melhoria, sempre agia com agressividade, sendo pauta das reuniões pedagógicas.

        Durante uma aula de produção textual, um fato chamou a atenção do educador, quando o mesmo solicitou que os alunos abordassem um texto e fizessem um desenho com o seguinte título: O que você gostaria de ganhar como presente?

        Todos os alunos escreveram seus textos com muita satisfação, citando os  brinquedos desejados, o aluno dito “mau comportado”, simplesmente escreveu em letras grandes a palavra carinho. A partir deste momento procurou-se estudar as causas que levou tal aluno a dar esta resposta, procurando saber o porque de tanta carência afetiva.

        Daí então descobriu-se que era filho de pais separados, tinha tudo e não tinha a presença da mãe que ficou com ele depois da separação, mas no entanto vivia apenas para o trabalho e viagens, o filho quase não tinha a oportunidade de estar com ela. E para amenizar a ausência comprava-lhe presentes e mais presentes, e na verdade o que ele precisava era do carinho materno.

         A partir desta realidade, é preciso conscientizar a sociedade e, mais particularmente, o mundo educacional sobre a necessidade do diálogo, do amor  na sala de aula e de atividades que propiciem uma leitura crítico-ciativa para o indivíduo. Este exemplo reflete uma das questões que gera a indisciplina escolar. A falta de amor conduz a agressividade.

       Portanto, compete aos educadores avaliarem a prática pedagógica na tentativa de descobrir possíveis causas de indisciplina na sala de aula e tentar superá-las. Afirma TELES, ( 1986:167 ): “Sem dúvida alguma, a educação brasileira precisa mudar, e com urgência. Mas precisa mudar também aquela não institucionalizada, dada dentro dos lares”. Concorda-se com a autora quando diz que dentro dos lares precisa-se ter uma mudança, acreditando que o indivíduo acabe pressionado, influenciado e moldado por sua criação, levando adiante na sua formação seus próprios valores.

        Por isso fica claro, a nós educadores que o nosso papel é estabelecer a reflexão entre os alunos pois só assim conseguiremos enxergar as dificuldades, interagindo e levantando questões para serem discutidas e analisadas da melhor forma possível até chegar a um consenso, para que assim, as relações nas escolas sejam de forma agradáveis. A disciplina da classe depende do conjunto de características do professor, que lhe permitem organizar o processo de ensino” ( LIBÂNEO, 1994:253 ).

        Contudo deve-se considerar que o conhecimento está presente em todos os lugares e não somente no âmbito escolar, o professor apenas viabiliza e sistematiza canais para o melhor conhecimento na sala de aula, dando oportunidades, contribuindo na organização dos conteúdos, na concentração e envolvimento das tarefas, desenvolvendo assim capacidades e habilidades de pensarem por si próprios, sendo sujeitos conscientes do seu fazer e aprender.              

        Motivar e incentivar os aluno não é tarefa fácil, pois muitas vezes o professor conhece as teorias e técnicas, mas ele próprio não está preparado para ensinar, com isso o professor começa a adotar certas posturas, agindo irrefletidamente com insegurança na matéria que  leciona diante dos alunos, com mau humor ou irritabilidade freqüentes, injustiça nos julgamentos de provas, preferência evidente por determinados alunos, excesso de “bondade”, criando para os colegas situações difíceis e inabilidade em impor sua presença perante os alunos. Voz monótona ou muito baixa ou alta demais, atitude ridícula, trazendo problemas domésticos para dentro da sala de aula. Todos estes fatores contribuem para que se crie situações de indisciplina.

        Em alguns alunos taxados de indisciplinados, que na verdade não se sabe por qual motivo ele age desta forma, pois o melhor é investigar as causas deste comportamento, que pode ser por motivos de doenças, insuficiência auditiva, visual, problemas de coluna, causas psicológicas, frustrações e complexos, produtos de traumatismos sofridos em anos anteriores, má educação proporcionada pela família ou pela própria escola, inadaptação ao meio, por causas familiares, incompatibilidade entre os pais, excesso de mimo, luxo ou pobreza ou vida social muito intensa. Contudo, todos estes fatores que podem ocorrer tanto com o professor quanto com o aluno, são sinais de indisciplina. Portanto, o trabalho docente é muito importante para desenvolver boas maneiras nesse aluno considerado “Mau comportado”.

        Nessa perspectiva, a família e a escola são na vida caminhos de luz, para que verdadeiramente cada jovem consiga construir algo duradouro e seja capaz de ser ao mesmo tempo educando e educador, porque a comunicação entre as pessoas pode ser fonte de riquezas e alegrias, é uma arte a ser ensinada e cultivada. “O manejo educativo é o melhor tipo de manejo, pois desenvolve o controle democrático, do qual participam alunos e professores como membros do mesmo grupo de trabalho que pretende alcançar os mesmo objetivos” ( PILETTI, 2002: 247 ).

        Sabemos que o jovem é um ser essencialmente ativo, que os processos educativos modernos solicitam e até incentivam, que os mesmos precisam exteriorizar suas emoções, não somente nos momentos de recreação, mas também quando empenhados na tarefa de aprender. O ponto verdadeiramente delicado, sutil da questão está em orientar o aluno a dosar, adequar e ordenar sua expansibilidade, sob pena de esta liberdade que lhe é concebida derivar em indisciplina e desordem.

        Sendo assim, o professor como líder, será responsável pelo bom relacionamento, sua influência na sala de aula é muito grande, e a criação de um clima favorável ou desfavorável à aprendizagem dependerá principalmente dele.

        Por isso que é tão importante o trabalho em conjunto, a reciprocidade, o dialogo e o respeito mútuo. Pois, dialogar rompe fronteiras, aproxima, promove conhecimentos, entrosamentos, ativa a participação e faz surgir a verdadeira disciplina em sala de aula.       

Contudo, essa relação recíproca entre professor e aluno é a base de todo processo educativo, levando a perceber que esses valores ganham nova hierarquia na escola e na sociedade em que vivemos, apartir de novos conhecimentos e novas descobertas. Nesta perspectiva, certamente teremos contribuído  para criar  no interior dos nossos jovens sementes de esperança, ajudando na formação de um indivíduo solidário e inteligente.

                                                   CAPÍTULO III

 METODOLOGIA DO ESTUDO INVESTIGATÓRIO

 1 - Métodos e Técnicas de Investigação

   “A metodologia inclui as concepções teóricas de abordagem e o conjunto de técnicas que possibilitam a construção da realidade e o sopro divino do potencial criativo do investigador” (MINAYO,1994: 16 ).

        Nesse contexto, estruturou-se o presente estudo centrado no paradigma quantitativo e no método hipotético- dedutivo, sobre o pensar dos sujeitos da investigação. O paradigma quantitativo é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito.

         O método hipotético – dedutivo se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca da qual formula hipóteses e, pelo processo de interferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese.

        Diante disso, estabeleceu-se um trabalho de campo que consiste no recorte empírico da construção teórica, que combina observações, levantamento de material documental, bibliográfico e instrucional, realizando um momento relacional e prático de fundamental importância exploratória.

 

 

 

2 - Problema

 

         Quais as causas de indisciplina no âmbito escolar?

         Todas as ações e atitudes contrárias as normas escolares constitui atos indisciplinares, pois a indisciplina no âmbito escolar envolve vários fatores como, frustrações, complexos, causas psicológicas e familiares, que devem ser analisados e pesquisados no indivíduo que leva para a sala de aula estes problemas.

        Também pode ser causa de indisciplina, fatores externos como a própria instituição escolar, quando não oferece ao aluno um ambiente favorável ao seu aprendizado. O professor, quando não oportunisa  à construção recíproca entre o ensinar e o aprender. A relação entre professores e alunos constitui o cerne de coisas que rodeiam o indivíduo, pois o mesmo não tem autocontrole do processo pedagógico. “Indisciplina é algo profundo que envolve fatores internos e externos, como por exemplo o descontrole e o desrespeito pelas suas atitudes tornando - se difícil atingir determinado objetivo”. ( PILETTI, 2002: 246).

        Por isso deve-se analisar as causas que aflige determinada sala de aula, buscando observar e conhecer o contexto dos indivíduos os quais fazem parte do processo educativo. Neste prisma, o diálogo é o melhor caminho para a busca de solução de problemas. Concorda-se com LIBÂNEO ( 1994: 250 ) quando afirma:

         “O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem também para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades”.

 

 

 

 3 - Objetivos

 

 

        Geral: Estudar causas e conseqüências que geram inquietações nas relações   interpessoais das instituições escolares, como também contribuir para reflexões sobre a questão da indisciplina que reflete através de manifestações contrárias às normas de conduta,  com  a  atenção  voltada  ao  potencial  transformador  da  prática  pedagógica .

 

 

        Específico:   Observar, investigar e analisar a questão da indisciplina em sala de aula e suas influências no processo ensino-aprendizagem, envolvendo a comunidade escolar e a família na construção recíproca dos valores em sala de aula, apontando os efeitos que surgem na prática do ensinar e do aprender. 

 

4 - Relevância do Estudo

 

         Busca-se constantemente o acesso aos espaços do conhecimento, da democratização, da liberdade de expressão e da diversificação acelerada no processo educativo.

        O século XXI é o século da sociedade do conhecimento, há uma preocupação em mudar para um mundo de novas descobertas.

        Nesse sentido, se faz necessário novas metodologias e técnicas para melhor lidar com o aluno da atualidade. Pois, sabemos que o jovem é um ser essencialmente ativo, que os processos educativos modernos solicitam e até incentivam o exercício de um trabalho que desperte o interesse do educando.

       Não podemos mas trabalhar com um universo simplificado da educação formal, é preciso saber que há uma profunda transformação na educação, e que a atualidade deste espaço está sendo reforçada pelos avanços que surgem a cada dia.

       Nesse contexto, o estudo centrou-se no tema Indisciplina no Âmbito Escolar, abrindo espaço para reflexões e discussões de problemas que surgem na prática do ensinar e do aprender. 

 

     

 

 5 - Delimitação da Pesquisa

 

        Diante de nossas experiências pedagógicas desenvolvidas nas escolas com docentes e discentes do ensino fundamental, e comprometidas com o processo de transformação da sociedade, optamos em elaborar um trabalho reflexivo sobre indisciplina no âmbito escolar dentro de uma linha progressista, em que o princípio democrático é a mola mestra no processo ensino – aprendizagem. 

        O estudo fundamentou-se em uma pequena amostra em que foram selecionados intencionalmente 30 alunos de 8ª séries com seus respectivos professores (15 docentes), dos turnos manhã e tarde.

        Estamos certas de que a amostragem foi representativa para a conclusão do estudo monográfico, como afirma MINAYO ( 1992: 35 ): “A amostragem boa é aquela que possibilita abranger a totalidade do problema investigado em suas múltiplas dimensões”.

        O objetivo do nosso trabalho “Indisciplina no Âmbito Escolar” consistirá na coerência com que a escola se propõe, sua finalidade principal é de integrar discentes e docentes à sua realidade, promovendo o crescimento de todos em relação a compreensão de mundo e à participação na sociedade. 

 

 

 6 -  Etapas da Investigação

 

        Dando início a pesquisa seguimos os  procedimentos abaixo discriminados:

a)      Levantamento bibliográfico e construção do contexto teórico;

b)    Explicação do tema para a equipe técnica e pedagógica em busca de apoio à realização da pesquisa;

c)      Observação sobre o espaço escolar;

d)      Estudo de casos;

e)   Aplicação de questionários;

f)    Análise de dados e por fim, as considerações finais sobre o estudo realizado.

7 -  População  Escolar

 

       A escola está localizada na zona urbana, situada no bairro Pedro Gondim s/n na cidade João Pessoa, é uma instituição pública de grande porte, sua clientela são pessoas de classe média baixa que moram em bairros circunvizinhos. A mesma é composta de 20 (vinte) salas de aula, uma cantina, cozinha, ginásio esportivo, 24 ( vinte e quatro banheiros ) banheiros, pavilhão, sala de professores, diretoria, secretaria, 2 ( duas ) bibliotecas, laboratório de informática, 1 ( uma) cooperativa que funciona dentro da escola, 3 ( três ) quadras esportivas, auditório, sala de dança, 4 ( quatro ) salas de aula de um projeto, sala de coordenadores, laboratório de ciências, sala de assessoria, professores da UFPB que ministram assessorias para o ensino fundamental e médio. 

     A escola é composta de 2000 ( dois mil ) alunos distribuídos nos três turnos, abrangendo da educação infantil ao ensino médio.

     O corpo docente é formado em média por 100 (cem) professores distribuídos entre as turmas. Já o setor técnico administrativo dispõe de 15 ( quinze ) funcionários. A direção é formada por 01 (uma ) diretora geral e 03 (três) adjuntos, enquanto que na área pedagógica, conta-se com 2 (duas) coordenadoras gerais e 16 ( dezesseis) pedagogas que acompanham o trabalho docente.

 

 

     8 - Amostra

         

         A seleção dos sujeitos desta pesquisa ocorreu intencionalmente, seguindo os seguintes critérios:

 

a)      Alunos de 8a série que ingressaram na instituição de ensino por seleção de boletim escolar obtida durante o ano letivo em curso até o 3º bimestre, denominados neste estudo de GAN ( Grupo de Alunos Novatos ).

b)      Alunos de 8a série que haviam ingressado na instituição escolar em anos anteriores, denominados aqui de GAA ( Grupo de Alunos Antigos).

c)       Salas de aula com casos particulares de indisciplina.

d)      Alunos com a faixa etária dos 13 aos 14 anos.

e)       Docentes cujo critério de seleção, por lecionarem nas 8a séries já mencionadas acima e por exercerem o magistério na instituição no mínimo há cinco anos, denominados aqui de GP ( Grupo de Professores ).

f)        Docentes que tem dificuldades com alunos que apresentam problemas considerados   indisciplinare

CAPÍTULO IV

 RESULTADOS E DISCUSSÕES

 Observando a Tabela I, 80,0 %  do grupo GP, afirmaram que as principais causas de indisciplina escolar, são os valores sociais incompatíveis com os escolares. E 80,0% do grupo GAN, afirmaram que as causas da indisciplina em sala, pode ser aulas  essencialmente conteudistas. Já o grupo GAA, responderam que as causas da indisciplina pode se manifestar pela ausência de aulas significativas para o aluno.Na verdade não se sabe a razão do problema, é preciso ir à raiz para compreender suas múltiplas e complexas causas, ajudando na conscientização e na responsabilidade de elaborar um trabalho conjunto que resgate  o sentido para o estudo.

        Nesse sentido, é de suma importância a elaboração de um planejamento voltado para a valorização pessoal e social dos sujeitos envolvidos no processo educativo. Nessa perspectiva, a aprendizagem encaminha para o sucesso, com base em princípios e valores, (éticos, morais e religioso). HOFMAN, (2001:101): “As aprendizagens significativas são construções próprias do sujeito, enquanto processo reflexivo, de descoberta pessoal, de reconstrução de significado”.

 

 

TABELA ICAUSAS DA INDISCIPLINAEM SALA DE AULA.

 

 

 

Grupos

 

Variáveis

Números de alunos /   professores

 

Porcentagem  %

 

 

 

GP

  Ausência de aulas significativas para o   alunado. 

 

2

 

13,3%

   Aulas essencialmente conteudistas.

 

1

 

6,7%

   Valores   sociais incompatíveis com os escolares.   

 

12

 

80,0%

 

 

 

 

GAN

   Ausência de aulas significativas para o   alunado.

 

1

 

6,7%

   Aulas essencialmente conteudistas.

 

12

 

80,0%

 

      Desatenção discente em aula.

 

2

 

13,3 %

 

 

 

 

 

   GAA

   Ausência de aulas significativas para o   alunado.

 

5

 

33,4%

    Aulas essencialmente conteudistas.

 

2

 

13,3%

   Ausência de aulas significativas para o   alunado.

 

6

 

40,0%

    Valores   sociais incompatíveis com os escolares.

 

2

 

13,3%

      

        Observando a Tabela II, 86,6% do grupo GP, opinaram que complexos, falta de limites e discordância sobre o social, tornaram-se para eles uma questão de indisciplina em sala de aula, que desafia educadores de todo mundo, Já 86,6% do grupo GAN, e 53,3% do grupo GAA, afirmaram que a falta de limites e o desrespeito aos direitos dos outros, podem ser considerados como indisciplina  no âmbito escolar.

         Diante das opiniões dos sujeitos, observa-se que a questão da indisciplina, se caracteriza por variados fatores desde a formação da família até o espaço escolar. Ou seja, as razões da indisciplina está relacionada a causas que vem do convívio em grupo e se alastra interferindo no processo educativo, dessa forma, tornando-se um desafio para educadores de todo mundo.

 

 

 

TABELA II – OPINIÕES DOS SUJEITOS SOBRE INDISCIPLINA ESCOLAR.

 

 

    

     Grupos

 

              Variáveis

 

N.º  de alunos / professores

 

Porcentagem

%

 

 

 

 

GP

  Falta de limites e desrespeito aos direitos   dos outros.

 

1

 

6,7%

     Discordância de regras  de convivência   social.

 

1

 

6,7%

   Falta de limites,discordância de regras de   convivência, que desafia educadores de todo mundo.

 

 

13

 

 

86,6%

 

 

 

GAN

   Falta de   limites e desrespeito aos direitos dos outros.

 

13

 

86,6%

     Incompreensão de regras de convivência.

 

1

 

6,7%

  Falta de limites,discordância de regras que   desafia educadores de todo mundo.

 

1

 

6,7%

 

 

 

GAA

   Falta de   limites e desrespeito  aos direitos dos   outros.

 

8

 

53,3%

     Incompreensão a regras de convivência.

 

3

 

20,0%

  Falta de limites, discordância de regras   que desafia educadores de todo mundo.

 

4

 

26,7%

        Observando a Tabela III, 80,0% do grupo GP, responderam que a formação de boa

Conduta, ocorre quando todos se envolvem no processo ensino aprendizagem, 73,3% do grupo GAN e 46,7% do GAA, afirmaram que a formação de boa conduta ocorre quando docentes e discentes conhecem seus direitos e deveres.

        De acordo com as definições dos sujeitos, a boa conduta escolar, é aquela consciente que se caracteriza em uma relação recíproca entre todos os envolvidos no processo de educação. Isto quer dizer que, tanto docentes quanto discentes estão preocupados com a formação de boa conduta em sala de aula. Como afirma: BERGER e LUCKMANN, ( 1983: 104 ):  “Toda conduta institucionalizada  envolve um certo número de papeis”.

        Contudo, a escola como instituição e espaço problematizador, criador, e mediador precisa estabelecer parcerias com a família, dividindo as responsabilidades para melhores resultados na aprendizagem.

 

TABELA III – DEFINIÇÃO DE BOA CONDUTA ESCOLAR.

 

 

 

Grupos

 

                Variáveis

N.º de alunos /   professores

Porcentagem

%

 

 

GP

Todos se envolvem no processo de ensino   aprendizagem.

 

12

 

80,0%

 Docentes e discentes conhecem seus direitos   e deveres.

 

13

 

20,0%

 

 

GAN

Todos se envolvem no processo  ensino    aprendizagem.

 

4

 

26,7%

 Docentes e   discente conhecem seus direitos e deveres

 

11

 

73,3%

 

 

 

GAA

Todos se envolvem no processo ensino aprendizagem.

 

2

 

13,3%

 Docentes e discentes conhecem seus diretos e   deveres

 

7

 

46,7%

 Conhecem princípios de solidariedade e   respeito.

 

6

 

40,0%

 

        Analisando  a Tabela IV, 86,7% do grupo GP, 93,3% do grupo GAN e 73,3% do grupo GAA, afirmaram que a introdução à cidadania e o respeito é fundamental para o convívio familiar.

        Estes resultados convergem para consolidar concepções epistemológicas de vários teóricos. Dentre os quais: LA ROSA, ( 2003: 23 ). “As primeiras aprendizagens dependem dos pais ou dos responsáveis pelo crescimento e progressiva independência.”

        Porém, a família é o núcleo fundamental na formação da criança, demonstrando atos de comunicação e afeto, estimulando os filhos a dar suas opiniões, sendo flexível, contribuindo no nascimento de sementes de solidariedade  e inteligência.    

 

TABELA IV – IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA QUANTO À SOCIALIZAÇÃO DO             ALUNO.

 

 

 

Grupos

 

Variáveis

N.º de alunos /   professores

Porcentagem

%

 

 

GP

    Introduzir as primeiras lições de   cidadania e respeito.

 

13

 

86,7%

    O diálogo é fundamental para o convívio   familiar.

 

2

 

13,3%

 

 

       GAN

   Introduzir as primeiras lições de   cidadania respeito.

 

 

14

 

 

93,3%

    O   diálogo é fundamental para o convívio familiar.

 

1

 

6,7%

 

 

       GAA

    Introduzir as primeiras lições de   cidadania e respeito.

 

11

 

73,3%

    O   diálogo é fundamental para o convívio familiar.

 

4

 

26,7%

       

         Analisando a Tabela V, 53,3% dos docentes afirmaram que o desestímulo e a insegurança geram imposição do conhecimento e, 46,7% dos docentes e discentes, acharam que os recursos didáticos deixam a desejar.

        Enquanto que 73,3% do grupo GAN e 53,3% do grupo GAA, concordaram com os docentes da má utilização dos recursos escolares. Se estes fatores levam a imposição do conhecimento, possivelmente o professor precisa rever sua prática pedagógica através do dinamismo, procurando adaptar suas aulas ao real contexto do espaço escolar.

 

TABELA V – FATORES QUE LEVAM A IMPOSIÇÃO DO CONHECIMENTO.

 

 

 

Grupos

 

Variáveis

N.º de alunos /   professores

Porcentagem

%

 

       

        GP

 

 Desestímulo e insegurança.

 

8

 

 

53,3%

 Os recursos deixam a desejar.

 

7

 

46,7%

 

 

       GAN

 Desestímulo e insegurança.

 

4

 

26,7%

 Os recursos deixam a desejar.

 

11

 

73,3%

 

      

GAA

 Desestímulo e insegurança.

 

7

 

46,7%

 Os recursos deixam a desejar.

 

8

 

53,3%

 

        Observando a Tabela VI, 60,0% dos educadores afirmaram que a motivação, conjunto de normas, capacidades e habilidades são fatores indispensáveis na atividade docente, 53,3% do grupo  GAN e 40,0% do grupo GAA, responderam que a motivação é um fator  indispensável na atividade em sala de aula. Diante disso, NOVASKI ( 1999:78 ), destaca:                                          “Um professor que acredita nas potencialidades do aluno, que está preocupado com a sua aprendizagem preocupa-se com  métodos e formas dialógicas de interação”.

        De acordo com a colocação dos sujeitos, a aprendizagem está ligada a metodologia e a técnica de como ensinar, trabalhando conjuntamente com o aluno, motivando e  formulando regras sobre  o que são direitos e deveres para uma boa atividade em sala.

 

 

 

TABELA VI- FATORES INDISPENSÁVEIS NA ATIVIDADEEM SALA DE AULA.

 

 

 

Grupos

 

Variáveis

N.º de alunos /   professores

Porcentagem %

 

 

 

 

GP

   Conjunto de normas e exigências favoráveis   ao ensino.

 

5

 

33,3%

      Desenvolver capacidades e habilidades.

 

1

 

6,7%

    Motivação, conjunto de normas,  capacidades e habilidades.

 

9

 

60,0%

 

 

 

 

GAN

    Conjunto de normas e exigências   favoráveis ao ensino.

 

8

 

53,3%

      Desenvolver capacidades e habilidades.

 

5

 

33,4%

    Motivação, conjunto de normas,  capacidades e habilidades.

 

2

 

13,3%

 

 

 

GAA

    Motivação dos alunos para a aprendizagem.

 

6

 

40,0%

   Conjunto de normas e exigências favoráveis   ao ensino.

 

4

 

26,7%

      Desenvolver capacidades e habilidades.

 

5

 

33,3%

 

        De acordo com a Tabela VII, 66,7% do grupo GP e 46,7% do grupo GAA, afirmaram que o convívio no âmbito familiar, grupos de amigos e aspectos sócio – interacionais, são aspectos que podem gerar indisciplina, e 40,0% do grupo GAN, afirmaram que aspectos sócio – interacionais entre escola e família, são as causas da indisciplina escolar.          Analisando as respostas dos sujeitos, observou-se que são vários os fatores que podem causar indisciplina. Dentre eles, o âmbito familiar e os aspectos  sócio – interacionais. De acordo com BÁN, ( 1972:180 ): “As causas da indisciplina são muitas. Elas são encontradas no meio social, na família, no aluno, no professor e na escola”. Nesse contexto, é de vital importância fazer um trabalho voltado à integração entre família – escola – aluno.

 

 

 

TABELA VII – ASPECTOS SOCIAIS QUE PODEM GERAR A INDISCIPLINA.

 

 

 

Grupos

 

Variáveis

N.º de alunos /   professores

Porcentagem

%

 

 

 

GP

 Âmbito familiar e o contexto de vida.

 

3

 

20,0%

 Aspectos sócio-interacionais entre escola e   família.

 

2

 

13,3%

 Âmbito familiar, grupo de amigos e aspectos   sócio – interacionais.

 

10

 

66,7%

 

 

 

 

GAN

 Âmbito familiar e o contexto de vida.

 

1

 

6,7%

 Convívio em grupos de amigos.

 

3

 

20,0%

 Aspectos sócio-interacionais entre escola e   família.

 

6

 

40,0%

 Âmbito familiar, grupo de amigos e aspectos   sócio – interacionais.

 

5

 

33,3%

 

 

 

GAA

 Convívio em grupos de amigos.

 

5

 

33,3%

 Aspectos sócio-interacionais entre escola e   família

 

3

 

20,0%

 Âmbito familiar, grupo de amigos e aspectos   sócio – interacionais.

 

7

 

46,7%

 

        Na Tabela VIII, 100% dos grupos apresentados afirmaram que é necessário o esclarecimento mútuo dos direitos e deveres na participação de um projeto comum entre  escola e família.

       De acordo com as respostas dos sujeitos observa-se,  para que haja melhor  entendimento entre escola e família, o melhor é adotar regras que estabeleçam os direitos e deveres de todos  envolvidos. Como afirma BÁN, ( 1972: 115 ): “Se considerarmos que a liberdade  não consiste em se fazer o que se deseja mas o que se deve e pode, que disciplina consiste em uma norma de conduta”. Dessa forma é imprescindível se trabalhar com liberdade, desde que esta se firme na obtenção de direitos e deveres entre escola e família.

 

 

 

 

TABELA VIII – FATORRES QUE AJUDAM NA INTERAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E   ESCOLA.

 

 

 

Grupos

 

Variáveis

N.º de alunos /   Professores

 

Porcentagem

 %

 

GP

     Esclarecimento mútuo de direitos e   deveres.

 

15

 

100%

 

GAN

    Esclarecimento mútuo de direitos e   deveres.

 

15

 

100%

 

GAA

    Esclarecimento mútuo de direitos e   deveres.

 

15

 

100%

 

        Analisando a Tabela IX, 80,0% do grupo GP, 73,3 % do grupo  GAN e 80,0% do grupo GAA, afirmaram que a família é o núcleo fundamental para o processo educacional. Afirma TAILLE, ( 2000 : 15 ): “O ideal é haver cumplicidade entre a escola e família para que juntos consigam melhores resultados”.

    

        Percebe-se que os sujeitos repetem a mesma variável, Afirmam que a família é a instituição fundamental no processo educacional, que ela detêm a função de educar  para a vida. Atualmente devido a vida corrida do trabalho, estão confundindo escola como se fosse um parente, transferindo para a mesma direitos e deveres que cabem a família, deixando assim de atuar como acolhedora  e protetora da criança.

 

 

TABELA IX – AUSÊNCIA DA FAMÍLIA NO ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO       EDUCACIONAL.  

 

 

Grupos

 

Variáveis

N.º de alunos /   professores

Porcentagem %

 

 

 

GP

   A família é o núcleo fundamental para o   convívio social.

 

 

12

 

 

80,0%

   A escola assume responsabilidades que cabe   a família.

 

3

 

20,0%

 

 

 

 

GAN

   A família é o núcleo fundamental para o   convívio social.

 

 

11

 

 

73,3%

   A escola assume responsabilidades que cabe   a família.

 

1

 

6,7%

   A escola prioriza etapas de   desenvolvimento.

 

3

 

20,0%

 

 

 

GAA

   A família é o núcleo fundamental para o   convívio social.

 

12

 

 

80,0%

   A escola assume responsabilidades que cabe   a família

 

3

 

20,0%

 

        A tabela abaixo nos mostra que 100% dos grupos docentes e discentes, afirmaram que a atuação docente é de vital importância quando o professor leva o aluno a refletir sua própria conduta.

         Isso nos mostra, que o ensino não pode e não deve ser algo estático e unidirecional, pois a sala de aula não é apenas o lugar de transmitir conteúdos, é também o local de aprendizagem de valores. Neste caso MASSETO, ( 1996:15 ) destaca: “O sucesso (ou não ) da aprendizagem está fundamentado essencialmente na forte relação afetiva existente entre alunos e professores, alunos e alunos e professores e professores”.

         Nesse contexto, a atuação docente é de vital importância quando professor e aluno se integram  numa relação recíproca baseada na responsabilidade e no respeito.

 

 

 

TABELA X –  A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DOCENTE.

 

 

 

Grupos

 

Varáveis

N.º de alunos /   professores

 

Porcentagem %

 

GP

   O professor leva o aluno a refletir sua   própria conduta.

 

15

 

100%

 

GAN

   O professor leva o aluno a refletir sua   própria conduta.

 

15

 

100%

 

GAA

   O professor leva o aluno a refletir sua   própria conduta.

 

15

 

100%

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

 

 

 

        O trabalho desenvolvido possibilitou uma leitura sobre o tema Indisciplina no Âmbito Escolar. Embora haja estudos e pesquisas que enfoquem a questão estudada, consideramos importante registrar as nossas reflexões, visando contribuir com o debate sobre indisciplina no âmbito escolar.

        Nesse  contexto,  observou-se  que  a  questão  da  indisciplina  no  âmbito  escolar está  relacionada  a  vários  fatores,  como  a família,  a  escola  quanto  instituição  e principalmente à relação  professor - aluno.  As contribuições teóricas  de  outros  autores  também nos serviram de reflexão sobre o tema abordado.
        Contudo, o problema indisciplina não vem só da escola ou da família, mas envolve  todo um contexto sócio-cultural-econômico . O trabalho docente é de fundamental importância nesta relação. Porém, o que torna-se mais importante, é que a educação é um processo inacabado, em que educar não é transmitir, e aprender não é só memorizar informações, é ir mais além. Uma educação como prática social transformadora, trabalha na direção da ampliação de conhecimentos.

        Nesse sentido, comprova-se através da análise dos dados obtidos,  que 80% dos professores afirmaram que as causas da indisciplina em sala de aula, são valores sociais incompatíveis com os escolares. Já 80% dos discentes discordaram com os docentes, afirmando que as aulas tem sido muito conteudistas.

        Em relação a importância da família na socialização do aluno, 86,6% dos docentes e 93% dos discentes, afirmaram que a família é a base das primeiras lições de cidadania. Na questão referente a fatores que ajudam na interação entre família e escola, 100% dos docentes e discentes afirmaram que é preciso um esclarecimento mútuo de direitos e deveres na relação escolar. Destaca-se também que 100% dos sujeitos avaliados, concordaram que é importante a atuação docente quando o professor leva o aluno a refletir sua própria conduta.

        Observa-se diante das respostas dos sujeitos que há uma preocupação tanto de docentes quanto discentes na questão da relação entre professor e aluno numa constante busca de aulas dinâmicas divertidas, linguagem clara, objetiva e de fácil entendimento, sempre associando o tema em questão a situações atuais, de conhecimento dos alunos, utilizando mais a explanação verbal do que a lousa (vista como um suporte, apoio para registrar de forma resumida, alguma informação mais importante), tornam as explicações dadas pelos docentes, segundo opiniões unanime dos alunos, uma aula motivadora e significativa.

        Vale a pena continuar ressaltando a atuação de alguns professores, não como modelo inquestionável de docência mas como fonte de inspiração para que continuemos a buscar um melhor caminho para chegarmos ao coração e à mente de nossos alunos.   

        Enfim, a escola é um espaço vivo de profunda socialização no qual atuam pessoas concretas, com histórias diversas e com culturas diversificadas e nesse prisma, espera-se que o estudo facilite a análise da questão da indisciplina, levando o educador a refletir suas atitudes fazendo uma auto – avaliação da sua prática pedagógica  no âmbito escolar.

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

 

 

 

 

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MORAIS, Regis de (org.). Sala de aula: Que espaço é esse? 3ª ed. – Campinas. SP, Papirus. 1988.

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OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica: ed. Pioneira. SP. 2001.

 

PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23ª ed. Editora Ática. SP. 2002.

 (Série Educação).

 

PISANI, Elaine Maria.  Psicologia Geral.  [  et  al  ] . 7ª ed. Porto Alegre, ed. Vozes. 1988.

 

SOUZA, Hália  P. de. Relacionamento entre pais e filhos. Jornal Mundo Jovem, 337: 10, Porto Alegre, 2003.

 

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA. Curso de Pedagogia em Regime Especial: Psicologia da Educação, Infância e Adolescência. Fortaleza – Ceará, 1975.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                               

 

 

 

 

QUESTIONÁRIO

 

 

 

       Marque apenas a alternativa que você considera essencial na questão da indisciplina no     âmbito escolar.

 

1-      Indisciplina é sinal de mau comportamento quando:

 

a)      (    )  O professor não constrói uma aula significativa que envolva seus alunos.

b)      (    )  Quando o professor apenas prioriza o conteúdo, não dando oportunidade à        

               criticidade na hora da explicação.

c)   (    )  Quando o aluno não procura capitar a atenção do professor na hora da aula.

d)     (    )  O aluno já traz de casa e/ou das ruas certos valores que não se enquadram aos  

               valores da escola.

 

2-      Nos últimos tempos a indisciplina escolar vem inquietando educadores de todo o país, tornando-se:

 

a)      (    )  Um enorme desafio, permeado de muitas complexidades.

b)      (    )  A falta de limites, e o desrespeito aos direitos dos outros.

c)      (    )  Incompreensão das regras de convivência e atitudes que não combinam com a            

              atividade em grupo, levando educadores a investigar mais profundamente esses          

              desafios.

d)     (    )  Todas as alternativas estão corretas.

 

3-      A formação de boa conduta na escola ocorre quando:    

                                                                                               

a)   (    )  Todos que fazem parte do processo de ensino – aprendizagem se envolvem em

               busca de soluções para o problema existente.

b)      (    )  Tanto os docentes quanto os discentes conhecem seus direitos e deveres.

c)      (    )  Conhecem princípios de solidariedade e responsabilidade  aos direitos dos outros.

 

4-      A família é o núcleo fundamental na formação dos seres para o convívio social, pois:

 

a)      (    )  Só a ela cabe introduzir as primeiras lições de cidadania e de respeito ao próximo.

b)      (    )  Dar exemplo de conduta inadequada para o convívio em sociedade.

c)      (    )  O diálogo é fundamental para um bom convívio familiar.

 

5-      Sabe-se que os alunos gostam  de aprender, têm curiosidade, mas não suportam a          

       imposição do conhecimento, pois isso gera:

 

a)      (    )  Desestímulo e insegurança, pois os mesmos não suportam a mesmice

              da sala de aula.  

b)      (    )  Os recursos deixam a desejar, na era em que a comunicação se processa com   

               rapidez e velocidade aumentando as possibilidades da aprendizagem longe do 

               espaço escolar. 

c)      (    )  O espaço escolar,  não tem sido o centro da criação da divulgação de idéias,   

               tornando-se cansativo, repetitivo e insuportável .

 

6-      São muitos fatores indispensáveis na atividade de concentração e atenção dos alunos na sala de aula, que reduz as interferências, desobediências e conversas inadequadas:

 

a)      (    )  Motivação dos alunos para a aprendizagem através de conteúdos compreensíveis   

               para eles.

b)      (    )  Conjunto de normas e exigências que vão assegurar o ambiente de trabalho, 

               favorável ao ensino e controlar as ações e o comportamentos dos alunos.

c)      (    )  Desenvolver nos alunos a capacidade e habilidade de pensarem por si próprios.

d)     (    )  Todas as alternativas estão corretas.        

 

7-      A indisciplina não é só um problema da escola, pois envolve:

 

a)      (    )  O âmbito familiar no seu contexto de vida.

b)      (    )  O convívio em grupo de amigos.

c)      (    )  Aspectos sócio-interacionais entre escola e família.

d)     (    )  Todas as afirmativas estão corretas.

 

8-      Interagindo com a família, a escola participa de um projeto  comum que é a formação educacional da criança e do adolescente. Isto quer dizer que:

 

a)      (    )  Faz-se necessário o  esclarecimento mútuo de direitos e deveres à família pela        

             equipe pedagógica.

b)      (    )  Construir um processo educativo conjunto, que não envolva a família.

c)      (    )  Não promover reuniões de  pais e mestres que envolva  o projeto político da 

               escola .

 

9-      Nota-se que a principal dificuldade dos professores em relação a indisciplina no âmbito escolar,  refere-se a ausência da família no acompanhamento do processo educacional. Diante disso:       

 

a)      (    )  A família é o núcleo fundamental na formação dos seres para o convívio social.

b)      (    )  A família fornece valores que fica a cargo da escola assumir tal responsabilidade.

c)      (    )  A escola  prioriza  etapas de desenvolvimento, ajudando na  convivência 

               harmônica entre aluno e professor. 

 

10 -  A atuação docente é de vital  importância quando:

 

a)      (    )  O professor leva o aluno a  refletir  sua própria conduta.

b)      (    )  Quando o próprio aluno não tem um bom relacionamento com o professor.

c)      (    )  O  professor não contribui para o autocontrole  do comportamento.