Gramática Tradicional X Gramática Descritiva

                                                                                        RUFINO.Kélia,Maria

 Resumo

O termo gramática é tradicional utilizada em referência ás gramáticas prescritiva ou normativas. Que explicita as regras determinadas para uma língua qualquer. É o tipo de gramática usada e aplicada nas salas de aulas, é aquela que estudamos na escola na escola desde pequeno com base nas estruturas gramaticais padronizadas da nossa linguística. Tendo a língua portuguesa como referência dessa visão Tradicional que envolve, lógica, razão do pensamento cultural como ideal adequado a sociedade. Mas já a gramática descritiva, apenas descreve a língua tal qual, as variações linguísticas presentes nela, não fazendo julgamento de certo ou errado na língua aplicada em questão. Tendo como base, desse, estudo, autores como Martelotta, Perine e Koch. As formas linguísticas vão muito além dos parâmetros exigidos pelas regras gramaticais. Uma descrição linguística pode ter um caráter diacrônico ou sincrônico. Fazendo uma comparação entre a linguística histórica e a linguística em seu estágio evolutivo atual.

Palavras – Chave : Linguística. Gramática. Tradicional. Descritiva. Falar.

 

Abstract

Grammar is the term traditionally used in reference to grammars prescriptive or normativas. Que spells out the rules for a certain particular language qualquer,é the type of grammar used in classrooms,is that we have studied since childhood  based on the grammatical structures of our standardized linguistic.Haviyng the Portuguese language as a reference this tradicional view that involve logic,reason for thinking as cultural ideal suited to sociedade.Mas already descripitive grammar,just as it describes the language,linguistic variations applied.Based on this study,authors like Martelotta,Perine and linguistic forms Koch.As go for beyond the parameters required by the gramaticais.Uma linguistic description can have a character diachoric or synchronic.Makiyng a comparison between the linguistic and historical linguistics in its current evolution stage.

Keywords : Linguistic. Grammar. Tradicional. Descriptive .Talk.

 

1 INTRODUÇÃO

               A língua constitue um sistema linguístico compartilhado por todos os falantes da língua em questão e é nesse contexto que a gramática portuguesa

está inserida ao definir as normas a serem seguidas. Já que a língua é um sistema aberto e heterogêneo.

                Estabelecer padrões é o que diferencia uma língua das demais, uma gramática das outras, como é o caso da gramática tradicional utilizada em nosso universo escolar. Aprendemos desde cedo o uso correta de certas de nosso vocábulo português. Facilitando assim, o nosso aprendizado em relação ao convívio sócio – cultural que distingue as variantes presentes em nossa forma de falar.

              Tendo conhecimento da gramática, podemos aplicar o seu uso adequado as situações exigidas pelo ato das normas ou padrões da língua cultura que estabelece conceitos á todas os falantes da língua portuguesa. A gramática tem a função de dizer o que é correto ou errado na língua e para que isso aconteça deve haver antes de tudo um estudo aprofundado nesse tema.

               É com base nessas observações que a gramática descritiva vai atuar,

Mostrando o funcionamento linguístico por outro ângulo, que não seja aquele imposto pela gramática  tradicional. Como correto e portanto única forma de fala e escrita  de um povo .De acordo com essa informação, podemos constatar a língua como um fator que se modifica se aperfeiçoa ao longo do temo.

              Considerando desse modo que sincronia e diacronia, é uma dicotomia que, na visão saussuriana, significa, no primeiro caso, o estudo do eixo das simultaneidades, fazendo abstração do fator tempo e, no segundo caso, o  estudo do eixo das sucessividades, ou seja, de como se dão as mudanças de um  estado de língua para outro. Comparando o estudo da Gramática Tradicional versus Gramática Descritiva.

              É deste aspecto que a leitura deste trabalho irá falar, dos seus usos e desvios, de sua aceitação ou mera análise linguística através da relação da linguagem.

             Finalizando por que estudar a gramática? Existe uma mais certa que a outra? O que uma acrescente a outra? E qual a importância de seu uso ou desuso  no dia - a – dia seja na fala ou na escrita.

            Essas são as perguntas que tentarei solucionar.

 

                  

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2 Conceitos de gramáticas

           Desde a Antiguidade Clássica os estudiosos da linguagem vêm sugerindo interpretações que reflitam a natureza e o funcionamento das línguas, bem como propostas de sistematização descritiva apoiadas nessas interpretações. Com a evolução dos estudos linguísticos, essas interpretações foram sendo aperfeiçoadas, abandonadas e até mesmo retomadas em função de novas descobertas científicas. O conjunto dessas interpretações e descrições acerca do funcionamento da língua recebe o nome de gramática.

          Segundo dressler (1972.P.1)”unidade linguisticamente completa”, conforme a intensão do emissor e / ou do receptor, é construída de acordo com as regras da gramática.

          Aqui é importante fazermos uma distinção entre dois sentidos do termo “gramática”. Por um lado, esse vocábulo pode ser usado para designar o funcionamento da própria língua, que é o objeto a ser descrito pelo cientista. Nesse sentido, gramática diz respeito a natureza dos elementos que compõe uma língua e ás restrições que comandam sua união para formar unidades maiores nos contextos reais de uso. Por outro lado, o termo é utilizado para designar os estudos que buscam descrever a natureza desses elementos e suas restrições de combinação. Nesse segundo sentido, ”gramática “ se refere aos modelos teóricos criados pelos cientistas a fim de explicar o funcionamento da língua.

        Segundo Saussure (1913.P.130),” a língua é um sistema de expressão.

        A partir de agora analisaremos duas dessas concepções de gramática que, ainda hoje, encontramos nos manuais de linguística e língua portuguesa. Como cada gramática implica uma concepção da língua que descreve, buscarei apresentar informações básicas acerca da concepção de língua, assim como da metodologia específica por ela adotada na abordagem do fenômeno linguístico.

       Segundo dessler (1977.P.12) na verdade, são poucos os problemas da gramática que não tem alguma  relação com uma linguística do texto.

 

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Gramática tradicional

               A gramática tradicional, também chamada de gramática normativa ou gramática escolar, é aquela que estudamos na escola desde pequeno. Nossos constituintes formadores dos vocábulos (radicais, afixos, etc.),a fazer análise recomendando correção no uso que fazemos de nossa língua. Entretanto, raramente nos é dito o que é esse estudo, qual sua origem, como ele se desenvolve e com que finalidades. Argumentar que, principalmente por apresentar uma visão preconceituosa de seu uso ,a gramática tradicional não oferece ao estudioso da linguagem uma teoria adequada para descrever o seu funcionamento.           

                A chamada gramática tradicional, utilizada como modelo teórico para a abordagem e o ensino da nossa língua nas escolas, tem origem em uma tradição de escola de base filosófica que se iniciou na Grécia antiga. Os filósofos gregos se interessaram por estudar a linguagem, entre outros motivos, porque queriam entender alguns aspectos associadas á relação entre a linguagem, o pensamento e a realidade.

               Desse modo, os gregos discutiram como, por exemplo, a relação entre as palavras e as coisas que elas designam: alguns viam nas palavras a imagem exata do mundo, outros, vendo - as como criações arbitrárias dos seres humanos, consideravam – nos incapazes de refletir, de modo perfeito, a realidade. A palavra “lápis “, por exemplo, deveria ser vista como apresentando uma relação natural com o objeto que ela designa ou como uma mera invenção humana, utilizada para designar arbitrariamente filósofos da Grécia antiga, entre eles, Plantão.

              O que melhor caracteriza, entretanto, essa tradição é a visão, inaugurada por Aristóteles, de que existe uma forte relação entre linguagem e lógica. Desenvolveu – se a partir daí a tendência de considerar a gramática um estudo relacionando á disciplina filosófica da lógica, que trata das leis de elaboração do raciocínio. Segundo essa visão, a linguagem é um reflexo da inerente aos seres humanos, se manifesta em todas as línguas.

              Outro aspecto ligado á visão aristotélica que devemos levar em conta é o fato de que o mundo em que vivemos possui existência independente de nossa capacidade de expressão. Ou seja, conhecemos o mundo exterior pelas impressões que ele nos causa, sendo portanto a linguagem uma mera representação de mundo já pronto, um instrumento para nomear ideias  preexistentes. Esses princípios caracterizam o que alguns autores chamam de funcionalismo e outros de realismo.

               Ao lado dessa preocupação de caráter filosófico, a gramática grega apresentava uma preocupação normativa, ou seja, assumia a incumbência de 

         

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ditar padrões que refletissem o seu uso ideal da língua grega. Podemos ver a normativa da gramática grega na unidade de impor o dialeto ático como ideal.

Segundo oller (1972,P.43 – 35) postula um componente

Pragmático integrado á descrição linguística. Propõe um

Modelo no qual considera o uso da língua como um pro -

Cesso que se realiza em três dimensões indissoluvelmente

               Para que possamos compreender como essa tradição chegou aos dias de hoje, devem nos lembrar de que os princípios básicos da gramática grega foram adotados pelos romanos  e adaptados á língua latina. Gramáticos importantes como Prisciano e, sobretudo, Varrão deram contribuições para a evolução do conhecimento gramatical. Entretanto, os romanos dedicaram maior  atenção ao aspecto normativo, já que o crescimento de seu império tornava imprescindível uma unificação da língua.      

             Na época medieval, o latim permaneceu como língua da erudição, adquirindo ainda mais prestígio por ser adotada pela igreja. Assim, a gramática normativa permanece, mas dessa vez com o objetivo de conservar o latim puro como língua universal de cultura entre as línguas vernáculas.

             A partir do século XVI, quando se elaboraram as primeiras gramáticas das línguas faladas no mundo, as gramáticas latinas foram fonte de inspiração, já que o latim, por seu prestígio como língua de expressão culta, servia como modelo para as novas línguas: quanto mais parecidas com o latim fossem as novas línguas, melhores elas seriam. Sendo assim não era de se admirar que nos tempos modernos a gramática latina tenha servido de base para descrever o funcionamento das línguas vernáculas da Europa.

             Nos séculos XVII e XVIII, as reflexões sobre a natureza da linguagem, assim como as análises de sua estrutura, deram continuidade ás propostas gregas. A chamada Gramática de Port Royal, publicada em 1660,retoma de forma vigorosa a visão aristotélica da linguagem como reflexo da razão e busca construir, tendo como base a lógica, um esquema universal  de linguagem, que estaria subjacente a todas as línguas do mundo. Essa visão de base aristotélica perde força com o surgimento dos primeiros linguistas no século XIX, sendo apenas mais tarde retomada por Chomsky e pelos linguistas gerativistas.

             Com base no que foi exposto até aqui, podemos fazer algumas reflexões acerca do poder explanatório das propostas teóricas aqui chamadas de gramática tradicional. Comecemos por seu caráter normativo, criticado, de um modo geral, pela linguística moderna. Não há como negar que existe uma in

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Fluência dos padrões de correção impostos pela gramática sobre as restrições de combinação dos elementos linguísticos , que tende a crescer á medida que aumenta o nível de escolaridade do falante ou do grau de formalidade exigido pelo contexto.

               Entretanto, propor que as restrições de combinação se explicam basicamente pelos ideais de correção não parece ser uma boa estratégia, já que todas as línguas apresentam um número extremamente elevado,construções alternativas aos padrões gramaticais,como é o caso de construções portuguesas como “A gente vamos lá”, “Eu vi ele”, “Isso é pra mim fazer”,entre outras que são combatidas pelas normas gramaticais.Isso significa que o uso da língua não está restrito,pelo menos em sua essência,pelos padrões de correção.

               Ao contrário do que se vê nessa tradição,é um processo natural que toda língua mude com o tempo e apresente,em um mesmo momento,variações com relação aos usos de seus elementos.Assim,qualquer atitude de valorizar uma variação em detrimento de outra implica critérios de natureza sociocultural,e não critérios lingüísticos.Ou seja,a forma “correta” tende fortemente a se identificar com o modo como utilizam a língua,os falantes de classes privilegiadas,que habitam as regiões mais importantes do país.

Segundo snyders (1974,P.8),num estudo sobre o

 “ ensino tradicional “,defende a necessidade de

Se compreender esse tipo de ensino e suas jus –

tificativas. Somente uma avaliação uma avaliação

cuidadosa e crítica tornará possível ultrapassá-lo

ou fazê-lo melhor.

             

              Mais do que isso,ao conceber a existência de formas gramaticais corretas,as gramáticas tradicionais rejeitam determinadas formas consideradas erradas,mas que são efetivamente utilizadas pelos falantes na comunicação diária.Com isso,essa gramática adota uma visão parcial da linguagem em sua totalidade.

              No que diz respeito á outra característica da tradição gramatical, a que relaciona linguagem e lógica, também devemos fazer algumas considerações.Embora os gerativistas retomem parcialmente essa perspectiva,dessa vez com base  em outras linhas de pesquisa fazem severas críticas,argumentando que essa perspectiva carece de uma abordagem empírica dos fatos ou que ela restringe seu foco aos aspectos formais da lín-

gua.                                                                                                                                                              7 

 Gramática descritiva

             A gramática descritiva tem por objetivo as observações lingüísticas atestadas entre os falantes de uma determinada língua. Sem prescrever normas ou definir padrões em termo de julgamento de correto – incorreto,busca – se documentar uma língua tal como ela se manifesta no momento da descrição.Podemos dizer que no caso do futuro simples uma gramática vê documentara sua ausência no português falado de vários dialetos e registrar suas características nas variantes em que ela ocorre.Tais gramáticas são formuladas com o apoio teórico da lingüística.( Ver Perine (1995) ).

              Segundo Skinner ( 1973,P.115) o ambiente social é o que chamamos de uma cultura.Dá forma e preserva o comportamento dos que nela vivem.

Diacrônico

            A lingüística diacrônica, que é também chamada lingüística histórica,analisa a linguagem e suas mutações durante um determinado período.Neste caso explicita – se o período a ser considerado e o material linguístico a ser adotado na análise.Para análises diacrônicas do sistema sonoro do português ver Williams (1975),Mattos, Silva (1999) e Tessyer (1997).

           No início do século XIX,as semelhanças encontrados entre determinadas línguas levaram os pesquisadores a acreditar na existência de parentesco entre elas.As investigações passaram a ter como um de seus principais objetos o agrupamento dessas línguas em famílias,o que acontecia através de um método de estudo chamado histórico – comparativo.Entre essas famílias,temos a indo – européia,assim que reúne,entre outras,a maior parte das línguas européias,assim como as línguas do chamado grupo indo -irânico, como o persa e o sânscrito,língua sagrada utilizada pelos hindus nos  cerimoniais religiosos há cerca de 1.220 / 800 a.c.

          Segundo puente (1980,P.107) a metodologia e as técnicas cientificas devem ser postas a serviço de cada indivíduo.

          A partir dos anos de 1870,a geração do neogramáticos procurou mostrar que a mudança das línguas,seguem uma necessidade própria,não dependendo da vontade dos homens.Com esse objetivo,desenvolveram uma teoria das transformações linguísticas baseado em método, afastando – se das especulações vagas e subjetivas que marcaram os estudos da linguagem no início do século XIX.

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              De acordo com os neogramáticos, a linguística necessariamente deveria ter um caráter histórico, já que sua tarefa seria estudar as transformações das línguas em busca de explicações e formulas de regras de um “  vir - a – ser”.Para Hermann Paul,o grande teórico da escola,a simples fato,mas de forma alguma uma ciência.

             A distinção feita por Saussure entre a investigação diacrônica e a investigação sincrônica representa duas rotas que separam a linguística estática da linguística evolutiva. A análise da trajetória de mudança diacrônica.

            Além disso, argumenta – se, embora não sejam muitos os falantes conhecedores profundos da evolução histórica da língua que a utilizam, todos, ainda na infância, assimilamos os princípios sistemáticos, as regras que estão a nossa volta.

Sincrônica

            A lingüística sincrônica estuda as propriedades de uma língua em seu estágio evolutivo atual. Deve – se explicitar a comunidade de fala observada e as condições de coleta do corpus a ser adotada na análise.Podemos citar a análise da variação entre o uso de “ ter “ e “ haver “ no português contemporâneo no Brasil como exemplo de estudo de caráter sincrônico.Para os falantes,a realidade da língua é o seu estado sincrônico.

           Segundo Saussure (1975,P.96) do mesmo modo,sincrônico e diacrônico designarão respectivamente um estado d língua e uma fase de evolução.

          A descrição lingüística sincrônica tem como fonte de estudo formular essas regras sistemáticas conforme elas operam num momento ( estado ) específico,independente da combinação particular de movimentos ( das mudanças ) já ocorridas.

          Segundo Saussure ( 1975,P.105 ) na língua,diferentemente,nada é permitido, “ é espontânea e fortuitamente que suas peças se deslocam ou melhor,se modificam “.

           Assim, enquanto o estudo sincrônico de uma língua tem como finalidade a descrição de um determinado estado dessa língua em um determinado momento no tempo,o estudo diacrônico ( através do tempo ) busca estabelecer uma comparação  na evolução  da língua.

         Segundo bechara ( 1991,P.12)”,nenhum falante conhece toda uma língua histórica,mas usa uma variedade regional.

         

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             A gramática de uma língua é nos seus níveis mais particulares de descrição, indeterminada, cheia de “exceções “ que enchem as gramáticas e em torno das quais as pessoas polemizam, dão a melhor prova disso. A linguística não é prescritiva nem normativa, ela é apenas estuda as línguas em pé de igualdade, não tendo nenhum sentido discutir, no seu âmbito, sobre qual seja a mais “ rica “ ou a mais “ pobre “.

            Quando falamos, valemo - nos de uma gramática, ou seja, de um conjunto linguístico, produzirmos significados em situações reais de comunicação. Mas, ao adaptarmos esses procedimentos aos diferentes contextos de comunicação, podemos adequar  á nossa linguagem a essa gramática, que, na prática, seria o resultado de um conjunto de princípios dinâmicos que se associam a rotinas, mantidas e modificadas pelo uso.

                                  Segundo freire ( 1974,P.41 ) cultura é todo o resultado

         da atividade humana do esforço criador e recriador

         do  homem, de seu trabalho por transformar e  esta -

         belecer  relações dialogais com outros homens.

                    Assim, temos entre discurso e gramática uma espécie de relação de simbiose: o discurso precisa dos padrões da gramática para se processar, mas a gramática se alimenta do discurso, renovando-se para se adaptar ás novas situações de interação.

              Segundo Sapir (1954,P.25) os falantes de cada língua associam, assim, de modo arbitrário, por uma “relação puramente simbólica“, um conteúdo ( = sentido ) a uma expressão.

              Essa é uma visão dinâmica da gramática, que prevê a atuação de padrões gramaticais a fim de conferir força informativa ao discurso. Da ritualização consequente da repetição desses novos padrões, emerge a gramática. Entretanto, esse mecanismo não é arbitrário, já que reflete e regula a atividade verbal, estando, portanto, de algum modo, relacionado á gramática das línguas.

               De acordo com lima ( 1980,P.73 ),a inteligência consiste, pois em uma forma de coordenação da ação ( motora ,verbal ou mental ) a uma situação nova com o objeto.

            Tendo uma natureza sociointerativa que se relaciona com nossa habilidade de compartilhar informações, já que compreender é fundamental para o processo de aquisição da fala no ato da comunicação. 

 

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Procedimentos  Metodológico

Material e Método

 Nessa parte do artigo será abordado á metodologia da pesquisa, assim bem como outras características da mesma, tais como: pesquisa aplicada, visto que tem por finalidade a compreensão do termo gramática tradicional versus gramática descritiva em seus diversos âmbitos de estudo. É quantitativa se levarmos em conta a compreensão que cada estudioso da gramática tem em relação aos discursos empregados pela mesma. E em relação também as várias gramáticas  existente e ao falar do falante.

           É uma pesquisa qualitativa, pois nela abordaremos fatos sociais da nossa cultura linguística (fala e escrita),hábitos, costumes, tendências e comportamentos humanos que retratam através da leitura e da escrita sua linguagem.Baseando – se em uma abordagem indireta por meio de pesquisas bibliográficas,feitas em livros,lidas com base em artigos acadêmicos,revistas e jornais que conceituam o falar brasileiro,tendo como referência da língua padrão,a gramática.

Análises e discussões

No Brasil, a característica formal do sistema de ensino é constituir – se como uma escola única em dois sentidos: seus diferentes níveis são contínuos desde o ensino elementar até o superior e é um só, igual e aberto a todas as classes sociais. Uma escola assim concebida, supõe que indivíduos iguais só não atingem os níveis mais elevados do sistema por incapacidade ou impossibilidade de ordem exclusivamente individual. É relativamente recente a expansão do ensino elementar e a consolidação dos processos de articulação dos diferentes níveis de ensino em uma escola única, articulada, formalmente aberta a todos, que é como se configura, atualmente, na lei pelo menos, o sistema escolar..

Que hoje se configura em um estudo baseado na gramática textual, levando em contaos níveis de escolaridade de cada um.Portanto toda e qualquer gramática do saber humano,vem complementar a outra.Nenhuma gramática é melhor ou pior,apenas é diferente em relação aos níveis de compreensão,tidos como o uso intelectual da língua portuguesa.

 

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

           Com a realização deste artigo, concluímos que o modo com compreendemos os fenômenos associados á gramática das línguas mudou ao longo dos anos, desde a gramática antiga até a gramática contextualizada.

           A relação entre as gramáticas tradicional e descritiva são frutos da análise de estudos que ainda estão sujeitos a tal aperfeiçoamento e variação linguística. Levando sempre em consideração a norma culta, aquela estabelecida pelos padrões gramaticais, embora nem sempre todos os falantes façam uso desta gramática. Cada falante ás vezes para se comunicar faz uso de seus próprios dialetos.

           Na verdade o que diferencia uma gramática das demais é a concepção metodológica aplicada às tendências em linguística e é claro adequa – se a realidade de cada falante que possui sua própria gramática, baseada meramente em seus domínios e vícios de linguagem.

         Por isso, a gramática sempre estará evoluindo no contexto linguístico do saber quais as formas aplicadas adequadas ao uso da língua portuguesa no dia- a – dia da realidade atual.

 

 

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REFERÊNCIAS

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