IMIGRAÇÃO E TERRITORIALIDADE: O FLORESCER DE UMA NOVA ÁFRICA NO SUL DA SANTA E BELA CATARINA

IMIGRAÇÃO E TERRITORIALIDADE: O FLORESCER DE UMA NOVA ÁFRICA NO SUL DA SANTA E BELA CATARINA

Vanderlei da Silva[1]

Alexandre Valdemar da Rosa [2] 

1 INTRODUÇÃO 

Nos últimos meses a migração africana tem sido um assunto cotidianamente enfatizado nos principais meios de comunicação da região carbonífera. Trocando em miúdos, africanos das mais diferentes regiões do continente berço, tornaram-se protagonistas de um cenário até hoje visto como italiano. Inesperadamente deixamos de lado a pizza, a macarronada, o queijo, o vinho e a gôndola, para tecer comentário sobre a história de vida daqueles que encararam a distância, superaram a fome, ludibriaram o frio, venceram estereótipos e renunciaram ao pior dos sentimentos: a saudade. Esta nova realidade nos leva a inferir alguns questionamentos: qual seria a razão de tamanho suplício? Seria isto resultado da globalização? Como a história justificaria tal fenômeno? E Criciúma, onde entra neste processo?