Imagine se...
Publicado em 16 de Setembro de 2009 e reeditado em 31.01.2017.
por Jeane Katia dos Santos Silva

Imagine que esteja havendo uma grande parada gay e, uma grande multidão se faz presente, com todos os trejeitos e trajes típicos nesse tipo de evento. E, que de um outro lado, há um grupo de religiosos, que gritam frases do tipo: "vocês são pecadores e, por isso vão para o inferno!!!", ou, "abaixo os gays!!!" (Isso aconteceu, salvo engano, nos E.U.A.).

Suponhamos que no meio dessa grande multidão, está Jesus observando tudo em silêncio; então, de repente, uma pessoa que está no palanque, tendo-o reconhecido, dirigindo-se a Ele, faz o seguinte pedido: "Jesus, venha até aqui e, nos diga o que pensa de tudo isso", então, Jesus se dirige ao palanque; e, a pergunta que te faço, é: "Você sabe o que Jesus irá fazer?" (silêncio enquanto aguardo sua resposta) e, em seguida eu afirmo: "À LUZ DA BÍBLIA, eu não tenho dúvidas de que Ele olhará firme nos olhos daqueles religiosos e, com a mesma dureza que se dirigiu ao fariseus há mais de 2000 anos atrás, dirá: 'Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?'" e, voltando sua atenção aos da parada gay, olhando-os com o mesmo amor que teve para com a mulher Maria Madalena, tendo dito aos religiosos que aquele que não tivesse nenhum pecado, atirasse a primeira pedra, perguntará: "Onde estão aqueles teus acusadores?". "Ninguém, Senhor!", responderão os da parada gay. E, Jesus lhes dirá: "Nem eu vos condeno; vão, e não pequem mais".

As Sagradas Escrituras são claras no que tange ao assunto da homossexualidade [Romanos 1:18 a 32; I Coríntios 6:9 a 11, dentre outros textos bíblicos]. Mas, o fato é que faltam nas igrejas ações reais e efetivas de pessoas que por amor, busquem levar o Evangelho de Cristo aos gays [pessoas igualmente amadas por Deus]. E, por esta razão, o alerta que se pretende fazer aqui, é que não apenas às ações de religiosos que gritam palavras de ódio Ele dirá palavras duras, MAS TAMBÉM, A CADA UM DE NÓS QUE NOS OMITIMOS e, nada fizemos para mostrar aos gays que eles são tão amados por Deus quanto nós; afinal, À LUZ DA BÍBLIA, o homossexualismo é tão pecado quanto o adultério, a fornicação, a prostituição, a lascívia, a malícia, a mentira, a maledicência, o orgulho, a impureza, o mexerico, a devassidão, a contenda, a inveja, a sodomia [o termo sodomia refere-se ao sujeito ativo na relação homossexual entre dois homens],A FALTA DE AMOR, O JULGAMENTO CRUEL, a omissão dos que conhecem a Verdade do Evangelho, etc..

Irmãos, não estaremos sendo muito diferentes daqueles religiosos fariseus, se ao discordarmos da relação homoafetiva a nossa atitude, ainda que discordando, não for permeada pelo respeito e amor ao próximo! Até por que, discordar é um direito! Respeitar é um dever!

O fato é que aos religiosos Jesus reservou suas palavras mais duras! E isso fica muito claro no relato neo-testamentário! Na verdade, Jesus requer de nós que sejamos praticantes de seus ensinamentos, o que implica, inclusive, em agir com respeito e amor para com meu próximo, seja ele homoafetivo ou heterossexual!

Sou da opinião que cada um deva ser respeitado, independente da orientação sexual que acredita possuir, até por que, não nos cabe julgar! Julgar é algo que só Deus pode fazer!

O que precisamos fazer é ensinar que, À LUZ DA BÍBLIA, Deus convida aos gays ao abandono da prática homossexual, cônscios que da mesma forma Ele nos convida a abandonar aqueles outros tantos pecados que temos cometido diante dEle e falta de amor ao próximo é também uma forma dr pecado! Valendo lembrar, que sem santificação, segundo as Sagradas Escrituras, ninguém verá a Deus!

É fato que, À LUZ DA BÍBLIA, Deus fez homem e mulher! E, a estes ordenou o casamento! E, da mesma forma que o heterossexual para vencer o pecado da fornicação, prostituição e adultério precisa estar na dependência diária de Deus, no caso do homoafetivo não é diferente! Pois, como nos diz o apóstolo Paulo: “Se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis”. O que Paulo está mostrando que essa é uma luta que se vence na dependência Divina e, não com força e/ou com violência! Tanto o heterossexual quanto o homossexual precisa buscar a face de Deus e deixar Deus agir, a fim de que viva, não segundo a sua própria vontade, mas, sob a direção de Deus! Se tanto um quanto o outro, ama a Deus em primeiro lugar, buscar a direção de Deus é o caminho certo a seguir! E, a exemplo do que disse Jesus ao Pai, "seja feita a tua vontade e não a minha".

Quanto a mim, tenho amigos gays que sabem o que penso da união homoafetiva e nem por isso eles se sentem desrespeitados por mim e me respeitam como cristã. Isso por que, eu sei que, embora eu tenha o direito de discordar, eu não tenho o direito de desrespeitar aqueles de quem discordo! E, não raro, corrijo se alguém comete qualquer tipo de desrespeito aos gays perto de mim.

Devo dizer, que EU NÃO DUVIDO que os gays, em sua grande maioria, realmente acreditam que a sua condição de gay não foi uma questão de opção! Contudo, creio que essa condição teve uma causa! E sabemos que causas nem sempre são conscientes!

A meu ver, pelo que tenho percebido, fatores dos tempos de infância, conscientes ou não, têm sido determinantes em levá-los a essa condição. E, dentre esses prováveis fatores, destaco: mãe superprotetora; mãe dominadora e pai ausente ou extremamente passivo; pais que preferiam uma menininha e tiveram um menininho (ou vice-versa) e acabaram por transparecer essa preferência; abusos sexuais ou psicológicos sofridos; má orientação num momento delicado em que a criança ainda não sabe discernir sobre quem é (ex. bem sabemos que o menino, quando criança, muitas vezes, fala fino como se fosse uma menininha; o pai, um ignorante, diz: "esse menino parece uma bichinha! Olha como ele fala!"); uma primeira relação sexual traumática; decepções amorosas; mães que costutmavam vestir e/ou tratar seus filhos meninos como se fossem meninas; etc; fatores esses, que de alguma forma, foram causadores de bloqueio, de desvio.

Há alguns anos atrás, conversando com um Militante aqui do ES da Causa Homoafetiva, eu perguntei a ele se algum dia, alguém teve a ideia de fazer uma pesquisa a fim de saber, dentre os gays, quantos se recordam de alguma vez na vida ter sofrido, quando criança algum abuso de natureza sexual ou apenas íntima por parte de alguma pessoa do mesmo sexo. Ele demonstrou ter achado interessante a pergunta, mas, admitiu que não sabe de qualquer pesquisa feita nesse sentido.

Agora imagine uma criança, a qual, não tem ainda nenhuma maturidade psicológica, ver sua libido despertada por meio de abusos sejam eles sexuais ou apenas de natureza íntima e/ou psicológica! Um acontecimento assim, a meu ver, poderia causar nela uma confusão de sentimentos, com as quais não estaria preparada para lidar. Fato inverso ocorre, com a criança que é vítima de abusos sexuais impetrados por alguém que tinha o dever de protegê-la e, como reação a esse abuso, acaba entrando na vida de prostituição. E é fato que casos assim acontecem e muito! Nesses exemplos a reação foi diferente: uma criança foi abusada e passou a ter comportamentos homossexuais, a outra foi abusada e passou a se prostituir. Contudo, ambas reações, nos exemplos acima, embora tenham tido sentido inversos, não podemos negar, que teve naquele abuso a causa daquilo que Freud, certamente, chamaria de desvio sexual. Mas, como eu já disse, outros fatores como anteriormente já foram citados, podem ter sido causadores.

Por tudo isso e pelo fato da Bíblia se posicionar claramente a esse respeito, eu não sou a favor da cerimônia de casamento gay nas Igrejas, até por que, a Bíblia, para uma Igreja, deve ser regra de conduta e fé. E se não for, aquela Igreja estará cometendo o erro de querer tornar a Bíblia conveniente aos interesses desses ou daqueles indivíduos! Não há como ser bíblico sendo também a favor da União homoafetiva. Negar isso é negar a Biblia! Mas, há quem nela não creia! Não crer é o resultado do exercício do livre arbítrio. Mas, o que nela crer, precisa ter em mente que a Verdade de Deus não muda para atender às nossas conveniências!

O que aprendo na Bíblia, é que Deus incondicionalmente nos ama e a todos nós igualmente convida ao arrependimento!

À pergunta: "O que você faria se tivesse um filho homossexual?", eu respondo: "Eu o amaria, independente de sua opção sexual, mas, eu seria hipócrita se dissesse que aprovaria!". Devo lembrar, porém, que o amor incondiconal não implica necessariamente em aprovação da conduta da pessoa amada!

Certa vez, no ano de 1992 (ocasião em que eu fazia um curso), eu conheci um jovem rapaz efeminado que abertamente cantava meus colegas de serviço. Eu e ele nos tornamos bons amigos e, um dia eu tive a chance de abordar com ele acerca desse tema à luz das Escrituras. Alguns dias depois, eu o presenteei com o livro “Cura para o Homossexualismo” (admito que eu não li o livro). Tendo terminado meu curso, eu perdi o contato com ele. Até que anos depois, eu o reencontrei na rua no Centro de Vitória. Abraçamo-nos fortemente, alegres pelo reencontro. Ele estava noivo de uma jovem, feliz e, frequentando uma igreja. Após apresentar-me sua noiva, contou-me que gostara tanto do livro que o lera duas vezes seguidas e, que sua mãe também havia lido o livro e gostara. Eu nunca o o julguei! Apenas mostrei a ele o que dizem as Escrituras Sagradas e, em seguida, eu o presentei com o livro e deixei ele decidir por si próprio.

Numa outra ocasião, quando eu estava trabalhando com um colega de serviço que vive assumidamente até hoje na prática homossexual, começamos a tratar desse tema à luz das Sagradas Escrituras. Eu e ele sempre tivemos um bom relacionamento e, ele sempre demonstrou profundo respeito por minha pessoa e, sempre me considerou cristã. Naquele dia, eu disse a ele que ele teria que decidir entre crer que Deus é justo ou, crer que ele nascera homossexual, pois, não seria possível, À LUZ DA BÍBLIA, que ambas afirmativas fossem verdadeiras, uma vez que as Sagradas Escrituras deixam claro que os que tais coisas praticam não herdarão o Reino. Após considerar por uns instantes sobre o que eu havia falado, ele concluiu que não nascera homossexual. E passou a me relatar que fora abusado sexualmente por um tio que o iniciara na prática homossexual, quando ainda era criança.

Eu conheci um rapaz muito lindo que quando criança sua mãe, desejosa de ter tido uma filhinha, tratou-o de maneira inadequada à sua sexualidade, o que o levou desde cedo a manifestar trejeitos efeminados. E hoje ele é homossexual assumido.

Há quem experimente uma relação homossexual por curiosidade e, tendo sentido prazer, acaba por se sentir confuso quanto à sua sexualidade, acreditando, a partir daí, ser homossexual, quando na verdade, não é. Apenas fez algo sexual que sua carne gostou! E nossa carne gosta de tudo! Isso, se somado aos fatores já mencionados, torna-o ainda mais propenso à assumir essa condição.

À luz da Bíblia, descubro que a nossa carne gosta de tudo o que dá prazer, independente da natureza desse prazer. E se existe um bloqueio de natureza psicológica, esse gostar daquele ato sexual praticado pode parecer absoluto: só gostar de pessoa do mesmo sexo.

Por outro lado, percebe-se que em nossos dias, muitos têm se manifestado favoráveis à união homoafetiva por que sabem que serão taxados de preconceituosos, homofóbicos ou caretas pelo simples fato de dizer que discordam. E as coisas chegaram a tal ponto, que você certamente será taxado de homofóbico por esse motivo! É como eu vi no Facebook uns tempos atrás: "No Brasil, você pode falar mal do Presidente da República, de Deus, da religião alheia, etc, mas, se você disser que discorda da relação homoafetiva você, certamente, será taxado como homofóbico!".

Temendo serem rejeitados, muitos, adotam posturas e valores com os quais, possivelmente, não concordam. Pelo que pergunto: "Se a grande maioria das pessoas fosse realmente favorável à união homoafetiva, porque está sendo tão difícil aos Militantes gays a aprovação daquilo que consideram um direito?". Será que concordam? Ou, será que apenas não manifestam o que realmente pensam?

Hipoteticamente: o que aconteceria com um ator global se abertamente declarasse discordar da prática homossexual? No mínimo, seria menos chamado para fazer novelas. Duvidam?

Eu não posso deixar de dizer, que, discordo veementemente do ensino da ideologia de gêneros nas escolas. Eu estaria sendo hipócrita se deixasse de manifestar essa minha opinião. E, como alguém sabiamente disse certa vez: não precisamos ensinar às crianças ideologia de gênero, sob o pretexto de ensiná-las a tolerância! Precisamos ensiná-las a amar e respeitar o ser humano e, isso inclui a todos, inclusive, homoafetivos, heterossexuais, negros, deficientes, etc.

No que tange a mídia e às novelas e seriados, o que fica claro para mim é que se fazem valer da força de seus recursos para levarem as pessoas a acreditarem que não podem ter outra opinião senão aquela que tão veementemente defendem (no caso das novelas, por meio de seus personagens). Mas, isso não é formar opinião, e sim, manipular opinião. Até por que, a opinião para ser formada de forma consciente precisa encontrar espaço e liberdade para que o contrário também possa ser defendido.