Pierre de Oliveira Schmidt1
Gilberto Cabral da Costa2
INCLUSÃO DA MATEMÁTICA
RESUMO
No texto abaixo abordará com detalhe a inclusão na matemática e a forma de ensinar para um grupo de alunos e as tendências pedagógicas, pois somente assim veremos que há necessidade de repassar para os alunos este conhecimento, cada escola tende a expor alguma tendência. Já o professor utiliza em um plano de aula p um aprendizado de suas experiencias ao longo de cada ano exercido na área, os alunos utilizem o saber da melhor forma para um futuro melhor. Ha uma discussão sobre a inclusão quanto a sociedade, mas cada escola consegue fazer com êxito, e outras não conseguem a influenciar desejada na sociedade, então veremos um pouco disto tudo.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Matemática no cotidiano. Educação Especial.

1. INTRODUÇÃO A educação Especial tem ocupado um espaço de destaque nos noticiários, consultórios, jornais e demais veículos de comunicação. A família busca o direito de ocupar um lugar que lhe é devido, o professor tenta entender como trabalhar com este aluno, os gestores são por sua vez a ponte entre o que o governo determina e o que realmente acontece em sala de aula e os governantes, por sua vez distantes do ambiente escolar, tomam algumas medidas muito adversas das reais necessidades do aluno com necessidades educacionais especiais ou pior ainda generaliza aumentando as diferenças e a angustia de quem está envolvido neste processo. Este processo inclusivo é composto por elementos diferentes e por isso gerou uma infinidade de referências bibliográficas, mas a discussão da prática em sala de aula ainda é pouca e polêmica, gerando muitas vezes desconforto entre os pares. A inclusão começou em meados de 1980 com a finalidade de levar para a sociedade não apenas a discussão sobre as diferenças enquanto características pessoais, mas reconhecer o indivíduo como único e igual para os direitos. Neste sentido, o processo inclusivo vem caminhando a passos curtos. A inclusão dos indivíduos portadores de necessidades educativas especiais tem sido um desafio. Neste grupo enquadram-se os deficientes visuais, deficientes auditivos, deficientes intelectuais, deficientes físicos e os superdotados. Muitas inquietações surgem, dentro deste campo de pesquisa e várias são as dificuldades ou problemas que entravam o processo que tenta facilitar a inclusão de qualquer grupo de deficientes. Em destaque colocaremos os deficientes auditivos que passa a ser objeto de pesquisa do ponto de vista político, educacional e social.
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Em uma comunidade ouvinte a comunicação oral é o elo entre o ensino e a aprendizagem, a sua falta gera um desconforto que prejudica sensivelmente o entendimento e a aplicação de metodologias não contextualizadas com a realidade sociocultural do aluno. Não podemos deixar de considerar o despreparo de uma grande parte dos educadores que atuam nas mais diversas áreas do conhecimento. As dificuldades e a falha na formação do professor elevam as barreiras do ponto de vista social e emocional gerando dificuldades na atuação para lidar com as classes heterogêneas. Essas barreiras alcançam também a grande parcela da população de pessoas com necessidades especiais para a função de audição por se encontrarem ainda no contexto da segregação. Essas barreiras humanas e sociais impõem-lhes restrições também ao exercício da cidadania. (MANTOAN, 1993). Esta realidade social demanda do reconhecimento desta sociedade exigindo esforços do poder público e das associações em geral, no sentido de promover melhoria na qualidade de vida promovendo respostas aos diferentes interesses, desejos e necessidades. Na escola, um número cada vez maior de alunos, quando não são bem-sucedidos na escola, são erroneamente rotulados, classificados como "Deficientes" e encaminhados a classes especiais ou de recursos, ou, na melhor hipótese engrossam as estatísticas que expressam os baixos níveis de rendimento escolar (SOUZA& MACÊDO, 2002). Dentro do processo de exclusão social e escolar está a pessoa com necessidades educacionais especiais, caracterizada como aquela que possui evidentes traços que a colocam em situação diferente da população em geral. Traços que não determinam seu sucesso ou fracasso escolar, mas evidencia a qualidade do trabalho pedagógico com ela realizado. O aluno com necessidades educacionais especiais sempre foi visto pelas suas deficiências e mantido em ambiente parcialmente segregado ou totalmente isolado, ignorando os seus interesses, anseios, excluindo-os de um projeto de cidadania e de cultura.
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Na prática, percebem-se cada vez mais movimentos que favorecem o redirecionamento do desenvolvimento global do indivíduo com foco na formação para o trabalho e inserção social. Essa teoria encontra respaldo nas redações da legislação - como a Constituição Federal (1988), a Declaração de Educação para Todos (1990), Declaração de Salamanca- Necessidades especiais em sala de aula (1994), LDB nº 9394/96, e Decretos e Legislações suplementares em nível estadual e municipal. A Legislação existe e está bem elaborada, o que falta e uma política séria de formação do professor com ênfase em Direitos Humanos e Inclusão, dando viabilidade na implantação de um projeto político pedagógico flexível que reconheça as diferenças como natural, garantindo a construção de uma escola para todos. Pensando na construção de uma pedagogia forte e inclusiva, o professor ocupa um papel importantíssimo porque deverá elencar em seu projeto de aula, atividades que supram as necessidades de todos. Os alunos regulares valorizarão as diferenças que contribuirão para a formação de uma consciência de cidadania consistente e igualitária, pois terão a oportunidade de vivenciar experiências como; solidariedade, compreensão, companheirismo e valorização do semelhante. Dentro deste contexto o objetivo desse estudo é analisar as publicações voltadas para as práticas pedagógicas, que vêm sendo abordadas nos últimos anos por profissionais multidisciplinares aos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNE’s) mais especificamente no ensino da matemática aos alunos portadores de deficiência auditiva. Para ROSENTHAL & JACOBSON, 1969 a inclusão está em favorecer um ambiente com menos restrição possível, oportunizando à pessoa portadora de necessidades educacionais especiais uma participação viva e autônoma em todos os níveis sociais. Esta vivência plena só será possível quando a escola conseguir fazer uma revolução na estrutura formando indivíduos com base em valores humanos e igualitários; é preciso que todos sem exceção possam entender a aula, caminhar pela escola, ter voz ativa, adquirir criticidade e autonomia
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respeitando o outro e se fazendo respeitar, independentemente de suas características particulares. A inclusão, portanto, requer uma revolução de paradigmas. Não significa apenas colocar pessoas “diferentes” num lugar em que não costumavam estar, a classe regular. Significa não mais conceber as necessidades especiais como imutáveis ou incapacitantes. Significa rever o papel da escola e conscientizá-la de que sua responsabilidade é educar a todos, sem discriminação. Segundo Mantoan (1988) (...)“Sem que a escola conheça os seus alunos e os que estão à margem dela, não será possível elaborar um currículo escolar que reflita o meio social e cultural em que se insere. A integração entre as áreas do conhecimento e a concepção transversal das novas propostas de organização curricular considera as disciplinas acadêmicas como meios e não fins em si mesmas e partem do respeito à realidade do aluno, de suas experiências de vida cotidiana, para chegar à sistematização do saber. ” A definição do tema deu-se depois de uma seleção entre os principais temas discutidos nas tendências em Educação Matemática, os quais permitissem principalmente englobar estudos direcionados ao ensino e de aprendizagem da Matemática na Educação inclusiva. As justificativas de escolha do tema desta pesquisa se explicam com a necessidade de conhecer mais sobre os recursos utilizados para o ensino, permitindo ao mesmo tempo, oferecer subsídios à educação e inclusão a pessoas com deficiência auditiva e a verificando as possibilidades de interação específicas dos indivíduos envolvidos. Os professores foram instrumentalizados suficientemente para promover a integração de pessoas com necessidades educacionais especiais? As classes com alunos com necessidades educacionais especiais estão funcionando com o número ideal de alunos? E os alunos sem necessidades especiais são preparados para receber, aceitar, respeitar e conviver com as diferenças? Existem métodos mais eficazes para aprender matemática? Quais são as estratégias utilizadas e seus resultados? Tentaremos responder a estas perguntas mediante a revisão bibliográfica objeto deste trabalho que foi estruturado em quatro capítulos: Primeiro Capítulo Introdução ao tema com as considerações iniciais de pesquisa e de importância com o tema.
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Segundo capitulo a Fundamentação Teórica com vistas às metodologias e estratégias utilizadas para o ensino de matemática para surdos. No terceiro capítulo a explicação dos métodos e materiais utilizados para responder aos objetivos. No quarto capitulo uma análise dos métodos, materiais e estratégias encontradas para o ensino e aprendizagem de matemática para surdos.