Essa Nova Interpretação Teológica tem como base o existencialismo, que é uma escola filosófica dos séculos XIX e XX, que por sua vez tem raízes no Gnosticismo.

 O existencialismo toma por fundamento a individualização existencial, uma "atitude existencial" de um mundo desconexo, sem sentido, onde a pessoa é "um ser para a morte", portanto, o que de fato importa é a existência.

Soren Kierkegaard é considerado o pai do existencialismo, sendo ele um filósofo cristão. 

Martin Heidegger nasceu 34 anos após a morte de Kiekegaard e trouxe em sua filosofia existencialista um impacto imanente da existência humana e sua meta única é o futuro da humanidade no tempo presente. Seu livro "O Ser e o Tempo" é sua obra mais relevante.

Como Heidegger enfoca a imanência da existência humana, isso faz do ser humano um ser para a morte, um mero animal racional sem perspectiva alguma metafísica, isso resulta em desesperança, em uma expectativa de nada além desta vida. A objetividade da existência humana tem que ser um viver para fazer deste mundo um lugar melhor.

Isso parece sugerir que o ser humano está aqui neste mundo sem qualquer tipo de missão ou relacionamento com o Divino. Logo, é na verdade uma existência sem qualquer compromisso com uma vida moral ou mesmo de esperança pós-morte.

O teólogo alemão Rudolf Bultimann, contemporâneo de Heidegger, apreciador de sua obra, trás à Teologia essa proposta existencialista de Heidegger.

O existencialismo, embora esteja mais para o ateísmo do que para o teísmo, encontra em Bultimann guarida.

O que ocorre, porém, é que essa teologia deixa o cristianismo sem nenhuma perspectiva de Esperança, ou seja, não há escatologia, não há futuro transcendente, tudo o que há é o imanente, o hoje, o presentismo.

Qual cristão, em são consciência, aceitaria tal teologia? Qual a esperança desse cristão? Para suprir e responder a essa falta de esperança surge, então, o Teólogo, também alemão, Jürgen Molltimann, com sua Teologia da Esperança cujo pensamento assemelha-se com as Teologias Feminista, Negra, Política, de Missão e Libertação. Em sua teologia ele aborda a escatologia, onde a esperança tem seu objetivo cumprido não na espiritualização, mas na práxis em meio à ação política e a revolução.

Observe que essa proposta é um prato cheio para o marxismo. Mas, se atentarmos melhor e dermos uma boa olhada vamos identificar aí claramente o velho gnosticismo.

Toda a Teologia moderna, contemporânea, está firmada num emaranhado de ideias que fluíram a partir do darwinismo, do empirismo e do gnosticismo que emboca no gargalo do marxismo, e hoje, mais do que nunca no academicismo.

Pergunto: “Por que só depois de 1800 anos é que o Cristianismo necessita de uma nova visão e entendimento?”

Será que Jesus só veio a ser compreendido nos dias pós-modernos? Os apóstolos não tiveram a menor revelação desse “novo evangelho”?
Paulo aos Gálatas (1:9) nos alerta: “Assim como já vos disse, agora de novo também vos digo: se alguém vos anunciar OUTRO EVANGELHO além do que já recebestes, seja anátema”. 

Nos últimos dias virão falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. II Pe.2.1