Idiossincrasia Romântica.

 

Existia um santo.

Um amplo.

Uma imaginação.

Um canto de celebração.

 Uma idiossincrasia.

Além de toda essa existência.

O que é que não existia.

Uma palavra chave.

Reassunção.

 

Era um dia.

O tempo tinha passado.

Foram anos.

Lembro-me.

Tinha noite que o céu.

Estava cheio de estrelas.

Só não sei para que tudo isso.

Imagina se fosse apenas o vermelho.

A cor do infinito.

Frio e cheio de areia.

Se não existisse uma palavra.

Se o mundo não fosse construído.

De lógicas.

De dialéticas.

Se a linguagem não fosse estruturalista.

Se o tempo não fosse seródio.

Não teria nada a dizer.

Tudo isso seria sem graça.

Inventaria uma palavra.

Mnemônica.

Seria a moderação.

 

A miríade do destino comum.

Mesuraria a ondulação.

O que seria tudo isso.

Certa misantropia.

Institucional.

 Devo dizer algo mais.

Não sei se o silêncio funcionária.

Por tanto tempo.

Deve-se revelar ou não.

Ainda é noite.

A intensidade do amanhecer.

Isso aqui é uma história sem fim.

Contada vagarosamente.

 Por gente sem calibre.

Que mitiga o tempo todo.

A mitigação.

Perfunctoriamente.

O peripatetismo aristotélico.

Quem é você.

Taxionomicamente.

 

Píndaro.

Os sinais iniludíveis.

Protraídos do medo.

Hoje é dia de percussão.

Não tenho nada mais a dizer.

Muito menos a pensar.

Mas sei que existe algo.

Entre a minha pessoa.

Esse segredo é apenas meu.

O tempo um dia entenderá.

Bobagem dizer agora.

Mas você poderia imaginar.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.