Hoje, por absoluta falta do que fazer, cumulada com a preguiça de estudar algo mais útil, comecei a ler alguns artigos que me interessam sobre política, em especial sobre comunismo movimento eurasiano, etc, coisas que só “neuróticos” conservadores como eu gostam de ler, por entender o mal que estes termos representam para o ser humano. Daí, entre uma “Googada” e outra, acabei lendo um pouco sobre o deputado Jair Bolsonaro e suas posições, em especial suas críticas ao chamado “gayzismo”, que vem a ser, sob o ponto de vista conservador, a exaltação pública da cultura homossexual e a perseguição – velada ou declarada – a todo aquele que discorde das posturas homossexuais.

Pude ver que nas críticas feitas ao aludido deputado, inclusive na Wikipedia, existia um link afirmando uma das provas da homofobia no Brasil, de que a cada 36 horas um homossexual era morto no Brasil. Não que eu me regojize pela morte de um ser humano, mas quando eu li tal dado, fiquei com uma pulga atrás da orelha. Ao ler mais atentamente a notícia, lá deram destaque que em 2010, 260 homossexuais teriam sido assassinados no Brasil, sem afirmar, contudo, quais seriam os motivos de tais crimes, que de toda sorte reputo repugnantes, ou se os mesmos eram cometidos por heterossexuais por ódio ao gênero da vítima.

Com o fito de exercer um pequeno juízo de comparação, busquei também no Google qual seria o número de assassinatos ocorridos no Brasil no último ano. Sem uma resposta específica para 2010, vi num site que no Brasil, nos últimos anos, em média foram mortas 43.000 pessoas por ano!

Após me consternar com tais números (que não são de óbitos totais, mas de homicídios dolosos), pus-me a comparar o número de gays mortos e o número total de pessoas mortas no Brasil e pude ver que, pela média, o número de gays mortos é de 0,565% do total de homicídios no Brasil.

Meio por cento. Eis que pergunto: será, mesmo que o Brasil é um país “homofóbico”? Por curiosidade, busquei na Agência Brasil de Notícias (órgão oficial do governo) quais seriam as mais recentes notas jornalísticas sobre o assunto. Eis que apareceram as seguintes notícias:

Milhares de pessoas participam de passeata do orgulho LGBT no Rio (18/09/2011 - 19h12); Parada gay em Brasília deve reunir 30 mil pessoas contra a homofobia nas escolas (09/08/2011 - 18h17); Brasil precisa respeitar diversidade sexual e lutar contra homofobia, diz ministra dos Direitos Humanos; (28/07/2011 - 13h22); Ativista gay diz que houve avanços e acredita em reconhecimento da igualdade de direitos em alguns anos (28/07/2011 - 12h36); Maioria dos brasileiros é contra união estável e adoção por casais homossexuais (19/07/2011 - 15h02); Polícia investiga caso de pai e filho espancados depois de confundidos com casal gay (04/07/2011 - 9h53); Detentos homossexuais terão direito a visita íntima em presídios (28/06/2011 - 14h54); Primeiro casamento civil homossexual é realizado no interior paulista (25/06/2011 - 17h08); Em caminhada em São Paulo, lésbicas pedem autonomia, liberdade e políticas de saúde (22/06/2011 - 19h23); Cerimônia coletiva celebra união de 43 casais gays no Rio de Janeiro (18/06/2011 - 19h13); Movimentos sociais se unem na Marcha da Liberdade do Rio de Janeiro (25/05/2011 - 15h17); Após pressão de religiosos, Dilma suspende produção de "kit homofobia" (06/05/2011 - 16h50); Forças Armadas vão garantir direitos de casais gays, diz Jobim (06/05/2011 - 15h17); Depois de vitória em união estável, gays devem reforçar luta pela criminalização da homofobia, diz ativista (06/05/2011 - 12h03); Decisão do STF vai incentivar debate sobre casamento civil entre homossexuais, acredita deputado (04/04/2011 - 20h19); A cada 36 horas, um homossexual é morto no Brasil (31/03/2011 - 13h54); Vaccarezza condena declarações de Bolsonaro sobre casamento com gays e negros (30/03/2011 - 21h20); Com injúria a gays, Bolsonaro tenta se livrar de acusação de racismo, diz conselho.

Em dezoito notícias, 16 indiscutivelmente são a promoção de idéias homossexuais, contra somente duas onde tal postura é discutível (a que retrata que a maioria da população é contra a união homossexual e que religiosos teriam impedido a veiculação do “Kit Gay”), sendo que a própria notícia das 260 mortes de homossexuais foi veiculada exatamente neste meio de divulgação.

Não sou um sociólogo ou analista jornalístico, sendo esta minha pesquisa estritamente amadora. Porém, como a mesma foi feita em uma das mais populares fontes de informação e formação de opinião atualmente, que é a internet, sou levado a crer que tenho dados suficientes para expressar minhas opiniões.

Não há, através destas constatações, no Brasil, um cenário de “homofobia” como querem cunhar alguns setores formadores de opinião, inclusive o Governo. A agência de notícias do governo, de maneira estritamente parcial, está impondo um ponto de vista a favor da criminalização de qualquer externalização de idéias contrárias à cultura homossexual, contrariando claramente a posição tradicional da maior parte da população, cristã em sua essência.

Porém, apesar de contra o homossexualismo, a população brasileira tem uma postura extremamente tolerante, demonstrando muita maturidade. E pode tal ser verificado em qualquer lugar. Se alguém conhece um homossexual, muito dificilmente o cidadão comum adotará uma postura de preconceito, ao contrário do que leva a crer as notícias divulgadas pelo Palácio do Planalto. Mesmo discordando, a pessoa comum respeita o homossexual, sendo muito raros na prática os casos de atitude preconceituosa. Aliás, é mais comum conflitos ocasionados por discussões de futebol e de trânsito do que por opções sexuais. Existem piadas sobre homossexuais? Sim, mas garanto que obesos, por exemplo (e isto eu sei por experiência própria) são muito mais alvo de preconceito na sociedade do que homossexuais, e não há nenhuma manifestação popular ou política pública que apóie os gordinhos (acho que vou lançar a moda da “obesofobia” contra quem fizer piadas de gordos).

Porém, o governo insiste em afirmar, de maneira quase escandalosa, que um homossexual é morto a cada 36 horas no Brasil... Ora, se é para existir alguma lei de proteção com base em tais dados e com base na maneira como esta notícia é divulgada, deveria existir uma lei contra a “heterofobia”, pois somos levados a crer, através de uma falácia jornalística, que todos os homossexuais mortos nesta pesquisa o foram por homofobia. Então os quase 43.000 outros brasileiros, em tese heterossexuais seguindo a “lógica” da falácia apresentada, também podem ter sido mortos por sua opção sexual, o que leva a incrível cifra de uma pessoa morta a cada 12 minutas no Brasil. Então, quem mais estão sendo mortos, homossexuais ou heterossexuais?

Se descortinarmos estes números que não visam proteger os homossexuais, mas sim impor uma cultura homossexual, poderemos ver que nem todos foram mortos por motivos “homofóbicos”, ou que nem todos sequer foram mortos por heterossexuais. Porém, ainda que todos estes 260 tenham sido mortos por tais motivos (o que não é sequer afirmado, quiçá comprovado), ainda sim não há de fato motivos para criminalizar especificamente a morte de homossexuais por ódio de opção sexual, pois os números, como já caracterizados, são ínfimos, tendo em vista que a própria notícia base deste assunto afirma que os homossexuais girariam em torno de 10% da população.

Toda morte é uma perda irreparável, porém, instituir um novo tipo penal que agrave a morte de um homossexual, sem provas de que há relevância social para tal favorecimento, somente cria um privilégio às pessoas de orientação homossexual, que então poderão ser consideradas “mais importantes” para o Estado, pois a penalização pela sua morte será maior do que aquela imposta quando de uma morte comum, de um pai ou mãe de família, por exemplo. Digo privilégio, pois, como já ressaltado, não existem repercussões sociais fáticas que justifiquem um endurecimento em combater especificamente este tipo de assassínio, além das pressões que partem da cúpula governamental, que não ressaltam sua predileção pelo ideal gay em suas campanhas políticas (pois os candidatos seriam reprovados nas urnas), mas que quando estão no poder querem condenar qualquer manifestação que se oponha à práticas homossexuais, contrariando a moral brasileira.

E porque nossos governantes gostam tanto de favorecer a Cultura Homossexual? Bom, esta é outra estória bem mais complexa, que mereceria não um texto, mas toda uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado, que não vem ao caso agora. Só afirmo que, como diz a expressão popular, o “buraco é mais embaixo” do que se pode pensar, e o intuito não é bem transformar todos em “gays”, mas agir na sociedade de maneira bem mais escamoteada e perniciosa.

Em suma, se as autoridades, através de suas políticas públicas, desejam punir os homicídios ocorridos e evitar que outras 260 mortes de homossexuais ocorram, poderiam começar por investigar decentemente todos estes casos de homicídios reportados, bem como os outros 43.000 assassinatos que ocorrem anualmente no Brasil e aplicar a Constituição Federal, o Código Penal e o Código de Processo Penal, ao invés de usarem um percentual mínimo de uma pesquisa como argumento de autoridade para impor um ponto de vista minoritário em detrimento de outro, defendido pela ampla maioria da população.

Para constar, sem ficar no discurso do “politicamente correto”, mas para que não surjam dúvidas sobre o que eu quis aqui dizer, quero ressaltar que todas as minhas discordâncias ficam no plano das idéias e das ações práticas, mas não sou a favor da violência nem velada nem explícita, nem sou contra a pessoa dos homossexuais, como também não sou contra a pessoa dos comunistas, satanistas, hedonistas e republicanos. Porém, sou – e viverei sendo – contra o comunismo, o satanismo, o hedonismo, o republicanismo... e o homossexualismo.

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2011.

Aloysio Telles de Moraes Netto