INCÓGNITA

                                           AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

De quem será esse calçado de couro amarelado,

Rimando com uma pulseira de ouro meio ferrugem prateado.

Pelos estopins que se encerram ao som estrondoso de uma esporrento estouro alardeado.

Essa camisa amarela com a gola toda branca sobre o topo das costelas.

Pelas modas que despontam e inovam com as novidades costuradas e cingidas a tela.

Essa calça comprida de jeans,

Com um cinto com uma fivela estrelando a luz de alguns fins.

Essa meia de nylon estampadas com alguns desenhos da cor marrom.

Esse vistoso chapéu forrados com rendas brancas como véu.

Das estirpes das belezas que eleva os gostos ao furor indo até o limite de cada léu.

De quem será essas coisas todas achadas ou perdidas?

Objetos de pertences ilustrado pelo consumo da necessidade de vida.

Por uma conduta que tenho que desvendar

Ou mesmo irredutivelmente de perder ou de consequentemente achar ou ganhar.

Por uma vontade a que cada um procura pra se ocupar ou se distrair,

Pelo que fazer ou pra onde ir.

Inebriado pela vaidade como opção da coisa escolhida,

Das lojas pra quem passa e do seu hipnotizado olhar inspira uma curtida.

Será que é pra se procurar,

Pela perda daquilo que se deve achar?

Ou mesmo pelo escolher sobre o que vestir,

As ondas das escolhas sobre aquilo que serve pra se exibir.

Como e porque apostar pelo será?

Ao que se pode perder pelo que se possa achar ou ganhar.

Se surgir algo aparece como opção da vocação instantânea de cada medida,

Dos bustos, manequins, números ou tamanhos,

Que supera as regras pelas indicações de cada investida.

                                  Pela incógnita como instrução da opção de cada vida.