PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais

Curso de Ciências Contábeis

6º Período Noite

Análise de Custos

Auditoria

Contabilidade e Orçamento Empresarial

Contabilidade Governamental

Ética Profissional

Sistemas Contábeis II

 

Elisa Lucia Valentim

Fernanda Neves dos Santos

Gabriela Neves dos Santos

Isabela Ferreira Rodrigues

 

 

 

 

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E DE CUSTOS PARA MICRO, PEQUENAS EMPRESAS E EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS.

 

 

Belo Horizonte

07 de maio 2014


 

Elisa Lucia Valentim

Fernanda Neves dos Santos

Gabriela Neves dos Santos

Isabela Ferreira Rodrigues

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E DE CUSTOS PARA MICRO, PEQUENAS EMPRESAS E EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS.

 

 

Projeto de Extensão apresentado às Disciplinas:  Análise de Custos,  Auditoria, Contabilidade e Orçamento Empresarial, Contabilidade Governamental, Ética Profissional, Sistemas Contábeis II, do 6º Período Noite do Curso de Ciências Contábeis do Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais da PUC Minas BH.

Professores: Alex Magno Diamante

                                                                                       Amaro da Silva Junior

                                                                                       Amilson Carlos Zanetti

                                                                           Giovanni Jose Caixeta

                                                                           José Luiz Faria

                    José Ronaldo da Silva

                   

 

 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte

07 de maio 2014

SUMÁRIO

 

RESUMO.. 3

1 INTRODUÇÃO.. 4

2 SITUAÇÃO-PROBLEMA.. 5

2.1 Diagnóstico da situação-problema. 5

2.2 Justificativa. 5

2.3 Objetivos. 6

2.3.1 Objetivo geral 6

2.3.2 Objetivos específicos. 6

2.4 Metas. 7

2.5 Público alvo. 7

3 METODOLOGIA.. 8

4 DESENVOLVIMENTO.. 9

4.1 Empreendedorismo. 9

4.2 Empreendedores individuais. 10

4.3 Micro e pequenas sociedades empresárias. 11

4.4 Contabilidade para pequenos negócios. 12

4.5 Administração de negócios empreendedores. 14

4.6 Atuações e contribuições dos empreendedores na economia nacional 14

4.7 Plano de negócios. 16

4.8 Relações existentes entre o exercício contábil e as atividades empreendedoras. 17

4.9 Informações contábeis no processo de tomada de decisões de organizações de pequenos negócios  18

4.10 O papel dos contadores no desenvolvimento e sustentabilidade das sociedades empresárias de micro e pequeno porte e de empreendedores individuais. 20

4.11 Processo de formalização, planejamento e gestão de micro e pequenas empresas de empreendedores individuais. 21

4.12 Legislação aplicável as micro e pequenas empresas e empreendedores individuais. 23

4.13 Contribuição dos órgãos governamentais ou da sociedade. 24

5 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.. 25

5.1 Reflexão e discussão intergrupal 26

6 CONCLUSÃO.. 28

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 29

 

 

 

 

 

 

RESUMO

 

      O objetivo do trabalho é disponibilizar, de uma forma simples e fácil, meios das micro e pequenas empresas e dos empreendedores individuais utilizarem a gestão orçamentária e a contabilidade de custos como ferramentas de controle e de tomada de decisão de seus negócios.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

Nos dias atuais, a competitividade no mundo empresarial é uma tendência continuamente crescente, e o comportamento de cada empresa nessa competitividade é o resultado de sua capacidade administrativa.  Muitos dos pequenos empreendimentos se iniciam sem um planejamento adequado, e na maioria dos casos, isso acaba se tornando um dos maiores motivos para o fim precoce desses empreendimentos.

O presente projeto, desenvolvido durante o sexto período do curso de Ciências Contábeis, tem como tema “gestão orçamentária e de custos para micro, pequenas empresas e empreendedores individuais.” O objetivo é demonstrar como é importante que os empreendedores tenham conhecimento e saibam como utilizar essas duas ferramentas de gestão a seu favor, visto que atualmente há uma grande dificuldade em relação às suas utilizações pelos pequenos empreendimentos.

É notável que somente há o nascimento e desenvolvimento de estudos sobre determinados assuntos se os pesquisadores forem capazes de conhecer o problema e apresentar soluções.  Desta forma, para a composição do projeto, os alunos irão aplicar os conceitos fundamentais de micro e pequenas empresas, e demonstrar a efetividade do planejamento na abertura de um novo negócio.

            A falta de gestão orçamentária e de custos são uns dos principais fatores que levam ao fracasso dos micro e pequenos empreendimentos. Por isso é importante que os empreendedores busquem o conhecimento dessas ferramentas, promovendo assim uma maior probabilidade de sucesso em seu empreendimento.

Outro ponto importante que será abordado, é a grande influência da gestão orçamentária e de custos no processo de tomada de decisão, já que a escolha de uma alternativa adequada requer ferramentas capazes de atender à necessidade de informações gerenciais específicas.

Será demonstrado também como é importante que os gestores façam uma análise antes de iniciar qualquer empreendimento, conhecendo profundamente o seu negócio, bem como o ambiente em que irão atuar e o seu público alvo.

Este projeto é relevante aos micro e pequenos empresários, para que possam compreender a importância da gestão orçamentária e de custos no sucesso de seus empreendimentos.

 

2 SITUAÇÃO-PROBLEMA

 

2.1 Diagnóstico da situação-problema

 

            Dados estatísticos do SEBRAE comprovam que nove em cada dez empresas brasileiras se classificam no ramo de micro ou pequena empresa. Entretanto, sete em cada dez empresas abertas em um determinado ano, encerram as suas atividades dentro de aproximadamente cinco anos de existência.

            Naturalmente, essa realidade se deve principalmente a falta de utilização de ferramentas como o orçamento empresarial e a contabilidade de custos. O orçamento irá propiciar a segurança, por estabelecer um plano a ser executado em busca de melhorar o gerenciamento dos recursos alocados e utilizados de forma eficaz pela contabilidade de custos.

            Nos últimos anos, o segmento apresentou um momento de evolução, visto que tem um potencial mercado consumidor e é um ramo que pode atingir vários segmentos do mercado, mas que também pode direcionar o negócio para públicos específicos, como colégios, escritórios e repartições, se instalando em pontos estratégicos aos seus objetivos.

            Ao colocar em prática o funcionamento do negócio, estabelece-se um novo desafio, devido à gestão competitiva que exige que o empreendimento seja capaz de oferecer os melhores produtos e serviços e ainda assegurar o melhor retorno do capital empregado. Gerenciar o negócio significa colocar à prova o talento, o conhecimento e a experiência do empreendedor, dentro do mais elevado grau de profissionalismo. (PAPELARIA, 2014).

           

2.2  Justificativa

 

A sobrevivência da empresa depende de uma gestão criteriosa e bem conduzida. É preciso que se tenha visão ampla dos processos administrativos e produtivos. A gestão orçamentária e de custos irá contribuir na direção estratégica e no propósito do negócio, na busca por compras de produtos selecionados, vendas, preços competitivos, controles internos, dimensionamento do estoque e controles financeiros.

Diante do exposto, é possível perceber a relevância de se manter um controle efetivo do negócio iniciado pelo empreendedor individual. O planejamento adequado, com embasamento no orçamento empresarial e na gestão dos custos, serve como instrumento que pode ser usado para limitar ou restringir despesas. Além disso, são ferramentas que almejam alcançar determinados resultados e maximizar o lucro.

Entretanto, as pequenas empresas estão fadadas a falta de informações e de preparo dos empreendedores, o que as torna vulneráveis às adversidades do mercado. Partindo-se desse ponto, a pesquisa irá contribuir para demonstrar que o planejamento estratégico é vital, visto que orienta a administração na condução dos processos do negócio.

2.3  Objetivos

2.3.1 Objetivo geral

 

O objetivo principal do projeto, é criar uma metodologia de fácil entendimento para auxiliar as micro e pequenas empresas e os empreendedores individuais a utilizarem as técnicas de contabilidade de custo e gestão orçamentária para otimizarem seus lucros e a manutenção de seu negócio.

2.3.2        Objetivos específicos

 

Para se chegar a uma resposta geral elaboraram-se os seguintes objetivos específicos:

  • Evidenciar a importância do planejamento orçamentário nas micro e pequenas empresas;
  • Levantar os custos dos produtos vendidos e os gastos envolvidos no negócio;
  • Importância de se manter um controle efetivo das quantidades do estoque inicial;
  • Necessidade de se planejar a linha de mercadorias (qualidade, preço, quantidade, diferenciação);
  • Importância de se manter controle sobre os gastos, produtividade e qualidade para definição do custo e preço unitário;
  • Implantação de métodos que trabalhem o custo-alvo ou custo-meta para um produto e/ou serviço;
  • Elaboração do orçamento de vendas, produção e matérias-primas;
  • Acompanhamento do previsto com o efetivamente realizado.

 

2.4      Metas

 

Para definição das metas é imprescindível que se tenha o conhecimento inicial do tipo de negócio, do porte, da localização, do público-alvo e de outros aspectos do empreendimento.

Assim, colocam-se como principais metas a resposta aos objetivos propostos como forma de demonstrar a relevância de se manter o planejamento orçamentário e de custos no segmento de papelarias como ponto estratégico que irá possibilitar o cumprimento em função da missão e visão do negócio empreendido. Além, do acompanhamento e aperfeiçoamento contínuo dos processos.

 

 

2.5      Público-alvo

A pesquisa propõe um estudo voltado para o comércio de armazéns de papelaria, segmento caracterizado pela venda de diversos produtos feitos de papel, artigos de escritório, suprimentos de informática e materiais escolares, também na prestação de serviço de cópias e digitalização.

No ramo de papelarias, visto as diversidades existentes em níveis de variedades comercializadas e serviços prestados, o público-alvo é bastante abrangente. Entretanto, será restringindo para o desenvolvimento desse projeto as micro e pequenos empresários e empreendedores individuais que atuem no ramo varejista, no segmento de papelarias na região próxima a PUC Minas.

Trabalharemos então, com os comerciantes do bairro Coração Eucarístico e Padre Eustáquio. A proposta é que sejam analisados em torno de 10 destes negócios, a fim de possibilitar conhecer as demandas, limitações e particularidades deste tipo de empresa.

 


3            METODOLOGIA

 

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho será pautada na pesquisa cientifica e de campo. Para se alcançar o objetivo serão aplicados três tipos de pesquisa: explicativa, metodológica e aplicada. 

A pesquisa explicativa para identificar os fatores e motivos que contribuem com determinados acontecimentos; metodológica, na utilização de informações reais como referência; e aplicada, nas explicações de práticas, com o intuito de contribuir com a busca de soluções de problemas concretos. 

Quanto aos meios, serão definidos com pesquisas bibliográficas, pesquisas documentais e o estudo de caso de uma situação real dentro do público alvo. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 DESENVOLVIMENTO

 

4.1 Empreendedorismo

 

Empreender é saber identificar oportunidades e aproveitá-las, assumir os riscos e desafios, que são constantes nesse meio. É saber se planejar e estar sempre aberto a coisas novas, pois este é um setor bastante mutável, onde tudo acontece muito rápido e de forma quase que diária (EMPREENDER é ter vontade e oportunidade, 2014).

Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar. (EMPREENDEDORISMO, 2014).

O empreendedor possui algumas características e talentos fundamentais, como iniciativa, visão de futuro, capacidade de inovar, de organizar demandas e gerenciar equipes, além de possuir uma firmeza e determinação. É aquele que está em constante busca por novos caminhos e novas soluções, tendo sempre em vista as necessidades das pessoas. (EMPREENDER é ter vontade e oportunidade, 2014).

O empreendedor não pode ter medo de ousar, de colocar todo o seu potencial, força e energia naquele projeto que realmente acredita. Ele precisa ser um motivador, incentivando equipes para que todos juntos se unam em prol de um objetivo comum, ajudando na melhoria da vida das pessoas que compram seu produto ou serviço. (O QUE é empreender? 2014).

O primeiro passo para se tornar um empreendedor é o simples ato de querer empreender. Na maioria dos casos não é algo fácil. É um caminho árduo, afinal, empreender é sair da comodidade, do salário garantido no final do mês, da inércia e da mesmice. (O QUE é empreender? 2014).

O empreendedorismo é de grande importância para toda a sociedade, devido ao fato de ser essencial para a geração de riquezas dentro de um país, pois promove o crescimento econômico e melhora as condições de vida da população, além de ser um fator muito importante na geração de empregos e renda. (EMPREENDEDORISMO, 2014).

 

 

 

 

4.2 Empreendedores individuais

 

Nos dias atuais, os empreendedores individuais assumem uma posição de fenômeno global, visto que avançam através da inovação, do desenvolvimento tecnológico e da geração de novos postos de trabalho. O empreendedorismo está diretamente ligado ao crescimento econômico e a melhora da qualidade de vida da população. (EMPREENDEDORISMO: a revolução do novo Brasil, 2014).

Talvez por isso a figura do empreendedor é ligada a alguém inovador, criativo, planejador, inquieto, perseverante, intuitivo, habilidoso, autoconfiante e otimista. De acordo com Dolabela (2006, p. 25), o empreendedor é o ‘motor da economia’, um agente de mudanças.

Fica evidenciado que o empreendedor deve saber o lugar, quando e como chegar à busca da sua realização pessoal. Para empreender em um negócio, é preciso que o indivíduo tenha necessidade de realização, e desenvolva características imprescindíveis em busca da concretização dos seus objetivos, como iniciativa e independência, a criatividade, a visão de longo prazo, comprometimento, persuasão, formação e capacidade de lidar com as adversidades inerentes dos negócios empresariais. (SEBRAE, 2014).

Formalmente, considera-se Empreendedor Individual a que se refere o artigo 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 do Código Civil, o empresário que tenha auferido receita bruta, no ano calendário anterior, de até sessenta mil reais, seja optante pelo Simples Nacional e exerça atividade permitida ao Micro Empreendedor Individual, e instituído pela Lei Complementar 128/2008. (PORTAL do empreendedor, 2014).

Os empreendedores individuais têm atenção constante do governo, visto que representam uma relevante estratégia para o desenvolvimento econômico do Brasil, que é hoje apontado como um dos países mais empreendedores no mundo, mas que ainda há muito que melhorar no que se relaciona as condições de consolidação das milhares de iniciativas de novas empresas. (EMPREENDEDORISMO: a revolução do novo Brasil, 2014).

Assim, há um estreitamento na relação dos Empreendedores Individuais com o governo. Em termos técnicos, os empreendedores devem mensalmente preencher um relatório de quanto o empreendimento faturou, têm a responsabilidade de manter as notas fiscais de suas compras e vendas e informar anualmente a Receita Federal do Brasil uma declaração de seu faturamento. (EMPREENDEDORISMO: a revolução do novo Brasil, 2014).

Através da formalização da relação com o governo, o empreendedor deverá realizar o pagamento de impostos, onde serão cobrados apenas valores simbólicos para o Município de cinco reais de ISS e para o Estado um real de ICMS. Já o INSS será reduzido a 5% do salário mínimo. Assim, o Micro Empreendedor Individual terá direito aos benefícios previdenciários. (IMPOSTOS, DAS, nota fiscal, 2014).

Ao se regularizar, o micro empreendedor terá uma série de benefícios que irão facilitar o desenvolvimento do trabalho e trazer maiores possibilidades de crescimento. Visto que a formalização é um incentivo que permitirá a obtenção de CNPJ, acesso a produtos e serviços bancários como PJ, segurança para desenvolver sua atividade, possibilidade de negociação de preços e desempenho de forma legal. (EMPREENDEDOR individual, 2014).

Entretanto, empreendedores devem estar sempre atentos a cota de faturamento anual de sessenta mil reais. Se o faturamento exceder o valor permitido, mas não ultrapassar a marca de setenta e dois mil reais, o empreendimento passará a ser considerado uma Microempresa, o que altera o recolhimento de impostos que passa para percentual que varia de 4% a 17,42%, dependendo do tipo de negócio e do montante do faturamento. Se o faturamento for superior a setenta e dois mil reais, o enquadramento no Simples Nacional é retroativo e o recolhimento dos impostos passa a ser feito no mesmo ano em que ocorreu o excesso no faturamento, com acréscimos de juros e multa. Por isso, o empreendedor tem a possibilidade de iniciar imediatamente o cálculo e o pagamento dos tributos acessando diretamente o Portal do Simples Nacional no site da Receita Federal, caso perceba que seu faturamento no ano será superior a setenta e dois mil reais. (O micro empreendedor individual, 2014).

Assim, fica claro perceber que os empreendedores não são fruto apenas de suas habilidades e talentos pessoais. O desenvolvimento dos empreendedores se deve também as condições oferecidas pela sociedade em que estão inseridos. (SEBRAE, 2014).

4.3 Micro e pequenas sociedades empresárias

 

Existem alguns critérios que classificam o tamanho de uma empresa. Eles são importantes fatores de apoio às micro e pequenas empresas, permitindo que estabelecimentos dentro dos limites instituídos possam usufruir dos benefícios e incentivos previstos nas legislações. (CRITÉRIOS e conceitos para classificação de empresas, 2014).

            O critério adotado para conceituar micro e pequena empresa é a receita bruta anual. Micro Empresa (ME) é aquela que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000 (trezentos e sessenta mil reais). Já a Empresa de Pequeno Porte (EPP), é um empreendimento com faturamento bruto anual entre R$ 360.000 (trezentos e sessenta mil reais) e R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). (LEI complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006).

            As micro empresas e as empresas de pequeno porte possuem algumas obrigações normais como qualquer outra, das quais podem-se destacar: assinatura da carteira de trabalho dos funcionários, guarda de documentos comprobatórios das obrigações trabalhistas e previdenciárias, apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP, e a apresentação da relação anual de empregados, de informações sociais e o cadastro geral de empregados e desempregados – CAGED. (LEI Geral da Micro e Pequena Empresa, 2014).

            No Brasil, há um enorme crescimento do número de micro e pequenas empresas, o que é de extrema importância econômica e social devido ao grande número de emprego e renda gerados. Esse crescimento gera um aumento da participação no PIB e nas exportações e faz com que esses negócios se fortaleçam politicamente, recebendo apoio de entidades, redução na carga tributária entre outros benefícios. (CARACTERÍSTICAS Gerenciais das Micro e Pequenas Empresas e as de seus Empreendedores: Alternativas para Gestão Financeira, 2014).

            A decisão de iniciar uma microempresa ou empresa de pequeno porte, não deve ser apenas uma fuga da iniciativa privada. Pois esta é uma decisão que envolve diversas responsabilidades por um empreendimento que será somente seu, no qual haverá o pagamento de salários, taxas e tributos. Por isso, é muito importante conversar com pessoas que já trabalham na área para trocar dicas e informações. (O QUE é Microempresa?, 2014).

Há algumas entidades que servem de orientação para aqueles que desejam ter o seu próprio negócio. Uma das mais conceituadas e conhecidas delas é o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que realiza um trabalho de apoio e orientação às microempresas. Um dos principais pontos reforçados pelo SEBRAE são as orientações relacionadas à obtenção de dinheiro para investir no negócio próprio. Eles indicam empresas que oferecem linhas de financiamento e investimento para os empresários. (O QUE é Microempresa?, 2014).

 

4.4 Contabilidade para pequenos negócios

 

A contabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios. A amplitude das informações contábeis vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais, previdenciárias e legais. Por isso, informações relevantes podem ser desperdiçadas quando a contabilidade é encarada como mera burocracia para atendimento governamental. (GERENCIAMENTO e contabilidade tudo a ver, 2014).

Para as microempresas, a contabilidade formal como livro diário e razão é dispensada. Também não é preciso ter Livro Caixa. Contudo, o empreendedor deve zelar pela sua atividade e manter um mínimo de controle em relação ao que compra e ao que vende e quanto está ganhando. Essa organização permite gerenciar melhor o negócio e a própria vida, além de ser importante para crescer e se desenvolver. (PORTAL do empreendedor, 2014).

           

A contabilidade deve ser encarada como uma ferramenta indispensável a qualquer tipo de negócio, um suporte de apoio aos micro e pequenos empresários em suas decisões gerenciais. Embora a realidade seja bem outra, afinal por vezes, os empreendedores enxergam os contadores como profissionais que lidam diretamente com os tributos e nada mais. (A importância da contabilidade para micro e pequenas empresas, 2014).

Mediante esse tipo de pensamento é que muitas empresas têm saído rapidamente do mercado. Pesquisas apontam que das cerca de 464,7 mil empresas abertas em um determinado ano, 48,2% fecham suas portas dentro de mais ou menos três anos. (QUASE metade das empresas brasileiras não passa do 3º ano de vida, 2014).

Por isso, julga-se como de extrema importância que os empreendedores das micro e pequenas empresas acompanhem as tendências do mercado, especialmente na gestão da informação e do conhecimento, pois só assim poderá garantir além de sua sobrevivência, a sua melhoria e crescimento. (A importância da contabilidade para pequenas empresas produtoras de projetos culturais, 2014).

E é o setor de contabilidade, seja ela, interna ou terceirizada que poderá apropriar o sistema de informações de maneira mais adequada, ao gerar relatórios e informações para sua tomada de decisão, baseando-se em um eficiente sistema de controle interno. A contabilidade deve ser usada como ferramenta pelos gestores, visto que tem a responsabilidade de trabalhar com o armazenamento de todas as informações operacionais, administrativas e fiscais para avaliação e planejamento estratégico e tributário de qualquer instituição, o que propicia maior confiabilidade nas tomadas de decisões. (A importância da contabilidade para pequenas empresas produtoras de projetos culturais, 2014).

Por meio das devidas adaptações e com o reconhecimento de sua utilidade por parte do empresário, a contabilidade, em seu foco gerencial, poderá transformar-se na principal ferramenta estratégica para o desenvolvimento e até mesmo para sobrevivência das pequenas empresas. (SEBRAE, 2014).

4.5 Administração de negócios empreendedores

 

Abrir e gerir uma empresa exige um conjunto de habilidades e conhecimentos. Por isso é preciso entender o mercado, o público que se deseja atingir e planejar bem o negócio. Uma boa gestão deve considerar estratégias de markentig, um fluxo de caixa controlado e exige também muita criatividade e inovação. (O que você precisa saber  para iniciar bem, 2014).

Pequenas empresas que adotam padrões de gestão têm maior lucro, são menos endividadas e investem mais. Estudos realizados pelo SEBRAE sobre os fatores condicionantes do sucesso empresarial, determinantes da sobrevivência e mortalidade, comprovam que na opinião dos empresários, um dos principais motivos que levam ou não, as empresas ao encerramento é o nível de habilidades gerenciais. Os fatores que integram essas habilidades refletem a preparação do empresário/administrador para interagir com o mercado em que atua e a competência para bem conduzir seu negócio. (ADMINISTRAÇÃO de micro e pequenas empresas, 2014).

A sobrevivência das pequenas empresas depende da capacidade de competir no mercado. Ao identificar as principais necessidades, a empresa consegue adotar um sistema que aprimore sua gestão, aumente sua competitividade e proporcione mais chances de sucesso. (10 dicas para administrar melhor seu negócio, 2014).

É preciso espírito empreendedor e adoção de técnicas que podem garantir a continuidade do negócio em um mercado amplamente competitivo, como o planejamento estratégico, elaboração de melhorias contínuas, controle do desempenho, especial atenção as finanças, organização das informações, atenção a concorrência, boa gestão dos colaboradores, elaboração de plano de negócios, acompanhamento da contabilidade e a manutenção de controles administrativos/financeiros. (10 dicas para administrar melhor seu negócio, 2014).

Assim, fica claro que a principal tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela empresa, e transformá-lo em ações através do planejamento, coordenação, direção e controle de todos os esforços realizados, a fim de alcançar esses objetivos da maneira mais adequada à situação esperada. (ADMINISTRAÇÃO de empresas)

4.6 Atuações e contribuições dos empreendedores na economia nacional       

 

Há uma clara correlação entre o empreendedorismo e o crescimento econômico, visto que o mesmo é hoje um fenômeno global, sobre o qual diversas instituições públicas e privadas têm investido para pesquisar e incentivar. Os resultados manifestam-se por meio da inovação, do desenvolvimento tecnológico e geração de novos postos de trabalho. (EMPREENDEDORISMO: a revolução do novo Brasil, 2014).

Ainda segundo o IBGE, o universo das micro e pequenas empresas no Brasil é superior a seis milhões e contribui com cerca de 25% do PIB. A riqueza gerada pelos empreendedores contribui para a melhoria da qualidade de vida da população e, não raras vezes, é reinvestida em novos empreendimentos e, de maneira indireta, nas próprias comunidades. (MICRO e pequenas empresas empregam maioria e contribuem para fortalecer economia, 2014).

Assim, fica claro evidenciar que micro e pequenas empresas têm papel preponderante para alavancar o crescimento do país, já que os pequenos negócios são de fundamental importância para fomentar o desenvolvimento e contribuir com o avanço do Brasil. (A importância das micro e pequenas empresas para economia do país, 2014).

Na maior parte das cidades brasileiras, por exemplo, os pequenos empreendimentos urbanos e rurais representam de 99% a 100% das atividades empresariais. Especialmente nas cidades com menos de 20 mil habitantes. Além disso, nos municípios onde os empreendedores são estimulados a abrir e formalizar o seu negócio, o resultado natural é o aumento da base de contribuintes, o que propicia ao aumento da arrecadação de impostos diretos e indiretos. (PEQUENOS negócios movimentam a economia local, 2014).

E de uma forma geral, as pequenas empresas no Brasil empregam aproximadamente 52% dos trabalhadores urbanos do país. E justamente por serem menores, dinâmicas e menos burocráticas, muitas das pequenas empresas brasileiras estão concorrendo diretamente com as grandes, principalmente em serviços. (MICRO empresas: a grande força da economia brasileira, 2014).

Esse aumento da competitividade das micro e pequenas empresas, por meio da disseminação das melhores práticas de gestão empresarial, estimulam o empreendedorismo e o desenvolvimento sustentável. (SEBRAE 40 anos, 2014).

 Historicamente, os empreendedores individuais exercem uma influência positiva sobre os demais setores da economia devido a sua relevância econômica, à capacidade de promover o emprego e a renda e à enorme capilaridade de seus agentes em todos os cantos do Brasil. (SEBRAE 40 anos, 2014).

 

 

 

4.7 Plano de negócios

 

Um plano de negócio é um documento que descreve os objetivos de um negócio e os passos que devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas, permitindo identificar e restringir erros no papel, mediante simulações, em vez de cometê-los no mercado. Ele possui seções que são geralmente padronizadas, com o intuito de facilitar o entendimento do Plano. (A SUA empresa no papel, 2014).

As pequenas empresas têm um alto índice de mortalidade, e, por isso, é muito importante elaborar um eficiente Plano de Negócio. Para isso, é necessário que o empreendedor conheça o seu mercado atual e qual é o mercado que a empresa pretende atingir. Fazendo com que ele mesmo possa dirigir o seu Plano de Negócio para o público alvo correto e mitigar a possibilidade de erro, sabendo quem exatamente ele vai atingir. (PLANO de Negócios: uma ferramenta eficaz e fundamental para longevidade das Pequenas Empresas e Microempresas, 2014).

Não existe uma estrutura formal e obrigatória para a confecção de um bom Plano de Negócios, porém, deve possuir um número mínimo de seções, onde o empreendedor possa ter uma compreensão de como será a execução desse Plano. Essas seções devem ser dispostas de forma lógica e racional para permitir que qualquer pessoa que venha ler esse plano possa entender de que maneira essa empresa é estruturada, seus objetivos, produtos e/ou serviços, em qual mercado está inserida, qual a sua estratégia de marketing e em qual situação financeira essa empresa se encontra. (PLANO de Negócios: uma ferramenta eficaz e fundamental para longevidade das Pequenas Empresas e Microempresas, 2014).

O Plano de Negócio serve como uma ferramenta de gestão. Mas, para isso, é necessário que as informações circulem de maneira aberta dentro da própria organização, fazendo com que seus colaboradores possam conhecer seu teor e, assim, se alinharem com o pensamento da empresa. Porém, para que isso aconteça de uma forma correta, é necessário um monitoramento constante sobre os números, metas e objetivos a serem alcançados dentro do plano. (PLANO de Negócios: uma ferramenta eficaz e fundamental para longevidade das Pequenas Empresas e Microempresas, 2014).

O Plano de Negócios é um auxílio na “tomada de decisão” sobre levar adiante o projeto ou não. A razão é que, com planejamento, as chances de sucesso de um negócio aumentam substancialmente. Um plano de negócios é, sim, indispensável para se iniciar uma micro ou pequena empresa. (PLANO de Negócios: uma ferramenta eficaz e fundamental para longevidade das Pequenas Empresas e Microempresas, 2014).

Pode perceber a grande importância do Plano de negócio, através da definição de que o planejamento é primordial para o sucesso de qualquer empreendimento, assim como a capacidade do novo empresário de saber enfrentar e superar os possíveis obstáculos, que, com certeza, se apresentarão ao longo da vida empresarial. (PLANO de Negócios: uma ferramenta eficaz e fundamental para longevidade das Pequenas Empresas e Microempresas, 2014).

 

4.8 Relações existentes entre o exercício contábil e as atividades empreendedoras

 

Como já dito anteriormente, as micro e pequenas empresas são detentoras de grande parte da economia brasileira. Porém, um dos grandes problemas enfrentados por essas empresas são o elevado índice de mortalidade, na maioria dos casos nos primeiros anos de suas atividades, onde elas enfrentam diversos problemas que quase sempre estão relacionados à gestão das entidades. (CONTABILIDADE para pequenas empresas: a utilização da contabilidade como instrumento de auxílio às micro e pequenas empresas, 2014).

A não utilização da contabilidade é um dos fatores de maior gravidade para as micro e pequenas empresas, já que em muitos casos os empreendedores não se preocupam, ou não tem conhecimento, das obrigações das entidades. Outro problema enfrentado pelos pequenos proprietários, muitas vezes, é a não observância da sua necessidade de capital de giro num futuro próximo, longo ou mesmo no momento. Neste sentido, a empresa poderá não ter dinheiro suficiente num período de grande crescimento e acabar por ter que fechar suas portas em decorrência da falta de uma projeção de fluxo de caixa eficiente. (CONTABILIDADE para pequenas empresas: a utilização da contabilidade como instrumento de auxílio às micro e pequenas empresas, 2014).

Apesar da ótima correlação existente entre a importância das micro e pequenas empresas para o país e as taxas de empreendedorismo, o Brasil ainda hoje apresenta um índice alto de mortalidade para empreendimentos com até quatro anos de existência [...] (ANHOLON et al, 2007, p. 89).

É muito importante que os empreendedores das micro e pequenas empresas se conscientizem quanto à importância da contabilidade para o seu negócio. Pois ela auxilia o gerenciamento das atividades, usando procedimentos operacionais internos, como o uso do fluxo de caixa e da demonstração do resultado do exercício, que são ferramentas de fácil compreensão aos pequenos empresários. (CONTABILIDADE para pequenas empresas: a utilização da contabilidade como instrumento de auxílio às micro e pequenas empresas, 2014).

O contador exerce um papel extremamente importante quanto à organização da empresa, à estruturação contábil e ao planejamento fiscal financeiro, além de ser capaz de medir o retorno do capital investido. Ele participa desde a constituição da empresa, onde acompanha o registro na Junta comercial ou no cartório civil, e providencia a regularização em vários órgãos, como Receita Federal, INSS e Prefeitura. (CONTABILIDADE para pequenas empresas: a utilização da contabilidade como instrumento de auxílio às micro e pequenas empresas, 2014).

Outro fator que é de extrema importância para os pequenos empreendimentos, é a utilização de um eficiente controle interno. Com ele as entidades podem avaliar melhor o seu desempenho operacional, econômico e financeiro. A utilização de um bom controle interno permite às empresas a avaliação e a prevenção dos métodos e técnicas utilizadas no desenvolvimento de suas atividades. (CONTABILIDADE para pequenas empresas: a utilização da contabilidade como instrumento de auxílio às micro e pequenas empresas, 2014).

Não há dúvidas de que a Contabilidade é um instrumento que traz muitos benefícios à gestão das entidades, gerando maior nível de confiabilidade nos seus procedimentos internos e externos, sendo uma base segura de informações a disposição dos gestores das empresas. O mercado atual tem direcionado novos fatores relacionados à gestão que devem ser bem trabalhados pelos administradores de empresas. (CONTABILIDADE para pequenas empresas: a utilização da contabilidade como instrumento de auxílio às micro e pequenas empresas, 2014).

Enfim, a contabilidade deve ser vista como ferramenta de gestão, para que possa projetar os resultados da empresa a partir de metas. Muitos empresários desprezam dados e avaliações, e perdem uma excelente oportunidade de contar com a experiência, formação e competência do contador. (CONTABILIDADE para pequenas empresas: a utilização da contabilidade como instrumento de auxílio às micro e pequenas empresas, 2014).

 

4.9 Informações contábeis no processo de tomada de decisões de organizações de pequenos negócios

 

Para Miotto, as tomadas de decisões dentro de uma organização, seja ela de qual porte for envolvem desde comprar, vender ou manter participações em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito, até expandir, restringir, maximizar os processos e campos de atuação, entre outras várias oportunidades.  Para tanto deve-se, admitir que as informações contábeis são o aparato que permite ao gestor tomar tais decisões. Além disso as informações quando elaboradas da forma correta e divulgadas de forma convincente e relevante, permite a empresa ser apreciada pelo mercado, e no mercado de micro e pequenas empresas, tal atitude, pode garantir e facilitar  transações e aumentando a confiabilidade para com a empresa.

Exemplo disso é a maior facilidade na obtenção de crédito para ampliação de negócios, a maior parte dos bancos, e inclusive o BNDS avaliam a situação financeiro econômica, das empresas antes de liberar o crédito. Conforme o site do BNDS para que seja liberado o crédito de financiamento para micro e pequenas empresas, as mesmas deverão ter uma receita anual inferior ou igual a R$ 90 milhões. Para isso é preciso que seja feita a contabilização correta das receitas e que os relatórios evidenciem a situação real da entidade.

 As informações contidas nas demonstrações fornecem parâmetros para a avaliação da situação patrimonial e financeira das entidades e contemplam usuários externos e internos que podem tomá-las como base nas tomadas de decisão.

Coronado (2006, p.11), defende que:

 

o processo de gestão deve ser definido com base na lógica do processo decisório, deve contemplar analiticamente as fases de planejamento, execução e controle das atividades da empresa e ser suportado por sistemas de informações que subsidiem as decisões que ocorrem em cada uma dessas fases.

 

Pode-se dizer então que os dados contidos nas demonstrações de exercícios anteriores e do exercício em andamento, situação financeira e patrimonial da empresa podem ser utilizadas para o planejamento de estratégias que serão aplicadas ao negócio. Nesse tocante, a contabilidade pode, e deve auxiliar com suas informações no controle e na verificação dos resultados.

            Ferreira (2009, p. 8) destaca em sua pesquisa que os empresários estão tomando consciência da importância de manter-se bem informado e de utilizar das ferramentas disponíveis e elaboradas pela contabilidade, para garantir além da sua sustentabilidade, a manutenção dos negócios. Tendo em vista que o cenário econômico é dinâmico, e o mercado bastante competitivo, o autor ainda traduz essa situação:

 

A maioria das empresas recebe uma ferramenta estática que é o Balanço Patrimonial. Percebe-se, então, que há falta de orientação que facilite ou melhore o planejamento e controle. Para isso é necessário dar ênfase para as demais ferramentas de cunho dinâmico, tais como formação de preço de venda, análise de custo entre outras, que irão viabilizar ao empresário uma melhor tomada de decisão empresarial.

 

4.10 O papel dos contadores no desenvolvimento e sustentabilidade das sociedades empresárias de micro e pequeno porte e de empreendedores individuais

 

Segundo pesquisas do IBGE, micro e pequenas empresas assumem atualmente grande importância para a economia do país. Esse tipo de negócios é responsável por garantir a empregabilidade de milhares de brasileiros e assegurar a continuidade da movimentação econômica (IBGE, 2001; IBGE, 2009).

Acontece que, grande parte das micro e pequenas empresas têm apresentado um índice de mortalidade acima do que se espera. Pode-se observar, por exemplo, que no Estado de São Paulo, segundo dados do Sebrae, um percentual maior que 50%  das empresas não chegam a completar 12 meses de atividade (SEBRAE, 2008). Alguns dos motivos apontados pela pesquisa, como causa de encerramento dos negócios, está relacionado de forma direta à saúde financeira e aspectos econômico-financeiros.

Nesse sentido, fica ainda mais evidente a importância da contabilidade, que pode ser percebida, e está presente em diversas etapas da gestão e manutenção  dos negócios.

Para Marion (2006, p.23):

A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando- os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.

Segundo Caneca (2008) em sua dissertação de mestrado, fica fácil perceber  que a ciência contábil, trata-se de uma ferramenta eficiente no que se refere à produção e registro de informações a cerca de aspectos que refletem a situação econômica, financeira e patrimonial das entidades. Dessa forma, pode servir como base para planejamentos, controles, avaliações e investimentos que podem traçar o futuro desempenho das empresas.

A contabilidade possui ainda, e não menos importante, a responsabilidade de elaborar e apresentar as demonstrações contábeis das entidades. Nesse contexto, a NBC TG estrutura conceitual – estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil financeiro, quando estabelece orientações para sua estruturação demonstra entre outras coisas como  uma das finalidades da contabilidade:

O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta essa informação (repor Ting entity) que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade.

Diante do exposto, nota-se então a importância desse profissional, que sendo exímio  conhecedor das técnicas e ferramentas disponibilizadas pela contabilidade, pode contribuir aos mais variados setores da empresa.

Tendo como foco a perspectiva das micro e pequenas empresas esta contribuição se torna ainda mais evidente, já que em empresas com características comuns aos pequenos negócios, a demanda por profissionais completos se torna ainda maior.           

Para Casa Nova, é comum que em negócios cujo a natureza sejam pequenas e micro empresas, ou ainda empreendedores individuais, os contadores assumam o papel de gestores das informações, e não obstantes a isso executem ainda atividades operacionais, entre elas o controle, elabora e gestão da folha de pagamento e assuntos pertinentes ao setor de pessoal, trabalhos relacionados às responsabilidades fiscais e tributárias, além do planejamento tributário, contabilização e controle patrimonial, entre outras atribuições.

O que se percebe é que nas micro e pequenas empresas o papel do contador é ainda mais perceptível e exige deste profissional, domínio, competência e qualificação, além de conhecimento técnico e manejo ao lidar com seus clientes.

4.11 Processo de formalização, planejamento e gestão de micro e pequenas empresas de empreendedores individuais

As empresas precisam cumprir algumas exigências iniciais para a sua formalização, antes mesmo de fazer o registro no sistema. Deve ser realizada uma consulta prévia na prefeitura da cidade, na qual a entidade irá exercer suas atividades. Será analisado se o exercício da atividade está em conformidade com o Código de Posturas do Município. Posteriormente, após o pagamento das licenças, é realizada a vistoria do local para verificar as condições do imóvel pretendido para funcionar como estabelecimento empresarial. Estando dentro dos padrões estabelecidos, de acordo com as normas de segurança física determinadas pelo Corpo de Bombeiros Militar e, caso seja necessário, de acordo com as normas da Vigilância Sanitária e Meio Ambiente,  o local é liberado e recebe o alvará de funcionamento. (SEBRAE, 2014).

Após a escolha do nome empresarial, deverá ser realizada uma consulta na Junta Comercial, do local onde a empresa exercerá as suas atividades, para que não haja outra sociedade empresária registrada com o mesmo nome. Esta consulta poderá ser realizada no site da Junta Comercial, com o simples preenchimento dos dados solicitados no cadastro. É necessário ter em mãos o índice cadastral de IPTU, área em metros quadrado e complemento de endereço do local onde será exercido a atividades, além de código CNAE das atividades pretendidas e da atividade principal. Essa mesma consulta é realizada no site a Prefeitura no SIATU – Sistema de Administração Tributária e Urbana. (SEBRAE, 2014).

Em seguida, deve ser feito o contrato social e o seu registro na Junta Comercial.  É através do contrato social que a empresa adquiri a personalidade jurídica. A partir daí ela poderá praticar os seus atos. Para a confecção do contrato social deverá ser observada a legislação em vigor que determina as cláusulas exigidas para a validade do contrato. (CALÇAS, 2003. P.62).

Durante o registro na Junta Comercial pode ser solicitado o enquadramento como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP). Desde que atenda os pré-requisitos previstos na legislação. (SEBRAE, 2014).

O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) é efetivado na Receita Federal do Brasil de forma sincronizada no momento do registro de arquivamento do Requerimento de Empresário na Junta Comercial. É necessário também o cadastro na Secretaria de Fazenda do Estado para as empresas que exercem atividade industrial ou comercial como contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). Além disso, se a empresa for prestadora de serviços deverá também providenciar a Inscrição Municipal na Secretaria de Finanças ou de Fazenda da Prefeitura, para contribuição do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Geralmente essa inscrição é adquirida juntamente com a solicitação do Alvará de Funcionamento. (SEBRAE, 2014).

Caso o empresário queira se inscrever como Microempreendedor Individual, o processo de formalização é mais simples e rápido. Basta acessar o site do Portal do Empreendedor e preenchê-lo com os seus dados. Nesse procedimento o empresário adquire o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), inscrição na Secretaria de Fazenda do Estado e Município.  (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2014).

 Podem se inscrever como Microempreendedor Individual (MEI) os empresários que trabalham por conta própria que tenham faturamento até R$ 60.000,00 por ano e não tenha participação em nenhuma sociedade empresária. Podendo ainda contratar um empregado com carteira assinada. (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2014).

O MEI é isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). É efetuado apenas um pagamento mensal no valor de R$ 37,20 (comércio ou indústria), R$ 41,20 (prestação de serviços) ou R$ 42,20 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2014).

4.12 Legislação aplicável as micro e pequenas empresas e empreendedores individuais

 

A Lei Complementar 123/2006, no seu artigo 1º, estabelece normas quanto aos benefícios e tratamento diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte, como à preferência nas participações de licitações pelos Poderes Públicos; apuração e recolhimento de todos os impostos e contribuições mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias;  ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; e ao acesso a crédito e ao mercado.

Em 2008, Lei Complementar nº 128 instituiu o MEI, simplificando sua formalização e reduzindo a zero o valores referentes a taxas e  demais custos relativos à abertura, à inscrição, ao registro, ao alvará, à licença, ao cadastro do optante pelo regime. (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2014).

Antes de abrir uma empresa, devem ser observadas alguns restrições que geram impedimento à inscrição como empresário, por exemplo, a incapacidade absoluta ou relativa, constante nos artigos 3º e 4º do Código Civil Brasileiro. Ainda, são legalmente impedidas pessoas que tenham sofrido condenação penal, estrangeiros, ou em decorrência da profissão, como chefes do poder executivo, nacional, estadual ou municipal; membros do poder legislativo; magistrados; servidores públicos civis e militares da ativa; leiloeiros; membros do ministério público federal; e ainda empresários falidos, enquanto não forem reabilitados e as pessoas já registradas como Empresário (Individual) em qualquer Junta Comercial do País. (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2014).

            Na constituição do contrato social deverão ser observados alguns requisitos estabelecidos pelo art. 997, do Código Civil Brasileiro, como nome dos sócios, denominação, objeto, sede, prazo de sociedade, número de quotas etc. Já o art. 1.155 da mesma lei, determina a formação do nome empresarial. Além disso, a Instrução Normativa DNRC nº 116, de 22 de novembro de 2011 institui algumas regras e diretos sobre o nome empresarial.

            Existem algumas atividades, como Instituições Financeiras, Caixas Econômicas,  Bancos Comerciais, Casas de Câmbio, Sociedades de Arrendamento Mercantil, entre outras, que necessitam ser aprovadas previamente por órgãos e entidades governamentais, antes mesmo do registro nas Juntas Comerciais. Essas atividades estão listadas no Anexo da Instrução Normativa DNRC n° 114, de 30 de setembro de 2011.

4.13  Contribuição dos órgãos governamentais ou da sociedade

 

            O Estado tem papel fundamental na manutenção das atividades econômicas, ele não apenas cobra os impostos, mas tem a obrigação de criar as regras e normas, e principalmente fazê-las serem cumpridas. (O ESTADO como Ordem Jurídica, 2014).

O  Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) é um grande parceiro dos empreendedores na gestão de suas atividades. Sua função principal é  estimular o empreendedorismo e possibilitar a competitividade e a sustentabilidade das de micro e pequenas empresas. Além de consultoria, o SEBRAE dispõe de serviços de  informação e capacitação, disponibilizando cursos em diversas áreas para auxiliá-los no dia a dia de trabalho, como por exemplo, gestão financeira, marketing, planejamento estratégico, tributação, mercado, gestão de pessoal e muitos outros tão úteis na continuidade dos negócios. (O que é o Sebrae?, 2014).

Assim como o SEBRAE, o SENAC é uma instituição voltada para a capacitação de profissionais do comércio de bens e serviços e do turismo.  Tem papel importante na solução dos problemas enfrentados pelos empreendedores e no desenvolvimento econômico e social. (SOBRE o Senac, 2014).

            O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o principal financiador de longo prazo da economia brasileira, desde sua criação em 1952. Tem como objetivo promover uma inserção competitiva das empresas brasileiras em nível internacional, com o apoio por meio de financiamentos. (BNDES, a empresa, 2014).

            Os sindicatos e associações têm como objetivo principal representar os interesses individuais e da categoria, perante as autoridades administrativas e judiciárias. Além de orientar, defender e representar seus associados, o sindicato os auxiliam nas questões trabalhistas, como nas rescisões de contrato de trabalho e na promoção de fiscalização e conciliação nos dissídios de trabalho e ações para a melhoria da qualidade de vida e de trabalho da categoria.

5  PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

      A Gestão Orçamentária estabelece a direção estratégica e o propósito da empresa, na qual possibilita ao empresário criar metas e se precaver dos possíveis gastos que sua empresa irá incorrer no decorrer do período orçado. Deste modo, uma das técnicas mais utilizadas na gestão orçamentária são os Orçamentos de Vendas, que irá definir o alvo e as quantidades lançadas nos outros orçamentos da empresa. Após esse levantamento, pode-se definir então o Orçamento de Compras, que basicamente traduz os custos de matéria-prima do negócio. Dentro dessa estrutura, pretende-se também analisar o controle de estoques, como mercadorias para revenda e insumos para prestação de serviços.

Já a Análise dos Custos tem um papel fundamental na identificação de todos os gastos incididos no negócio. Essa identificação permite separar os custos diretamente ligados ao produto, ou seja, custos diretos e os custos indiretos, nos quais representam o grande gargalo da gestão empresarial na atualidade.  Definir o preço da mercadoria revendida e dos serviços prestados, margem de segurança, controle de gastos, ponto de equilíbrio, cálculo da margem de contribuição esperada e o Lucro Líquido esperado para a continuidade e sustentabilidade do empreendimento.

Por meio da adoção de tais critérios é definido um norte para o negócio do empreendimento, isso ocorre devido a implantação e análise dos objetivos garantir a identificação de fatores que irão auxiliar no atingimento das metas e planos. Um orçamento bem delineado e alinhado a gestão dos custos, proporciona as pequenas e médias empresas obtenção de sucesso, principalmente por trabalhar com pontos que direcionam as estratégias de crescimento, determinação dos custos e do preço de venda dos produtos e serviços, de análise da rentabilidade do negócio e na elaboração dos processos gerenciais.

Sendo assim, a proposta deste projeto é melhorar os resultados das pequenas empresas do segmento de papelaria através de ferramentas contábeis e de gestão empresarial, tais como gestão orçamentária, gestão e análise de custos, entre outras. Para se alcançar esse objetivo a ideia é que se utilize instrumentos de planejamento e de gestão aprendidas durante o curso de ciências contábeis. Essas ferramentas permitem a implementação de novas práticas, modelos estratégicos e de gestão, além de adequação e intervenção nos métodos e processos utilizados pelas empresas atualmente.

            Considerando os objetivos já expostos anteriormente no item 2.3.2 deste projeto, a principal proposta é que sejam avaliados os métodos e práticas, no que se diz respeito à gestão dos custos, orçamentos e seus derivativos e até mesmo o controle de estoque, adotado pelas papelarias.

Através destes processos o que se espera é que a adoção de métodos de mensuração mais completos e arrojados as empresas possam aumentar a sua margem de lucratividade e tornarem-se mais competitivas e sustentáveis.

Para que se alcance o objetivo propostos alguns pontos serão analisados e se necessário, propostas e mudanças sugeridas. Os aspectos analisados serão divididos em dois pontos: a Gestão Orçamentária e a Análise dos Custos.

5.1 Reflexão e discussão intergrupal

 

Segundo os dados do IBGE, atualmente as micro e pequenas empresas representam em torno de 20% do PIB nacional e aproximadamente, 60% dos 94 milhões de empregos no pais, além de significarem 99% dos 6 milhões de negócios formais. Desse expressivo volume, a maioria está situada na região Sudeste do Brasil, sendo o principal segmento o comércio. (MAPA das micro e pequenas empresas no Brasil, 2014).

Diante destes dados, entendemos enquanto estudantes e consumidores desse mercado o tamanho e a abrangência do segmento, que apesar do auxílio de algumas instituições, não tem o devido acompanhamento e valorização para a sua manutenção no mercado.

Estando presente há séculos na vida do homem, a contabilidade tem acompanhado a evolução do mercado econômico. Porém, nos últimos anos, a globalização, associada a  alguns fatores como os avanços tecnológicos, mudanças nos padrões de comportamento e principalmente no cenário econômico, o papel do contador vem se intensificando nas organizações e até mesmo na comunidade.

Ao longo de todo o trabalho, o grupo pode perceber a importância do profissional contábil no auxílio a formalização, planejamento e manutenção das pequenas e micro empresas brasileiras. Seu trabalho, muitas vezes, escapa dos processos e formalidades dos regulamentos e preceitos da lei e passa a figurar um desenvolvimento humanitário e solidário, no qual contribui com o desenvolvimento social e econômico do nosso meio.

Por ser uma ciência social aplicada, a ciências contábeis busca através de seus métodos e estudos, contribuir para o desenvolvimento sustentável das empresas, tendo em vista a participação das organizações no contexto social em que estão inseridas.

Ao considerar o fato de que a ciências contábeis preocupa-se com a valorização e manutenção das entidades sob o enfoque de um ponto de vista abrangente, como a situação econômica e a riqueza gerada pelo segmento, percebe-se o fortalecimento da economia, através da geração de empregos e manutenção dos mesmos.   

O que se vê é que a valorização a esse tipo de negócio, nem sempre ocorre de maneira correta, e as ferramentas contábeis disponíveis para entre outros pontos, aumentar a lucratividade das micro e pequenas empresas não são utilizadas como deveriam. A ideia é levantar a questão sobre a conscientização da importância e da contribuição da contabilidade na gestão de micro e pequenas empresas e empreendedores individuais.

            A contabilidade pode contribuir desde a análise da viabilidade de abrir um negócio a abertura de fato, formalização e planejamento, de forma a minimizar através de elisão fiscal os impactos tributários até a manutenção deste empreendimento e gestão do negócio.

Utilizando-se de ferramentas eficazes de controle, planejamento e gestão orçamentária e de custos presentes na área contábil, é possível, por exemplo, através da análise da situação patrimonial, prever possíveis crises e trabalhar de forma preventiva. Outro ponto, é que a contabilidade feita de forma correta, propicia ao micro e pequeno empreendedor individual a possibilidade de pautar suas decisões em relatórios confiáveis e através disso, assumir riscos de forma consciente e visando trazer para a empresa, sempre o melhor resultado possível.

 


7                    CONCLUSÃO

 

Surge um novo tempo e junto com ele uma contabilidade que tem como objetivo responder de forma rápida e precisa as transformações ocorridas. Acredita-se que a gestão das micro e pequenas empresas, bem como os micro empreendedores individuais, será um fator determinante na construção de uma imagem empresarial voltada para o bem-estar social. O contador precisa estar atento às novas exigências do mercado e da sociedade e para isso é preciso preparar-se para atendê-las.

O mercado e a concorrência exigem da empresa uma atuação que possibilite o crescimento, aliado a manutenção do negócio e a sua sustentabilidade.

A contabilidade permite a esse tipo de negócio alcançar os seus objetivos, de forma organizada e sistêmica, o que possibilita a maior segurança nas decisões e melhor gestão da empresa, aumentando a lucratividade.

Para tanto, é necessário que o profissional seja dinâmico e atualizado, especialmente no que diz respeito ao conhecimento social e teórico, com ênfase numa educação pautada nos moldes sociais, econômicos e estratégicos.

Durante sua formação, o profissional é constantemente instigado a buscar por novos conhecimentos nas mais diversas áreas que envolvem o ser humano, nos quais aliados ao conhecimento técnico contábil formarão profissionais completos e capacitados a lidar com os problemas da humanidade, aliados aos dilemas e expectativas organizacionais.

O que percebemos ao fim desse trabalho é que as micro e pequenas empresas e os empreendedores individuais, podem representar um importante desafio para o profissional da área contábil, e que esse tipo de negócio vem ganhando força e é preciso que o profissional esteja preparado para lidar com esse tipo de demanda.

Por fim, ao concluir o trabalho, e a elaboração do projeto sob a ótica de empresas no segmento das papelarias, esperamos que possamos contribuir para a melhoria dos resultados e da competitividade e sustentabilidade desse segmento, através da implantação, dos objetivos previstos, e caso seja elaborado, possamos ter resultados satisfatórios para os micro e pequenos empresários, através dos estudos e propostas elaborados.
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