Formação Continuada - Parte 2 - Busca de plenitude
Por Eudes Gomes | 02/08/2009 | EducaçãoFrancisco Eudes Gomes
O
grupo de professores que lecionam no Brasil, escolheram as escolas
públicas e particulares para trabalhar. Sabemos que todas as
unidades escolares passaram por mudanças e
continuarão persistindo em grandes
transformações, é uma caminhada sem
volta. Muitas pessoas já mostraram o caminho. A humanidade
sempre evolui assim, com base nos que mostraram o caminho, que
mostraram que o centro não é a Terra, mas o Sol.
São pessoas que fazem ruptura de padrões e
paradigmas de olhar, sentir, agir, comunicar, educar. Há
paradigmas de plenitude e paradigmas de
degradação. Nós somos dirigidos,
ainda, por paradigmas da degradação. O salto para
isso é um salto de consciência. Cada um que ganhe
consciência disso, que começa a trabalhar nessa
direção, está sendo um agente de
transformação em busca da sua plenitude. Aqueles
que pronunciam constantemente o paradigma de
degradação, são pessoas que continuam
no isolamento cultural e social, vivem na defensiva daquilo que
não criaram; não lutam para melhoria de seu
país, são os verdadeiros escapistas (fogem quando
são chamados para ser um colaborador) e vivem reclamando sem
nada fazer para mudar.
O projeto na educação
deve percorrer nessa direção, de favorecer que os
adolescentes das escolas tenham a oportunidade de refletir sobre isso.
Pelas técnicas do auto-cuidado e do cuidado do outro, da
natureza, elevar-se, ganhar consciência de que é
possível sair dessa degradação. E a
idéia de desenvolvimento humano integral é a de
aprendermos a desenvolver nosso potencial em todas as categorias que
nos levam a uma vida em plenitude. A plenitude é sabedoria e
felicidade. Temos que acabar com o conceito de que desenvolvimento
é ter coisas materiais. Estamos em um momento em que se diz
que o conhecimento é o fator de
elevação, pois o conhecimento é meio.
Fator de elevação é o uso do
conhecimento, dizem os economistas que a moeda de troca no
século XXI é o conhecimento. Temos que aprender a
transformar o que hoje é fim, em instrumento. Dinheiro
é instrumento, produção é
instrumento. Se o dinheiro for fim ele é
mefistofélico, ele conquista a pessoa, ele escraviza.
É a sociedade que passa essa visão, porque nela
você é valorizado pelo que você tem e
não por aquilo que você é. Se o
adolescente ganha a visão de que o importante é
ser, independente da calça jeans estar furada, do sapato
rasgado da sua opção cultural, ele não
precisa fazer violência. Ele vai tentar sobreviver, mas
não de maneira violenta. Vai buscar na criatividade os meios
de sobrevivência. O planeta está cada vez mais
globalizado, a humanidade precisa de novos antídotos para
buscar sua plenitude. Todos os trabalhos realizados nas escolas para
impedir os preconceitos são bem-vindos, pois nosso potencial
enquanto profissionais da educação deve
está a serviço da humanidade. Quem prega uma
visão negativista do outro, deve mudar sua postura e viver
no melhor dos mundos que é a harmonia.
A humanidade entrou num período de mudanças cuja amplitude,
profundidade e, sobretudo, rapidez provavelmente nunca tiveram um
equivalente na história. A
internacionalização da vida das sociedades
nacionais, o fenômeno da mundialização,
os problemas do meio ambiente, as tensões e os conflitos de
um novo tipo, bem como a generalização de certas
normas e de certos comportamentos culturais que entram em conflito com
os valores tradicionais, os problemas éticos cada vez mais
complexos, dos quais nem os indivíduos nem as sociedades
podem escapar, são alguns dos fatos relevantes da nossa
época.
As sociedades, as relações
entre os indivíduos, entre estes últimos e as
instituições, entre diversos grupos e entre
nações tornam-se cada vez mais complexas. Um
nível inicial de educação cada vez
mais elevado e uma educação constantemente
renovada e completada no decorrer da vida passaram a constituir
necessidade absoluta para todos os seres humanos, a fim de que eles
possam levar uma vida com sentido, obter um rumo da sociedade,
enfrentar os inúmeros novos desafios e evitar cair numa
situação sem identidade e objetos claros.