GERENCIANDO UMA EQUIPE

 

 

        Apesar das empresas serem dotadas de máquinas, equipamentos, prédios, instalações e tecnologia, são as pessoas que fazem o negócio.

        As pessoas que dão vida, inteligência, emoção e ação para a empresa, são elas que garantem a dinâmica do negócio, nenhuma empresa consegue funcionar sem as pessoas.

        Gerenciar equipes é uma das tarefas mais importantes para o empreendedor, principalmente porque cada pessoa é única, com sua individualidade, sua personalidade, sua história e suas experiências.

        Para você construir uma equipe, são necessárias às ações que descrevemos a seguir:

  • Escolha da equipe: Que implica recrutar e selecionar os candidatos que farão parte de sua equipe.
  • Desenho das atividades: Que significa definir o que cada pessoa da equipe deverá fazer o cargo que deverá ocupar, as funções, e como avaliar seu desempenho.
  • Treinamento: Significa treinar e capacitar as pessoas para que elas possam exercer suas atividades na empresa.
  • Liderança: Precisa conduzir sua equipe, isso significa orientar, definir rumos e metas, ajudar as pessoas a ultrapassar suas dificuldades e desafios.
  • Motivação: Procure sempre motivar a equipe, utilize meios financeiros, prêmios, recompensa, participação nos resultados diretos e no alcance de objetivos.
  • Remuneração: Sabemos que o dinheiro compra a satisfação de muitas necessidades humanas, a remuneração é um importante motivador.
  • Avaliação de desempenho: Sempre monitore e avalie o desempenho de sua equipe continuamente, diariamente, trocando ideias com as pessoas á respeito do seu trabalho e dando sugestões e orientações.

         As empresas estão envolvidas em um processo de transformação de recursos em produção/serviço. Como toda empresa é constituída de pessoas, acaba sendo, na realidade um sistema social.

         Subsistema técnico, também denominado subsistema tecnológico, inclui o fluxo de trabalho, as tarefas a serem executadas e a tecnologia existentes, ás máquinas, os equipamentos, as instalações, as técnicas de produção.

         Subsistema social, também denominado subsistema humano ou cultural, é constituído pelas pessoas que ingressam e permanecem na empresa, com suas características próprias de personalidade, seus conhecimentos e suas habilidades.

          Esses dois subsistemas, técnico e social, precisam ser devidamente integrados e coordenados para funcionarem em constante interação, esse é o papel do sistema gerencial, proporcionar um elo estreito entre o subsistema social e o técnico.

          Temos que utilizar de alguns itens para avaliar a eficiência da equipe, como por exemplo:

  • Objetivos Claros: Á missão e os objetivos da equipe devem ser bem definidos e aceitos por todos os membros.
  • Visão coordenada: Os membros da equipe devem ter uma visão conjunta e coerente da situação, a equipe gera a definição da missão e da visão do negócio.
  • Distribuição das pessoas: Os membros da equipe são designados para suas posições de acordo com suas propensões, habilidades, competências.
  • Decisões colaborativas: A equipe deve evitar formalidade e burocracia, deve ter compromisso com as metas e objetivos a ser alcançados.
  • Liderança compartilhada: As funções de liderança do empreendedor podem ser delegadas a cada membro da equipe dependendo da situação e das necessidades.
  • Novas ideias: A equipe deve aceitar o desacordo como uma maneira de discutir novas ideias e resolver os problemas de maneira inovadora e criativa.

         O empreendedor deve fazer com que sua equipe não fique limitada ou confinada em cargos isolados e superespecializados, com tarefas repetitivas e monótonas.

         A administração participativa exige três aspectos fundamentais, envolvimento mental e emocional das pessoas, motivação para contribuir e aceitação da responsabilidade.

Para desenvolver uma equipe coesa e altamente eficiente, o empreendedor precisa conhecer os itens a seguir.

  • Como formar a equipe: Promova adequadamente o recrutamento e a seleção do pessoal, procurando sempre pessoas dinâmicas que possam agregar valor à empresa.
  • Como preparar a equipe: Proporcione o continuo treinamento e desenvolvimento das pessoas, faça com que cada pessoa agregue mais valor às suas habilidades.
  • Como remunerar a equipe: Assegure salários e remunerações condizentes, além de benefícios materiais.
  • Como desenvolver clima e cultura: Crie uma atmosfera calorosa e agradável de trabalho e de espirito de equipe que possibilite a inovação.

         Os principais parceiros de uma empresa são: Os empregados, investidores, fornecedores, distribuidores e consumidores.

         O importante é usar novas maneiras de trabalhar com as pessoas adotando o compartilhamento de ideias e objetivos, estamos nos referindo ao empowerment, que se fundamenta em cinco pilares, que são:

  1. Delegação de responsabilidades às pessoas pelo alcance de metas e resultados.
  2. Liberdade para que as pessoas escolham métodos e processos de trabalho, programas de ação com ajuda e o apoio do empreendedor.
  3. Atividade grupal e solidária e trabalho em equipe, tudo deve ser feito em conjunto, a equipe deve estar coesa, integrada, orientada e apoiada pelo empreendedor.
  4. Participação da equipe nas decisões relacionadas com seu trabalho e com o negócio.
  5. Auto-avaliação do desempenho é um importante meio de retroação e de melhoria constante do trabalho.

         O empreendedor precisa utilizar quatro alavancadores para proporcionar empowerment a sua equipe: São elas autoridade, informação, recompensas e competências.

         A liderança é um tipo de influência pessoal por meio da qual o empreendedor (líder), influência o comportamento dos subordinados para direcioná-lo rumo aos objetivos que se pretende alcançar.

         Existem três tipos de liderança: a autocrática, liberal e a democrática, a primeira caracteriza-se pela condução coercitiva e impositiva das pessoas, a segunda caracteriza-se pela extrema liberalidade com relação as pessoas e a terceira o líder expõe a situação e os objetivos pretendidos.

         Cada pessoa tende a desenvolver um tipo de necessidade prioritária sobre as demais. Cabe ao empreendedor descobrir e localizar em cada pessoa as necessidades que lhes são mais importantes e levá-las á satisfação por meio do trabalho.

         As pessoas agem para atingir objetivos pessoais que são determinados pelas suas necessidades individuais, á medida que o trabalho conduz direta ou indiretamente rumo a seus próprios objetivos, as pessoas tendem a realiza-lo mais e melhor.

         O segredo para conquistar as pessoas e transformá-las em verdadeiros parceiros do negócio é estimular seu comportamento para que deem o melhor de si mesmas em troca de incentivos que significam, para elas, um excelente retorno do seu investimento pessoal.

 

 

GERENCIANDO A PRODUÇÃO

 

 

          É por meio do processo de produção que os bens (mercadorias) são fabricados e os serviços prestados. Em uma indústria, a produção fabrica os produtos ou mercadorias, em empresas prestadoras de serviços, a produção encarrega-se da prestação dos serviços aos usuários.

  • Tecnologia incorporada: representa-se por máquinas, equipamentos, instalações etc.
  • Tecnologia não incorporada: consiste em conhecimentos, habilidades, métodos e processos de trabalho, programas etc. também denominada software.

          A localização da empresa refere-se ao local específico escolhido para suas instalações, seja fábricas, oficina, loja seja escritório de serviços. A escolha de um local para situar as instalações depende de vários fatores, que variam se a empresa é produtora de bens ou prestadora de serviços, se é industrial ou comercial etc.

          O projeto da área de trabalho é denominado arranjo físico e é o planejamento do espaço físico a ser ocupado para as operações do negócio. Representa a melhor disposição possível das máquinas e equipamentos, das mesas e móveis e de todos os recursos materiais ao longo do processo de produção, para implementá-lo e facilitá-lo.

          Montar uma loja requer conhecimento e experiência no setor, o comércio representa um segmento altamente competitivo e os clientes exigem padrões visuais da melhor qualidade.

          A capacidade instalada representa todo o potencial que a empresa possui para produzir produtos/serviços com as suas instalações, máquinas e equipamentos.

          Se for utilizar um imóvel para loja ou escritório, procure avaliar detalhadamente o espaço disponível para suas operações atuais e futuras. Dê especial atenção para: área útil, arranjo físico, piso, iluminação, tomadas de   força, telefone, decoração, segurança, seguro do imóvel, contrato do imóvel, estacionamento, acesso ao local e despesas adicionais.

          O planejamento está voltado para a continuidade da empresa e focaliza o futuro, a sua importância é esta: definir os cursos de ação necessários para alcançar os objetivos da empresa, sem o planejamento, a empresa fica perdida nos caos. O Mesmo ocorre com o planejamento da produção: sua finalidade é planejar a produção a fim de aumentar sua eficiência e eficácia.

          O plano de produção representa aquilo que a empresa pretende produzir em um determinado período de tempo, geralmente um exercício fiscal ou um ano. O plano de produção baseia-se na previsão de vendas, no estoque anterior e na capacidade de produção.

          Programar a produção é determinar quando deverão ser realizadas as tarefas e as operações de produção e quanto deverá ser produzido. Na verdade, programar a produção é estabelecer uma agenda de compromissos para as diversas seções ou pessoas envolvidas no processo produtivo.

          Existem algumas opções de crédito para comprar equipamentos ou desconto de títulos:

  • Leasing: é uma linha especifica para aquisição de equipamentos, veículos e computadores, entre outros itens, com prazo de 24 a 36 meses e que chega a cobrir 100% do bem.
  • Factoring: é uma opção de crédito oferecida por instituições especializadas para quem não quer enfrentar a burocracia e as exigências bancárias, faz descontos de título – como duplicatas e cheques pré-datados – com custos bem elevados.
  • Vendor: é uma operação que permite vender a prazo e receber à vista, é pouco utilizada por pequenas empresas, embora seja mais atrativa, o empreendedor pode utilizar duplicatas de clientes, cheques pré-datados e faturas de vendas com cartões de crédito como lastro de financiamento, em geral o dono ou sócio do negócio é o avalista.

          O almoxarifado é o setor encarregado de receber, guardar, controlar e distribuir mercadorias (matérias-primas, componentes, materiais, ferramentas, equipamentos, materiais de escritório etc).

          A rotação de estoque é o fluxo ou o movimento de entradas e saídas de um determinado item no estoque, seja do almoxarifado ou do depósito. Quanto maior a rotação de estoque de um item, tanto maior será o seu número de compras e de entregas. A rotação de estoque indica o número de vezes que o estoque de um item é renovado, durando um determinado período de tempo, isto é, quantas vezes o estoque gira naquele período de tempo.

          Os fluxos dos materiais dentro da empresa são classificados em cinco diferentes tipos, a saber: matérias primas, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados e produtos acabados.

          O setor de compras tem uma importante função dentro da empresa, supri-la de todos os itens necessários ao seu funcionamento no tempo certo, na quantidade necessária, na qualidade adequada e ao melhor preço possível.

          O processo de compras tem sete fases principais, como estão alinhados a seguir:

  1. Pesquisa do mercado de fornecedores.
  2. Recebimento da ordem de compra.
  3. Cotação de preços e de condições de pagamento.
  4. Escolha do fornecedor mais adequado.
  5. Pedido de compra.
  6. Acompanhamento do pedido de compra.
  7. Recebimento do material.

          Para calcular o preço de produção, é preciso considerar os itens listados a seguir:

  • Custo das matérias-primas.
  • Mão-de-obra direta.
  • Mark-up.
  • Impostos
  • Rateio de custos fixos.

          O processo operacional nada mais é que a maneira como a empresa opera, isto é, o conjunto de processos e operações para produzir um determinado produto/serviço, refere-se ao fazer, realizar, produzir com materiais, com informações, com máquinas e equipamentos, com métodos e processos de trabalho.

          O benchmarking é um processo continuo para avaliar produtos, serviços e práticas dos concorrentes mais fortes e das empresas que são reconhecidas como líderes empresariais, com o propósito de aprimoramento empresarial. Trata-se de uma fonte inesgotável de ideias e experiências alheias. O termo significa um marco de referência, um padrão de excelência que precisa ser identificado para servir de base para mudança e inovação.

         Oakland define os seguintes estágios do benchmarking:

  • Planejar
  • Analisar
  • Desenvolver
  • Melhorar
  • Revisar

          A qualidade não é um conceito isolado e solitário. Ela depende de uma porção de pequeninas coisas e de várias providências internas e externas na empresa: fazer bem e bem-feito na primeira vez e sem necessidade de refazer o trabalho já feito, atender primorosamente o cliente para que ele volte sempre, saber comprar, armazenar, oferecer, entregar e cuidar da pós-venda.

          A produtividade é a relação entre as entradas e as saídas, isto é, entre os recursos aplicados e o resultado da produção. Quanto maior a produtividade, maior o volume de produtos/serviços produzidos com os mesmos recursos. Trata-se de produzir mais e melhor com os mesmos equipamentos, instalações e pessoal disponíveis.

 

GERENCIANDO O MARKETING

 

 

          O marketing constitui o principal elo entre o empreendedor e o cliente. É por meio do marketing que o cliente recebe o produto/serviço no momento certo, com características e preço adequados. Contudo o mercado de clientes é finito e mutável. Ele tem um certo tamanho e até pode ser aumentado se você reduzir custos e oferecer preços mais baixos para ampliar o número de cliente potenciais e reais.

          A palavra marketing vem do inglês Market, que significa mercado. O marketing a todas as atividades da empresa que visam a colocação de produtos/serviço no mercado consumidor.

          Marketing é também o conjunto de ações destinadas a criar produtos/serviços e coloca-los à disposição do mercado, no local, tempo e volume adequados.

          Para alcançar tal objetivo – encantar o cliente, ultrapassar suas expectativas, fidelizá-lo - adota-se o chamado composto mercadológico (marketing mix), que envolve os seguintes componentes:

  • Produto/serviço
  • Marca
  • Embalagem
  • Preço
  • Pesquisa de mercado
  • Propaganda
  • Venda
  • Promoção
  • Distribuição
  • Merchandising
  • Atendimento ao cliente

         O ponto de partida é saber exatamente o que o cliente quer e o que realmente faz a diferença para ele. Você precisa saber alinhar o seu negócio com as prioridades do cliente. Isso significa investir nos fatores de sucesso. Mais quais são eles? Você precisa saber defini-los com precisão.

         Defina em ordem prioritária os fatores de sucesso do seu negócio. Se quiser, complemente a list de fatores com aqueles que você detectar. Promova, continuamente, com toda a sua equipe, avaliações sobre comportamento do negócio em relação a esses fatores.

         A principal razão de ser de qualquer empreendimento empresarial é o cliente. É ele quem define se o negócio será bem sucedido ou não e também determina o grau de sucesso de qualquer negócio.

         A focalização do cliente é fundamental para definir adequadamente um negócio, cada funcionário trabalha com entradas ou insumos e com saídas ou resultados. Em uma ponta, deve ter pleno conhecimento de quem recebe o seu trabalho.

  • Quem é meu cliente?
  • O que tem valor para ele?
  • Quais são suas necessidades?
  • Como persuadi-lo e ultrapassar suas expectativas e aspirações?

         Na outra ponta, cada funcionário deve ter conhecimento total de quem lhe fornece as entradas para seu trabalho:

  • Quem é meu fornecedor?
  • Como ele atende às minhas necessidades?
  • Quais são realmente as minhas necessidades?
  • O que fazem os outros fornecedores?
  • De que eu necessito realmente dos meus funcionários?
  • Como devo comunicar minhas necessidades ao meu fornecedor?

        Essas são as principais questões para que cada funcionário identifique o cliente e o fornecedor interno. Dessa maneira, você criará um negócio no qual seus funcionários estão perfeitamente sintonizados, trabalhando dentro de uma cadeia de valor.

        Os clientes são capazes de impulsionar ou derrubar um negócio. Um cliente pode ser uma organização, uma empresa, um usuário dos produtos/serviços ou um consumidor final. É quem compra os produtos/serviços oferecidos pela empresa na ponta final da cadeia de transações.

        Conhecendo o cliente e suas características você pode se preparar melhor para vender a ele os seu produtos/serviços.

        Para conseguir alcançar seus objetivos, o setor de vendas deve seguir um processo de vendas, composto por sete fases, como veremos a seguir:

  1. Pesquisa de mercado de consumidores
  2. Propaganda
  3. Venda – a) pessoal, b) impessoal, c) virtual
  4. Promoção de vendas
  5. Canais de distribuição
  6. Merchandising
  7. Pós-venda

        A previsão de vendas representa a quantidade de produto/serviços que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado período, geralmente um mês ou um ano. A previsão de vendas pode ser detalhada ou desdobrada por território ou por vendedor, a fim de proporcionar melhor acompanhamento e controle das regiões e da equipe de venda.

        A American Marketing define propaganda como qualquer forma de apresentação de produtos, serviços, pessoas ou ideias, abertamente patrocinadas pelo anunciante.

        A publicidade corresponde à divulgação de noticias ou informações sobre produtos, serviços, pessoas, ideias sem qualquer pagamento por parte do patrocinador.

        A propaganda pode ser classificada em duas formas: a propaganda direta e a indireta.

        O atendimento ao cliente é um dos aspectos de maior importância do negócio. O cliente representa o principal objetivo do negócio – a sua razão de ser e de existir. Todo negócio deve estar voltado para o cliente – ainda que potencial – e somente se mantém se ele estiver decidido a continuar comprando o produto/serviço, seja para sua satisfação pessoal, seja para suas necessidades básicas.

        O empreendedor deve gerenciar os preços de seus produtos/serviços por meio da estrutura que montou e dos custos que assumiu, levando sempre em conta o que se pratica no mercado.

        O cálculo dos preços de venda pode ser feitos com base nos custos e nas margens de lucro desejada. Existem dois métodos: o mark-up e a margem de lucro.

        Obviamente, o mark-up e a margem de lucro variam conforme o negócio e os vários pontos da cadeia de fornecimento. Uma alternativa para resolver o problema é verificar o que fazem os concorrentes ou consultar a associação comercial ou seus contratos.

        O foco no foco do cliente significa que você vai trabalhar de acordo com as expectativas e as necessidades do cliente, totalmente sintonizado nele. É difícil? Sim, mas não impossível, depende de você.

        Por meio da web, o consumidor vem ampliando as alternativas de escolha e o nível de controle sobre suas decisões de compra.

        O acesso do consumidor às empresas pode ser realizado de qualquer lugar do planeta, na hora em que desejar e, ainda, pode tomar a decisão de compra de acordo com a velocidade que lhe for mais conveniente.

        Consumidores e vendedores passaram a estar conectados em tempo real, visto que a grande maioria dos pedidos tinha como objetivo ser entregue no mesmo dia.

 

GERENCIANDO AS FINANÇAS

 

 

          As empresas são organizações sociais que utilizam recursos para atingir objetivos. Quanto ao objetivo que perseguem, existem empresas lucrativas, nas quais o objetivo final é o lucro, e empresas não lucrativas, nas quais o objetivo final é a prestação de algum serviço público. O lucro constitui o excedente entre a receita obtida e a despesa efetuada em uma determinada operação.

         Quem inicia seu próprio negócio deve evitar os seguintes erros fatais:

  • Iniciar o negócio sem recursos suficientes para o seu bom andamento.
  • Contar com vendas maiores ou mais rápidas que o provável.
  • Não prever uma opção para possíveis emergências financeiras.
  • Tomar empréstimos elevados e ficar refém dos juros e do pagamento da dívida.
  • Colocar ativos sobe riscos desnecessários por não considerar outras alternativas.
  • Não contar com recursos financeiros para expandir a empresa.
  • Subestimar o valor necessário para as despesas pessoais.
  • Não se preparar para possíveis sobressaltos da conjuntura econômica.
  • Não prever os efeitos de desembolsos regulares, como pagamento de impostos.
  • Imaginar que a captação de recursos constitui a etapa mais difícil na implantação do negócio.

          A maioria dos pequenos e médios empresários costuma administrar custos e finanças de maneira intuitiva, por não terem formação nessas áreas. Até um determinado momento, essa intuição permite obter um bom desempenho. Mas quando a empresa começa a crescer, é necessário buscar novos conhecimentos e contratar profissionais especializados para fazer a administração financeira.

          Um dos principais desafios do gerenciamento financeiro é manter a rentabilidade e a liquidez da empresa em nível satisfatório, já que em nível máximo não é possível. Para alcançar rentabilidade e liquidez satisfatórias, o empreendedor deve procurar obter recursos financeiros do mercado e utilizá-los e aplica-los em seu negócio ou em atividades paralelas.

          Como se pode perceber, as três principais atribuições do gerenciamento financeiro são:

  • Obter recursos financeiros.
  • Utilizar recursos financeiros.
  • Aplicar recursos financeiros excedentes.

         As principais ferramentas de gerenciamento financeiro são:

  1. Controle de caixa
  2. Controle de conta corrente
  3. Conciliação bancária
  4. Contas a pagar
  5. Contas a receber
  6. Fluxo de caixa
  7. Controle dos ativos circulante
  8. Arquivo de documentos

          No cálculo do investimento inicial, devem entrar todas as despesas necessárias para montar e/o desenvolver sua empresa, além de estoques e provisão de caixa para cobrir os custos do primeiro mês de funcionamento.

          O financiamento é uma operação por meio da qual a empresa obtém recursos financeiros de terceiros para o capital de giro ou para os ativos circulantes temporários e permanentes, bem como  para o investimento.

          O financiamento a CP consiste em obrigações que devem ser cumpridas dentro de um ano ou menos. Pode ser efetuado mediante quatro tipos de operações financeiras:

  1. Desconto de duplicatas
  2. Empréstimos bancários em conta corrente
  3. Crédito direto ao consumidor
  4. Crédito mercantil

         O financiamento a MP ou LP pode ser obtido por meio de fundos especiais de instituições públicas, por meio de recursos captados no exterior, debêntures e recursos próprios. Vejamos rapidamente cada um desses tipos de financiamentos a MP ou a LP.

  1. Fundos especiais de instituições públicas
  2. Recursos captados no exterior
  3. Debêntures
  4. Recursos próprios

          A maioria dos novos negócios realiza uma captação de recursos financeiros em mais de uma fonte. Em geral, os bancos participam com mais de 50% do capital, mas, no caso de franquias, esse investimento inicial pode chegar a 70%.

          O capital da empresa pode ser classificado, quanto à sua utilização, em dois tipos:

  • Capital fixo: é constituído de ativos imobilizados. Os investimentos em ativos imobilizados são efetuados ao longo prazo, são estáveis e sofrem poucas alterações. É o caso de edifícios, fábricas, instalações, máquinas, equipamentos etc.
  • Capital de giro: Representa a quantidade de dinheiro que a empresa utiliza para movimentar seus negócios. Envolve estoques, dinheiro em caixa e em bancos, financiamentos a clientes por meio de contas a receber, salários e encargos, aluguel, contas de luz, água, telefone etc.

          A necessidade de capital de giro varia conforme o volume de vendas e os prazos concedidos. O valor aumenta se os prazos de pagamento aos fornecedores forem menores do que os prazos dos recebimentos dos clientes e se os estoques forem altos.

Fluxo de caixa:

          Na verdade, os ativos circulantes constituem o capital da empresa que gira até que se transforme em dinheiro, em um ciclo de operações que varia de empresa para empresa conforme a natureza de suas operações. Esse ciclo      constitui o tempo necessário para que uma aplicação de dinheiro em insumos circule inteiramente, desde a compra de matérias primas e o pagamento do pessoal até o recebimento pela venda do produto/serviço ao cliente. Esse ciclo é denominado ciclo de operações da empresa ou simplesmente, ciclo de caixa.

          A previsão e o controle de gastos são feitos pelo fluxo de caixa. O fluxo de caixa é o movimento de entradas e saídas de recursos financeiros do caixa.

         Os pagamentos mais comuns são, entre outro:

  • Compra à vista
  • Pagamento de duplicatas
  • Pagamento de dividendos a acionistas
  • Aluguéis
  • Salário do pessoal
  • Recolhimento de impostos
  • Aquisição de equipamentos
  • Pagamentos de juros

          As contas a receber – e principalmente as duplicatas a receber – representam a concessão de créditos em conta corrente aos clientes. Na realidade, as contas a receber existem para conservar os atuais clientes e atrair novos são necessárias em quase todas as atividades comerciais no mundo moderno.

         Principais variáveis que afetam a política de crédito>

  1. Políticas de crédito:
  2. Condições de crédito.
  3. Políticas de cobrança.

          O balanço patrimonial é uma demonstração financeira que reflete com clareza a situação do patrimônio da empresa em um determinado momento. É contado no final de cada exercício social da empresa e constitui a representação sintética dos elementos que compõe o patrimônio em uma determinada data.

         O balanço patrimonial poder ser resumido pela equação A = PE + PL

  • A = ativo total é a soma dos bens e direitos da empresa, o total de recursos à disposição;
  • PE = passivo exigível: é a soma das obrigações e dívidas com terceiros;
  • PL = patrimônio líquido: é a soma do capital, das reservas, dos lucros acumulados menos a soma do capital a integralizar e dos prejuízos acumulados; é o capital próprio, isto é o capital que pertence aos proprietários ou acionistas e que mede a riqueza das empresas.

          A demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um demonstrativo financeiro que serve para exprimir com clareza o resultado que a empresa obteve no exercício social. A DRE mostra as consequências – o lucro ou o prejuízo – das operações da empresa realizadas em um determinado período, bem como os fatores – despesas e receitas – que determinam esse resultado positivo ou negativo. A DRE é também denominada demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.

          O lucro líquido representa o resultado do exercício depois de descontada a provisão para o imposto de Renda. Se dividirmos o lucro líquido pela receita e multiplicarmos por 100, teremos a margem de lucro sobre as vendas. A Margem de lucro sobre as vendas mede o quanto a empresa lucrou para cada R$ 100,00 faturados.

         Á baixo segue uma lista de indicadores de desempenho como sugestão:

  1. Qualidade
  2. Produtividade
  3. Eficácia
  4. Eficiência
  5. Lucratividade
  6. Inovação
  7. Qualidade de vida
  8. Responsabilidade social

          O cálculo de crescimento, em sua fórmula mais simples, constitui uma razão entre dois ou mais números apurados durante determinado período. Se o seu negócio teve uma receita de 100 em um ano e de 120 no ano seguinte, a taxa de crescimento será: 120 – 100: 100 = 20%.

          O retorno do investimento, ou ROI – do inglês returno n investimento – significa o quanto um determinado investimento está produzindo em retornos ou resultados.

          O ROI é determinado pela relação entre o lucro líquido e o ativo total investido no negócio.

 

 

 

NOVAS ABORDAGENS DO EMPREENDEDORISMO

 

 

          Segundo Peter Drucker, “[...] inovação é a função específica do empreendedorismo, seja em um negócio existente, em uma instituição pública de serviços, ou em um novo empreendimento iniciado por um único individuo na cozinha da família”.

          Além disso, Drucker sugere que a inovação é “[...] o meio pelo qual o empreendedor cria novos recursos produtores de riqueza ou dota recursos existentes com um maior potencial para criar riqueza”. Dessa forma, o empreendedorismo e a inovação resultante dele são importantes para firmas grandes e pequenas, bem como para investimentos iniciais, quando elas competirem no cenário competitivo do século XXI.

          Grandes corporações têm um papel importante no empreendedorismo e pesquisadores chamam o empreendedorismo realizado pelas empresas de Empreendedorismo Corporativo.

          Algumas empresas como a Xerox, a HP, a 3M, entre outras, são organizações que podem ser citadas como exemplos de companhias que procuram ser reconhecidas como as mais bem-sucedidas pela inovação internacional, isto é, empresas que praticam o Empreendedorismo Corporativo na busca de soluções inovadoras para os problemas de seus clientes globais.

          No Brasil, empresas como a TUPY, primeira do ranking de Empreendedorismo Corporativo da revista Exame, Odebrecht, Algar e Credicard figuram entre as empresas que mais incentivam o empreendedorismo dentro das empresas.

          Grande parte da produção da TUPY é constituída de componentes desenvolvidos sob encomenda para o setor automotivo, que engloba caminhões, ônibus, utilitários, automóveis, tratores e outras máquinas agrícolas. São peças para sistemas de propulsão, freio, transmissão e direção, e eixo e suspensão, que suportam e absorvem todos os esforços mecânicos ao longo da vida de um veículo.

          A TUPY também produz e comercializa conexões de ferro maleável, granalhas de ferro e aço e perfis contínuos de ferro, produtos que atendem à indústria da construção, a de mármores e granitos e a segmentos diversos da engenharia industrial, entre outros.

          A revista Exame, especializada em economia e negócios, e o IBIE – Instituto Brasileiro de Intra-empreendedorismo, realizaram um estudo junto a mais de duas centenas de companhias sediadas no país, para identificar a existência da cultura empreendedora e do compromisso dos funcionários com a inovação. O resultado apontou a TUPY como a empresa que mais incentiva o empreendedorismo interno.

          Segundo a revista Exame, “é a cultura do orgulho pela qualidade que faz a diferença na TUPY”. Para a empresa essa qualidade está na atitude, no saber usar o conhecimento técnico, no pensar as estratégias e também em iniciativas com o Programa Criação, que já implantou 170 mil melhorias, em pouco mais de seis anos de existência. Uma dessas melhorias, de um dos 225 times que integram o programa, foi vencedora no ano passado do Prêmio CNI de Qualidade e Produtividade.

           As ideias básicas apresentadas neste livro somente têm efeito quando impulsionadas pelo espírito empreendedor e desbravador de quem idealiza novos horizontes. Isso quer dizer que você não pode ficar parado. O dinamismo e a inovação constituem as chaves do sucesso. Para tanto, lembre-se dos seguintes aspectos do negócio:

  • Defina exatamente qual é o seu negócio, a sua missão, a sua visão, os seus valores, os seus objetivos e as suas estratégias.
  • Defina as necessidades do cliente:
  • Trate o cliente como um rei:
  • Comprometa-se com a melhoria contínua do seu negócio:
  • Melhore sistematicamente seus processos de trabalho; aprenda a trabalhar com o cliente:
  • Evite ou previna problemas eliminando suas causas e não apenas os seus efeitos:
  • Fortaleça sua equipe e incremente o empowerment.
  • Treine e eduque continuamente o seu pessoal.

         Além disso, convém pensar nos itens a seguir:

  • Aprenda continuamente com a experiência.
  • Pense em processos e não em funções.
  • Ouça o cliente.
  • Busque benchmarks para alcançar a excelência.

          Há algum tempo, na era industrial, quem construísse uma empresa — comprando prédios, terrenos, máquinas, equipamentos — e contratasse mão-de-obra era o dono exclusivo do negócio. Era a época em que os fatores de produção — natureza, capital e trabalho — constituíam as bases fundamentais da atividade empresarial. O mundo mudou, e mudou para valer. Hoje, na era do conhecimento, as coisas já não são mais as mesmas. Em primeiro lugar, os tradicionais fatores de produção já deram tudo o que podiam dar.

          Eles são inflexíveis e, embora ainda importantes, não são mais fundamentais para o negócio, estão se tornando secundários. Em segundo lugar, o mundo está se transformando cada vez mais depressa e a atividade empresarial não pode mais ser conservadora ou mantenedora do status quo. Ela precisa ser inovadora para, pelo menos, acompanhar o ritmo das mudanças no mercado e se manter competitiva. Em terceiro lugar, o trabalho está deixando de ser físico e muscular para se tornar cada vez mais mental e criativo. As pessoas estão deixando de ser fornecedoras de mão-de-obra para se tornarem fornecedoras de competência e de talento. Hoje, o fator de produção mais importante é o conhecimento. Ele entra e sai de sua empresa todos os dias. Vai para casa e retorna ao trabalho. Onde está o conhecimento? Na cabeça de seus funcionários. Ele faz parte do capital intelectual do seu negócio. Ele é seu apenas enquanto você tem os seus funcionários trabalhando para produzir, vender, inovar, melhorar, resolver problemas e encontrar novas soluções. Os produtos e os serviços que atualmente estão no mercado desbancando outros apresentam um forte componente de aplicação do conhecimento. Pense bem nisso: você é realmente o dono do seu negócio?