A pandemia chegou de repente, pegou todos desprevenidos, do dia para a noite escolas fecharam impedindo aulas presenciais. Os impactos dessa nova configuração de ensino foram diversos. A falta de professores capacitados a fazer uso das novas tecnologias talvez tenha sido um dos mais notáveis no cenário escolar.

            Os professores foram desafiados a entrar num cenário onde: muitos estudantes que já nasceram no meio deste mundo tecnológico versus muitos professores de uma geração que cresceram num contexto de pouco domínio das mídias tecnológicas. Esse momento de pandemia se transformou desafiador na vida de alguns docentes.

            Nas escolas notamos a necessidade de proporcionar aos professores mais formações dentro deste contexto, as quais o qualifiquem melhor para que o mesmo utilize os recursos tecnológicos a seu favor e de seus alunos, melhorando as metodologias utilizadas no dia a dia e facilitando a aprendizagem a distância.

            De acordo com Garcia (199, p.22), afirma que “A formação continuada de professores favorece questões de investigação e de propostas teóricas e práticas que estudam os processos nos quais os professores se implicam, e que lhes permite intervir profissionalmente no desenvolvimento do seu ensino, do currículo e da escola.

            O sucesso de um profissional seja ele de qualquer área não se dá apenas com o diploma de graduação em mãos, mas sim com o aperfeiçoamento ao longo dos anos de prática. Se tratando de docentes, a formação continuada se torna ainda mais essencial e continua.

Um e talvez o maior objetivo da escola é proporcionar aos seus alunos o melhor desenvolvimento. Sendo assim, a constante formação de seus docentes se faz item indispensável para que o objetivo seja atingido com maior êxito.

A formação continuada auxilia os docentes a terem práticas e teorias para serem utilizadas no seu cotidiano, fazendo com que os discentes superem dificuldades e melhorem o aprendizado. Outro fator que qualifica os docentes é conhecer e seguir as orientações de documentos oficiais da educação nacional, como a BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

Para Freire (1193, p.20), “A educação é permanente não porque certa linha ideológica ou certa posição política ou certo interesse econômico exijam. A educação é permanente na razão, de um lado, da finitude do ser humano, de outro, da consciência que ele tem de sua finitude. Mais ainda, pelo fato de, ao longo da história, ter incorporado à sua natureza não apenas saber que vivia, mas saber que sabia e, assim, saber que podia saber mais. A educação e a formação permanente se fundam aí.

A escola pode trocar informações com o docente a fim de identificar alternativas que favoreçam o seu aperfeiçoamento e sua atuação, pois a escola é mais do que um espaço de trabalho, também é um ambiente de aprendizagem do professor.

No momento que aparecem as dificuldades e o professor tem capacidade apreendida ao longo das formações, ele se sente motivado, aumentando a confiança em si. Contudo, quando a formação é realizada por iniciativa própria, quer dizer que o profissional está investindo em si mesmo, mas quando a escola oferece esses encontros, quer dizer que investe no crescimento de toda equipe.

Um grupo escolar bem qualificado certamente se fará notável na sociedade que passa por inúmeras mudanças num cenário pós pandemia.

 

Artigo escrito pela professora Lidiane Leonardelli da Escola Municipal de Educação Infantil Amor Perfeito.