Frágil Intuição.

Algo tão perto e longe.

Ao mesmo tempo.

Muito mais perto.

Do que longe.

Apenas uma forma de sentir.

De ser.

Não de pensar ou dizer.

Às vezes perlífero.

Ou  mefistofélico.  

Inconcusso a qualquer forma.

De ideologia.

É muito mais importante ser.

Do que pensar.

Mas pensar ajuda ser.

Esta imprecação destina-se.

Melancolicamente a exuberância.

A intuição a distância percebe-se.

O sentido profundo de rebanho.

O sentimento imersível a metafísica.

O que importa alguém dizer ti.

Que a alma é um profundo abismo.

Coitado de quem deseja a involuntária.

Sedução.

A ontologia dos segredos menores.

Mas isso aqui é um capricho inestimável.

O instinto mecanizado pelo domínio da razão.

Peremptoriamente indescritível.

A futilidade tributável ao entroncamento da inocência.

Esse longe tão perto, sem significado.

Intuo no sentido figurativo mimeticamente.

Apenas um grande silêncio com o tempo.

Nem mesmo o silêncio chega a ser.  

Como se não fosse absolutamente nada.

O que na verdade é a verberação desse significado.

Escrevo essas coisas impersistentes.

O que desvela a superfície da essência imiscuída.

Certa impostoria que vem de outros universos.

Entre eles tantos Fernandos.

Tão somente um deles.

Algum valor indutivo categoricamente.

Talvez a face do mundo reflita a natureza.

Indireta das coisas.

Existem olhos presos às existências das impossibilidades.

A necessidade do mistério substanciado a impingidela.

O obstringido destino como qualquer coisa perdida aos sinais.

Exatamente o tempo de cada um deles entre outros à misericórdia temerária.

O que escrevo é o que imagino o gesto cotidiano.

Uma pedra é uma pedra perfumada a sensualidade selvagem.

Vergonhosamente romântica contínua a agitação.

Manequim de um mundo de bandas e bandos ao bordo.

A provincialidade.

Outros milhões de frascos ao feitio dos aspectos homéricos.

Aos montes longínquos.

Ao crepúsculo cosmopolita lantejoula a imaginação.

A impertinência imperativa dos vossos segredos.

Hilídea a idiossincrasia premeditada.

Então o sentir não é um sentir porque o perto é eterno.

A distância dissimula a eventualidade.

O restante de tudo isso é exatamente a inexistência.

Diacrônica ao inverso da sua significação.

Reflita e perceba o quanto a forma é abstrata.

O que sinto é a lógica fugitiva da sua destinação.

Eternamente.

Edjar Dias de Vasconcelos.