Importância do livro didático para as aulas de Geografia.

Introdução

            O objetivo desse trabalho é mostrar a importância do livro didático para as aulas de Geografia. Fazer com que o aluno veja que apesar das diversas formas de ferramentas para aprimorar as aulas, o livro didático é sem sombra de dúvidas a ferramenta que o levará a um conhecimento conceitual sobre as diversas vertentes da Geografia.

A justificativa para realização decorre ao fato que vem se banalizando a eficácia do livro didático, justamente pelas diversas ferramentas atuais para o ensino. Deve-se considerar o livro didático como um subsídio de apoio para o professor, principalmente considerando o fato da realidade tecnológica das escolas brasileiras.

O livro didático e a metodologia dos professores

 

            O livro didático é para conhecimento e orientação do aluno. Porém, deve-se ter um conteúdo teórico sem ser monótono. O aluno precisa ter interesse no que está sendo apresentado, sendo assim, o livro didático não pode ser o “vilão do aprendizado”. Serve como auxilio para professor e aluno, ensino-aprendizagem, levando o professor a apresentá-lo como fonte de pesquisa, novidades e descobertas.

            No caso da Geografia é imensamente amplo, pois se aborda culturas, climas, territórios, natureza, sociedade, ou seja, diversos temas que devem ser tratados de uma forma dinâmica que envolva a atenção dos alunos. Santos (2010, p.22) coloca, “[...] a geografia é uma ciência ligada à vida e, portanto, ligada ao cotidiano do aluno.”

Segundo Libâneo (2003), a escola é uma instituição social com objetivo explícito: o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos, por meio da aprendizagem dos conteúdos, para tornarem-se cidadãos participativos na sociedade em que vivem.

   A eficácia do livro didático

 

             O livro didático pode ser usado de diversas formas, como fonte de conhecimento, aprendizagem através dos exercícios de fixação, resumos, análise de imagens de mapas que constam neles. Porém, os professores devem sempre analisar a eficácia desses livros didáticos, sempre tendo a preocupação de levar a informação correta e precisa aos aprendizes.

             Marília Peluso em descrevendo sobre a sua experiência em avaliação de livros didáticos de Geografia, diz que estes apresentam algumas características interessantes.

   “A primeira, e mais importante, seria definir os conhecimentos geográficos, na grande maioria das vezes, para o restante da vida do educando. Assim ele classificará os saberes como geográficos ou não, como importantes ou não, de acordo com o que aprendeu nas séries iniciais da sua formação. Podemos afirmar sem medo de erro, que as incompreensões a respeito da Geografia, sua falta de utilidade no mundo concreto de vivência cotidiana e sua pouca importância cientifica devem-se a maus livros didáticos que propiciam um aprendizado ainda pior e o fixam. “(PELUSO, 2006, p.127)

                         

             O didático é indispensável para a formação de conhecimento do aluno. No caso da Geografia é através do livro que o aluno passa a compreender melhor a disciplina. Ele passa a entender o porquê dos fatos acontecerem e como ocorrem as mudanças na natureza e sociedade.

A análise do livro didático

 

             Para análise do livro didático, faremos através do livro Geografia Geral e do Brasil de James & Mendes, 2011, editora FTD, utilizado no 5º ano fazendo os alunos conhecerem a Concentração Fundiária no passado e no presente; e os principais cultivos e suas características.

            O objetivo é que o aluno possa através desse conteúdo entender a estrutura fundiária e as formas de cultivos praticas, bem como suas características.

            O livro apresenta que a estrutura fundiária do Brasil sempre foi, desde suas mais remotas origens, injusta e desigual, concentrada nas mãos de poucos. No Brasil, a injusta concentração da riqueza e da renda e da ausência de políticas públicas sustentáveis explicam a pobreza e a miséria da maioria do nosso povo.

            Quando se trata dos principais cultivos o livro aborda que a prioridade da produção agropecuária brasileira sempre foi o mercado externo. Se nos tempos do Brasil colonial praticamente todos os produtos agropecuários eram exportados, atualmente esses produtos ainda respondem por, pelo menos, 50% da nossa pauta de exportações.

            O livro trata de algo atual como os transgênicos, isto é, as sementes transgênicas, alteradas geneticamente, um controvertido produto da agroindústria. Pois em geral, essas sementes pertencem a empresas transnacionais. É importante ao aluno entender e aprender que tais sementes foram desenvolvidas com o pretexto de garantir ganhos de produtividade ao agricultor. Mas também acarretam o monopólio do setor, uma vez que são sementes praticamente estéreis, o que obriga o agricultor a compra-las a cada novo plantio, mantendo-o em dependência crônica.

            Em conjunto a compra dessas sementes, exige que se comprem também agrotóxicos especiais (inseticida e herbicida). Tal overdose de agrotóxicos poderia ser maléfica ao meio ambiente (exemplo a contaminação dos lençóis freáticos) e, consequentemente à saúde humana.

           

Aplicando o conhecimento

 

            Como forma de abordar os temas do livro didático pode-se ter uma aula expositiva destacando principalmente a importância que o setor agropecuário desempenha na economia do país e as relações de trabalho e luta pela posse da terra. Participação dos alunos por meio de debates promovidos com a orientação do professor, com o fim de se criar uma interação durante a aula. 

            Como forma de aplicar o conhecimento do livro didático, os alunos irão cultivar uma pequena horta. O objetivo é ensinar aos alunos que o que foi abordado sobre os agrotóxicos, não há necessidade de inseticidas e pesticidas quando há um trabalho contínuo com as hortaliças orgânicas. A turma será divida em quatro grupos e cultivarão durante um determinado período alface, rúcula, cenoura e cebolinha.

            Os alunos terão que trabalhar a terra em vasos, plantar as sementes, regar para que possam crescer e após o período necessário para o desenvolvimento colher o que plantaram. Dessa forma verão que os produtos se desenvolvem, mesmo que em uma menor escala, sem a necessidade de “venenos” para o crescimento. Passaram a entender que um cultivo sem agrotóxicos faz bem a saúde, a sociedade e a natureza.

Conclusão

 

            Concluímos que todo material didático é importante tanto para o docente quanto para o aluno. Para o aluno na construção do seu conhecimento e para o docente para nortear o ensino.

            Há de se considerar que o conteúdo dos livros didáticos podem ser colocados em prática para desenvolver não só conhecimento, mas também cidadania e uma visão sobre o futuro do planeta, temas abordados em Geografia.

            O livro didático é a forma mais eficaz para o desenvolvimento dos alunos e o recurso escolar mais utilizado em todas escolas, tanto públicas quando particulares. Em meio a tantos avanços tecnológicos, o livro didático ainda é um recurso a mais em sala de aula, para não se dizer primordial.

Referências Bibliográficas

LIBÂNEO, I.C.; OLIVEIRA,J.F.; TOSCHI, M.S. Educação Escolar: políticas,estrutura e organização. SP.Cortez.2003.

PELUSO, Marília Luíza. O processo de avaliação do livro didático de Geografia, uma aposta no futuro. In. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão.(org.). Livros didáticos de História e Geografia Avaliação e Pesquisa. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2006.

SANTOS, Rosane Maria Rudnick dos; SOUZA, Maria Lopes de. O ensino de geografia e suas linguagens. Curitiba: Ibpex, 2010, (coleção Metodologia do Ensino de História e Geografia; v. 8)