Herdamos dos gregos

Nossa sociedade nasceu de misturas. Não só de portugueses, índios e africanos, mas também das influências gregas, latinas e orientais.

Herdamos dos gregos muitos prefixos e palavras que usamos sem nos dar conta de sua procedência. Palavras como: olimpíadas, erótico, democracia, evangelho, academia, são de origem grega. Prefixos como: pré, bi, tetra, também são de origem grega, e nos os usamos repetidamente em nosso linguajar cotidiano.

Os gregos também nos legaram outros elementos culturais como o teatro e suas máscaras representando as comédias e as tragédias. Elas também serviam para definir os personagens.

Do universo grego também nos chegaram outros elementos dos saberes. Não que os tivessem criado, mas os melhoraram. Eles não a criaram, mas nos legaram a filosofia, como busca do saber. Aprofundaram conhecimentos de medicina e matemática, tão importantes para nossos dias como os teoremas de Pitágoras e de Tales.

Até nosso alfabeto origina-se do aperfeiçoamento dos sinais fenícios. A própria palavra ALFABETO vem das suas primeiras letras gregas: alfa e beta. Essas letras, como também o delta e pi são símbolos que ajudam nos cálculos matemáticos (cálculo, em grego, significa pedra).

Vez por outra lemos livros ou assistimos filmes que nos recordam os divindades gregas como Zeus e seus irmãos Poseidon e Hades. Os mitos gregos alimentam nossa fantasia sobre ilhas distantes cercadas de sereias ou povoadas por ciclopes. Brincamos de labirinto e admiramo-nos com a força de Hércules e a astúcia de Ulisses.

Desse povo que fez nascer a civilização ocidental restou um país que não é grande potencia mundial, mas é um grande atrativo turístico. Permanece sendo um ponto de atração histórica tão somente pela sua herança cultural e suas belezas naturais.

Neri de Paula Carneiro

Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador

Rolim de Moura – RO