RESUMO

O presente artigo científico tem como objectivo analisar a gestão estratégica adoptada pelas PMES, bem como efectuar análise de como essas empresas tem feito a formulação estratégica no caso concreto de Moçambique, e de que maneira tem gerido a questão estratégica no seu ambiente interno. Outro aspecto pertinente é que as organizações geralmente não estão estruturadas para uma gestão estratégica que possa ser sustentável, se adaptando ao mercado de forma reactiva, ou seja, não conseguem em sua maioria desenvolver estratégias que lhes deem uma vantagem competitiva sustentável no mercado de actuação. Deve-se destacar que este estudo procura analisar as PMES no contexto estratégico, bem como, analisar os modelos de gestão estratégica que melhor se adequam a mesma, tendo como referência revistas e acervo de administração entre os anos de 2010 e 2015, como fonte de consulta e base de informação para este estudo. O método a ser adoptada será a pesquisa bibliográfica, contextualizando historicamente os artigos a respeito do tema.

Palavras-chave: Gestão. Gestão Estratégica. Pequenas e Médias Empresas.

INTRODUÇÃO

Não se pode refutar o quanto é preponderante a importância das PMES no cenário sociocultural moçambicano actual. As PMES cada vez mais, vem criando empregos e aumentando sua parcela no processo de colecta de impostos, produzindo um grande contributo no produto interno bruto (PIB). Deste modo, torna-se cada vez mais importante a gestão estratégica das PMES, uma vez que as organizações notam que existe a necessidade de se diferenciar de alguma forma para continuar actuando em determinados segmentos de mercado. Assim, as empresas estão passando por grandes transformações bem como os modelos utilizados de gestão da organização antes utilizados, que já se encontram em constante transformação em relação ao ambiente competitivo que as mesmas estão inseridas. Como forma de se diferenciar em mercados amplamente competitivos, as empresas estão se empenhando em construir vantagens superiores e estratégias rígidas de modo a obter maior quota de mercado em relação aos seus concorrentes, perante o seu mercado consumidor e seus clientes. Uma das formas para que se ocorra essas transformações é a adopção de estratégias consistentes e que criem vantagens competitivas, algo quase que exclusivo a grandes organizações e que actualmente, vem sendo descoberto pelas PMES que estão visualizando a importância de se utilizar de estratégias nas suas actuações. Kershaw (2004) argumenta que em uma economia de baixo crescimento, competição global, e aumento das expectativas dos clientes unindo as acções de gestão do quotidiano com a estratégia, torna-se extremamente necessário que nunca. As empresas que conseguem, rapidamente, ajustar seus sistemas de medição de desempenho para reflectir o ajuste da estratégia poderão aumentar suas oportunidades de sobreviver e crescer num período longo. Não é apenas crescer, se a empresa não sabe como crescer de forma ordenada e coerente no ambiente onde se encontra inserida, pois alguns estudos demonstram que as empresas acabam por formar suas estratégias de acordo com as percepções que tem do mercado em dado momento, sendo de forma quase espontânea em relação ao seu ramo de actuação ou escopo de actividade da organização, o que muitas vezes contribui para a desaparecimento das organizações do mercado. Deste modo, o artigo se preocupa em analisar o contexto estratégico e a gestão estratégica nas PMES, bem como analisar os modelos de gestão estratégica propostos por outros estudiosos do tema em alusão a partir de artigos sobre o tema, o que se tem feito em relação às estratégias para as PMES e seus modelos adoptados. Como metodologia deste artigo utilizou-se a pesquisa bibliográfica, uma vez que a mesma se destina abranger a leitura, análise e interpretação de livros, acervos legais, isto porque a pesquisa bibliográfica tem por objectivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis a respeito de um tema específico. De acordo com Gil (1996, p. 48) “pesquisa bibliografia é desenvolvida a partir de material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Dessa forma, a recolha de dados bibliográficos da pesquisa se delimitou em analisar artigos, teses, dissertações e periódicos que se encontram em revistas científicas entre os anos de 2010 e 2015.