IMPOSTO DO NADA
Com a pesada carga tributária paga pelo povo aos cofres públicos, é justo que parte dessa receita seja convertida em um fundo social de assistência, para socorrer vítimas de desastres naturais, contudo o que vemos é o descaso secular das autoridades. É difícil imaginar que irmãos acometidos por essas tragédias, fiquem desabrigados ou desalojados por tanto tempo. São grupos de pessoas diferentes de credos e idéias diferentes vivendo sob o calor das emoções e dividindo espaços ou a falta deles por falta de condições financeiras ou inabilidade governamental. Com as enormes taxas tributáveis ao povo, seria falta de compromisso com a nação não destinar ao povo o que ao povo pertence por direito.
A falta de assistência fica mais iminente a proporção em que o país fica mais suscetível aos desastres naturais. A cada tragédia o número de necessitados aumenta e os recursos que deveriam estar guardados somente para esses fins, desaparecem. Essa receita tem que ficar retida ou aplicada para esse fim exclusivo, como um seguro que se paga e talvez nunca se use, mas o fato é que quando necessitar tem que estar disponível. Na verdade não sei se existe esse tipo de seguridade para o povo, a única coisa que sei é que o processo de devolver a cidadania ao povo é lento, devolver a decência é lento e o desaparecimento do dinheiro é rápido.
Alguns abrigos públicos são fétidos, impróprios para a saúde humana e são verdadeiros criadores de ratos. Enquanto os poderosos aguardam seus serviçais para perfumarem seu leito de repouso, os necessitados esperam em filas intermináveis dos albergues, ginásios, escolas e calçadas imundas