Data: 05.02.2015, era meio dia e dezessete minutos, havia chegado na Academia da Polícia Civil (Bairro Canasvieiras) para me encontrar com o Delegado Ulisses Gabriel e tratar da chapa da Adepol e fomos direto para a sala do novo diretor daquele estabelecimento (Delegado Vitor Bianco) que só conhecia dos e-mails. Logo em seguida chegou também o Delegado Marcos Ghizoni. Numa avaliação o quadro estava assim: Ulisses com traje social, mas sem o paletó, com seu corpo magro e esguio, andando de um lado para outro (quase elétrico) constantemente com o celular nas mãos falando com alguém ou apertando alguma tecla. O diretor da Acadepol (Vitor) em traje esportivo demonstrava ser uma pessoa com personalidade forte e crítico (mais parecia um "jacobino"), centrado, estático, mas de opinião forte quando fazia alguma intervenção. Ghizoni de camisa preta e sua calça jeans com alguns rasgos, estampando andar na moda (lembrei também da sua caminhonete Freelander verde, com placas de Tubarão que avistei no estacionamento da Acadepol), andava de um lado para outro gesticulando, prestando atenção, bem falante e, enquanto sentávamos  na sala do diretor, Ulisses foi avisando que a turma da Adepol havia proposto um acordo: chapa única, com ele na segunda vice-presidência, enquanto que o Delegado Paulo Koerich como presidente e Mauro Dutra de vice. Para a minha surpresa Ulysses se mostrou acessível à ideia argumentando que era melhor aceitar do que perder, para depois tentar chegar à presidência dentro da Adepol. Do outro lado o Delegado Vitor Bianco (olhando como se fosse de cima, talvez pretendendo dar a impressão de demonstrar autossuficiência) teceu alguns comentários, especialmente, de que era imperativo derrubar o Delegado Sell da Tesouraria da Adepol, considerando... Ghizoni fez a contraposição procurando ser mais prudente enquanto Ulisses pediu a minha opinião. Inicialmente, argumentei que estava ainda na condição de ouvinte e processando o que falavam. Depois externei minha opinião sugerindo para Ulysses que apresentasse como contraproposta sua o seu nome à presidência na chapa e eles a vice e segunda vice, entretanto, caso houvesse resistência que então negociasse finalmente a vice-presidência. Ulisses argumentou que o Delegado Mauro Dutra estava novamente doente, com o problema na garganta (tumor) e que não teria condições de ser cabeça de chapa. Ghizoni comentou que tinha dois pés atrás com o Delegado Paulo Koerich em razão das últimas eleições, quando na última hora mudou para a chapa adversária. Acabei lembrando do Delegado Juracy Darolt e do que ele me havia confidenciado a respeito do Delegado Paulo Koerich (pensei: deixa prá lá, além de não ser oportuno tecer qualquer comentário...), mas eu tinha também que concordar com Ghizoni. Ao final da conversa arranjamos um tempo para almoçarmos no restaurante da Acadepol onde encontramos vários outros Delegados, dentro os quais Patrícia (esposa do Delegado Aldo), Isaias, Gusso, Krieger, David Queiroz... Ulisses me confidenciou que cinquenta e quatro candidatos haviam sido reprovados na prova oral para o concurso de Delegado e logo imaginei que então estavam ali almoçando os membros da banca examinadora. Argumentei: "Bom, espero que a mulher do Bermudez tenha passado, não?" Ulisses deixou escapar um sorriso largo, afirmando que sim e que os reprovados se apresentaram muito inseguros. Perguntei: "Imagina, a tensão num concursos desses, e a gente acaba perdendo grandes valores...". Ulysses deu a entender que havia concordado com meu raciocínio.