HIPERTENSÃO ARTERIAL UM ASSASSINO SILENCIOSO

Por NAGELA NAIARA NASCIMENTO SOUZA | 13/12/2015 | Saúde

Souza Nascimento Nágela Naiara. A Hipertensão um assassino silencioso. Universidade Paulista. Campos Brasília. Brasília –DF, 2014 agost: .                 

 

HIPERTENSÃO ARTERIAL UM ASSASINO SILENCIOSO                

                                                                                            Souza, Nascimento Naiara Nágela

RESUMO

A hipertensão arterial representa o aumento dos níveis tensionais, que apontam uma pressão arterial sistólica acima de 140 mmhg e pressão diastólica 90 mmhg, é considerada uma doença assintomática e silenciosa, estes motivos são uma das determinantes que dificultam o seu diagnostico precoce. É uma patologia controlada pelo sistema nervoso (simpático e parassimpático) e pela glândula supra-renal, que atuam na viscosidade do sangue e na concentração de sódio e água. A hipertensão arterial aumenta em até seis vezes o risco de doenças cerebrovasculares e em oito vezes o risco de doenças cardiovasculares. O desenvolvimento da hipertensão esta ligado a fatores ambientais e predisposição genética, assim como o descompromisso com os hábitos de vida saudáveis.  Aumenta cada vez mais o número de jovens que são afetados pela hipertensão e não percebe que a doença esta massacrando pouco a pouco. É que por trás deste mal existe um paradigma de que se trata de uma doença que só atingem idosos e obesos. Diante da prevalência dos maus hábitos de vida seqüenciados pela má alimentação, sedentarismo, o uso de álcool e tabagismo vivenciados pelos jovens da sociedade vigente. Detectou se um aumento significativo da incidência da hipertensão arterial, assim como do seu controle inadequado entre a faixa etária de 18 a 24 anos considerada jovem.  O estudo teve uma abordagem quantitativa, sendo a coleta de dados realizada no período de março a abril de 2010, através de um questionário de saúde, criado pelo próprio autor, com perguntas fechadas que questionavam a vivencia de hábitos de vida saudáveis e o auto cuidado. Concluiu-se que as maiorias dos jovens acreditam que hipertensão é uma doença ligada aos idosos. Quanto ao índice de hipertensos, ao aferir à pressão arterial a maioria dos jovens se surpreenderam com os valores acima do normal. Indicando um resultado significativo de jovens que apresentaram sedentarismo, má alimentação, tabagismo e uso de álcool, fatores estes relevantes na prevalência de valores tensionais acima do normal.

Palavras chaves: Hipertensão arterial, jovens, trabalhadores, dificuldade, assintomática.

 

ARTERIAL HIPERTENSÃO A QUIET ASSASINO

ABSTRACT

The arterial hypertension represents the increase of the raised tensional levels, that point a systolic arterial pressure above of 140 mmhg and 90 diastolic pressure mmhg, is considered a asymptomatic illness and quiet, these reasons are one of the determinative ones that they make it difficult its I diagnosis precocious. It is a controlled pathology for the nervous system (sympathetic and parasympathetic) and for the gland supplies-renal, that the sodium concentration of and water act in the viscosity of the blood and. The arterial hypertension increases in ties six times the risk of illnesses cerebrovascular and in eight times the risk of cardiovascular illnesses. The development of the hypertension this on a ambient factors and genetic predisposition, as well as freewheeling with the healthful habits of life.  It increases each time more I number it of young that is affected by the hypertension and it does not perceive that the illness little by little this massacring. It is that for backwards of this badly a paradigm exists to that if deals with an illness that they only reach aged and obese. Ahead of the prevalence of the bad sequenced habits of life for the bad feeding, sedentary, the use of alcohol and smoking lived deeply by the young of the effective society. It detected if a significant increase of the incidence of the arterial hypertension, as well as of its inadequate control enters the age group of 18 the 24 years considered young.  The study it had a quantitative boarding, being the collection of data carried through in the period of March the April of 2010, through a health questionnaire, created for the proper author, with closed questions that questioned live deeply it of healthful habits of life and the auto care. One concluded that the majority of the young believe that hypertension is a on illness to the aged ones. How much to the index of hypertensions, when surveying to the arterial pressure the majority of the young ones if had surprised at the values above-normal. Indicating a significant result of young that had presented sedentary, harm feeding, smoking and use of alcohol, factors these excellent ones in the prevalence of tensional values above-normal.

Key words: Arterial Hypertension, young, workers, difficulty, asymptomatic.

  1. INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial é uma síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a fenômenos tróficos (hipertrofia cardíaca e vascular) e a alteração metabólica e hormonal.¹

  1.  É uma doença patológica de caráter multigeno e multifatorial que pode ser catalogada entre as doenças crônico-degenerativa e quando não tratada adequadamente, acarreta danos ao organismo.²
  2. Conforme atualmente é definida, a hipertensão sistêmica está presente em um adulto quando seu nível pressórico sistêmico for maior ou igual a 140 mmhg e o seu nível pressórico diastólico for maior que 90 mmhg.
  3. Aumenta cada vez mais o número de jovens que são afetados pela hipertensão e não percebem que a doença está massacrando-os pouco a pouco. É que por trás deste mal existe um paradigma de que se trata de uma doença que só atingem idosos e obesos.
  4. Existe uma dificuldade do diagnóstico tardio que representa muitos perigos para os jovens, pois a hipertensão pode ter o sintoma de outras enfermidades localizadas no rim, coração, ou de problemas de sobrepeso ou obesidade.
  5. O desenvolvimento da hipertensão depende da interação entre predisposição genética e fatores ambientais, embora ainda não seja completamente conhecido como estas interações ocorrem. Sabe-se, no entanto, que a hipertensão é acompanhada por alterações funcionais do sistema nervoso autônomo simpático, renais, do sistema renina angiotensina, além de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial. Assim a hipertensão resulta de várias alterações estruturais do sistema cardiovascular que tanto amplificam o estímulo hipertensivo, quanto causam dano cardiovascular.²
  6. A hipertensão arterial é considerada um dos principais fatores de risco cardiovascular e cerebrovasculares. A presença da hipertensão duplica o risco cardiovascular. Além disto, a hipertensão é o primeiro fator de risco para acidente vascular encefálico. Ademais, cerca de 90% das pessoas em estágio final de doença renal têm história de hipertensão.³
  7. Ressalta-se ainda, o alto custo social em nosso meio, pois a hipertensão é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e absenteísmo ao trabalho.
  8. Em face dessas considerações salienta-se a importância de que todos os profissionais da área da saúde devam concentrar esforços na prevenção, através da adoção de hábitos de vida saudáveis, na detecção precoce da doença por meio da medida regular da pressão arterial e, uma vez identificada à patologia, o controle adequado, corrigindo ou evitando complicações.³
  9. Modificações de estilo de vida são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da hipertensão. Alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle do peso, prática de atividade física, tabagismo e uso excessivo de álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados, sem o que, mesmo doses progressivas de medicamentos não resultarão alcançar os níveis recomendados de pressão arterial.
  10. Apesar dessas evidências, hoje, incontestáveis, esses fatores relacionados a hábitos e estilos de vida continuam a crescer na sociedade levando a um aumento contínuo da incidência e prevalência da HAS, assim como do seu controle inadequado. A despeito da importância da abordagem individual, cada vez mais se comprova a necessidade da abordagem coletiva para se obter resultados mais consistentes e duradouros dos fatores que levam a hipertensão arterial.4
  1. OBJETIVOS

1.1.Geral

Identificar a dificuldade do diagnostico precoce da hipertensão arterial em jovens trabalhadores.

1.2.Específicos

1.1.1.       Identificar quanto às conseqüências que a HAS pode ocasionar se não controlada.

1.1.2.      Analisar o índice de jovens entre 18 a 24 anos que são portadores de HAS.

1.1.3.      Analisar o aparecimento de HAS, principalmente em jovens na idade produtiva, com faixa etária de 18 a 24 anos.

  1. METODOLOGIA

1.2.Coleta de Dados

A coleta de dados teve início após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa e teve como objetivo interpretar o fenômeno que observa, utilizando o método para coleta de dados, através de uma entrevista que manteve uma conservação face a face proporcionando ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária.

1.2.1.      Comitê de Ética

Projeto de pesquisa aprovado pelo comitê de ética da FEPECS (Fundação de Ensino e Pesquisa da Saúde).

1.2.2.      Material e Método

Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa caracterizada pela utilização de técnicas estatística como a construção de inquéritos por um questionário de saúde.

Os princípios éticos da pesquisa atende aos princípios da Resolução 196/96 no qual preconiza o sigilo, a confidencialidade, a integralidade e o anonimato do sujeito.         

Este estudo utilizará a abordagem quantitativa por entender que o pesquisador fixa seu interesse em conhecer as qualidades físicas, químicas ou biológicas de seu objeto de investigação. Pesquisadores das ciências da natureza falam comumente do emprego de métodos quantitativos ao se ocuparem, como por exemplo, das áreas biológicas, no objetivo de detectar patologias ou não em um material coletado para analise clinicas. Trata se de um termo quantitativo, obviamente com significado próprio dentro de seu modelo epistemológico- metodológico. Para tanto, o pesquisador utilizará técnicas como: coleta de dados e cuidados com a identificação do material.

1.2.3.      População de Estudo

A população foco deste estudo é composta de jovens trabalhadores, dos quais se pesquisou aleatoriamente, 25 indivíduos, de ambos os sexos, com faixa etária, entre 18 a 24 anos, devidamente contratado pela indústria TH. ALIMENTOS LTDA.

1.2.4.      Instrumento

Os instrumentos utilizados foram o esfigmomanômetro e estetoscópio, necessários para aferir a pressão arterial do momento, nos entrevistados.

1.2.5.      Análise dos Dados

1.2.6.      Analise dos dados deu-se a partir da consolidação, e agrupamento estatístico dos dados, categorização e posteriormente apresentação dos mesmos em forma de gráficos.

 

1.2.7.      Especificação Técnica

Inquérito estatístico.

1.2.8.      Especificação das Perguntas

As perguntas foram feitas através de um questionário de saúde, elaborado pelo próprio autor.

1.2.9.      Local

Indústria – TH ALIMENTOS LTDA.

1.2.10.  Interpretar e Integrar os Resultados

Os dados colhidos através do questionário de saúde foram contabilizados por porcentagem. Gerando a quantidade de patologias e hábito de vida relacionado à hipertensão arterial chegando a um sujeito indicador do problema.

Essa pesquisa foi realizada perante uma autorização fornecida pela empresa TH ALIMENTOS LTDA. e da liberação do Comitê de Ética em Pesquisa (COEP).  Necessária para a realização deste projeto, a autorização do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foi entrevistado um número relativo a 25 jovens entre 18 a 24 anos durante um período aproximado de dois meses. Como será uma pesquisa quantitativa, o custo será mínimo e de responsabilidade da autora

1.2.11.  Consentimento Livre e Esclarecido

Os entrevistados foram orientados quanto ao objetivo da pesquisa e concordaram em participar, através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que se encontra no anexo 1.

1.3. Análise dos Resultados

Após análise dos dados obtidos através de questionário de saúde, foi utilizado como ferramentas de suporte para a composição dos resultados e elaboração dos gráficos o programa Microsoft Excel.

  1. 2.      RESULTADOS E DISCURSÕES

A hipertensão arterial é classificada pela presença de níveis tensionais elevados, que apontam uma pressão sistólica acima de 140 mmHg e diastólica de 90 mmHg. O desenvolvimento da hipertensão é obtido através da interação entre predisposição genética e fatores ambientais. A incidência, de jovens vitima da hipertensão, vem crescendo nas ultimas décadas. Este aumenta é reflexo da não adoção de hábitos de vida, associada à má alimentação e ao sedentarismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão tornou se um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares e apontam uma das principais causa de morte no mundo.  (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2006)

A amostra foi composta por 25 jovens trabalhadores, dos quais 13 entrevistados apresentaram-se na faixa etária de 21 a 24 anos, representando um percentual de 68% e 8 jovens entrevistados apresentaram-se na faixa etária entre 18 e 20 anos totalizando 32% dos entrevistados.

GRÁFICO 01

 

A prevalência da hipertensão tende a se desenvolver gradativamente conforme a idade, em ambos os sexos. (SOCESP CARDIOLOGIA, 2000).

No gráfico 02, é possível observar que, da população entrevistada 56% são do sexo masculino, apontando uma maior prevalência entre os entrevistados do sexo feminino que incluíram a pesquisa com 44%.

GRÁFICO 02

De acordo com a Constituição da Organização Mundial da Saúde, saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Com a Constituição de 1988, o direito à saúde foi elevado à categoria de direito subjetivo público, num reconhecimento de que o sujeito é detentor do direito e o Estado o seu devedor, além, de ser uma responsabilidade própria do sujeito que também deve cuidar de sua própria saúde e contribuir para a saúde coletiva. (Art. 2º, da Lei n. 8.080/90)

Foi possível observar no gráfico 03, que 48% dos entrevistados classificam a sua saúde em relação às outras pessoas da sua idade como boa, apenas 28% acreditam que a sua saúde é muito boa, 16% apontaram a opção ruim e a menor porcentagem 8% acredita que a sua saúde é excelente.

GRÁFICO 03

 

Segundo dados do Ministério da Saúde os jovens brasileiros procuram cada vez menos o atendimento médico. Os dados são baseados nos atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 2008. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009)

Diante dos dados apresentados pelo gráfico 04, 52% dos entrevistados procuram o atendimento médico através de consultas, 36% afirmaram não procurar o atendimento médico e 12% procuraram atendimento no hospital nos ultimo 6 meses.

  GRÁFICO 04

 

O acompanhamento médico regular propicia a promoção da saúde, a profilaxia de patologias e a manutenção da saúde. Pode ser observada na ilustração do gráfico 05 a prevalência de 80% entre os indivíduos entrevistados que não possuem acompanhamento medico, apenas 20 % afirmaram ter contato com o médico regularmente.

GRÁFICO 05

 

A partir dos dados observados no gráfico 06, foi possível analisar que 68% dos entrevistados relataram que nunca foram internados e apenas 32% afirmaram que já foram internados .

GRÁFICO 06

 

Dentre os 32% dos entrevistados, ilustrado no gráfico 06, que afirmaram que já foram internados, pode-se observar no gráfico 6.1 que 37% relatam que o motivo da internação foi o parto Cesário, 25% designaram a litíase como o motivo, 13% salientaram o câncer de intestino e diverticulite e apenas 12% justificaram o motivo da internação devido a apendicite. 

GRÁFICO 6.1

 

 

Faz parte da juventude a busca por novas experiências e sensações. Por esse motivo entra também a curiosidade pelo uso das drogas, tanto as lícitas, quanto as ilícitas. “O Ministério assume o responsabilidade do combate às drogas, entendendo que o problema ultrapassa a esfera da saúde”, explicou José Luiz Telles, diretor do DAPES (Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas) do Ministério da Saúde. É uma postura crítica frente ao tema. A droga é barata; por isso, atinge principalmente os jovens das camadas mais baixas. Sendo que, qualquer jovem é considerado um usuário em potencial. (CAMPANHA NACIONAL SOBRE O CRACK, 2009).

Os dados apontados pelo gráfico 07 demonstram que 100% dos entrevistados nunca utilizaram drogas ilícitas.

GRÁFICO 07

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alerta para uso indiscriminado de medicamentos. Esses produtos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações. O uso indiscriminado de medicamentos é motivo de preocupação para as autoridades de vários países. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%. Para alertar a população sobre os riscos da automedicação, a Política de Medicamentos do Ministério da Saúde procura conscientizar os brasileiros sobre a utilização racional desses produtos. Até o fim do ano de 2009 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ligada ao Ministério, lançou uma série de filmes tratando do assunto. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações em seres humanos. Somente em 2002, segundo o sistema, os medicamentos provocaram 26,9% do total de intoxicações registradas no país. Para o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, o consumo indiscriminado de medicamentos tem ligação direta com a prescrição e a venda irregulares. Parcela significativa dos pacientes não utiliza o medicamento corretamente, diz Dirceu. Uma das medidas do Ministério da Saúde que ajuda no combate à automedicação é o fracionamento, permitido desde 2005. O paciente leva para casa apenas a quantidade necessária para seu tratamento. Segundo a ANVISA, a venda fracionada reduz os riscos de intoxicação. Com a sobra de medicamentos, muitas pessoas acabam intoxicadas pela ingestão de um produto vencido ou inadequado. (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2008)

No gráfico 08, pode ser observado, que 48% dos entrevistados não utilizam medicamentos regularmente, 36% afirmaram que fazem uso de medicação segundo prescrição médica e 16% dos entrevistados alegam que utilizam a medicação sem a prescrição médica.

GRÁFICO 08

A doença que mais atinge os jovens atualmente são as doenças respiratórias. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2007).  As causas destas doenças podem ser diversas. Fumo, alergias (provocada por substâncias químicas ou ácaros), fatores genéticos, infecção por vírus e respiração em ambientes poluídos estão entre as principais causas destas doenças. Nas grandes cidades, estas doenças estão cada vez mais comuns, principalmente em função da poluição do ar. O monóxido de carbono e o dióxido de carbono são gases poluentes originados da queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel) e são muito prejudiciais ao aparelho respiratório do ser humano. A inalação destes gases pode provocar o surgimento de algumas destas doenças. O gráfico 09, apresenta 40% dos entrevistados que teve ou tem doenças respiratórias, 24% optaram pelas doenças cardiovasculares, 28% relataram outras patologias e 4% acusaram câncer e nenhuma.

GRÁFICO 09

Os seres humanos possuem estrutura física voltada para a atividade física como: andar, caçar etc. Diante dos avanços tecnológicos o homem tornou se cada vez mais sedentário, resultando em maior armazenamento de calorias. Os jovens permanecem por longos períodos do dia sem fazer qualquer atividade física, diante de um aparelho de TV ou similar. Esta inatividade pode ser resultante de falta de oportunidades para exercer outras atividades (lazer, trabalho, prática de esportes etc.) (MINISTERIO DA SAUDE, 2008). A prática de atividade física entre os jovens trás vários benefícios para a saúde física e mental. Mesmo com a maioria das patologias, associadas ao sedentarismo se manifestar durante a fase adulta, é cada vez mais freqüente que o seu desenvolvimento se inicie na juventude. Por isso a importância do incentivo a pratica de atividade física desde esta faixa etária. Apesar dessas estimativas, ainda é alta a prevalência do sedentarismo. (SCIELO, CAD. SAÚDE PÚBLICA, RIO DE JANEIRO, 2006).

O gráfico 10 confirma entre os entrevistados da pesquisa que 64% não praticam atividade física, apontando um alto índice de sedentarismo, apenas 36% afirmaram praticar atividade física regularmente.

GRÁFICO 10

A hipertensão arterial não é mais um problema de saúde designado apenas aos adultos e idosos. O desenvolvimento da hipertensão arterial entre os jovens tem se tornado, cada vez mais comum. Os principais fatores envolvidos para o surgimento da hipertensão cada vez mais precoce nos jovens é o sedentarismo, como pode ser observar no gráfico 11. (BLACKBOOK, 2007)

O gráfico 11 aponta os dados obtidos a partir da aferição da pressão arterial dos entrevistados, os resultados apontaram que 40% dos jovens apresentaram pressão arterial igual ou equivalente a 120 x 80 mmhg, 32% obtiveram valores igual ou equivalente a 130 x 90 mmhg, 20 % apontaram 140 x 90 mmhg e 8 % apresentaram valores igual ou equivalente a 110 x 80 mmhg. 

GRÁFICO 11

A alimentação constitui um fator essencial na proteção da saúde, e quando desequilibrada, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo a hipertensão. Por isso, o consumo excessivo de sal, gorduras saturadas, embutidos, álcool e açúcares, têm sido fatores de risco.  Os jovens têm consumido muitos produtos industrializados (com alto teor de sal) e são adeptos aos fast-foods, o que os levam a obter maior risco de desenvolver hipertensão arterial, pois não consomem os alimentos naturais. Quando se alimentam adequadamente abusam dos saleiros disponíveis nas mesas, o que favorece o aumento da pressão arterial. A hipertensão é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares que são, hoje, a principal causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006).

No gráfico 12, pode ser observada a prevalência entre os jovens que não seguem dieta balanceada, representados por 60% dos entrevistados, apenas 40% afirmaram seguir dieta balanceada. 

GRÁFICO 12

A hipertensão é considerada uma síndrome multifatorial, onde há interações complexas quanto a fatores ambientais e genéticos que podem causar a elevação da hipertensão arterial. O caráter hereditário aparece sem muitas fundamentações cientifica entre fatores de predisposição da hipertensão. (BARRETO-FILHO & KRIEGER (2003).

Estudos epidemiológicos afirmam que as variantes genéticas, principalmente as descritas nos genes do angiotensinogênio (AGT), enzima conversora de angiotensina (ECA), receptor tipo 1 de angiotensina II (AGTR1), aldosterona síntese (CYP11B2) e do receptor de mineralocorticóide (RM), contribuem indiretamente  para o desenvolvimento da hipertensão arterial. No entanto, a associação de polimorfismos genéticos e a hipertensão têm apresentado resultados divergentes em populações distintas. (BLACKBOOK EDITORA, 2007).

Entre os entrevistados pode-se observar no gráfico 13, que 32% dos entrevistados os familiares não possuem doenças graves e 68% dos entrevistados afirmaram que algum membro da família, possui alguma doença grave.

GRÁFICO 13

 

A nicotina vem sendo considerada a porta de entrada para o uso de drogas ilícitas, pois, freqüentemente, os usuários de drogas como álcool e maconha revelam ter iniciado suas experiências consumindo cigarros. A nicotina vem sendo considerada a porta de entrada para o uso de drogas ilícitas, pois, freqüentemente, os usuários de drogas como álcool e maconha revelam ter iniciado suas experiências consumindo cigarros. A fumaça do tabaco, durante a tragada, é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório e chegando rapidamente ao cérebro, entre 7 e 9 segundos. Além disso, o fluxo sangüíneo capilar pulmonar é rápido, e todo o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual a de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa. A maioria dos fumantes torna-se dependente da nicotina antes dos 19 anos de idade. Conscientes de que a nicotina gera dependência, os fabricantes de cigarros gastam milhões de dólares em publicidade dirigidos aos jovens. Apesar da lei de restrição da propaganda de produtos derivados do tabaco, sancionada no Brasil em dezembro de 2000, as falsas imagens continuam influindo fortemente no comportamento de jovens e adultos. O tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, número que não pára de aumentar.  (INCA, MINISTERIO DA SAÚDE, 2010).

O gráfico 14 aponta que 88% dos jovens entrevistados não fazem uso do cigarro e 12% alegaram o uso regular e se consideram tabagistas.

GRÁFICO 14

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O número de adolescentes que já experimentaram bebida alcoólica chamou a atenção do ministro da Saúde. Segundo a PENSE (Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), mais de 27% dos estudantes beberam ao menos uma vez nos últimos 30 dias. Segundo José Gomes Temporão, os jovens são estimulados a beber desde cedo por causa de publicidade e que o Ministério da Saúde é favorável à regulamentação da propaganda de bebida, sendo que a maioria dos países tem regras claras para veicular esse tipo de anúncio. (MINISTÉRIO DA SAÚDE; PENSE-2009)

Segundo o gráfico 15, 32% dos jovens entrevistados alegaram não fazer uso de álcool regularmente e 68% afirmaram o uso de álcool.

GRÁFICO 15

  1. 3.      CONCLUSÃO

Este estudo buscou explicitar a dificuldade do diagnostico precoce, em jovens trabalhadores devidamente contratados na empresa vigente, em faixa etária entre 18 e 24 anos. A partir dos resultados obtidos na pesquisa, foi possível identificar a grande incidência de jovens que apresentaram índices tensionais acima de 130 x 90 mmHg, dado este que influenciou diretamente na necessidade do diagnostico precoce. E diante dos dados colhidos através de um questionário de saúde, pode-se observar que a maioria dos jovens classificou sua saúde como boa, ao invés de optarem por uma saúde excelente, isso mostra a consciência do auto cuidado de cada entrevistado. Verificou-se que um índice relevante de jovens não procuram o atendimento regularmente, e segundo dados coletados uma porcentagem razoável utiliza medicamentos sem a prescrição médica.

Os fatores determinantes para o descaso do jovem com a saúde, esta ligada tanto a cultura social, de que o jovem é um individuo saudável, pela força e conceitos dados ao estado de juventude. O que gera nestes a liberdade de optar por hábitos de vida não tão saudáveis. A partir desta liberdade concedida por eles, desencadeia-se uma gama de fatores contributivos para o desenvolvimento da hipertensão arterial.  

O diagnostico problema apontando durante toda a pesquisa foi o sedentarismo e a ma alimentação, que contribuíram fundamentalmente na elevação dos níveis tensionais dos jovens apresentados na pesquisa. Pode se observar que a amostra populacional da pesquisa, permanece por períodos prolongados em frente de um aparelho de TV ou computador, apontando uma grande incidência de jovens sedentários, que inativam a oportunidade para exercer a pratica de atividade física, como caminhadas e esportes. Outra questão alarmante que pode ser diagnosticada foi o consumo de muitos alimentos industrializados, com alto teor de sal, assim como fast-foods e açúcares, propiciando assim o risco de desenvolver a hipertensão arterial, por conservar uma dieta desbalanceada e desequilibrada.

Sugere-se com este estudo, uma maior vigilância por parte dos familiares e profissionais de saúde, com os hábitos de vida cultivados pelos jovens, a fim de evitar problemas maiores.

O objetivo da pesquisa foi alcançado, pois em todas as questões, obtive respostas satisfatórias que contribuíram para o levantamento de dados necessários para a conclusão desta pesquisa. Pude concluir que aumenta gradativamente o numero de jovens afetados pela hipertensão, onde a dificuldade do diagnostico precoce ocorre, pelo cultivo de maus hábitos.

REFERÊNCIAS

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(19) SOCESP CARDIOLOGIA Atualização e Reciclagem - Atheneu - Cap. 20 e 21- 1994.

(20) Eduardo Giusti Rossi, Max Grinberg, George Washington B. Cunha- Interações medicamentosas em Cardiologia; RSCESP 1998, 6.

(21) João Batista de Serro-Azul, Rogério Silva de Paula - Hipertensão Arterial no idoso IN SOCESP Cardiologia 2º volume - 1996 - Atheneu Cap42 pag 366-373.

(22)- CADERNO DE ATENÇÃO BASICA – MINISTERIO DA SAUDE- HIPERTENSÃO SISTEMICA - SECRETARIA DE ATENÇÃO A SAÚDE – DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BASICA-  Nº 15- BRASILIA/ DF, 2006.

(23) Guyton, A.C.; Hall, J.E. Tratado de fisiologia médica. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

(24) Douglas, C.R. Tratado de fisiologia aplicada na saúde. 5ª Ed. Robe Editorial, 2002. São Paulo.

(25) Prevalência de Hipertensão arterial em militares jovens e fatores associados – revista de Saúde Publica – vol. 43 nº5, São Paulo. Outubro 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102009000500007&lang=pt

(26) Prevalência de Hipertensão arterial em adultos e fatores associados: Um estudo de base populacional urbana em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brail – Arq. Bras. Cardiologia, vol. 88 nº 01, São Paulo, Jan. 2007 – Disponível em:

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(27) CAMPANHA EU SOU 12 POR 8 - Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2010, Disponível em: <http://www.eusou12por8.com.br/que-e-hipertensao.aspx>

(28) Ministério da Saúde lança campanha nacional sobre o crack – MINISTERIO DA SAÚDE, BRASILIA- DF, 2009, Disponível em:

<http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=10953>.

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