GESTÃO PARTICIPATIVA E PLANEJAMENTO 

Ana Paula Barata Galvão
Creusa Alves Vieira
Elisabete Maria Gomes
Ivani Santos da Silva
Iracema Silva Meireles Suzano
Joseane Maria Ferreira de Brito Silva
Midian Malheiros
Sandra Valéria Almeida

Prof.ª Dra. Jedida Melo

Introdução 

A Globalização é um reflexo do Antropoceno. A era em que vivemos. Intensa. Efervescente. Marcada por nossos pegados. Um ambiente conectado. Fazemos parte da metamorfose.  Somos a borboleta monarca que saiu do casulo da mesmice. Ciência, tecnologia, arte, medicina, música. A educação, claro, não pode ficar de fora já que é ela a responsável mais forte de nossa mudança. A educação que no passado o criava repetidores e decoradores ficou para trás. Seguia a esteira da evolução que trouxe uma seleção natural capaz de escolher novas qualidades a serem privilegiadas. A escola do passado, ambiente desfavorável à criatividade, tem que acabar e no passado ficar. Mas como alterar a escola a fim de torná-lo um ambiente, confortável mentalmente aos estudantes? Deve-se fazer cumprir de início, a concepção de escola desenhada no artigo 206 da Constituição cidadã de 1988. A escola deve ser ambiente de pluralidade de idéias. Que tal apresentar o mesmo conteúdo de formas antagônicas para criar senso crítico apurado?

Desenvolvimento
A escola deve ser direito de todos e dever do estado e todas as garantias de permanência nela devem ser dadas ao estudante. A evasão escolar deve ser tratada como tragédia.
O que é burocracia? A idéia de burocracia que o corriqueiro nos presenteia não soa bem. Temos a noção que não é algo bom. Mas o modelo burocrático não foi construído para ser julgado como algo negativo. No século XIX e meados do XX, algumas regiões, principalmente as interioranas, sofriam demais com a política dos coronéis e clientelismo. Nessas regiões, os processos, qualquer um que fosse, eram resolvidos como trocas de favores. Não ter nenhum amigo influente e poderoso era garantia de meses sem resolução de seus problemas em repartições públicas.
A burocracia Weberiana chegou para acabar com essa realidade. Extremamente rígida e hierárquica, sua inflexibilidade levou ordem ao caos público das repartições. A arquitetura deste método foi importante àquele contexto cheio de “flexibilidade” e parcialidade da época. De organização vertical e hierárquica, intolerante, cheia de foco à resolução aos problemas a burocracia foi eficiente e já não é a menina dos olhos do funcionalismo público. Tanto que virou adjetivo negativo que representa lentidão e descuido que nos presenteia com insatisfação. A culpa não é da burocracia, centralizada e de voz forte para dar ordens e surda para ouvir conselhos.
Algumas escolas ainda são muito burocráticas. A escola do futuro não combina com este modelo de gestão. Eles têm interesses disjuntos. A escola junto com todo o seu corpo de funcionários precisa avançar duas casas à frente. Conhecer a “adhocracia”, beber do modelo flexível para aplicar o modelo virtual. São modelos opostos ao burocrático. São mais compatíveis a realidade atual de tantas revoluções do conhecimento. Horizontais, menos rígidos e abertos à participação. Colaborativos, todas as vozes devem ser ouvidas. Baseados em liderança facilitadora. Uma nova expressão da burocracia.
As novas escolas estão imersas na Sociedade do conhecimento. Um mundo que experimenta migrações das sociedades industriais, economia nacional, centralização para sociedade da informação, economia mundial e descentralização.
 Descentralizar é compartilhar. Os erros e acertos. Os riscos e os êxitos. É criar grupos interorganizacionais e conectar a escola.
Ter foco demais é burocrático. Enxergar na totalidade é melhor. Imagine-se dirigindo por um bairro desconhecido cheio de cruzamentos e ruas. Então decide entrar numa rua pois acha que ela te levará ao teu destino. Foca demais nela e não olha para as laterais numa visão mais ampla. Por isto não vê uma placa sinalizadora e erra de rua.
Na escola descentralizada. Com gestão, palavra que já significa colaboração em seu sentido. O saber de quem estudou, professores, psicólogos e diretores, deve ser usado como apoio às discussões, mas formais como orientador primário na tomada de decisão. Alunos e outros funcionários devem participar da decisão pois se são capazes de pensar suas experiências são capazes de produzir conhecimento na medida em que “participar” é repensar o se saber em confronto com outros saberes. Participar é fazer COM e não PARA. É uma prática social.
Conclusão 
O planejamento estratégico trata do processo de estabilização de objetivos e diminuição burocrática. Auxilia o gestor a focar sem dispensar sua visão periférica do problema. Dá sentido aos membros da instituição, reduz o impacto das mudanças do meio externo, maximiza a eficiência, define parâmetros de controle do próprio autoconhecimento da instituição e das forças que cercam o seu campo de atuação em que o diálogo é ponto fundamental para o entendimento concreto e eficaz na gestão participativa. Por fim, entende-se que o planejamento participativo é ferramenta de democratização. A gestão pública revela a necessidade de se conviver com o dissenso e o conflito, tendo clareza de que não podemos anulá-los.

Referência Bibliográfica
OLIVEIRA, N. de C. BARRETO, C. S. Gestão participativa e planejamento estratégico: (re) significando o caminho da educação no SALT – IAENE,