Flores

                                         Autor: Milton Rodrigues dos Santos

                     Enfim as flores se abriram, com toda sua exuberância, convocando seus aliados para o grande coito universal, presenteando-os com suas cores e seus aromas e gostos, doce para uns, azedos para outros, até podre para os avessos.

                    Pois neste reino, contrariando o reino humano, todos aprendem pela felicidade, todos os que participam, sempre recebem o beneficio de seu trabalho... Incondicionalmente.

                    O amor da mãe natureza é para todas as suas criaturas, de igual para igual.

                    Enquanto que no reino humano tudo se aprende pela dor, erro, e acerto.                    Colocando o homem no topo da criação, (Dizem). Caminha lado a lado com a dor, e fome.

                    Mas é sabido que o homem é um minério bruto, e tem que passar pela fornalha, sofrer o malho na bigorna do ferreiro para se transformar em um espírito de bondade.

                    Podendo assim participar do conclave das grandes criaturas do reino. Se tornando um dos aliados da mãe natureza, Cooparticipante do primeiro capitulo. Do Gênesis.

                    Não antes da grande fornalha, viver na terra algumas vidas, para ser mais exato uma para cada dos signos e também uma a cada decanato dos signos, isso aleatoriamente; E se não houver erros em qualquer vida, pois quaisquer erros seremos obrigados a voltar, sempre repetidamente.