Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

Módulo IV

Gestão de Recursos Humanos

A SUBSTIUIÇÃO DAS ACTIVIDADES

Formador
Jorge Fatal Nogueira

Formandos
Ana Paula Neto
Carla Ivone Almeida
Cristina Loureiro dos Santos
Lígia Nogueira
Orlando Teixeira
Simão Cadete

Introdução

Educar, instruir e socializar - eis os grandes desígnios da escola da actualidade, desideratos que podemos aplicar igualmente a uma das mais incómodas realidades das nossas escolas - as actividades de substituição, algo com que iremos conviver pr mais alguns anos.
As "funções" da escola, que são, fundamentalmente, educar, instruir e socializar, têm sofrido nos últimos anos consideráveis complicações.
As aulas de substituição são uma realidade a encarar.
Desde o ano lectivo 2005/2006 que as escolas são obrigadas a proceder à aprovação de um plano anual de distribuição de serviço docente que assegure a ocupação plena dos alunos do ensino básico, durante o seu horário lectivo, na situação de ausência temporária do docente titular da turma/disciplina (despacho 17387/2005 de 12 de Agosto ), o que posteriormente foi alargado ao ensino secundário ( Despacho 13599/2006 de 28 de Junho ).
Cada escola tentou gerir os seus recursos físicos e humanos para, de uma forma coerente, dar resposta a esta novidade.
Iniciou-se o ano lectivo (2005/2006) e eis a revolta geral: professores, alunos e Encarregados de Educação manifestaram o seu desagrado perante a nova medida adoptada pelo Ministério da Educação.
Num plano ideal, a aula de substituição seria dada por um professor da mesma disciplina do docente que faltou, o que, para além de não ser possível na maioria dos casos, não é visto com bons olhos pelos professores. Trata-se de uma aula leccionada em tempos não lectivos, pelo que, segundo o corpo docente, deveria ser paga como hora extraordinária.
Por outro lado, os alunos parecem cada vez mais desmotivados e ir para essas aulas tornou-se um " fardo " árduo de suportar.
A primeira greve de alunos do ensino secundário contra as aulas de substituição ocorreu a dezasseis de Novembro de 2006. A televisão entrevistou jovens grevistas e a opinião foi unânime. " Fazemos greve porque não gostamos das aulas de substituição. Nessas aulas, ficamos a olhar para as paredes, ou a jogar às damas, ou às cartas. Essas aulas não servem para nada. Põem-nos dentro de uma sala com um "stôr" que não sabe nada do que está lá a fazer. Ás vezes, até nos põem a fazer testes e eles nem sabem a matéria dos testes porque não são dessa disciplina". Há que minimizar o desconforto criado, tentando recorrer a uma estratégia que, por um lado, possa dar resposta á exigência implementada e por outro consiga motivar professores e alunos.