Fraudes nas organizações

Maiores fraudes da história

No início de 2000 alguns eventos catastróficos ocorridos principalmente nos Estados Unidos abalaram o mercado de capitais. Esses escândalos mostraram a importância das informações contábeis estarem integras e precisas para refletirem a realidade da empresa independente da situação em que a mesma se encontra.

Segundo Borgerth (2007, pg.1), na maioria destes escândalos as práticas de manipulações utilizadas foram referentes a brechas nas leis e não eram exatamente ilegais. Segundo o mesmo os principais escândalos foram:

  • Caso Enron: A empresa do Ramo de gás natural utilizou mecanismos de fraude e manipulou dados contábeis mais chamados como contabilidade criativa. Este caso ficou marcado pelo comportamento de três classes profissionais: os Advogados, os analistas de mercado e o os Auditores independentes.
  • Caso Arthur Andersen: Empresa com 89 anos de mercado, era considerada como modelo na área de auditoria com preços dos serviços elevados reflexo do seu prestígio veio a falir pois foi acusada de compactuar com a Enron pois tinha consciência das práticas que seu cliente vinha adotando.
  • Caso WorldCom: Segunda maior empresa de telecomunicações dos Estados Unidos, manipulou suas demonstrações contábeis e transformou prejuízos em lucros através de reclassificações.
  • Caso Xerox: Uma das maiores empresas do mundo reconheceu antecipadamente os contratos locação e serviços inflando suas receitas e ferindo o princípio da competência.
  • Caso Parmalat: A empresa mascarava as informações contábeis informando créditos a receber que não condiziam com a verdade. O caso veio à tona após um banco ter se negado a confirmar o saldo que teria a pagar a empresa.

Atualmente temos mais um caso de uma empresa brasileira ligada aos grandes escândalos de corrupção, o chamado Petrolão funcionou durante os anos de 2004 a 2014 e deixou em ruínas a empresa que era motivo de orgulho para os brasileiros.

Segundo o Ministério Público Federal (Caso Lava Jato, 2016), o esquema visava desviar recursos da estatal e funcionava da seguinte forma, a cada contrato assinado com as empreiteiras era estipulado um percentual que poderia variar de 1% a 5% sobre o valor da obra que deveria ser pago aos diretores financeiros e a partidos políticos e enviados para fora do país por meio de doleiros.

Profissional oportunista

Segundo Massão, (2014) um estudo feito pelas firmas membro da KPMG realizada por especialistas forenses aonde foram entrevistados 596 fraudadores envolvidos em escândalos de corrupção em mais de 78 países mostra que os fraudadores são empregados em 61% dos casos e são coniventes com outros parceiros em 70% dos atos ilícitos. A pesquisa concluiu ainda que 42% são funcionários a mais de seis anos. Esse estudo revelou ainda que em 54% dos casos as organizações não tinham controles internos ou os mesmos eram fracos e com falhas o que gerou a oportunidade da fraude.

Para Massão, (2014), o entendimento dos controles internos permite um mapeamento dos ciclos de ocorrência de corrupção. Além disso, ele acrescenta que é fundamental o treinamento dos funcionários e dos parceiros de negócios, já que a penalização da empresa é solidária.

Massão, (2014) afirma “Fazendo tudo isso, é possível verificar de forma corporativa quais são os riscos, onde estão as operações que mais dependem de uma interação e quantidades com o governo”. Massão, (2014) acredita que nos processos de controles internos da entidade promove a interação entre a gestão e a tecnologia da informação, principalmente quando se refere a sistemas contábeis.