HARMÔNICOS: UBALDI E CHICO XAVIER 

Talvez seja desnecessário tratar, em mais um artigo, das relações, harmonias e conexidades das obras de Allan Kardec, Chico Xavier e Pietro Ubaldi; se assim é, tratarei, no presente texto, de alguns fatos ocorridos com os dois últimos, e que os colocam, de fato, como os dois maiores missionários de Jesus do século vinte passado. 

Primeiramente, entre os dois potentes e grandes médiuns espiritualistas algumas coincidências que dão o que pensar. 

-Chico recebeu sua primeira mensagem aos 08 de Julho de 1927; e Ubaldi, sob notável influência, escreve “Os Ideais Franciscanos Diante da Psicologia Moderna”, também em 1927; 

-E suas missões, de caráter público, se vão iniciar, uma no Brasil, e outra na Itália, pela mesma época. Isto porque Chico, no prefácio da primeira edição de “Parnaso de Além Túmulo”, seu primeiro livro, vai escrever e assinar logo mais: “Pedro Leopoldo, dezembro de 1931”; e, Ubaldi, igualmente, vai receber a primeira de suas memoráveis páginas intuitivas de título: “Mensagem de Natal”, na noite de natal daquele mesmo ano de 1931. 

Já, por aí, constata-se duas incumbências que se entrosam, que estão marcadas por coincidências aparentemente fortuitas, sobretudo se não considerarmos uma causa de ordem transcendental que as produzira, as provocara, de sorte a nos mostrar os estreitos laços que as unem num só corpo, numa só finalidade: o da complementação das diretrizes espiritistas que regerão doravante os destinos da humanidade. Para tanto, e, para maiores estudos e reflexões, que se consulte a obra “Trinta Anos Com Chico Xavier” (Clóvis Tavares – 1967 – Ide). 

Mas tem mais: 

-Pietro Ubaldi, estabelecendo uma nova e revolucionária forma de Monismo, contido na mais importante obra de filosofia-científica de todos os tempos: “A Grande Síntese”, sob inspiração de “Sua Voz”, e conquanto a tenha escrito em quatro verões sucessivos, de 1932, 1933, 1934 e 1935, tal obra somente veio a público no formato de livro no ano de 1937; 

-E Chico Xavier, no livro que traz o nome do seu protetor espiritual: “Emmanuel” (Feb), defendendo as idéias daquele mesmo Monismo, escreve em seu brilhante prefácio: Pedro Leopoldo, 16 de Setembro de 1937. 

Creio que não será preciso mais para constatar-se algo da Providência, da Transcendentalidade Divina por trás destes dois grandes e divinos missionários de Jesus. 

Mas, para finalizar, transcrevo a partir de agora as idéias expostas no Memorial Pietro Ubaldi: 

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Já em 30 de março de 1950, Chico Xavier havia escrito carta a Clovis Tavares, referindo-se ao dedicado apóstolo de Gúbio, Pietro Ubaldi. Chico afirmara: 

“Ele é sempre grande e sublime em meu pensamento”. 

E completava: 

“Acredito profundamente que a mensagem de Pietro Ubaldi é a tradução do pensamento do Nosso Divino Mestre para a inteligência do nosso século. Nosso devotado missionário é o instrumento de venerandas vozes, entre as quais se destaca ‘Sua Voz’, a voz do Amigo Celestial”.

E outra assertiva: 

“Ele foi receptor sublime através de ondas potentes. Tudo o que você puder me enviar sobre Ubaldi ser-me-á de grande conforto. Todas as notícias e trabalhos dele são por mim esperados com ansiedade”. (Do livro: ‘Sal da Terra’ – Clovis Tavares). 

Existia, portanto, uma forte identidade entre Pietro Ubaldi e Chico Xavier, pois que ambos renunciaram a todos os bens materiais e aos prazeres do mundo por livre escolha. (Vide: Memorial Pietro Ubaldi – Unibem). 

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Sem mais, despeço-me, no desejo de nossas mais íntimas e respeitosas reflexões acerca do contido neste despretensioso artigo fundamentado na verdade dos fatos que se materializaram às vistas da sabedoria humana, provenientes, sem dúvidas, da transcendentalidade espiritual. 

Articulista: Fernando Rosembeg Patrocinio

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