Fugidia
Por Marcia Dalva Machinski | 03/11/2009 | Saúde
Esta poesia que nasce em mim
brota
escapa
foge
passa
Essa poesia corre
percorre minha pele
penetra em meus músculos
dói em meus ossos
transpassa em meu ser
Essa poesia flui
verte de meu útero
arrepia-me
amolece-me
enternece
Essa poesia esvanece
vira pó
não consigo abstrair-lhe
antes de nascer
morre
desaparece
como miragem no deserto
A sensação das palavras
fica aqui
uma moleza entorpecente
dormitando
elas passam, eu estremeço
com a sensação
de êxtase e vazio
inspiração fugidia