PROJETO DE ARTIGO:

Gestão de pessoas aplicada à segmentação de saúde pública

 

ANDRESSA DOS SANTOS MESSIANO

CPF 219.297.658-51

 

 

Linha de Pesquisa

 

 

O estudo manterá linha de pesquisa afixada na base dos seguintes descritores: Gestão. Pessoas. Saúde. Pública.

 

 

Tema

 

 

Gestão de pessoas aplicada a segmentação de saúde pública.

Introdução

Segundo Takeuchi e Nonaka (2008) o verbo "gerir" vem do italiano maneggiare (de manusear, especialmente ferramentas), o qual, por sua vez, deriva de outras duas palavras do latim (1) manus (mão) e (2) agere (agir).

Ainda segundo análise pormenorizada do verbo gerir cedido por Takeuchi e Nonaka (2008) bem como por Chiavenato (2014), em Frances a palavra Ménagerie, derivado de ménager, que designa o cuidado com a manutenção da casa bem como a realização de serviços de limpeza residenciais ou de animais domésticos. Porém na língua inglesa, a palavra mesnagement designa o termo “gestão”, no caso de empresas/ organizações, em segmentações o diversificadas, tais como gestão financeira, contábil ou de pessoas.

A Gestão de Pessoas, também conhecida como Gestão de recursos humanos, administração de recursos humanos ou simplesmente “RH”, pode ser definida como sendo a soma de habilidades, políticas, métodos, políticas, práticas e técnicas voltadas a administrar/ gerenciar o capital humano e os comportamentos internos organizacionais, tendo como finalidade selecionar, nortear e gerir os mesmos de modo à que esses atinjam, mais rápido e facilmente, as metas/ objetivos, pré definidos, da organização (LADIN et al., 2012).

Nesse sentido Scuparim e colaboradores (2011) ditam que a Gestão de Pessoas também segue ligada as bases estratégicas administrativas das organizações em face de que a mesma atua em locais “chave” nessas, tais como: (1) recrutamento; (2) seleção; (3) treinamento; (4) planos de cargos e salários; (5) avaliação de desempenho; (6) remuneração e (7) incentivos.

Segundo Mascarenhas e Barbosa (2013), estudos mais recentes sobre Gestão de Pessoas em bases organizacionais, revelam novas tangentes específicas sobre o papel do Gestor de Pessoas nas empresas/ organizações, especificamente sobre: (1) as formas de organização do trabalho; (2) as práticas de envolvimento social organizacional; (3) a qualidade de vida no trabalho; (4) o comprometimento dos níveis gerenciais e (5) a ligação entre a estratégia e recursos humanos.

Dentro das designações envoltas ao Gestor de Pessoas dito “moderno[1]”, se faz vital ressaltar que a postura do Gestor em diferente ambiente em que esse segue inserido, sendo que um Gestor de Pessoas atuante no segmento de saúde se posiciona profissionalmente diferente de um Gestor de Pessoas atuante em segmentação farmacêutica por exemplo. É também evidente que um Gestor de Pessoas atuante em organizações de bases públicas não detém de mesma postura/ foco que um Gestor de Pessoas de organizações de bases privadas, onde diversos “adendos” diferenciam desde sua postura até seus objetivos organizacionais de gestão (GUIZARD; CUNHA, 2012; CHIAVENATO, 2014).

Problema

  

Diante do supracitado surge a questão: “Como se dá a Gestão de Pessoas em segmentação de saúde pública?”.

Objetivo

  

O presente estudo terá como objetivo ceder revisão bibliográfica, concisa, sobre Gestão de Pessoas, elucidando como essa ocorre na segmentação de saúde pública.

  

Justificativa

Ladin e colaboradores (2012), relatam que mudanças/ inovações implementadas pelos Gestores de Pessoas, tanto de bases privadas quanto de bases públicas, sobre as atividades realizadas por seus colaboradores, representam a principal característica a determinar a permanência das organizações no mercado competitivo em essas seguem inseridas. Desse modo, é vital que o Gestor de Pessoas, em especial os ligados a segmentação saúde, realizem aprofundamento teórico, e em póstuma prático de sua base de atuação, de modo a se posicionar mais e melhor junto a preceitos de atuação em referida segmentação.

Desse modo, o presente estudo se justifica por ceder revisão bibliográfica, concisa, sobre gestão de pessoas, elucidando essa ocorre em segmentação de saúde pública, sendo assim pertinente a estudantes, pesquisadores, profissionais da área, entusiastas ou interessados ao tema.

Revisão bibliográfica

Segundo Chiavenato (2014) em base empresarial a gestão é entendida como sendo a função que coordena os esforços das pessoas a realizar metas e objetivos, utilizando os recursos disponíveis com eficiência e eficácia.

No entanto existem diversas outras definições/ entendimentos sobre gestão, tais como os de (SILVEIRA, 2014):

  • Henri Fayol, que relata que gerenciar é prever e planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar.
  • Fredmund Malik, que define gestão como sendo a transformação de recursos em utilidade.
  • Peter Drucker, que dita que, a seu ver, a gestão é a tarefa básica existente entre o marketing e inovação, e
  • Andreas Kaplan, que define especificamente a gestão européia como sendo uma abordagem da gestão inter-cultural social, baseada em princípios interdisciplinares.

Sob tal temática Marques (2012) lembra que, indiferente da definição a que se escolha para gestão, essa sempre deterá em seus “entremeios” de planejamento, organização, recursos humanos, direção e controle organizacional a fim de que se cumpram as metas da segmentação em que se geri.

Nesse sentido Scherer e colaboradores (2009) indicam que a gestão quando aplicada a segmentação saúde (também denominada de administração de saúde) pode ser entendida como sendo um campo relativo à liderança, gestão e administração de saúde, seja de base pública ou privada, onde os gestores/ administradores de saúde são considerados, mundialmente, como sendo profissionais de saúde.

Tajara (2006) salienta que a Gestão em Saúde pode descrever a liderança e administração geral de hospitais, redes hospitalares e/ ou sistemas de cuidados de saúde.

Nos Estados Unidos, a administração de uma única instituição (por exemplo, um hospital) é referido como "o tratamento médico e serviços de saúde", "gestão de saúde " ou" administração de saúde" (TAJRA, 2006, P. 71).

Segundo Christensen e colaboradores (2009), de um modo generalista, se pode ditar que a gestão em saúde garante que:

  • Resultados específicos sejam atingidos;
  • Que os departamentos, dentro de uma unidade de saúde, estão funcionando sem problemas;
  • Que as pessoas certas estão nos lugares certos realizando as coisas certas;
  • Que os profissionais atuantes sabem o que deles é esperado;
  • Que os recursos são utilizados de forma eficiente, e
  • Que todos os departamentos estão trabalhando para um objetivo comum.

Para Tajra (2006), historicamente, os Gestores de Saúde já foram chamados de diretores ou superintendentes hospitalares, onde muitos desses detinham da formação em medicina ou enfermagem sem possuir qualquer formação administrativa.

A idéia original de se criar um curso de gestão para administradores do segmento saúde é creditada a Moulinier, associado do Hospital Associação Católica, o qual cedeu força para a formação do primeiro programa de graduação em gestão de saúde, o qual se fez viável nos Estados Unidos, sendo esse ministrado na Universidade de Marquette, em Milwaukee, Wisconsin, tendo sua primeira turma recebido diploma no ano de 1927 (SCHERER et al, 2009).

No ano de 1934, na Universidade de Chicago, foi criado o primeiro programa de pós graduação em Gestão de Saúde, o qual era concluído em dois anos, sendo o primeiro ano destinado a estudos formais de administração, de tal segmentação, e o segundo ano destinado a práticas de estágio a diferenciar gestores de segmentação pública da privada, em face das especificações existentes as funções de cada (CHRISTENSEN et al., 2009).

Guizard e Cunha (2012) ditam que ainda hoje os Gestores de Saúde detém de atuações diferenciadas quando atuam em segmentação pública e privada, as quais estão presente em diversos atos, tais como o de que Gestores de Saúde privada podem ser gestores antigos da organização, gestores mais atuais dessa ou gestores externos contratados a gerir a organização, enquanto que Gestores de Saúde pública só podem ser gestores antigos da organização ou gestores mais atuais dessa. Referidos autores salientam, porém, que tanto Gestores de Saúde pública quanto privada são “separados” em dois tipos, sendo:

1      Generalistas - indivíduos que são responsáveis pela gestão de uma instalação de saúde inteira.

2      Especialistas – indivíduos que são responsáveis pela gestão de um determinado departamento específico, tal qual o de política, finança, contabilidade, orçamento, marketing, entre outros.

Chritesen e colaboradores (2009) relata que nos últimos anos a visibilidade dos profissionais de Gestão em Saúde pública tem aumentado consideravelmente, em especial junto a países em desenvolvimento como o Brasil, tendo a população cobrado um melhor uso dos recursos públicos na saúde bem como uma maior transparência na atuação dos gestores de tal segmentação, objetivando equilibrar e elevar a qualidade/ acesso aos hospitais bem como ao sistemas público de saúde, atos esses que vem trazendo enormes desafios aos gestores de tal segmentação saúde, uma vez que a máquina pública nem sempre funciona ao mesmo “compasso” que a privada.


Referência Bibliográfica

 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. 4º Ed. São Paulo: Manole, 2014.

CHRISTENSEN, C. M. et al. Inovação na gestão da saúde. São Paulo: Artmed, 2009.

GUIZARD, F. L.; CUNHA, M. L. S. Profissionais administrativos na gestão do Sistema Único de Saúde: a divisão social do trabalho. Trab. educ. saúde, Nov 2012, vol.10, no.3, p.463-480. ISSN 1981-7746.

LADAIN, M. C. V.; COSTA, I. S. A.; SALLES, D. M. R. As práticas de gestão de pessoas nas empresas de economia de comunhão: estudo de caso no Polo Spartaco. Cad. EBAPE.BR, Dez 2012, vol.10, no.4, p.858-882. ISSN 1679-3951

MARQUES, J. R. A importância do treinamento gerencial. Publicado 2012. Disponível: http://www.rh.com.br/Portal/Desenvolvimento/Artigo/8192/a-importancia-do-treinamento-gerencial.html. Acesso Jan 2016.

MASCARENHAS, A. O.; BARBOSA, A. C. Q. Produção científica brasileira em gestão de pessoas no período 2000-2010. Rev. adm. empres., Fev 2013, vol.53, no.1, p.35-45. ISSN 0034-7590

SCHERER, M. D. A. et al. Trabalho coletivo: um desafio para a gestão em saúde. Rev Saúde Publica 2009; 43(4):721-725.

SILVEIRA, A. D. M. Governança corporativa: O essencial para os lideres. São Paulo: Elsevier, 2014.

SCUMPARIM, D. et al. Gestão de pessoas e o modelo de gestão de serviços globalmente integrada: um estudo exploratório em uma multinacional de TI. Economia Global e Gestão, Set 2011, vol.16, no.2, p.101-120. ISSN 0873-7444

TAJRA, S. F. Gestão estratégica em saúde. São Paulo: IATRIA, 2006.

TAKEUCHI, H.; NONAKA, I. Gestão do Conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008.



[1] É entendido como Gestor de Pessoas moderno o gestor atuante nas organizações após a globalização das bases digitais/ internet.