Cada indivíduo traz consigo sua experiência de vida e participa na sociedade de outras vivências, ajudando-o na construção de sua própria identidade. A inclusão escolar é o primeiro grande passo que a criança, jovem ou adulto com necessidades educacionais especiais tem na construção de um caminho para um futuro promissor.

Para uma inclusão escolar, são necessários vários fatores, que em conjunto, permitem um trabalho adequado para quem necessita de atendimento especial em uma escola regular de ensino.

Mas como incluir sem excluir, com uma metodologia que se torne uma aprendizagem significativa para esse aluno? Muitas dúvidas e incertezas permeiam esse tema, pois há muitas barreiras e desafios existentes para serem alcançados, desde a educação infantil até os anos finais do ensino.

Quando falamos em inclusão, imediatamente surgem muitas dúvidas entre os profissionais, e muitas questões são expostas, porém com o engajamento da escola, de seus professores, da família do aluno, pode ser possível sim, uma inclusão com sucesso, onde o mesmo se sinta parte daquele ambiente que frequenta, com um acolhimento de todos os envolvidos seu progresso e aprendizagem se tornarão muito mais significativos.

Atualmente fala-se muito em inclusão na educação de um modo geral, em todas as etapas. Porém, para que haja uma inclusão que favoreça tanto o professor como a criança, dependemos de vários fatores, ou seja, inclusão sem exclusão, políticas públicas coerentes, afeto e envolvimento da comunidade escolar e das famílias, que são fundamentais para uma adaptação e continuação da criança na escola, enfrentamento das possíveis barreiras durante aprendizagem com profissionalismo e empatia, sempre respeitando o tempo de cada um.

A inclusão é uma proposta, um ideal. Se quisermos que nossa sociedade seja acessível, que todas as pessoas com deficiência possam participar em igualdade de oportunidades, é preciso fazer desse ideal uma realidade a cada dia. 

A ação de cada um de nós, das instituições e dos órgãos, deve ser pensada e executada no sentido de divulgar os direitos, a legislação e implementar ações que garantam o acesso de todos. (DE PAULA,1965, p. 43)

Segundo o autor, uma inclusão apropriada, necessita de vários fatores, não depende somente do aluno, ou do professor, existe toda uma organização com leis, direitos, deveres, oportunidades igualitárias para uma aprendizagem eficaz e principalmente a acessibilidade dos educandos.

Deve-se pensar num ambiente favorável para a interação, e o cuidado especial que esses educandos necessitam, tanto fisiológico, como psicológico, para que sua inclusão, não se torne uma exclusão.

Foram muitos avanços, até aqui, se tratando de inclusão, como por exemplo; a Declaração de Salamanca de 1994, onde prioriza a educação para todos, dentro das escolas regulares de ensino.

Esta declaração foi de grande importância para a nossa educação, principalmente para as crianças, jovens e adultos, que necessitam de educação especial, onde podem fazer isso, nas escolas regulares de ensino, tendo profissionais adequados que lhes acompanham em suas aprendizagens.

Temos muitos desafios e barreiras, hoje em dia, quanto ao assunto inclusão na educação, muitas vezes, quando o professor se depara, em sua turma, com uma situação de inclusão, pode lhe causar certa estranheza, ansiedade, ou até mesmo um desconforto em ter que se adaptar com essa nova realidade. 

De certa forma o termo inclusão, já traz consigo a ideia de exclusão, pois para se ter uma inclusão, suponha-se que a pessoa em questão já esteja excluída de certa forma, fora da escola ou mesmo de algum outro ambiente social. Para haver uma inclusão consciente é necessário que a escola, os professores e até os outros alunos, estejam preparados para receber esse novo colega, pois sua vida já é cheia de limitações, com isso no entanto a escola e seus colegas de sala, podem transformar o ambiente escolar atrativo para essa criança, jovem ou mesmo adulto, fazer com que se sinta acolhido nesse novo espaço.

A exclusão nem sempre é visível, como o é a que se manifesta por comportamentos de evitação explícitos na separação física, isto é, espacial. A exclusão pode-se apresentar, também, com formas dissimuladas porque simbólicas, mas presentes nas representações sociais acerca dos excluídos. (CARVALLHO, 2004, p,51)

Segundo a autora, ainda nos dias de hoje, vemos muitos professores demonstrando certa resistência, quando o assunto é inclusão, se sentem despreparados, com isso acabam por não oferecer condições adequadas de aprendizagens para seu aluno que também está em processo de inclusão, pois para essa criança é um desafio muito grande deixar sua casa, sua rotina, sua família, para frequentar à escola, num ambiente totalmente novo e desconhecido com muitos desafios pela frente, sem se sentir excluído. 

Nesse contexto de inclusão e exclusão, podemos ressaltar que muitas vezes os alunos de inclusão, encontram tantas barreiras dentro da escola que a família do mesmo, opta por tirá-lo do ambiente escolar, pois se transforma em um local desfavorável para seu aprendizado, não conseguindo se manter. 

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei Federal 8.069/1990.

Art.53- A criança e o adolescente têm direito a educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

Art.54- É dever do Estado assegurar a criança e ao adolescente:[...]III- atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. (1990, p.24-25)

O Estatuto da Criança e do Adolescente está aí e deveria ser colocado realmente em prática, para que ocorra um processo de inclusão saudável, favorecendo alunos e professores, com um ensino aprendizagem significativo para todos os envolvidos, ressaltando as potencialidades e vivências desse educando. A inclusão deve sempre estar presente no nosso cotidiano, pois cada vez mais, vamos nos deparar no ambiente escolar desde a educação infantil, até o ensino superior com pessoas que necessitam de uma educação especializada, respeitando assim a diversidade, dando ferramentas adequadas, para que todos possam aprender aos conteúdos de maneiras diferentes e significativas.

Em um mundo inclusivo, todos deveriam ter acesso as oportunidades de pertencimento da sociedade, dentro desse contexto, a escola inclusiva deve ser um ambiente/espaço para todos, respeitando suas individualidades.

Melhorar as escolas e os processos que nela tem lugar, identificando e removendo barreiras, tanto diz respeito àqueles educadores que estão comprometidos com as ideias de educação para todos, com os que trabalham com o conceito de necessidades educacionais especiais e com os que defendem os movimentos de inclusão, em sua concepção mais abrangente. (CARVALHO, 2000, p.50-51)

O que a autora nos traz, vem de encontro aos inúmeros desafios enfrentados por alunos e professores diante da inclusão, porém temos muitos profissionais da educação empenhados pelo melhor desempenho de uma inclusão efetiva, com muita aprendizagem e empatia pelo outro.

Sabemos que estamos longe ainda de uma plena inclusão escolar, mas aos poucos e cada vez mais vivenciamos inclusões de crianças, jovens e adultos, serem muito bem sucedidas e com muita interação por ambos os lados.

A Declaração de Salamanca, o Estatuto da Criança e do Adolescente, as políticas públicas e tantas outras leis, dão o suporte necessário para uma inclusão eficiente, cabendo a cada um de nós da educação fazermos nossa parte para que isso aconteça.

Uma inclusão escolar deve acontecer desde a educação infantil, tendo em vista que as crianças pequenas que interagem com outras crianças, demonstram mais interesse e participação nas atividades, pois enfatizam muito a imitação.

Pensar a inclusão infantil é lutar duas vezes: uma pelo direito da criança pequena à educação de qualidade que a veja como sujeito produtor de história, cultura e conhecimento e outro por acreditar que a criança pequena com algum tipo de comprometimento físico, mental ou sensorial tem capacidade de aprendizagem e também é sujeito social que possui, produz e reproduz cultura, conhecimento e história. (DRAGO, 2011, p. 96) 

Segundo o autor a educação inclusiva tem desafios em todas as etapas, na educação infantil pode ser um pouco mais, devido se tratar de crianças pequenas, que até então tinham o convívio familiar como principal rotina diária.

Todos, sem exceção tem direito à educação, partindo desse pressuposto de inclusão, na educação infantil, como são crianças pequenas, usam sua imaginação e criatividade, juntamente com muita interação, cria-se um ambiente mais favorável para a criança inclusa, mesmo com muitos desafios e obstáculos que virão. Trabalhar com crianças pequenas é descobrir novas aprendizagens todos os dias, pois eles em sua simplicidade e ingenuidade irão acolher o seu colega de inclusão com um olhar de ternura. 

O afeto desempenha papel essencial no desenvolvimento da inteligência e da aprendizagem. A motivação e o interesse surgem da afetividade. Para educar com afetividade, é necessário valorizar o outro ser, a outra vida que não é nossa. Muitas vezes, pequenos detalhes são essenciais para a educação. (SARTOR / QUILANTE, 2013, p. 15)

Segundo as autoras não tem como falar em inclusão sem fortalecer a afetividade na sala de aula, pois para se ter uma inclusão promissora, o afeto nas relações entre pessoas, pode ser um fator determinante para um bom desempenho escolar e uma aprendizagem significativa.

A afetividade é uma grande aliada nesse processo, principalmente para as crianças, jovens e adultos que necessitam de mais atenção.

É de fundamental importância o acompanhamento da família em todo o processo de inclusão, de uma forma que família versus aluno se sintam incluídos e acolhidos no ambiente escolar. Principalmente, nos primeiros anos de vida da criança, onde começa à frequentar a educação infantil, sendo assim, num ambiente totalmente novo e desconhecido para os mesmos.

Além dos conteúdos e técnicas educativas, é preciso que a família, a escola e os educadores entendam mais de seres humanos e de afetividade. Educar com afetividade é levar o ser humano a ter consciência de pertencer e participar de um mundo social com responsabilidade e integridade. Assim, pode-se construir a cidadania. (SARTOR / QUILANTE,2013, p. 23)

O que a autora nos faz refletir sobre a aprendizagem é que se faz levando em conta a relação de pertencimento daquela criança, naquele espaço fazendo com que se rompam as barreiras da desigualdade, onde a criança se sinta tranquila, protegida e acolhida pelas pessoas que estão em seu convívio diário.

Muitos debates acerca de inclusão existem, porém temos que ter a consciência que para uma inclusão ser efetiva, temos que ter os materiais pedagógicos adequados, mas principalmente temos que ter empatia, respeito, comprometimento e afeto pelo outro, independentemente de sua condição física, mental ou intelectual.

Se todos nós temos dificuldades, por que escolhemos dar tanta ênfase a algumas delas, colocando algumas pessoas num lugar inferior, de menos importância, de menos capacidade? Talvez para nos sentirmos superiores e mais seguros (enquanto o outro é menos, eu sou mais) e desta forma ocuparmos um lugar em que se possa definir quem é normal e quem não é. (SARTOR / QUILANTE, 2013, p. 61)

Por isso, às vezes a inclusão se torna um grande desafio dentro da escola, por existirem profissionais que se dizem despreparados ou que a escola não está adaptada para isso, até mesmo se tornam indiferentes quando o assunto é inclusão. 

Na inclusão sempre haverá obstáculos e incertezas, porém alguns profissionais os tornam maiores ainda, já não bastasse as dificuldades vivenciadas no cotidiano dessas pessoas, ainda tem que enfrentar todas essas adversidades que surgem em um ambiente onde deveria acolhe-los com afeto e respeito, embora tem se avançado muito em se tratando de inclusão escolar. É preciso avançarmos muito mais e cada vez mais, pois deveria ser um assunto tratado com normalidade, mas por vezes isso não acontece, se observarmos bem, vamos achar pessoas exclusas dentro de uma sociedade que ainda não entendeu o que realmente é inclusão.

É preciso que a diferença comece a ser encarada não como a destruição do outro nem como a instalação de uma hierarquia pela qual se classifica quem é melhor e quem é pior, mas como a construção progressiva da subjetividade de cada um. E que, ao invés de olharmos para a deficiência, que possamos enxergar o sujeito que está ocupando o lugar de deficiente; olhar para o aluno, para a criança, para o adulto, para o Miguel, para a Isabela, para a Joana, não para a síndrome de Down, a deficiência mental, a paralisia cerebral. (SARTOR / QUILANTE, 2013, p. 76 - 77)

Segundo as autoras, cada pessoa é única, com suas peculiaridades e diferenças, então porque tratar diferente aquele aluno que possui necessidades especiais, sabendo que o mesmo precisa de materiais pedagógicos diferentes e atividades diversificadas para sua aprendizagem. Portanto, o que não podemos esquecer é que ele está lutando todos os dias para ter o seu merecido espaço, na escola, na família, na sociedade e no mundo.

Se todos temos o direito de ir e vir, cabe a sociedade no geral, garantir esses mesmos direitos para essas pessoas e um bom começo é o direito de ser acolhido com afeto na escola, porque é nesse ambiente que a criança vai ter suas primeiras vivências em grupo, encarando suas limitações, conquistas, anseios, desafios, aprendizagens e tudo que envolve uma inclusão.

Quando o incluso é bem recebido, num local até então estranho para o mesmo, ele retribui toda a tenção que lhe foi dada. São seres humanos como nós e precisam ocupar seu espaço na sociedade.

Famílias que conseguem manter a ligação afetiva, estreita e positiva com a criança favorecem a aprendizagem, proporcionando condições de desenvolvimento e segurança para sua independência e autonomia. (VOIVODIC, 2011, p.54)

Segundo a autora, a família tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança, tanto cognitivo como emocional, esta deveria ser sinônimo de apoio e atenção para essas crianças, pois podemos observar em diversas inclusões o quão esse grupo é importante nesse processo.

As famílias que são participativas, envolvidas com o desenvolvimento de seu(a) filho(a), percebem o crescimento e a aprendizagem em questão de meses, ou até semanas, pois as crianças são estimuladas na escola e também no ambiente familiar. Por outro lado, vemos também famílias não tão atuantes e pouco participativas no desenvolvimento da criança, por vezes delegando suas tarefas para outras pessoas, talvez isso tenha influência pelas suas crenças e valores ou ainda por se acharem impotentes diante da necessidade especial de seu(a) filho(a).

Dessa forma, observamos estas crianças, muitas vezes quietas, isoladas em seu cantinho, talvez com o sentimento de não pertencimento, com um olhar distante, até mesmo preferindo brincar sozinhas e sem interagir. Existem vários tipos de inclusão, portanto quando nos referimos às crianças que brincam sozinhas em intervalos nas escolas, tem sua mobilidade independente e podem circular pelos pátios, sem ajuda. Mas, existem crianças ativas que brincam com seus colegas, daí a importância de uma família presente e perseverante. 

Dentre tantos desafios vistos na inclusão escolar é pertinente expor de certa forma que muitas vezes, alguns pais de crianças ditas “normais”, como já foi ressaltado neste texto, todos somos diferentes com nossas singularidades e limites, não aceitem muito bem o fato de seu filho ter colegas com necessidades educacionais na mesma sala, deste modo excluindo mais ainda essa criança do convívio social.

A representação da pessoa com necessidades especiais como inútil e incapaz de aprender está presente entre os/as professores/as e os pais caracterizada por discursos que passam pelo medo, pela reação de não-aceite e por um olhar de crítica comportamental. (OLIVEIRA, 2004, p. 174)

Segundo a autora, os desafios diários de se ter um incluso na sala de aula deve ser encarado com um olhar diferenciado sobre o outro, um olhar ao qual permita-o sentir segurança, acolhimento e a certeza que faz parte desse espaço de aprendizagem, sem se sentir inferior à ninguém, potencializando suas qualidades e saberes existentes. 

Sair do tradicional, procurar novas alternativas de ensino, fazer uma reflexão sobre o seu trabalho, sempre estar atento aos menores detalhes, tornar sua sala de aula num lugar de empatia, afetividade e troca de conhecimento, são alguns fatores que propiciam uma inclusão sem exclusão.

Todo profissional de educação sabe o quão é desafiador incluir um aluno com necessidades de aprendizagem especial, desde a educação infantil até os anos finais de ensino, porém eles merecem todo o nosso respeito, empatia, atenção para que se sintam parte da sociedade em que convivem, tendo seus direitos respeitados.

Esse processo de reflexão crítica permite aos docentes desconstruírem os discursos e criticarem as práticas excludentes presentes na escola e construírem novos discursos e desenvolverem práticas alternativas concretas que possibilitam a inclusão do discente com necessidades especiais na escola. (OLIVEIRA, 2004, p. 215)

Segundo a autora, os professores devem se engajar e transformar os mitos existentes sobre inclusão, num universo onde todos possam frequentar sem preconceitos, com muita aceitação, sempre olhando o outro, pois cada um é um, em seus talentos e limitações.

Se o professor for motivador, não aceitar a exclusão de seu aluno, contemplar seus avanços, teremos menos barreiras e muito mais aceitação em se tratando do tema inclusão, desde os primeiros anos de vida da criança, que é de fundamental importância para a construção de sua personalidade, valores e sempre se sentirá bem consigo mesma.

Apesar dos entraves, nossa busca de uma sociedade progressivamente mais democrática tem sido incessante. As exigências educacionais se ampliaram, considerados os inaceitáveis números de excluídos. A democracia, sendo plural, tanto implica equidade de ofertas, quanto na multiplicidade das mesmas em respeito aqueles grupos e indivíduos que estão em condição de desvantagem, levando-os a conquistar o devido espaço a que tem direito de cidadania. (CARVALHO,2000, p. 135).

A autora nos faz refletir sobre a relevância do tema inclusão na atualidade, tanto para professores, gestores, pais, alunos e comunidade escolar. Estamos vivendo tempos de debates, confrontos sobre inclusão, com muitas opiniões e receios, porém temos que ter um olhar voltado para quem mais precisa, no caso, o aluno de inclusão, para que este faça parte desse processo de uma forma saudável, sem discriminação e sem exclusão. Deve-se pensar em mecanismos que atraiam os alunos em sala de aula, ao invés de afastá-los ainda mais. 

Cada um com sua individualidade e singularidade seguindo em frente para um aprendizado com amor. A ética profissional de todos os envolvidos na inclusão, também pode ser um fator determinante para que esta ocorra com a maior tranquilidade possível, sendo para o aluno um momento de transição, prazeroso, com muitas conquistas, aprendizagens, superando seus medos e anseios.

A escola é uma extensão do lar, por este motivo as crianças que lá chegam, vindas da educação infantil ou não, necessitam de um professor afetuoso que, num primeiro momento, as acolha com amor que é a base dos relacionamentos humanos. Normalmente elas vêm carregadas de muita expectativa sobre este ambiente mágico que as encanta desde a primeira infância, ou muitas vezes são cheias de insegurança e medo, pois não sabem ao certo o que vai acontecer dali pra frente. (SARTOR / QUILANTE, 2013, p. 31)

As autoras nos trazem a importância de acolher o outro em suas singularidades e capacidades, sempre buscando conhecer a realidade desse aluno que chega na escola cheio de expectativas e incertezas. Para que o mesmo não tenha nenhum impacto negativo sobre a instituição de ensino é preciso um olhar diferenciado para o outro que está ali diante de um mundo desconhecido e cheio de perspectivas. 

No entanto para que isso se concretize e o aluno se sinta incluído, cabe aos professores elaborarem estratégias diferenciadas, tornando suas aulas atrativas e dinâmicas, esquecendo o método tradicional, emergindo uma educação inovadora, onde todos se sintam valorizados e úteis. Dessa forma, a inclusão escolar irá se tornar um marco fundamental para a nossa sociedade, pois todos têm direito à educação, em escolas regulares de ensino.

Novos caminhos para a educação inclusiva, estão emergindo, onde a mediação se faz presente na sala de aula entre os sujeitos, cabendo aos professores inovarem em suas estratégias de ensino.

A inclusão escolar só acontece com diversidade, convivência, integração, em um ambiente acolhedor e humano, sempre olhando para o outro de uma forma singular. 

O professor que observa, analisa e acompanha o desenvolvimento de seu aluno incluso, tem outra visão sobre educação, pois desta maneira fica mais fácil detectar os avanços e conquistas desse aluno. Elaborando aulas mais dinâmicas, dentro da realidade do aluno incluso, com o material pedagógico adequado, o professor atenderá assim as necessidades de seu aluno, facilitando seu aprendizado.

Assim, aprender é um ato de relações entre os sujeitos envolvidos no processo, não repetindo algo semelhante e sim sempre criando algo novo, pois a repetição do que já vem pronto, não é uma aprendizagem, mas uma cópia.

Para concluir este artigo científico, deixo a importância de se refletir sobre uma educação inclusiva renovada, com muito diálogo, respeito e participação de professores, gestores, famílias e alunos para que possamos num futuro próximo, termos inclusos em todas as escolas, convivendo com seus colegas num ambiente de integração, aprendizagens e empatia pelo outro.

Este artigo foi escrito pelas professoras de educação infantil Jaqueline Dall Agno e Luciana T. Bugança Perozzo, da Escola Municipal De Educação Infantil Amor Perfeito, na cidade de São Marcos/ RS.