É como se nada existisse.

De fato é a realidade.

 A única possível.

O que foi o antes.

A inexistência.

O que será o depois.

Sua continuidade.

Portanto, a efetivação da ilusão.

O que sou a ficção.

Posteriormente, a ausência de tudo.

Dos desejos idiossincráticos.

O desaparecimento absoluto.  

A tristeza da evolução.

O mundo que somos.

Porque temos que ser assim.

Não haverria outra forma.

A ingratidão da perfeição.

O coração derreterá.

Restará ao mundo.

Ao seu futuro.

A composição da antimatéria.

A síntese do que somos e seremos.

Nada mais de uma doce ilusão.

A eternidade o desaparecimento absoluto.

Edjar Dias de Vasconcelos