Gatos
Publicado em 11 de maio de 2008 por Nara Junqueira
Silenciosamente a casa repousa
Na solidão que a noite traz
Não ouço passos, ninguém cochicha segredos alheios
Não vejo os risos que o dia esbanja aqui e ali
A noite é um grito aterrorizante nos meus ouvidos
Despertam nela fantasmas antigos
Também lá fora a rua escura dorme
Enquanto um gato passeia ao longe da minha janela
Um pio estridente corta o silêncio dessas horas mortas
E enquanto o gato vai de um muro a outro
O vento desarruma as folhas ajuntadas pelo varredor
Sopra o maestro desta triste sinfonia de ausências
Em que me encontro acomodada!
Longe um apito faz renascer o desejo de eternizar o dia!
Para que afugente tantos silêncios e a dor desse meu existir
Já não suporto a longa estrada, tantas curvas, tantas pedras
Quero descer desse trem ainda em movimento!
Quero agora a presença do cobrador!
Quero apresentar as minhas contas a pagar ou a receber!
Na solidão que a noite traz
Não ouço passos, ninguém cochicha segredos alheios
Não vejo os risos que o dia esbanja aqui e ali
A noite é um grito aterrorizante nos meus ouvidos
Despertam nela fantasmas antigos
Também lá fora a rua escura dorme
Enquanto um gato passeia ao longe da minha janela
Um pio estridente corta o silêncio dessas horas mortas
E enquanto o gato vai de um muro a outro
O vento desarruma as folhas ajuntadas pelo varredor
Sopra o maestro desta triste sinfonia de ausências
Em que me encontro acomodada!
Longe um apito faz renascer o desejo de eternizar o dia!
Para que afugente tantos silêncios e a dor desse meu existir
Já não suporto a longa estrada, tantas curvas, tantas pedras
Quero descer desse trem ainda em movimento!
Quero agora a presença do cobrador!
Quero apresentar as minhas contas a pagar ou a receber!