Autor: Gerson Carlos Tiburcio

O maior desafio para a escola é cumprir com eficiência a proposta de inclusão, ou seja, desenvolver um trabalho visando à educação para todos.
Os tempos estão mudando e hoje já se encontram nas salas de ensino regular muito alunos com deficiências, físicas ou mentais ao lado de crianças e adolescentes considerados normais. São as "escolas para todos", nas quais se reconhecem e se respeitam às diferenças, buscando promover a aprendizagem e atender às necessidades de iguais e desiguais.
Sabe-se que essa mudança de paradigma ocorrerá aos poucos, de uma forma ou de outra. A sociedade deixará de celebrar a deficiência enquanto déficit, para reconhecer a diferença, valorizando as potencialidades de cada pessoa e não sua dificuldade, e uma vez que a escola está aberta para mudanças, esta terá que ter assegurado todos os apoios necessários para facilitar o atendimento a todos os alunos. A proposta de inclusão tem tido avanços consideráveis, no entanto, para que já cumprida, é necessário, todos compreendam a sociedade inclusiva é aquela que oferece oportunidades das maiorias e minorias, e que nesta sociedade caberá à educação a mediação desse processo.
Para que a sociedade veja a inclusão como possível é preciso apresentar referências de pessoas bem sucedidas, com ou sem deficiências permanentes, mostrando que cada um possui um potencial diferenciado e que todos são capazes de enfrentar desafios e vencê-los desde que se respeite seu ritmo.
Para o documento a inclusão não deve ocorrer só na escola, antes da criança vir para a escola ela deve estar totalmente incluída na família, na comunidade, na igreja, praça, parquinho, entre outros segmentos da sociedade, pois só assim será possível alcançar um desenvolvimento global e harmonioso.
Ao ingressar na escola regular, a criança surda enfrenta seu maior problema: a barreira da comunicação e para enfrentá-la Assim, percebe-se que muito ainda se tem que caminhar para oferecer uma educação de qualidade para todos, pois é que não temos ainda nas escolas professores preparados para atender esses alunos. Isto será possível se a política educacional garantir a todos os professores do ensino regular oportunidades de se capacitarem para atender com qualidade a todos os alunos.
Diante desta situação fica evidente a necessidade de exigir-se do professor outros conhecimentos além daqueles que receberam em seus cursos de formação.
É indispensável uma reforma nos cursos de formação dos professores, pois estes precisam atender às necessidades especiais de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos portadores ou não de deficiência.