A história do desenvolvimento do cérebro.

É interessante a história do homem sapiens, muitos anos ele viveu na condição de um primata, com pouca diferença de um símio, a Ciência moderna calcula que homem surgiu na terra a duzentos mil anos.

Durante todos esses anos os homens não poderiam ser entendidos como humanos, acredita-se que com o desenvolvimento do bipedalismo, foi o passo fundamental para passagem a realidade de símio para homo sapiens.

Esse fenômeno ajudou em dois outros fundamentos a vida dos homens, o crescimento do cérebro e ao aperfeiçoamento das cordas vocais, esses acontecimentos resultaram de adaptações inferiores, quando  determinado grupo de animais semelhantes a símios tiveram nas savanas  que levantar a cabeça para ver onde estavam seus devoradores.

Com o processo de adaptação surgiu o bipedalismo, com a mudança da coluna em situação ereta, erguidos ajudou no crescimento do cérebro e no desenvolvimento da linguagem, posteriormente a construção dos códigos realizando a passagem definitiva de uma espécie anterior ao homo verdadeiramente sapiens.

Nesse sentido que podemos afirma se não fosse às savanas africanas não existiria o homem na sua atual configuração, o que aconteceu posteriormente é o mundo da produção das ideologias, como invenção da alma, de deus, da política e das instituições, etc.  

Mas o grande acontecimento, o que viria acontecer no período que acredita ter ocorrido há 45 mil anos atrás. O homem com o surgimento do cérebro desenvolvido e com a produção da linguagem começou a diferenciar do mundo naturalmente animal.

O homo começa usar as potencialidades do cérebro, com qualidades diferenciadas do mundo animal. O desenvolvimento do cérebro  nos hominídeos de diversas formas  humanas, semelhantes desenvolveu a um  mecanismo não existente em nenhum outro organismo parecido.  

O que se pode dizer com certa lógica, surgiu de certo modo um universo encantado.  Pela primeira vez no planeta a inteligência.  

Logo em seguida dentro basicamente de um milhão de anos caracterizou a evolução completa da massa encefálica, determinando aquilo que chamamos hoje no homo sapiens, a maior maravilha que natureza pode produzir.

Só porque o homem conseguiu ficar ereto, hoje um homem com 75 quilos tem o dobro de massa encefálica de um gorila de 200 quilos, a cerca de 1300 centímetros cúbicos.  O homem proporcional a qualquer animal em relação ao seu peso tem o maior cérebro do mundo animal, fato que se deve ao fenômeno do bipedalismo.

O que é importante que o crescimento do cérebro do homo sapiens não foi apenas quantitativo, mas qualitativo. Vemos em descobertas recentes no estudo comparativo dos cérebros, surgiram áreas responsáveis pelo controle da lógica que seria meramente instintiva em referência ao primeiro desenvolvimento do cérebro humano.

Especificamente no cérebro do homem descobertos novas camadas de neurônios o que se denomina tecnicamente do córtex cerebral, ligadas tão somente a novas funções do cérebro, o que se entende pela lógica do discernimento, observação exclusivamente da memória.

Isso não significa que a área da região antiga do cérebro não funcione bem, produzindo fenômenos como a violência e a agressividade, quase sempre na forma de defesa e não como a agressividade em si, como muitos ainda pensam.

Área do antigo cérebro tem que competir com novo cérebro, como por exemplo, a questão do instinto sexual.  O homem diferente dos demais macacos, como também de outros animais, isso do ponto de vista do novo cérebro.

 É como se existisse duas realidades no mesmo cérebro humano, uma direcionada a emocionalidade, a defesa da agressividade e as demais formas de instintos, de onde deriva a antiga programação de sobrevivência.

 A segunda realidade resultada do desenvolvimento das camadas de neurônios, que denominamos na área do córtex, fundamenta no novo modo do homem ser, tudo isso aconteceu devido ao fenômeno do bipedalismo.

A linguagem é o fenômeno responsável por  tudo que o homem é hoje,  desenvolvida funciona por duas realidades distintas, o mundo dos instintos, o que se realiza como forma de defesa, a realidade sexual e todas as formas essencialmente do instinto, a outra realidade em análise, que se denomina de consciência.  

O homem sapiens, graças à evolução do seu cérebro desenvolvido proporcionado, pelo surgimento do córtex a parte super evoluída do cérebro, evita que homem age ou reage com ações meramente do instinto, contrariamente, o homem seria eternamente violento.

O desenvolvimento da linguagem complexa, o aperfeiçoamento da mesma por meio da memória do córtex, permite pelo menos em grande parte a superação da memória regulada pelo mundo das camadas inferiores de neurônios, a realidade primitiva da evolução.

 Apareceu na memória do cérebro humano, o mecanismo que possibilitou ao desenvolvimento do conhecimento pelo acúmulo da cultura, o que de certo modo são desenvolvimentos dos saberes, nesses acúmulos, possibilita ao homem, pela camada superior do cérebro dominar o mundo das reações inferiores.

 Em outra lógica meramente construtiva possibilita aos homens, superar quando possível as contradições ou administrá-las para o bem comum social, qualquer homem é capaz de efetuar essa processualidade deste que o cérebro esteja programado.

Os homens precisam aprender a lidar com essas duas áreas, sabendo que elas são contraditórias em si mesmas, a área inferior aos neurônios que compõem o mundo abaixo do córtex  fundamental ao homem, mas costuma levar ao mesmo a luta constante pela lógica da não funcionalidade da racionalidade.

O que compete ao outro campo, ao caminho do desenvolvimento na perspectiva de uma racionalidade inteligente a elaboração e construção do mundo, de acordo com as exigências técnicas dos modelos de produção linguagem ou a formulação comum.

 Como saber relacionar evitando o conflito mesmo sabendo que o mesmo faz parte das duas realidades das camadas divididas, e da produção dos entendimentos e a representação do simbolismo das realidades distintas.

Edjar Dias de Vasconcelos.