Fundamentos da Educação Infantil e Fundamental: importância das aulas remotas, o papel da família neste contexto pandêmico e o uso das TICs

 

Texto produzido e divulgado em maio de 2021 em Santa Maria do Uruará - Pará

Por: Sydney Pinto dos Santos[1]

Em sua opinião, qual é a importância das aulas remotas para a Educação Infantil?

Quanto a questão, no que diz respeito sobre “a importância das aulas remotas para a Educação Infantil”, é notório salientarmos que, devido este período pandêmico, provocado pelo coronavírus, onde as escolas tiveram que suspender suas atividades educacionais em todos os níveis, tornou-se um impasse para a construção do conhecimento e da aprendizagem, pois temos a mera certeza de que, a aprendizagem dos pequenos, no caso dos discentes em idade de molde e de alfabetização, precisa acontecer dentro de um processo e na existência da afinidade e contato real entre os atores que fomentam a educação escolar; ou seja, existe e se exige uma necessidade fundamentada em que a aprendizagem acontece exclusivamente na interação e inter-relação entre docente e discente nas salas de aulas dos espaços escolares, em tempos ditos “normais”. Porém, com este momento atípico, escolas passaram a se reinventaram para não perderem este contato direto com seus alunos, inclusive se utilizando dos novos modelos dinâmicos de uso das tecnologias da Informação e comunicação, as TICs, as quais funcionaram como um suporte essencial para estabelecer esta ligação entre professor e família, da maneira que se acreditou mais eficiente e necessário.

Qual é o papel da família, nesse “novo modelo de ensino” para a Educação Infantil?

Porém, falar em dinamismo e flexibilidade nestes tempos tão incertos para a educação e seus atores, colocou em cheque antigas metodologias, estratégias educativas e ações; passando então para um processo experimental, que antes pegou todos de surpresa, e que os docentes tiveram que de alguma forma dominar as novas ferramentas de auxílio educacional, possibilitando com isto um vínculo mais aproximado e, consequentemente dando a entender que deveria haver um envolvimento mais real e significativo no processo ensino – aprendizagem dos pequenos, inclusive dos discentes da Educação Infantil, que se tornaram tão desprotegidos quanto à aprendizagem, quanto seus professores; inclusive aqueles discentes que não tinham contato anteriormente com os equipamentos computacionais, ou ainda aqueles que ministram aulas nas regiões mais remotas e “desprotegidas” deste grande país.

Logo, onde os instrumentos- ferramentas de interação comunicativa estava mais presente e assim fomentando esta aproximação, acabou por ajudar, através das famílias dos educandos, esta proximidade entre professor – aluno, conteúdo-ferramenta digital e família. Criando desta forma, um vínculo mais interativo e interessante no que tange o aspecto socioeducativo, em todos os tempos da história da educação. Ou seja, a pandemia, mesmo sendo um entrave, serviu para esta aproximação mais real e discursiva entre a escola e o ambiente familiar, provocando uma mudança significativa dos modelos de ensino, os quais antes atingiam apenas as faixas etárias ou idades maiores, através das plataformas EAD.

Neste contexto pandêmico, percebemos que as escolas, notadamente os professores, passaram a entrar numa "nova era" para fomentar o processo de aprendizagem, inclusive dos pequenos atores escolares, os alunos dos níveis mais inferiores, no entanto, os mais importantes; pois, para não ficarem sem esta interação com os discentes, mesmo eles estando em seus ambientes familiares, os docentes se viram na obrigação de "abraçar" novos métodos de ensino, assim elencando novas estratégias e modelos de ensinar, como por exemplo, uma interação mais acentuada no uso e manuseio das ferramentas e instrumentos tecnológicos/midiáticos de suporte de aulas online ou remotas.

Assim, o ensino-aprendizagem aos menores, foi de suma importância, pois colocou na "pauta interativa" da participação da escolarização, mais um ator ou agente, os pais ou responsáveis, que de uma maneira ou outra, mesmo não sendo preparados para a situação didático-pedagógica, tiveram e estão tendo, neste período, uma participação notável e de integração com o processo de aprendizagem dos seus filhos.

 

[1] Professor Efetivo da rede Pública Municipal de Ensino de de Prainha – Pará desde 1998.

 Mestrando em Educação (Formação de Professores) UNINI/FUNIBER – 2021.