Incrível como esses pseudos formadores de opinião, que vivem esfregando a barriga nos balcões dos botecos da vida, que se dizem ou até são professores de algumas instituições universitárias, ou até mesmo jornais como o Jornal do Brasil, que omite o nome de articulistas, como é  caso da matéria publicada no dia 26 de dezembro do corrente: Análise: desmatamento e agressividade ideológica cobrarão preço alto do Brasil

No decorrer da leitura do malfadado artigo, temos uma fotografia de uma área atingida pelo fogo. Mas na opinião do Jornal do Brasil, o nosso país estava pegando fogo.

Ignorante ao máximo esse veículo jornalístico, ao publicar uma foto do Cerrado que de uma forma ou outra recebeu as chamas. Esse jornal lança mãos de informações enganadoras. No Bioma Cerrado o fogo pode ter início por fatores naturais, isso ocorre através de descargas elétricas, combustão espontânea, atrito entre rochas e até atrito do pelo de alguns animais com a mata seca. ... Esse fogo originado por fatores naturais é responsável pela distinção vegetal do Cerrado. E que a capacidade de Resiliência do Cerrado é algo inacreditável. Basta uma “chuvarada leve de um dia” e a vegetação antes carbonizada se mostra verdejante.

Ignora na sua escrita tendenciosa, que o Cerrado não está sendo derrubado a torto e direito. Se no momento estamos abrindo novas áreas, não é pelo simples prazer de desmatar, mas sim para tornar produtiva na acepção da palavra e, por conseguinte gerar divisas, mão de obra, impostos, taxas e alimentar o nosso povo e outros povos de países distantes. Ignora e como ignorante o é o Editor desse jornal, que ao produzirmos soja, milho, estamos produzindo proteínas de origem animal, como suínos, aves, bovinos e pescados.

Se a China está investindo no norte argentino, está simplesmente colocando em estado de incubação o ovo da serpente. Está colocando os braços de Medusa do Partido Comunista Chinês, em território platino. Como já fizeram com a base militar, instalada na Patagônia, mais precisamente na Província de Neuquém.

Ignora mais uma vez, esse pífio Editor que os chineses estão investindo na suinocultura – segundo o articulista: “Também do ponto de vista da carne, ela tem investido para uma maciça produção de carne suína na Argentina, no norte da Argentina, com a construção de imensas fazendas de criação de porcos, de suínos.”  Mal sabe diferenciar os sinônimos suínos e porcos.  Imensas fazendas.... quanta burrice desse emérito economista Fábio Sobral, professor da Universidade Federal do Ceará, em desluzir que suínos são criados em granjas. Que na região norte da Argentina, o clima não é favorável. Que a pesquisa argentina em suinocultura está ainda no tempo em que se amarrava cachorro com linguiça.

Tais citações que os chineses deverão migrar para outros países, em busca de novos fornecedores

A embaixada da Tanzânia em Pequim disse que a demanda da China por soja foi estimada em 103 milhões de toneladas por ano – 15 milhões das quais são produzidas localmente e o restante importado.

Aos apregoadores do caos, existe um mercado único no mundo, além dos chineses, para adquirir soja, carne bovina, carne suína, pescados, lácteos?

Resposta. NÃO.

 Derivando um pouco a respeito do infeliz artigo do Jornal do Brasil, aconselharia acessar esse site: https://countrymeters.info/pt/China, para notar o porquê do desespero dos chineses.

 

Em relação as “ grandes fazendas de porcos no norte da Argentina” vamos ao posicionamento dos técnicos argentinos: “ Para chegar à produção 900 mil toneladas de carne suína planejada pelo projeto, seria preciso aumentar o estoque de animais em 10 milhões e acrescentar mais de dois milhões de toneladas de milho e 750 mil toneladas de soja para ração animal, segundo estimativas da ONG Fundación Ambiente y Recursos Naturales (FARN).

Sabem quando tal irá acontecer¿ Se acontecer. No mínino em 10 anos.

Em relação aos demais tópicos, não vejo razão de se posicionar.

O mais certo seria o Editor do Jornal do Brasil e o professor citados, tomarem uma posição em defesa dos interesses brasileiros e não dos chineses, com vimos na reportagem.

Médico Veterinário Romão Miranda Vidal