TEORIA DA CONTABILIDADE, HISTÓRIA, ESCOLAS E 
ÓRGÃOS REGULAMENTADORES DA CONTABILIDADE NO 
BRASIL E NO EXTERIOR, NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE  
 
Marcela Abigail Bertola Abade 
Contabilidade Avançada II – Francisco Duarte 
 
Resumo 
 
Este documento aborda aspectos importantes da evolução da contabilidade desde os primórdios, percebemos que esta ciência há desde a percepção do homem de que tinha que cuidar dos seus bens e com o passar do tempo, com o aumento da necessidade gerada pelo capitalismo a ciência contábil começou a ser estudada detalhadamente para hoje nos proporcionar todo o embasamento teórico que precisamos para entender esta área e trabalharmos de uma forma profissinal padronizada. 
 
1.    Introdução 
 
 É de conhecimento geral que a ciência contábil é uma ciência muito complexa que apresenta diversas normas para compreendê-las e utiliza-las. Atualmente todas as pessoas jurídicas necessitam de um profissional que entenda a padronização e normatização da contabilidade para elaborar demonstrações importantes para a tomada de decisões de gestores empresariais.  
 
1.1    Problema 
 
Como foram estudadas, elaboradas e criadas às normas contábeis e quais órgãos têm o poder de regulamentar estas?  
 
1.2    Objetivo 
 
Apresentar através da história da evolução da contabilidade como foram estudadas, elaboradas e criadas às normas contábeis e quais órgãos têm o poder de regulamentar estas  
 
2.    Desenvolvimento 
 
 A contabilidade nasceu junto com a civilização humana, quando se percebeu que era preciso cuidar e administrar seus bens e por isso o objeto de estudo desta ciência é o patrimônio. Há muito tempo atrás o homem já inventariava através das suas atividades, quando usava o método de contagem para controlar seus rebanhos, metais e tudo que era considerado seus bens no tempo antigo.  
A origem da ciência contábil está ligada com a necessidade de registros no comércio, durante a era medieval na Itália, estudavam técnicas matemáticas, medidas e pesos, considerados grandes conhecimentos comerciais e financeiros, o que ajudou o aperfeiçoamento e o crescimento da contabilidade que aconteceu em razão das necessidades geradas pelo surgimento do capitalismo.  
O marco da história da contabilidade moderna aconteceu em 1494 quando foi publicada “Contabilidade por Partidas Dobradas”, obra de Frei Luca Pacioli, conhecido como o rei desta ciência, por apontar que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, ele expôs que primeiro deve vir o devedor e depois o credor, prática que utilizamos até hoje, percebemos que ele contribuiu significativamente para o nosso conhecimento neste ramo. 
Diversas linhas de raciocínios contribuíram para o estudo contábil, permitindo o grande avanço da teoria e da prática desta ciência. Atualmente a contabilidade é o reflexo de todas as ideias das escolas passadas, sendo as principais: 
•    Escola contista: foi a primeira escola do conhecimento contábil instituída no século XV, tendo como principal pensador Luca Pacioli, que destacava o processo de escrituração através do método de partidas dobradas; 
•    Escola administrativa ou lombarda: idealizada por Francesco Villa, ele não concordava que a contabilidade era baseada somente em escrituração, sua idéia era que a contabilidade era uma ciência da administração, um instrumento capaz de auxiliar os usuários na tomada de decisão; 
•    Escola personalista: criada na segunda metade do século XIX, essa escola acreditava que as contas deveriam representar pessoas, ou seja, dar personalidade as contas para explicar as relações de direitos e obrigações; 
•    Escola controlista: para Fábio Besta a contabilidade era o estudo do controle econômico, sua preocupação era diferenciar a administração geral, relativa a governança dos negócios, da administração econômica, que se referia ao patrimônio; 
•    Escola neocontista: foi marcada por definir que o objeto da contabilidade fosse a 
riqueza patrimonial. Os neocontistas defendiam que o propósito da ciência contábil seria avaliar a modificação e situação patrimonial das entidades; 
•    Escola patrimonialista: esta escola foi aceita em muitos países, repercutindo no mundo todo. Os idealizadores reconheceram o objeto da contabilidade, como até hoje, o patrimônio. 
•    Escola norte-americana: uma das mais importantes do cenário contábil, essa escola relacionou a tomada de decisão com as pesquisas teóricas e práticas; 
•    Escola brasileira: desde o início da contabilidade no Brasil, percebemos a grande influência da legislação, marcada pelo código comercial instituído em 1850, obrigando a escrituração contábil e elaboração anual do balanço patrimonial, mesmo durante anos sendo discutida a padronização das demonstrações contábeis. Em 1946 o curso de ciências contábeis chegou à universidade, proporcionando a contabilidade brasileira ser reconhecida mundialmente, principalmente por contribuir nas correções monetárias causadas pela alta inflação. 
Todas estas escolas foram fundamentais para o entendimento da contabilidade, porém foi preciso à criação de órgãos regulamentadores desta ciência, destacam-se o CFC e o CPC. O Conselho Federal da Contabilidade (CFC) é uma autarquia especial corporativa responsável pela orientação, fiscalização e normatização do exercício contábil, através dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC), formado por um representante de cada estado do Brasil. 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi criado em razão de várias entidades desejarem os mesmos objetivos, como a convergência internacional das normas contábeis e a centralização na emissão das normas, então o CFC proporcionou a formação do CPC para estudar, preparar e emitir pronunciamentos técnicos sobre os procedimentos contábeis. Compõe o CPC a Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA), a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC), a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&BOVESPA), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuarias e Financeiras (FIPECAFI) e alguns membros do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Secretaria da Receita Federal e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 
As normas internacionais da contabilidade hoje conhecidas como International Financial Reporting Standards (IFRS), traduzidas para o português como "Normas Internacionais de Relatório Financeiro” são um conjunto de pronunciamentos contábeis internacionais publicados e revisados pelo International Accounting Standards Board (IASB), traduzido como "Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade", estas normas foram adotadas pelos países da União Europeia para harmonizar as demonstrações financeiras e atualmente muitos países apresentam projetos de convergências da contabilidade local para as normas IFRS, inclusive o Brasil, sendo muito importante nos proporcionando a padronização. 
 
3.    Metodologia 
 
Quanto a sua natureza, esta pesquisa caracteriza-se como básica, por aumentar nosso conhecimento sobre a teoria da contabilidade, nos possibilitando o aperfeiçoamente do tema.  
Quanto ao seu objetivo classifica-se como pesquisa exploratória, por nos permitir uma maior familiaridade com o assunto abordado, pois mesmo conhecendo a atual teoria da ciência contábil, este artigo teve a finalidade de aprofundarmos nossa compreensão sobre o assunto. 
Quanto aos procedimentos caracteriza-se como pesquisa bibliográfica, por ser feita a patir do levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas. 
 
4.    Conclusão 
 
Conclui-se a importância da padronização e globalização da contabilidade, pois a partir da evolução da ciência contábil percebemos o quão necessária foi para chegarmos ao nosso atual entendimento referente a esta área. Mesmo existindo a contabilidade desde a civilização humana, não tínhamos base teórica quanto aos procedimentos contábeis e através das pesquisas e dos órgãos regulamentadores hoje temos total embasamento para elaborarmos demontrações contábeis consistentes que possibilitam grandes decisões para as empresas. 
 
5.    Referências  
 
https://www.jornalcontabil.com.br/conheca-origem-e-historia-da-contabilidade/ http://www.cienciascontabeis.com.br/como-surgiu-contabilidade/ 
http://www.socrates.cnt.br/Teoriadacontabilidade.pdf 
http://www.avm.edu.br/monopdf/22/LEONARDO%20JOSE%20SEIXAS%20PINTO.pdf