Muito se discute sobre ideologias politicas e o que cada uma delas quer fazer. Mas o que elas querem fazer através de seus representantes políticos é sempre uma surpresa, não é mesmo? Isso acontece porque as ideologias não são representadas pelos objetivos diretos, porque se tratam de ações reativas sobre uma vasta série de questões embutidas no medo. Sim, no medo de que algo aconteça no fim ao seu status quo ou àquilo que simplesmente está acostumado a ver.

Desta maneira, este artigo propõe uma visão resumida dos receios que estão por trás das diversas bandeiras que observamos hoje no Brasil e no mundo. Vejamos que quase tudo se explica em receios:

  1. Receios da ultradireita fascista

Que imigrantes e descendentes de imigrantes (os não puros) reduzam as oportunidades, ameacem a homogeneidade com culturas externas (religião, costumes etc) ou que dividam recursos com os que nasceram no país. Lideranças de único partido. 

  1. Receios da Direita capitalista-meritocrática liberal conservadora

Que as minorias tenham nas iniciativas sociais, um auto enfraquecimento, que ameacem o costume da tradicional família ou que se estabeleça um controle de estado que leve à classe rica o ônus da baixa renda da classe trabalhadora. 

  1. Centro-democrata

Acredita em pontos da direita e da esquerda, entendendo que a liberdade é extremamente vulnerável porque a classe rica não quer repartir e a polaridade da classe pobre consciente ameaça a serenidade social com invasões e resistências em locais públicos e até privados 

  1. Esquerda socialdemocrata

Tem receio de que o conservadorismo não gere espaço para outras culturas e vontades individuais, confinando as extremas camadas a se manterem na mesma. Tem medo de que o estado se resuma a regular a mando dos que os grandes contribuintes individuais querem, entendendo que essa grandeza não é fruto do trabalho contemporâneo, mas na lógica de divisões do passado não ofertadas ao povo pelo valor do mérito. 

  1. Extrema esquerda comunista

Entende que a corrida para se colecionar patrimônio é um mal divisor das pessoas, concebendo que elas não são diferentes quanto ao prêmio que devem ter para representar a sua dignidade. Saúde igual para todos e segurança idêntica a cada cidadão. A planificação de renda porque receia que, ao se objetivar o dinheiro, as pessoas não deem prosseguimento ao que de fato gostariam de ser na vida. Lideranças de único partido. 

  1. Anarco-hippie

Não quer assumir as doenças sociais ou neurológicas, que fazem o amor ter preço e as pessoas se tornarem vendáveis. 

  1. Anarco-capitalista libertário

Observa que o dinheiro torna a economia auto regulável e mercado se equilibra pela básica lei da oferta e procura, concebendo a propriedade privada o premio das pessoas que lutaram com foco na renda e que qualquer outra intervenção do estado danifica a liberdade de crescimento delas. Considera imposto = roubo. Descrentes na segurança única do estado, são altamente favoráveis a armas. 

  1. Anarco apolítico

Lutam para o fim das regras e pregam liberdade de horário, de roupas, costumes, sexualidade, drogas etc.