A marcha organizado na praça da República, domingo 11 de janeiro 2015, pelo espírito das vítimas do Jornal "Charlie Hebdo" é um gesto de solidaridade com a França que foi atordoado pela explosão de violência fria e calculada, matando pessoas inocentes e ferindo gravemente outras.

O objetivo desses terroristas é reduzir ao silencio um órgão de imprensa e intimidar os defensores da liberdade.

Pergunto se esses jornalistas que morreram, podem representam um Cante de luta pela liberdade?.

Tanto as forças de segurança como os jornalistas executados se preocupam com os direitos humanos e os valores da democracia e da liberdades.

O ataque terrorista o mais mortífero em quase dois séculos estremeceu o país inteiro, mas as manifestações espontâneas de solidariedade na França consolidaram os franceses, para manter a unidade e unir contra os terroristas.

A emoção e a tristeza das vítimas se confortam, mas as cicatrizes e as marcas ficam na memória da história da humanidade.

Uma marcha organizada  na Praça da República da França é uma forma para denunciar os atos de terrorismo. Uma manifestação de união contra uma estranha guerra que não diz o seu nome e que dissimula  as fronteiras dentro e fora.

Internamente, os países negociaram um plano contra o terror que ameaça e que cada vez mais impor as regras em detrimentos das pessoas inocentes, latentes formulas de guerra civil, que o terrorismo capaz de provocar contra os limites da obsessão.

As redes nacionais e internacionais de imprensa mobilizaram-se contra as bombas dos lobos solitários, aqueles que cedem o terreno para uma nova violência, comandos e mafiosos que desafiam a liberdade, a justiça e a democracia.

Essa realidade não constitui mais o terror caótico, mas uma forma de medo que se construa pedra por pedra.

Externamente, cada vez mais a linha da frente se fortalece, ligando o pesadelo a uma guerra de civilizações entre Ocidente e Islã, sob as características deformadas e monstruosas de guerras remotas do islamismo.

As Intervenções ocidentais se multiplicam a favor da marcha, impulsionada por várias ambições, contra o único inimigo jihadista,  evasivo que provoca o colapso dos Estados e  das sociedades civis na região.

Essa mensagem da liberdade e da defesa  tem por objetivo consolidar as fileiras dos países árabes ameaçados com o terror do extremismo. A Líbia, preocupada com as operação de 2011, é o resultado da implosão do marco terrorismo do Saara; do Sahel e, particularmente, da Nigéria, bem como dos conflitos dos  Camarões e do Chade, que  Boko Haram continua estendendo ás marcas de garras bárbaras.

Essas guerras alimentam sempre novos ódios e revanches, cada vez mais fragrantes e impossível. Esse tipo do terrorismo dentro do país agrava a luta e acentua os meios da erradicação. Sem poder colocar fim ao jihadismo considerado raiz do terrorismo, cujas soluções concretas contra ás crises no mundo muçulmano dependem ao mesmo tempo de conflitos territoriais, sociais, políticos, econômicos, pelos quais se simplificam somente como um sintoma islamita.

Pergunta se o espírito de terror pode ser uma armadilha?.

A engrenagem, impulsionada a cada dia para uma guerra fora de controle constitui uma proteção para resistir ao espírito de terror em nome dos valores democráticos criticados pelos fanáticos.

Para isso, três adversários temíveis são almejados pelos ocidentais a enfrentar. O primeiro, o mais óbvio, é os terroristas. Não se pode tolerar que os assassinos circulem mais no país e os apóstolos de ódio semeam suas palavras impunemente.

Todos os meios de Estado de Direito devem estar acionados para traduzir os terroristas à justiça. Deve melhorar os dispositivos de prevenção, de controlo e da proteção dos lugares sensíveis, impedindo a radicalização notadamente nas prisões.

Diante de um inimigo sem fronteiras, não pode haver uma luta eficaz sem a cooperação policial e judicial continuamente reforçada em toda a Europa, mas também em outros países.

Depois de anos sem nenhum foco de terroristas, hoje a volta partiu da frança porque todos os ingredientes foram possíveis para atacar os raízes  da violência e do terror.

É urgente  agir de modo a encontrar saídas para o mal. Curtar todo o financiamento do extremismo islâmico tanto na França como fora, provenientes notadamente dos países do Oriente Médio.

É neste propósito, o ministro do Interior propus reformar o financiamento de construção de locais de culto muçulmano através de uma Fundação das obras do Islã, objetivo é para reduzir o financiamento estrangeiro e estabelecer uma política objeto de um Islã próprio á França.

Outro obstáculo, inimigo, é o medo. O medo da violência imprevisível, omnipresente e repentina, suscita uma forma de segurança cada vez mais impossível a alcançar.

A experiência dos últimos anos sobre os ataques terroristas explicaram o nível do desespero  para recrutar voluntários que acentuam o perigo dentro e fora das fronteiras.

A espiral de desconfiança criada nos Estados Unidos pelo Patriot Act da legitimação sustentável de tortura e da detenção ilegal levou a perda da bússola de referências morais e de confiança.

A vertigem da guerra civil na Argélia, exemplo dos anos de chumbo, constitui um passo para entender os raízes do terror. Além do sustento da imagem dos países árabes acusados de exportar o medo e o terror através dos indivíduos controversos.

O outro inimigo é a rejeição. Os países ocidentais devem rever as políticas de imigração e os dispositivos dos valores que confrontam a exclusão, a descriminação e provocam amálgamas.

A história do terror volta contra o país que tem o risco do colapso. Tal violência constitui o verdadeiro desafio da França em relação com as comunidades islâmicas que denunciam o terror.

As Polêmicas literárias,  as demagogias partidárias, mostram que o desafio não é tanto para salvar as invasões ou os supostos substitutos, mas  sim explicar a negação, o narcisismo pelo declínio da tentação ocidentalista e suicidária.

Na prova, cada um de nós tem um dever a cumprir. Agir com responsabilidade, sangue-frio e unidade, ripostando a favor da democracia, do diálogo, da justiça, do respeito mútuo, da educação e da convivência em paz.

Lahcen EL MOUTAQI