RESUMO

Este artigo aborda a Governança Corporativa sob os seguintes aspectos: como as empresas são administradas para alcançar suas metas correspondentes à Governança Corporativa, como a Governança de Tecnologia da Informação analisa e propõe a utilização de sua infraestrutura no suporte a organização e as relações entre a Governança Corporativa e a Governança de Tecnologia da Informação. A transparência das práticas da governança deve ser abordada como um meio de conservar a confiança do público na criação de riqueza das organizações e um diálogo aberto sobre essas boas práticas, que podem conduzir a uma reflexão sobre a sua dinâmica, e suas relações interdependentes que constituem o ambiente corporativo. A governança compreende diversos aspectos da gestão de Tecnologia da Informação(TI), como os princípios da estratégia de TI, a sua relação com a estratégia organizacional e a arquitetura sobre a qual baseiam-se as organizações. Trata das integrações, das padronizações, das políticas de infraestrutura de TI, das suas aplicações, incluindo diagnósticos e o atendimento das necessidades organizacionais, convertendo-os em investimentos em TI. Governança engloba bens que estão comprometidos nos recursos da TI, sejam humanos, financeiros, físicos, dados e intelectual. Portanto, governança de TI é um componente essencial de governança corporativa.

GOVERNANÇA CORPORATIVA, GOVERNANÇA DE TI, E SUAS RELAÇÕES

Governança corporativa refere-se a como uma empresa (seus clientes, políticas, processos, instituições e leis) é dirigida e como diversos atores, como acionistas, diretores, gerentes, funcionários, fornecedores, clientes e bancos, trabalham em conjunto para alcançar os objetivos corporativos.

Ainda que não exista uma interpretação universal de governança, é admitido que os stakeholders – patrocinadores, acionistas, investidores, financiadores, parceiros, fontes externas de capitais, diretores, dirigentes, supervisores da alta gerência - constituem o seu centro com comando baseado na ética e na gestão.

Para melhor compreensão do termo, Hann (2001) identifica quatro origens da governança corporativa:

1. A década de 1980 foi um momento de crescentes remunerações dos executivos, acompanhado por uma onda de fusões e aquisições, bem como aquisições alavancadas por bancos e instituições financeiras de reflexo global. O desenvolvimento da governança serviu como uma espécie de “colchão” que evitou uma crise financeira importante em face de maior transparência nos dados contábeis das empresas.

2. A fase de crescente regulamentação do governo e a necessidade de melhora na comunicação formal e a maior compreensão por parte dos acionistas das transações da empresa.

3. A era da comunicação, em que os acionistas e investidores institucionais podem ter um acesso mais fácil as informações sistematizadas e compreensíveis sobre operações das empresas.

4. A década de 1990 representou uma fase importante na mudança da composição dos acionistas nas empresas em termos de investimentos substanciais, chamados a um papel ativo no acompanhamento e responsabilidade corporativa da demanda.

Segundo Steiner e Stenier (2003), governança corporativa é definida com os seguintes elementos:

“é o controle geral das atividades numa corporação. Uma preocupação com a formulação de planos com objetivos em longo prazo com uma correta estrutura de gestão (organização, sistemas e pessoas) para alcançá-los. Ao mesmo tempo, implica em garantir que a estrutura possa manter a integridade, reputação e responsabilidade de seus vários grupos da corporação”.

Embora a governança corporativa seja elaborada através de diversos modelos, uma adequada governança corporativa viabiliza que as organizações funcionem com eficiência e de forma produtiva, para reduzir abusos de poder, e garantir transparência da responsabilidade gerencial tanto em organizações privadas como no setor público. [...]