George Berkeley.

1685-1753.

Nasceu na Irlanda do Sul, realizou seus estudos superiores no Trinity College de Dublin, no qual posteriormente tornou-se professor ensinando grego e Teologia.  Foi exuberante aluno e grande professor, contribuindo muito com a formação do pensamento Filosófico.

Quando era jovem foi muito influenciado pelo pensamento de John Locke e Newton, despertou para a Filosofia e começou a não apenas estuda-la como também pesquisa-la.

 Com  apenas vinte e cinco anos, publicou o seu grande tratado a respeito dos Princípios do entendimento humano,  livro que levou grande prestigio e respeito ao meio acadêmico, sendo que em 1734 tornou se bispo da Igreja Anglicana.

No seu grande livro de Filosofia influenciado por Locke, ele defendeu a seguinte tese, que todo conhecimento resulta exatamente do mundo exterior e não do mundo da intuição metafísica, o conhecimento é aquilo que captamos por meio dos sentidos.

Com efeito, a coisa que existe em si mesma, o que é natural, mas essa existência por ela mesma não teria sentido, se não fosse de certa forma perceptível.

  Com efeito, a existência das coisas, não poderá ser nada mais o que sentimos dela.  Aquilo que não é percebido pelo menos no mundo empírico não poderá ter existência real.

A defesa da teoria é empírica, porque a percepção não pode ser abstrata, apenas pela lógica aristotélica, o mundo é a sua percepção, a identidade dessa percepção.

  Nas suas palavras importantes relata Berkeley, ser é ser percebido, mesmo que algo material tenha existência, mas se não for percebido não terá sentido.

Com essa epistemologia que foi elaborada pelo seu conhecimento, ficou definido filosoficamente, que o conhecimento só tem algum fundamento, isso se for possível sua revelação pelo conhecimento sensorial.

A ideia da coisa, o que é coisa, cada uma delas, é apenas a ideia que fazemos, mesmo que essa ideia seja uma ideologia, mas é a forma da percepção que define tudo em ultima instância.

Qual é a consequência dessa teoria, mesmo tendo fundamento empírico, nega na prática a existência da matéria, isso porque a mesma existindo não sendo percebida não poderá ser real.

  Ele  leva o idealismo ao máximo permitido a sua ideologia, o conhecimento é a ideia que  se faz da coisa, da percepção subjetiva da mesma, conhecer é projetar uma ideologia do entendimento, o motivo da existência da razão.

Ele leva o idealismo às ultimas consequências, a coisa é apenas a ideia que se tem dela, não tem objetividade nela mesma, nada que não seja conhecida pela ideia, não poderá ser entendida por nenhum outro mecanismo.

Ele tenta evitar cair no solipsismo, uma teoria filosófica que tem a seguinte definição, tudo que existe no mundo, determina-se tão somente pelo o eu e sua própria consciência,  no mais absoluto subjetivismo.

Por outro lado, Berkeley defendeu também uma teoria da existência de uma mente cósmica, que significa a existência de Deus, responsável por essa mente.  Para o filósofo somente Deus é capaz de perceber de forma absoluta, sem erro, entender o que cada coisa é na sua naturalidade.

É a percepção de Deus, apenas a percepção dele,  é a garantia da existência de todas as coisas, de todos os seres, Deus é o fundamento real das existências, e  percebe do seu modo, sem nenhum procedimento sensorial.

Edjar  dias de Vasconcelos.