Erick Francis de Almeida Ferreira

Gabriel Rodrigues da Silva

Ítalo de Assis Silva

Victor Brito Domingues

O plano real foi um plano de vital importância para a estabilização dos preços e para a criação de um sistema econômico mais seguro e confiável em nossa economia. Anteriormente, houve diversas tentativas com intuito heterodoxo e ortodoxo, porém, não resolveram o problema da grande inflação do nosso país, sendo assim, o plano foi o único capaz de controlar a inflação, através da URV (Unidade Real de Valor), uma ferramenta até então nova para o nosso sistema monetário.

O plano era bem definido, sua primeira fase foi determinada por ajustes fiscais do governo, controlando seus gastos, algo que não ocorreu nos planos anteriores, além da utilização do Programa PAI, com cortes emergenciais de gastos, e que mesmo com suas falhas, foi de extrema importância para o ajuste. Além disto, também houve a criação de impostos temporários, visando aumentar as receitas do governo.

Sua segunda fase foi dada pela implantação de uma moeda virtual que teria um papel intermediário entre a troca das moedas, a famosa URV, convertendo o valor do Cruzeiro Real para o Real, sendo uma forma mais simples de transição, devido a paridade com o dólar, e terminando com a terceira e última fase, já em 1994, com a implantação da moeda, sendo a partir daí a moeda oficial brasileira. O famoso e comentado até hoje, “Tripé Econômico”, começou a ser moldado naquela época, criando assim uma estabilização monetária e fiscal das contas do governo, sendo de vital importância para a economia na época.

Mesmo sendo considerado um sucesso, o plano real também teve suas dificuldades. Para o governo, combater a inflação era tão importante que a balança comercial foi sacrificada, fazendo com que o seu saldo fosse negativo por um longo período de tempo, entretanto, com o real ao mesmo preço do dólar, houve quem se beneficiasse com tal cenário, o mercado brasileiro foi aberto a produtos estrangeiros, mesmo sem nenhum planejamento de médio e longo prazo, foi gerada uma concorrência desleal, e mesmo com o BC tendo aumentado os compulsórios em 100%, a inflação ainda era temida, e para prevenir tal acontecimento, ajustes fiscais e principalmente monetários foram tomados, conforme explicado adiante.

Houve também, logo depois da crise do México, a utilização das bandas cambiais, com o intuito de equilibrar a balança de pagamentos brasileira, tal medida surte efeito positivo, havendo assim aumento das reservas cambiais e uma volta de superávit da balança de pagamentos. A economia do Brasil se torna mais segura e equilibrada, o mercado internacional começava a reconhecer tais medidas como benéficas e o país começa a seguir um caminho mais sólido na sua caminhada referente a um sólido equilíbrio econômico, detalhes sobre todos esses acontecimentos serão descritos em diante.