Homenagem a um herói nacional.  

Tudo que sei dizer.

Apenas.

O silêncio.

Poderia não ter revelado.

Tudo que desejava.

Não era nada disso.

Mas agora eu não sei.

Como devo fazer.

Um mundo de doçura.

Apenas uma parte.

Sempre tive medo.

Sei que tudo isso.

Não poderia ser.

Apenas uma brincadeira.

Agora.

Tenho que aguentar.

O mundo da ilusão.

 Mas eu mesmo pergunto.

Por que tudo teve que ser.

Exatamente dessa forma.

Quando na verdade.

O mundo não seria.

Apenas um grande sonho.

A mais sofisticada.

Alienação.

Não é justo.

Ser dessa maneira.

Nada disso.

Teria que ser desse modo.

Agora.

Tudo será diferente.

O mundo não tem mais perspectiva.

 O que deveria não ser.

Fez acontecer.

Exatamente.

Como não poderia ter sido.

Tudo parece ser inútil.

Sinto que nada é seguro.

Esse modo de ser.

A alma não existe.

Por que então deus.

Fez o paraíso existir.

Apesar de tudo isso.

Não consigo ser diferente.

Não sei se estou errado.

Mas na verdade.

O futuro não tem saída.

Inventam desculpas.

Não precisa sequer imaginar.

Quem sabe no amanhã.

Alguma coisa.

Poderá ser.

 Um   novo sonho.

Sem palavras.

Mas o canto.

Será uma grande intuição.

Apesar de tudo.

O mundo ainda é uma ficção.

Nem sei se estou certo.

Ou errado.

Mas a história.

De alguma forma.

Fez se ao tempo.

Necessário.

Hoje completamente.

Esquecido.

Mesmo no presente.

Mas pergunto.

A mim mesmo.

Por que tenho que ser.  

Exatamente.

Não sei por que tive.

Que compreender.

E agora o que faço.

Para esquecer.

Essa loucura.

Não deveria ter percebido.

O sentido da normalidade.

É exatamente desse modo.

Então imagino.

A quem não sabe.

 Responder.

Na verdade.

 O meu sonho.

Foram apenas sinais.

Mas reflito.

Não é justo o mundo.

Ser da forma que é.

Não ter saída.

A perspectiva histórica.

De certo forma acabou.

Na verdade.

Não tem mais.

Entendimento.

Tudo que imaginei.

 Não tem volta.

A vida é apenas esse caminho.

A loucura.

É a própria imaginação.

Digo apenas quem sou eu.

O ser que deixarei de ser.

Infelizmente a vida.

É desse modo.

A única forma.

 É  acostumar-se.

Habituar-se.

Viciar-se nas normas.

E nos signos da alienação.

Deixar-se desmanchar.

Nos sintomas da mais absoluta.

Cegueira.

Não ver e nem compreender.

Anestesiar se puder.

 Deixar os olhos.

Apenas sentir as emoções.

 Dos indescritíveis sinais.

 De uma imaginação.

Perdida nela mesma.

Em direção à negação.

Da eternidade.

Edjar Dias de Vasconcelos.