Fazendo uma análise entre a descrição ora proposta para este portfólio com a leitura do texto, podemos partir do princípio de que é um longo trabalho dos professores e da escola fazer uma inclusão escolar quando se trata de comunidade indígena, por se tratar de diferentes culturas. Mencionar a educação para a igualdade neste caso, nos encaminha no primeiro momento ao preconceito e a discriminação. E como trabalhar com essa diversidade cultural?

Fávero (2004, p. 38) analisa a diferença entre as palavras integração e inclusão, embora contenham a mesma idéia de inserir quem está excluído, qualquer que seja o motivo. Explica que na integração “a sociedade admite a existência de desigualdades sociais e, para reduzi-las permite a incorporação de pessoas que consigam “adaptar-se”, por méritos exclusivamente seus. Ainda, a integração pressupõe a existência de grupos distintos que podem vir a se unir”.

A idéia de diversidade está ligada a pluralidades, importante destacar que para essa inclusão de alunos das comunidades indígenas em escolas a fim de que possam participar e ter acesso à cultura em igualdade com as demais crianças, partimos da importância de: capacitação e formação de professores na educação escolar indígena, projeto político pedagógico escolar voltado a educação escolar indígena e normatização (jurídica, social e política). Não vamos ampliar as questões jurídicas neste trabalho, mas gostaria de salientar que os direitos fundamentais serão obrigatoriamente lembrados quando se trata de um grupo, uma comunidade ou quando se trata do índio no contexto social.

A diversidade cultural é um patrimônio da humanidade assim como o é a diversidade biológica, essa diversidade tem que ser trabalhada pelos educadores e pela escola, para atingir melhor o objetivo da inclusão.

As escolas tem que proporcionar espaços para a formação escolar indígena, com objetivo de preparar o índio para um convívio sócio-cultural e integrá-lo à sociedade, firmando também o seu espaço de formação cultural. Não podemos esquecer a escola é apenas um dos meios para a inclusão.

Gomes (1999) observa que “a escola é um espaço sociocultural em que as diferentes presenças se encontram”. Para Fávero (2004, p. 53) a escola “é o espaço privilegiado da preparação para a cidadania e para o pleno desenvolvimento humano”.

A cultura insere o indivíduo num meio social, e quando este indivíduo vai integrar outra comunidade cultural, tem que ser trabalhado a diversidade e a inclusão escolar, nesse caso aqui tratado são os índios.

A formação do professor indígena inclui uma especificidade, que é a de conhecedores da própria cultura.

Diante do exposto, finalizamos que ser docente índio se presume ter apreciação para essa questão, e entre os quais se insere a inclusão do próprio índio em um universo cultural. Significa mergulhar de cabeça no problema maior que é a busca da identidade do indígena.

 

 

REFERÊNCIAS:

 

FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga. Direitos das pessoas com deficiência, garantia de igualdade na diversidade. Rio de Janeiro: WVA, 2004.

 

GOMES, Nilma Lino. Educação e diversidade cultural: refletindo sobre a s diferentes presenças na escola, 1999.